Cap 10 - Casa
Acordei com batidas na porta. E uma voz grossa e falha ao mesmo tempo me chamando.
— Jon, é você mesmo? Posso entrar?
Provavelmente era Pedro, como será que ele está?
— Pode entrar.
Ele abre a porta, e o analiso é inevitável não comparar. Apenas quatro dias haviam se passado para mim, mas ao observar Pedro, percebi que para ele, para o mundo ao seu redor, foram sete anos inteiros. O menino que antes corria pela praça, sua pele negra radiante sob o sol, agora era um jovem, com traços mais definidos e uma postura que denotava uma confiança recém-descoberta. Seus olhos castanhos, outrora repletos de inocência e maravilha, agora carregavam o peso da experiência. Seu cabelo, antes uma cascata de cachos rebeldes, agora estava cortado de forma mais sóbria, os cachos ainda presentes, mas domados, como se refletissem a jornada de autoconhecimento que ele percorreu.
— Caramba é você mesmo. E esses músculos aí?
Ele aponta para os meus braços.
— Puro musculo.
Movo meus dois braços em formas de bíceps. O que o faz gargalhar. Então ele vem em minha direção e me abraça...
— Por que não veio me visitar antes?
Ele se desvencilha me olhando atentamente.
— Longa história pequeno.
Falo.
— Pode me chamar de Pedro agora, não sou mais criança.
Ele diz sério.
— Perdão se ofendi você... seu idoso!
Falo rindo.
Ele faz o mesmo, achando graça da situação.
— Se importa, se eu me trocar? Fala com sua mãe que já desço.
— Tudo bem! Não demora, ou vou me atrasar para a escola.
Ele diz, e fecha a porta quando sai.
Me troco rápido vestindo a roupa que Augusto me dera, e ajeito a cama antes de sair. Desço as escadas e eles estavam tomando café, tinha queijo, pão, e presunto na mesa e bolo.
— Bom dia Jon, dormiu bem? E perdão, quando Pedro soube que estava aqui ele quis te ver, por isso ele foi te chamar.
Estela me saúda com um sorriso caloroso. Ela trajava um vestido azul justo, com um decote nos seios. Ela notou meu olhar, pois, notei que ela deu um sorriso de canto.
— Bom dia, dormi sim, e você? Não se preocupe com isso, já considero o pequeno como um irmãozinho.
Passo as mãos no cabelo de Pedro bagunçando, e me sento a mesa. Ele me olha com um olhar mortal, e levanto minhas mãos em rendição.
— Foi mal aí Pedro. Estou só brincando.
Sorrio.
Impliquei com ele mais um tempo, e aproveitei para perguntar algumas coisas, para entender o que havia mudado desde a minha saída... Conversamos por bastante tempo, até a dar a hora de sair. Eu finalmente veria como minha família estava, sentia medo e ansiedade...
Entramos no carro, um Ford Compass, branco.
Pedro abre a porta de trás e se senta lá. E eu me sento ao lado de Estela.
— Então, onde você mora Jon?
— Moro na rua Gibert, número 134, fica na zona Norte.
— Não sei onde é, mas o maps vai ajudar. Ansioso para reencontrar sua família?
— Muito, espero que estejam bem.
Falo receoso.
— Eles vão estar, pense positivo.
Ela fala, e passa uma das mãos em minha perna e tira logo em seguida.
Olho para Pedro que usava um fone de ouvido, aqueles que tampavam toda a orelha e ele mexia no celular, entretido. Estela e eu conversamos sobre diversas coisas, eu queria recolher o máximo de informação do que aconteceu em minha ausência. Alguns minutos se passaram e chegamos na escola de Pedro, ela para o carro e fala.
— Bons estudos meu amor!
Pedro me olha envergonhado, e por fim diz.
— Tchau mãe, até mais Jon. E por favor mãe, não fala assim quando tiver outras pessoas com a gente, já conversamos sobre isso.
— Assim como?
Ela indaga.
— Tchau, meu amorzinho!
Ela fala sorrindo.
— Desse jeito aí.
Ele revira os olhos
— Jon, se importa de me passar seu número?
— é melhor você anotar em um papel e chamo você depois, estou sem celular.
Falo.
Ele abre a mochila, rasga um pedaço da folha, e escreve um número, e me entrega.
— Chama-la, vamos manter contato, e vê se não some por tanto tempo dessa vez. Falou!
Ele abre a porta sai do carro.
Estela liga o carro e saímos dali. Me sinto na obrigação de quebrar o silencio.
— Desculpa perguntar, mas você é mãe solteira? Desculpa se estou sendo indelicado.
— Não, que isso, mas, respondendo sua pergunta. O pai de Pedro morreu quando ele ainda era criança, então sou o que eles chamam de viúva.
— Eu sinto muito, a perda de vocês.
— Não sinta, ele saia mais do que ficava em casa, nunca contou para onde ia. E um dia, ele saiu, e só voltou a notícia de que ele havia morrido.
— Você lembra quem deu a notícia? Perdão fazer você lembrar disso, só estou curioso.
— Não lembro muito, foi a quase 13 anos atrás, mas eu lembro que ele tinha uma bengala e era um senhor.
Será que é quem eu estou pensando?
Mas então o pai de Pedro talvez seja um Agente? Cada vez eu tenho mais perguntas do que respostas.
Estela e eu conversamos por um bom tempo, sobre diversas coisas, ela é simplesmente uma mulher incrível, tanto por fora quanto por dentro. Finalmente chego na minha casa!
— Obrigado mais uma vez, por ter me trazido até aqui. Dê um abraço no Pedro depois por mim.
— Pode deixar.
Ela se aproxima em um abraço, e me dá um beijo no meu rosto, e eu retribuo.
Tiro uma nota de cinquenta do bolso e a entrego.
— Toma, para você colocar gasolina!
— Não precisa disso Jon...
Ela se recusa a pegar, então dobro e coloco no porta luvas do carro.
— Prazer em rever você Estela, não sei como, mas você ficou ainda mais bela depois desses sete anos.
Olho para ela uma última vez. Ela estava com um largo sorriso no rosto e fala.
— Você também está um pedaço de mal caminho Jon. Quer dizer, grande pedaço de mal caminho. Eu te vi na outra noite e de pedaço você não tem nada.
Então, ela me viu nu? Por isso senti alguém me observando. Isso que dá deixar a porta aberta, já pensou ela ter entrado lá e me agarrado?
''Você não iria reclamar nem um pouco". Aquela voz ronrona em minha mente.
— Vê se aparece lá em casa mais vezes, só que não quero apenas olhar dessa vez, se é que me entende.
Ela mordisca os lábios.
— Pode deixar! Adoraria.
"Pode deixar! Adoraria. Olha que safado!".
A voz fala e gargalha em minha mente.
Olho para o decote dela. E ela nota e indaga.
— Gostou do que viu?
Sorrio, pois, foi o que perguntei na outra noite.
— São bem fartos né?
Ela sorri.
Me despeço dela, com um abraço mais demorado dessa vez, com o corpo dela pressionado contra o meu, e ela faz algo no meu pescoço utilizando a boca, que eu facilmente ficaria louco. Noto um volume na minha calça aumentar. Ela também percebe. Caramba, parece que estou sentindo as coisas mais intensamente do que o normal.
— Eu tenho que ir!
Digo. E saio do carro apressado.
"Você estava com a bola no gol, e não chutou, idiota mesmo".
A voz debocha.
Estela parece não entender e liga o carro, me deixando ali. Hora de reencontros. Me aproximo da casa dos meus pais e toco o interfone, aproveito o momento e passo as mãos no meu cabelo, ajeitando. Mas quando a porta se abre, eu tenho uma surpresa.
Não era os meus pais, era um senhor por volta dos seus cinquenta anos de idade, quase não possuía cabelos, ele era dono de uma enorme barriga, típica de gente alcoólatra. Sei disso, pois alguns tios meus têm uma igual.
— Bom dia senhor, tudo bem? Gostaria de saber se o Carlos se encontra?
Ele me analisa e indaga.
— Amor, você conhece algum Carlos? O rapaz está procurando.
Não demorou muito até que surgisse uma mulher morena aparentava estar exausta, com uma criança em seus braços. E ela fala.
— O que eu conheço é o Carlos Ferrat, o que vendeu a casa para gente.
Como assim vendeu? Eu cresci nessa casa, por que meus pais simplesmente venderiam? Será que as coisas apertaram para eles?
— Pode me arrumar um telefone para que eu possa ligar para ele?
— Mas é cla...
— Primeiro quem é você? Não posso sair passando o número dos outros assim.
O barrigudo que provavelmente é alcoólatra, diz rudemente.
— Eu sou filho deles.
Falo fitando o senhor.
— Você é o que eles pensaram que havia morrido, por isso venderam a casa para gente a quase sete anos atrás, eles nos disseram que estavam vendendo, pois, não conseguiam permanecer lá sem ter uma lembrança sua, e era doloroso demais para eles...
Foi a vez da mulher dizer.
— Amor, pega o telefone para o rapaz.
O senhor fala.
Momentos depois, a mulher retorna com um telefone, e meche, e segundos depois me entrega, vejo pelo visor o nome do meu pai. "Carlos Proprietário".
Coloco o celular na orelha, e o telefone chama até cair.
Me frusto um pouco, mas logo tento de novo. E dessa vez um homem do outro lado da linha atende.
— Alo Gilson! Como posso te ajudar? Está tudo bem com sua família?
Escultar a voz do meu pai, faz com que desencadeie uma crise de choro em mim, por saber que mesmo tendo passado sete anos, eles estão bem e vivos... Porém ele do outro lado, chamava, e perguntava se estava tudo bem achando que era o tal Gilson. Respiro fundo, e enxugo as lagrimas e falo...
— Oi Carlos, quem está falando é o Jon, seu filho.
— Que brincadeira é essa Gilson? Pare com isso.
Ele diz, e percebo a impaciência pela sua voz.
— Sou eu mesmo pai, aquele garoto que amava quando o senhor me levava para as aulas de treino, quando íamos acampar e o senhor me deixava atirar no arco. Quando eu tinha pesadelos e você e a mamãe ficavam comigo até o meu medo passar.
— Jon? É você mesmo? Mas como? Isso não é possível, deve ser um tipo de golpe, vou acionar a polícia seu vagabundo, você não tem trabalho, mas eu tenho.
Percebo que a voz de meu pai vacila do outro lado. Ele parece duvidar se sou eu mesmo. Eu também duvidaria.
— Não pai, sou eu mesmo. Pergunte algo que apenas seu filho saberia responder...
Eu preciso que ele acredite em mim. O outro lado fica em silencio, pensei que ele havia desligado, mas ele retoma, com a voz um pouco falha.
— Se é você mesmo meu filho, me diz qual foi a primeira palavra que você disse?
Se eu fosse um bandido eu erraria com toda certeza, o comum de uma criança seria dizer mãe ou pai, porém a minha infância foi diferente, possuía diversos pesadelos, quase todas as noites, via coisas e chorava muito, e minha primeira palavra foi...
— "Monsto..."
Falo.
Pude ouvir meu pai entrar em prantos do outro lado, assim que digo a palavra. Eu só queria estar perto dele, e o abraçar, ver a minha mãe. Ele respira fundo, e diz com dificuldade.
— Eu nem consigo acreditar em uma coisa dessas, você está mesmo vivo, filho. Você está onde? Vou te buscar agora, sua mãe vai ficar tão feliz filho, você não sabe o quanto...
Não consigo imaginar como foi a minha ausência para eles, o quão difícil foi lidar com o meu desaparecimento.
— Estou na nossa antiga casa. E não vejo a hora de ver vocês.
— Não sai daí, já estou saindo do trabalho.
Me aproximei do casal que acabou de me ajudar, e aparentemente eu esqueci de desligar o celular e o meu pai também, pois, escultei ele gritando. "— meu filho está vivo, ele está vivo pessoal. VIVO". Uma lagrima desceu meu rosto, enquanto um sorriso aparecia em meus lábios.
— Aqui, obrigado pessoal.
Agradeço ao casal.
— Você quer entrar, e esperar?
Foi a vez de Gilson ser mais cortes.
— Se não for incomodar vocês, aceito sim.
Falo.
Ele termina de abrir a porta, e adentro a minha casa, quer dizer a minha ex casa. A decoração mudou bastante, mas a imagem de como era antes, estava muito fresca em minha mente.
Me sento no sofá, logo após o casal se junta a mim, e me bombardeiam de perguntas. Fico um pouco desconfortável inicialmente, mas preciso treinar a minha história, e usei a mesma que contei a Estela...
Eles ficam perplexos de tudo que "vivi".
Não demorou muito até que o interfone tocasse, o que provavelmente indicava que meu pai havia chegado, me levanto e Gilson faz o mesmo, e se direciona a porta, ele abre, e era meu pai ali, com fios brancos mais presentes em seus cabelos, rugas mais expressivas em seu rosto. Meu pai havia envelhecido... Assim que me olha, ele adentra a casa rapidamente e me abraça, me apertando e diz com sua voz embargada de um misto de emoções.
— Nem acredito que você está vivo mesmo. Você está bem? O que aconteceu meu filho?
— Estou bem, e isso é uma longa história, e vamos ter bastante tempo para que eu explique para vocês. Onde está a mãe?
Ele se desvencilha do abraço e diz.
— Queria confirmar a veracidade da informação, antes de alerta ela, para não dar esperanças vãs, sua mãe sofreu muito com sua ausência, ela vai ficar muito feliz em ver o homem que você se tornou, meu filho. Você está mais alto que eu, e olha o tamanho desse braço, treinou bastante pelo jeito.
Sorrio para ele.
— Temos muito o que conversar, se não se importar. Gostaria de ver como a mãe está, vamos?
— Claro filhão.
Ele cumprimenta Gilson e sua mulher, agradecendo-os.
Saímos da casa, e meu pai foi em direção a uma Range Rover Evoque preta. O carro era absurdamente lindo, ele provavelmente trocou de carro, e que melhoria absurda. Ele tira a chave do bolso e destranca o carro. Me sento no banco do passageiro, na parte da frente.
Falamos sobre o trabalho do meu pai, ele pelo jeito comanda uma grande firma de advocacia agora. E o custo é se dedicar muito ao trabalho... Talvez a forma dele lidar com meu sumiço, foi entrando de cabeça no serviço, o que resultou em um bom desempenho, e uma promoção posteriormente. Ele me explicou o porquê saíram da nossa antiga casa. Minha mãe sofria muito quando acordava, e ia me chamar, mas todos os dias encontrava meu quarto vazio. Ele decidiu se mudar, para ver se ajudava de alguma forma, mas não funcionou tão bem assim, ela também se afundou mais e mais no trabalho para se distrair.
Meu pai fez uns gestos na tela do carro, e apareceu o número da minha mãe, e ele clicou em chamar, segundos depois a voz doce de dela preencheu o ambiente do carro.
— Oi amor, está tudo bem? Você me ligando a essa hora.
Não pude deixar de sorrir, saber que ela está bem e segura aquece o meu coração.
— Rebeca, está tudo bem sim, tenho uma surpresa para você, deixa tudo pronto, chego aí em 10 minutos para te pegar.
— O que você está aprontando?
Senti um pouco de receio transparecer na voz dela.
— Você vai amar querida! Até daqui a pouco.
Ele diz-me olhando, logo após de desligar a chamada com um clique na tela.
O restante do percurso, aproveitei para perguntar como minha mãe estava, e o que mudou para ela. E do jeito que meu pai disse, pude notar que o casamento deles não está dos melhores, não entendi o motivo então indaguei.
— Por que você acha que isso aconteceu pai? Quando eu era mais novo, parecia que vocês eram perfeitos.
— Não existe isso de perfeição filho. Ao longo do tempo, um relacionamento vai tendo atrito, e acaba desgastando... Não tem nenhum motivo específico, não que eu saiba.
Ele dá uma risadinha.
Quando me dei conta, meu pai estava estacionando em frente a um enorme prédio, a sua estrutura, na maior parte, era composta por vidro fosco, não conseguia enxergar lá dentro.
— Filho vou ir lá buscar ela, você quer ir? Ou quer esperar aqui?
— Vou espera aqui pai, se não se importar.
Poderia ir com ele, mas contando que se passaram sete anos, vou ter que responder perguntas de pessoas que não tem nada a ver com isso. Prefiro esperar e explicar o que me aconteceu só para eles.
Ele assente, mas antes de sair diz.
— Vou sinalizar para você sair do carro quando estiver voltando com ela.
— Está bom pai, até daqui a pouco.
Ele sai, e escuto um clique. Olho ao meu redor e o pino na porta se abaixa indicando que a porta foi fechada.
Deve ter trancado para evitar algum ladrão.
Olho para onde ele havia ido, e ele já estava abrindo a enorme porta de vidro escuro para entrar no prédio.
***
Quando meus olhos se encontraram com os da minha mãe, uma corrente elétrica pareceu percorrer meu corpo, e meu coração começou a galopar dentro do peito, como um cavalo livre no campo. Seus cabelos, agora tingidos de fios grisalhos, entrelaçavam-se em sua vasta cabeleira loira, testemunhando os anos que haviam se passado desde que nos vimos pela última vez. Ela estava mais magra, mas seus olhos ainda brilhavam com a mesma intensidade, e sua beleza, embora marcada pelo tempo, era indiscutível.
A ânsia de sair correndo e envolvê-la em um abraço apertado era quase avassaladora, mas a porta ainda nos separava. Então, o clique familiar ecoou, o sinal de que meu pai havia comentado. Com um movimento rápido, a porta se abriu e eu me lancei para fora, correndo em direção à mulher que havia me dado à luz, que havia sido meu porto seguro em tempos de tormenta.
Ela me observou por um momento, seus olhos transmitindo uma mistura de surpresa e receio, mas logo a luz do reconhecimento brilhou em seu olhar. Em segundos, estávamos envolvidos em um abraço que parecia transcender o tempo e o espaço, e sua figura se desfez em lágrimas que expressavam uma mistura de alegria, alívio e saudade contida. Pareceu uma eternidade enquanto nos mantínhamos assim, unidos pelo abraço que simbolizava nosso reencontro.
Finalmente, ela afastou-se o suficiente para segurar meu rosto entre suas mãos trêmulas, e entre soluços, ela indagou, com a voz embargada pela emoção, palavras que ecoavam o amor e a preocupação de uma mãe que há muito esperava por esse momento.
— Meu filho, é você mesmo? Não acredito nisso. Pensei que tivesse morrido. E olha para você, está enorme. O que aconteceu?
— Sou eu mesmo mãe, voltei para casa! Vamos falar disso depois que estivermos em casa.
Falo com um sorrisinho.
— Obrigado Deus, por ter trazido meu filho de volta vivo.
Ela leva as mãos aos céus, e logo após, me abraça novamente.
Coloco meu braço ao redor dela, e levanto minha mãe gentilmente, e giro com ela no ar. Exatamente como faziam comigo quando era mais novo. Ela sorrir e por fim fala.
— Temos que recuperar o tempo perdido filho. Vamos para casa, Carlos?
Ela olha em direção ao meu pai.
— Pensei em ir almoçar querida! O que acha?
— Almoço em família? Acho perfeito. Então vamos.
Agora me sento atrás, deixando que eles se sentem na frente, mas minha mãe se senta atrás comigo. Dizendo.
— Amor vamos naquele restaurante?
Eles trocam olhares, que diz muito em silêncio.
— Pode deixar meu bem, Jon vai amar aquele lugar.
Ele sorri, e liga o carro.
Passamos o caminho todo conversando sobre coisas leves, minha mãe falou sobre o trabalho dela, que atualmente gerencia uma empresa de Marketing. Fala também sobre um trabalho voluntário em um orfanato que ela faz. E falamos de diversas outras coisas...
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