Capítulo 11 ㅡ Quinta dos Tacos e pedidos de casamento
Já passava da meia noite quando me despedi de Wade. Fiquei dentro do carro de olho na rua, a única distração eram as músicas tocando na rádio, uma seleção das mais ouvidas de 2016. Eram quase duas horas da manhã quando Ludovica saiu do prédio a pé e caminhou até um carro prateado do outro lado da rua, Grenade do Bruno Mars tocava baixinho por cima dos meus pensamentos vigilantes. Finalmente era hora de agir. Esperei apenas o carro se distanciar e sumir em uma curva na rua.
Consegui entrar no prédio em forma de gata graças a pedra que deixamos impedindo a porta da sala de materiais. Nenhum faxineiro deveria estar de serviço aquela hora, mas não haviam suspeitas na forma como Rossi agiu mais cedo naquele dia. Sai para o corredor vestindo a roupa que Wade havia arranjado e me enfiei em um elevador evitando as câmeras de segurança com um dispositivo da tecnologia da Agência.
Uma pequena onda de pânico tomou conta de mim quando o elevador parou um andar acima de onde a cientista maluca que investigávamos mantinha as criaturas medonhas e um segurança adentrou. Uma pistola e um cacetete pendurados em um coldre no cinto de seu uniforme. Fingi naturalidade ao lhe dar um boa noite cordial.
ㅡ O que você vai fazer lá embaixo? ㅡ Perguntou de repente, quebrando o silêncio enquanto o elevador voltava a descer.
ㅡ Deixei cair uma da minhas vassouras enquanto limpava ㅡ menti.
ㅡ Mas você não está mais de serviço, já passou do seu horário ㅡ uma de suas sobrancelhas estava arqueada.
ㅡ Eu não estava mais aqui quando me dei conta de que não haviam duas vassouras no carrinho e queria garantir que meu colega do turno da manhã encontrasse tudo em seu devido lugar.
As portas do elevador abriram. Me dei conta de que o segurança não havia apertado nenhum botão enquanto apressava o corpo para o corredor sombrio. Sua mão agarrou meu pulso e me puxou de volta, colando meu corpo ao dele.
ㅡ Engraçado, não me lembro do seu rosto por aqui ㅡ sussurrou.
O elevador começou a subir com um pedido no terceiro andar.
ㅡ Sou nova por aqui, poderia me soltar?
O homem não era muito mais alto do que eu, conseguia ver seu rosto inexpressivo de relance por cima do meu ombro.
ㅡ Bom, eu pedi com gentileza ㅡ revirei os olhos e forcei o antebraço para trás, até que ele gritou de dor pela forma como torci seu braço e me soltou.
Afastei-me apenas o suficiente para arriscar uma joelhada no meio de suas pernas, usando a perna ligada ao lado bom do meu quadril. Desequilibrei levemente quando ele tentou agarrar meu tornozelo ao se contorcer e soquei seu nariz, o golpe final que o fez cair gemendo no chão. Virei-me a tempo de ver as portas do elevador se abrirem novamente, revelando um homem maior com o cacetete em mãos. Atrás dele haviam mais três.
Me encurralaram. De alguma forma, sabiam que eu estaria ali.
ㅡ O que faz por aqui, mocinha? ㅡ Ele batia o cacetete na palma da mão livre.
ㅡ Desculpe, eu me perdi ㅡ dei de ombros e forcei um sorriso inocente.
Uma mão pesada segurou meu ombro e me empurrou para trás. Pelo visto, não tinha nocauteado meu velho amigo com força suficiente e ele já havia se recuperado. Não parecia nada feliz com o nariz quebrado e o sangue escorrendo até o queixo.
ㅡ É sério isso? Cinco contra uma jovem indefesa?
ㅡ A julgar pelo jeito que você deixou o nariz do Tim, não é nada indefesa ㅡ comentou alguém atrás do brutamontes com o cacetete.
Pelo menos ele não disse que pareço velha.
ㅡ Ei, Tim! Acho que seus amigos estão com inveja do seu novo nariz ㅡ dei dois passos para frente, guiada pelo peso da mão dele ainda pousada sobre meu ombro. Um deles riu da minha piada.
Girei o tronco e abracei o braço estendido de Tim, então abaixei o máximo que meu quadril permitiu e joguei-o em cima do segurança mais a frente. Levantei vagarosamente demais, os outros três vindo na minha direção.
Desviei de uma arma de choque que quase me atingiu e cravei as unhas em sua barriga, além do uniforme de segurança, estraçalhando sua pele ao puxar a mão de volta. Os outros dois pararam embasbacados, alguma coisa atingiu um deles no ombro por trás e o derrubou.
Descobri que o brutamontes estava de pé de novo, porque cai no chão com ele por cima de mim. Meu quadril latejava com a pancada. O som de outra luta assomava-se na direção onde o outro segurança estava parado, mas eu não conseguia acompanhar o que estava acontecendo, apenas sentia os passos pesados no chão.
ㅡ Vou acabar com a sua raça, sua vadia ㅡ rosnou o homem em cima de mim, desferindo um soco no meu abdomem.
Fiquei sem ar com o segundo soco e tentei apertar sua garganta com força, ele segurou meus pulsos debatendo-se para que meu aperto não fosse forte o suficiente. Forcei minhas pernas a erguerem meu quadril, o cara pesava o que? Noventa quilos? Eu pegava coisa parecida na elevação pélvica...Antes do acidente. Mas um pedaço de metal deveria deixar meu quadril mais forte, certo? Errado. Me recusei a gritar de dor, a vontade de subir em cima dele e quebrar todos os dentes foi a motivação certa.
Estava quase conseguindo chegar com as pernas nos ombros dele, quando me dei conta dos passos pesados em nossa direção. Alguém arrancou o brutamontes de cima de mim com brutalidade.
ㅡ Tire suas mão imundas dela, seu porco! Eu vi você saindo do banheiro sem lavar as mão mais cedo. ㅡ Rosnou Wade, jogando-o no chão.
Ergui o rosto apenas o suficiente para ver Wade sentado no peito do segurança enquanto o socava sem parar. Olhei ao redor apenas para confirmar que ele havia feito coisa parecida com o segurança que se acovardou.
ㅡ Ei! ㅡ Gritei ofegante, com uma careta de dor ao rolar para o lado a fim de me erguer usando os joelhos como apoio. ㅡ Phillips! Passarinho, já chega!
O brutamontes já estava apagado no chão, assim como o primeiro cara que tentou me deter e o segundo que quase estripei com as garras. Ele finalmente parou, mas continuou sentado, olhando o rosto ensanguentado.
Manquei até ele fazendo careta e fiz uma chave de braço ao redor de seu pescoço para puxá-lo para longe do corpo. Podia sentir Wade tenso e a respiração irregular pela fúria. Mas ele se afastou grunhindo.
ㅡ Eu te mandei ir pra casa! ㅡ Cruzei os braços em frente ao peito, ignorando o quadril latejando. Encarando suas costas cobertas pelo tecido preto do uniforme. ㅡ E não precisava de tudo isso, estava quase dando cabo dele sozinha.
Wade virou-se bruscamente para mim, os grandes olhos cor de avelã amedrontados, as sobrancelhas loiras quase unidas no meio da testa. Ele tirou o cabelo da frente dos olhos, limpando também o suor do rosto com as costas das mãos, calado demais para o habitual. Já não me encarava mais, fitava as mãos abrindo e fechando, as luvas tingidas de vermelho. Lembrei de uma informação aleatória.
Cerca de uns sete anos, eu acho. Me mudei pra cá com minha mãe antes de começar o ensino médio, depois que ela finalmente cansou das traições do meus pai e aproveitou uma promoção do trabalho pra dar o pé na bunda que ele merecia.
E me dei conta de que talvez não fossem apenas traições. Não pelo estado catatônico de meu jovem parceiro. Duvidava que ele admitisse aquilo um dia, porque por trás de suas verdades deveriam haver omissões. Foi quando percebi que Wade era exatamente o parceiro que precisava para aquela missão.
Ele não hesitaria em fazer o que precisava ser feito, assim como eu. Dei um passo em sua direção sem mancar.
ㅡ Não acredito que você entrou em ação sem mim! ㅡ sua voz era brincalhona de novo.
ㅡ Acredite, não era o meu plano. Como eles me descobriram?
ㅡ A Rossi avisou para ficarem de olho nos elevadores daquele corredor ㅡ ele tirou as luvas, guardando-as no bolso da calça do uniforme. Os nós de seus dedos estavam avermelhados.
Começamos a andar em direção a uma janela lateral que dava exatamente no beco. Conseguia ouvir um ruído pelos rádios dos seguranças abatidos, os reforços não demorariam a aparecer.
ㅡ E como você sabe disso? ㅡ Indaguei abrindo a janela.
ㅡ Porque te desobedeci e não fui embora. Fiquei como calopsita em cima das câmeras, descobri o andar onde o laboratório verdadeiro da Rossi fica também.
ㅡ Não sabia que pássaros tinham uma audição boa.
Sentei no parapeito da janela. Estávamos no terceiro andar, a queda seria feia se eu não acertasse a caixa de ar condicionado logo abaixo.
ㅡ Não é muito boa mesmo. Eu sei ler lábios, na verdade ㅡ ele estava parado bem atrás de mim. ㅡ Ei, você não está pensando em pular né, Pantera Negra?
Pisquei os olhos surpresa.
ㅡ Que?
ㅡ Você faz igualzinho, com as garras...
Grunhi antes de me transformar em felina e pulei na direção da base de concreto abaixo. Foi por pouco. Depois saltei para uma lata de lixo comum lá embaixo. Vou ficar podre, mas não vou me quebrar.
Wade apareceu na forma humana e me tirou da caçamba. Minhas orelhas captaram um barulho na janela.
ㅡ Lá embaixo! ㅡ Gritou uma voz.
Ele começou a correr comigo debaixo do braço, só parando quando chegamos perto do meu carro. Voltei a forma humana, não estava mais com o uniforme ridículo de faxineira dos Laboratórios Palmer e sim o macacão que usava por baixo.
ㅡ O que você fez pra derrubar o primeiro cara? ㅡ Perguntei, dando a partida assim que Wade fechou a porta do passageiro da frente.
ㅡ A minha força não se altera na forma animal.
Wade me passou o próprio endereço, mas começou a dormir cinco minutos depois. Achei melhor ir para minha própria casa, mas não me dei ao trabalho de tirá-lo do carro ou ficar. Precisava voltar para a casa de Hélio.
Pode devolver minhas chaves no almoço, só não rouba o meu carro. Eu sei onde você mora.
Ps: Você fala dormindo.
ㅡ Mentira que você veio almoçar aqui e nem me avisou, sua bandida! ㅡ exclamou alguém atrás de mim, meio minuto depois que nos acomodamos em uma mesa na sombra. O sol finalmente havia resolvido dar as caras depois de dias de chuva.
Me deparei com Pedro parado de braços cruzados e uma careta animada, apesar da voz ter soado como uma bronca. O cabelo crespo estava preso por quatro tranças embutidas em fios roxos e dourados, diferente da última vez que o vi na que deveria ser minha festa de boas vindas. Provavelmente porque ele estava aproveitando o trabalho de escritório para ter a liberdade que não tinha como agente de campo e mudava o cabelo quase como se trocasse de roupa.
ㅡ Foi mal! ㅡ ergui as mãos em rendição e me levantei, apoiando nos descansos de braço da cadeira. Ainda estava meio sonolenta, apesar de dormir a manhã toda. ㅡ Eu vim direto encontrar com o Wade.
Seus olhos castanhos se reviraram.
ㅡ Tudo bem, sua traíra. Não estou chateado por você ter trocado de parceiro, só espero que não se importem por eu me intrometer nesse encontrinho de vocês. Tenho um babado pra te contar.
ㅡ Que? Isso não é um encontro ㅡ Wade riu nervoso e apontou para uma cadeira vaga em uma das mesas. ㅡ Pode ficar a vontade.
ㅡ É, Pedro. Cê tá maluco? Ele é praticamente um bebê!
De repente, Wade ficou vermelho por algum motivo e tentou se esconder atrás do cardápio, fingindo que estava escolhendo o que comer. Pedro puxou uma cadeira mas continuou em pé.
ㅡ Aí, tá legal, prometo total discrição sobre a conversa profissional de vocês! Mas enfim, como eu estava dizendo, tenho um babado pra te contar ㅡ ele agitou a mão para a frente e a deixou pairando no ar.
Quando abaixei os olhos, uma aliança de ouro com tiras de prata polida brilhava na pele negra de sua mão.
ㅡ Eu não acredito ㅡ praticamente gritei. ㅡ O Daniel te pediu em casamento?
ㅡ Pediu! ㅡ Ele deu um gritinho de empolgação genuína, sem se importar se as pessoas a nossa volta o achariam esquisito por isso.
Contornei a mesa e lhe dei um abraço apertado, extremamente feliz pela conquista.
ㅡ Olha, não vou mentir...nunca imaginei que ganharia um abraço seu espontaneamente. Mas fico feliz que te criei bem...AU! ㅡ Pedro me soltou depois que dei um tapa um pouco forte demais em suas costas. ㅡ Comemorei cedo demais.
Quando voltei para minha cadeira, Pedro finalmente se sentou.
ㅡ Vai, me conta como foi ㅡ pedi, mesmo sabendo que isso nos faria perder um tempo precioso, porque ele era meu melhor amigo e eu sabia que aquilo era importante para ele.
ㅡ Não quero atrapalhar o almoço de vocês, então vou resumir...
ㅡ Oi, bom dia. O que gostariam de pedir hoje? ㅡ Perguntou uma das garçonetes, interrompendo-o.
ㅡ Tacos Tradicionais sem pimenta e uma coca diet ㅡ disse Wade, prontamente.
A garçonete murmurou um "certo" enquanto anotava em um bloquinho de notas amarelo.
ㅡ Nachos acompanhados de frango com bastante queijo e o guacamole quente ㅡ pedi. ㅡ Ah, e uma coca litro normal.
ㅡ O de sempre, Jane. Bem quente ㅡ pediu Pedro. ㅡ Aí você já pode trazer a coca-cola e dois copos, vou dividir com a minha amigona aqui.
ㅡ Certo, certo ㅡ Jane riu e se afastou apressada para atender as outras mesas, as quintas costumavam ser o dia de maior movimento para a família Torres.
ㅡ Por que vocês pediram quente se o normal é vir quente mesmo? ㅡ questionou Wade.
Olhei para Pedro, incentivando-o a fazer as honras.
ㅡ No México, nesse contexto culinário, quente quer dizer apimentado e frio sem pimenta.
ㅡ Então a Natalie acabou de pedir um guacamole apimentado e você pediu, sei lá o que, muito apimentado?
ㅡ Isso, bom menino ㅡ Pedro bateu palmas satisfeito. ㅡ Enfim...O Daniel me levou naquele restaurante novo que inaugurou na praia. Aquele que eu comentei com você que estava louco pra ir, lembra?
Balancei a cabeça concordando. Outro garçom voltou com nossas bebidas e os copos. Servi o meu e o de Pedro enquanto ele continuava falando. Wade ficou brincando com a latinha dele.
ㅡ Depois que jantamos, ele me levou pra caminharmos na praia e de repente surgiu uma trilha de pétalas de flores vermelhas e você sabe...
ㅡ Você sempre teve o sonho de ser pedido em casamento na praia, com uma trilha de pétalas guiando até uma...
ㅡ Sh, sh, sh! Dá pra me deixar contar?
Wade suspirou, apoiando o cotovelo direito na mesa e segurou o rosto com a mão. Meu silêncio foi o indicativo que Pedro precisava.
ㅡ Na hora meu coração acelerou, porque é claro que eu sabia o que tinha no fim da trilha. E sim, era uma toalha branca com almofadas formando um sofazinho na areia, rodeado por velas aromáticas de mel e lavanda. Aí ele se ajoelhou, me pediu em casamento, nós nos beijamos, nos abraçamos e nos amamos.
ㅡ Na praia?! ㅡ Wade praticamente gritou.
ㅡ Que isso, menino?! Não! Tá doido? ㅡ gargalhou Pedro. ㅡ Tá pensando que dá pra fazer igual Culpa Mía? Além da praia ser um local público, é um saco ficar com areia no toba.
Comecei a rir sem parar, ao ponto da minha barriga começar a doer e Wade me encarava como se eu fosse um bicho de sete cabeças ou coisa do tipo. Respirei fundo e bebi um gole da minha coca-cola.
ㅡ Eu, eim...fomos pra minha casa que era mais perto, Wade.
ㅡ Atá ㅡ ele se encolheu todo na cadeira.
ㅡ Ainda não escolhemos a data e afins, mas você topa ser minha madrinha?
ㅡ Eu tenho outra opção?
ㅡ Ser a florista ㅡ o sorriso de Pedro era malicioso. ㅡ Claro que não é uma opção, gata!
ㅡ Sei ㅡ escondi o sorriso com o copo cheio de refrigerante. ㅡ Relatório, Passarinho.
Wade empertigou-se na cadeira e tirou minhas chaves do bolso com um pendrive preso pelo chaveiro.
ㅡ Aqui tem os vídeos de todas as câmeras de segurança dos laboratórios. Um aviso prévio: algumas partes são medonhas, aquelas criaturas ㅡ ele estremeceu. ㅡ Ela trata como se fossem bebês, em especial o urso.
ㅡ Você fez muita coisa em duas horas escondido ㅡ peguei o chaveiro apressada e guardei no bolso interno da minha jaqueta.
ㅡ Ei, essas são as chaves do seu carro e da sua casa? ㅡ Pedro me encarava embasbacado.
ㅡ Foi um mal necessário, eu vou trocar as fecha...ㅡ uma figura a esquerda me fez perder o raciocínio.
Usando calça cargo azul, botas de combate pretas e uma camisa de mangas curtas com a logo de alguma empresa de segurança estava o diabo que eu espionava secretamente.
ㅡ Oliver?! Quanto tempo, garotão! ㅡ Ouvi o velho dono da barraquinha de comida mexicana praticamente gritar e sair da cozinha para abraçar Masato. ㅡ Como vai a vida? E o seu bebê?
ㅡ Indo, seu Rafa. Elio está passando por um estirão de crescimento assustador.
O Sr. Torres gargalhou contente com as atualizações. Meus olhos saltaram de Pedro para Wade apenas para confirmar que também estavam assustados com a visão daquele fantasma tanto quanto eu. Jane apareceu com nossos pedidos e começamos a comer letargicamente.
Eu ainda conseguia ouvir a conversa, mesmo com o retorno do velho agente para a cozinha da barraquinha.
Tacos Clássicos no capricho pra já! Depois de que? Oito anos? É, eu me lembro da sua última aparição por aqui depois da morte do Marcus.
E o senhor continua o mesmo, quase sem cabelos brancos.
Senhor tá no céu, praga! Acho que os fios brancos que deveriam vir parar aqui estão no seu cabeção.
ㅡ Natalie, o guacamole vai cair ㅡ avisou Wade. Imediatamente peguei outro guardanapo. ㅡ Como eu estava dizendo, precisamos voltar nos Laboratórios Palmer. Se eu conseguir hackear os computadores da Rossi, vamos poder comparar com os da Dra. D'Luca e aposto que a general vai agir assim que identificar a tentativa de plágio dela.
Seu tom de voz não passava de um sussurro, ninguém além de nós conseguiria ouvir. Tanto que Pedro quase berrou um "O que?", por não ter conseguido escutar direito.
ㅡ Aposto que você vai precisar de um aparelho auditivo antes dos quarenta ㅡ tirei uma nota de dois dólares do bolso e coloquei na mesa.
Pedro sorriu e acrescentou cinco dólares na pilha.
ㅡ E eu aposto que você vai andar de bengala antes dos quarenta! Wade, quais suas apostas?
ㅡ Acho melhor não ㅡ seu olhar foi de mim para Oliver Masato se distanciando da barraquinha.
ㅡ Então você guarda o dinheiro até uma dessas duas coisas acontecerem ㅡ Pedro mordeu o burrito que pediu distraidamente.
Wade obedeceu, eu terminei meus nachos e me levantei devagar, sem fazer careta. Tirei a carteira do bolso e deixei o dinheiro da minha parte em cima da comanda, depois bebi um último copo de refrigerante.
ㅡ Volto pra falar com você mais tarde, antes do seu expediente acabar ㅡ falei encarando Wade.
ㅡ Onde você vai? ㅡ A voz de Pedro era só um ruído em algum lugar atrás de mim.
𓃠 𖧷 Olha quem resolveu dar as caras de novo: eu e a bicharada dessa história!
𓃠 𖧷 Como foi ler essa ação toda? Curtiram? De agora pra frente, teremos mais muahahhahaha
𓃠 𖧷 A paz da Natalie ta indo embora e a calmaria de vocês também. Onde acham que ela vai no próximo capítulo?
𓃠 𖧷 Talvez eu não atualize semana que vem, por ser aniversário do meu querido avô. Mas vou tentar de fato trazer uma atualização dupla na primeira semana de fevereiro!
𓃠 𖧷 Espero que estejam gostando, não deixem de comentar e votar. Amo interagir e ver os surtos hueheheheh
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