Capítulo 03 - Uma gata na toca de um leão
As crianças pedalavam mais devagar a medida que a noite recaía sobre São Francisco e as ruas estavam muito mais movimentadas por carros e motocicletas de pessoas voltando para casa depois de um dia de trabalho cansativo. Os remédios que me deram na clínica veterinária já haviam feito efeito e estava me sentindo molenga igual a um slime, estava com tanto sono que dormiria ali mesmo na cestinha de palha da bicicleta de Maya, mas de jeito nenhum eu poderia fazer isso. Assim que essas crianças bobearem, eu saio correndo até a lixeira mais próxima, volto a forma humana e vou embora.
ㅡ Os meus pais vão me matar, Elio! ㅡ suspirou Maya, parando de pedalar ao se deparar com mais um semáforo de pedestres no vermelho. ㅡ São quase sete horas da noite.
ㅡ Eles ainda nem devem ter chegado em casa, vai dar tempo ㅡ ofegou Elio, olhando-me com as grossas sobrancelhas escuras franzidas antes de encarar a amiga. ㅡ Qualquer coisa, a gente liga quando chegarmos na minha casa e avisamos que você está comigo.
Maya mal balançou a cabeça concordando e os veículos finalmente pararam para que eles atravessassem pela faixa de pedestres. Dentro da cesta, meu senso de direção tinha ido pro espaço, só conseguia ver o céu, os prédios e cabos de energia dos postes, o guidão da bicicleta de Maya e, se eu me esforçasse um pouquinho e me espichasse, conseguia ver os rostos das duas crianças sequestradoras de gatas. Mas, se minhas contas não estiverem erradas, estávamos passando pelo penúltimo semáforo.
Não demorou muito para chegarmos em frente a uma casa com pintura verde oliva desbotada e descascando em algumas partes por toda a fachada. As crianças falavam sem parar sobre a situação enrolada em que se encontravam enquanto prendiam as bicicletas no corrimão enferrujado da escada, eu já estava grogue demais para assimilar muita coisa e mal entendi metade do que diziam.
ㅡ Isso, com cuidado ㅡ instruiu Elio, em meio a um barulho de sacolas e chaves.
As mãozinhas de Maya me envolveram cuidadosamente enquanto ela me erguia da cesta de sua bicicleta e depois seus braços me mantiveram aninhados próximos ao corpinho dela. Elio falou algo que não compreendi devido a distância em que nos encontrávamos, então a garota começou a se movimentar rápido e as coisas ao nosso redor não passaram de borrões e portas batendo.
ㅡ Tudo bem se eu colocar ela na sua cama? ㅡ ela perguntou, parecendo nervosa ao se agitar e trocar o peso do corpo de um pé para o outro.
Elio resmungou alguma coisa, seus movimentos foram acompanhados do barulho de sacolas plásticas e farfalhar de lençóis. Por fim, Maya me deitou cuidadosamente sobre um travesseiro no meio da cama e se jogou do meu lado.
ㅡ Vamos avisar os seus pais que você está aqui, então arrumamos as coisas da gata até eles ou o meu pai aparecer primeiro, que tal? ㅡ sugeriu o garoto, se jogando do outro lado.
Por acaso ele tá pensando que é meu dono agora? Eu vou fugir pela janela assim que ele cair no sono.
Maya concordou tirando um celular do mais puro nada e digitou algo numa velocidade tão impressionante quanto o meu choque por crianças de dez anos terem um celular próprio.
ㅡ Pronto! ㅡ anunciou animada. ㅡ Eles disseram que vão passar para pegar pizza pro jantar antes de passarem aqui pra me buscar, então temos tempo pra você pensar em um nome.
Ah, não alimente esse tipo de ilusão no pobre coitado, Maya! Não vou ficar por aqui por muito tempo, tenho uma missão a cumprir.
ㅡ Não vou escolher um nome pra ela ㅡ o garoto riu, tirando dois potes de uma das sacolas que carregava. ㅡ A veterinária explicou que apesar de não ter um chip, ela pode sim ter uma família, já que além da operação no quadril essa gata também aparenta ser castrada.
Por mais assustador que isso pareça, eu não fui castrada...Pelo menos não enquanto gata. Foi escolha minha depois de ter concluído o treinamento anos atrás. Sem útero, sem cólicas, sem distrações e atrasos.
Maya grunhiu algo que carregava um misto de frustração e alívio, então perguntou o porquê de Elio ter uma sacola com coisas para gato se não pretende ficar comigo.
ㅡ A veterinária me instruiu a cuidar dela só um pouquinho ㅡ ele deu de ombros. ㅡ Depois eu vou soltar ela ou sei lá. Meu pai não gosta de bichos e por uns cinco dias eu acho que consigo esconder ela, mas depois...tem a colônia de férias no próximo fim de semana e aí vou passar o verão todo fora.
ㅡ Mas vai ser tão difícil não se apegar a esse anjinho... ㅡ lamentou a garota. ㅡ Não consigo me imaginar sem um bichinho de estimação.
Arrisquei olhar para Elio, apesar de mal conseguir manter os olhos muito abertos, ele parecia triste por não ter companhia, mas talvez o olhar sombrio fosse apenas impressão por causa da franja escura caindo em sua testa pelo ângulo que eu o observava.
ㅡ Achei engraçado que ela tem tipo uma máscara ao redor dos olhos ㅡ disse o garoto, depois de um bom tempo em silêncio.
Maya concordou rindo enquanto balançava as pernas que eram curtas demais para alcançar o chão.
ㅡ E ela tem uma carinha de mal humorada que só deixa ela mais fofa.
Ah, se eu pudesse revirar os olhos.
Um barulho no andar de baixo da casa fez as duas crianças pularem da cama assustadas e saírem correndo do quarto. Meus instintos deveriam ser ficar em alerta ou aproveitar a deixa para escapar pela janela, já meu corpo não parecia querer reagir. As drogas que a veterinária me deu haviam feito o efeito por completo, eu não conseguia mais lutar contra as pálpebras pesadas de sono, a forma como meu corpo estava relaxado sobre o travesseiro e meus ouvidos sequer captavam algo com sentido ameaçador. Não devo nem ter percebido quando dormi de vez.
Quando meus olhos finalmente se abriram de novo, já era de manhã e alguns raios de sol invadiam o quarto de Elio pelas frestas das persianas, iluminando parcialmente o cômodo. Eu estava exatamente onde haviam me colocado na noite anterior, mas estava toda contorcida e quase caia do travesseiro.
Sem o efeito dos remédios, consegui raciocinar e processar as coisas ao meu redor. O menino ainda dormia a uma boa distância de mim, já que me colocaram mais para a beirada da cama e o corpinho de pernas curtas só chegava na metade do colchão.
Espreguicei como se fizesse uma posição de yoga e bocejei, sentia meu corpo revigorado o suficiente para ir embora. Quando estava prestes a pular da cama para o chão e estudar uma forma de chegar até a janela sem bagunçar a cômoda abaixo dela, Elio se moveu. Quase soltei um suspiro de alívio ao ver que ele não estava acordando, então procurei por um despertador para conferir as horas, afinal de contas, é previsível que todo mundo tenha um despertador, ainda mais crianças.
Avistei o aparelho na cômoda. Sábado, 08:15 AM. Ainda era cedo...Mas um pouco atrás do despertador havia um porta retrato que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e meus bigodes tencionarem assim que reconheci um dos rostos na fotografia emoldurada.
Eu estava exatamente onde queria estar e de repente senti a grande necessidade de não estar mais. Talvez, só talvez, um pouquinho de desespero tenha batido no instante em que escutei a fechadura de uma porta rangendo ao ser aberta em um lugar não muito distante no corredor.
Se não fossem os medicamentos me deixando grogues na noite anterior, poderia ter me atentado a prestar mais atenção na casa em si e em sua disposição de cômodos, pelo menos assim teria uma noção mais ampla do ambiente em que me encontrava.
Averiguar o lugar que seria invadido era algo tão prático, tão natural para alguém experiente nesse trabalho, como eu costumava ser antes do acidente me deixar mole e enferrujada. Mas também não poderia me culpar tanto por isso, não tinha invadido aquela casa exatamente, minha situação se enquadrava mais como agressão seguida de sequestro e enclausuramento.
Quando percebi que os passos pesados do diabo pareciam vir em direção ao quarto do moleque, me apressei a pular da cama para o chão e me enfiei debaixo da cama, onde ficaria bem escondida pela colcha comprida que quase tocava o chão e ainda me permitia vigiar a porta.
Meus batimentos cardiacos se aceleraram só um pouquinho além da conta quando a maçaneta girou lentamente e uma pequena fresta se abriu revelando a silhueta alta e musculosa de um homem usando calças de pijama xadrez e camiseta cinza de manga longa e sem estampa. Ele se parecia demais como um homem normal ou como um pai que assistia o filho dormir da porta do quarto dele e que sorria abobalhado enquanto admirava o rostinho tranquilo da criança. Mas ele não era um cara inofensivo, ele era um demônio que havia sido um dos melhores agentes secretos da agência até fazer algo horrível com a esposa.
Eu não sabia que ele tinha um filho, muito menos que a criança em questão fosse o atropelador de gatos chamado Elio e sabendo disso, não poderia simplesmente ir embora. Não tinha como saber que tipo de criação Masato estava dando para o menino, o que significava que eu poderia estar em uma grande enrascada, considerando que o atropelamento poderia não ter passado do grande plano de clonagem do soro secreto.
Mesmo assim, se o capeta sabia que eu estava escondida ali não demonstrou. A menos que fosse exatamente o que ele queria que eu acreditasse...
Depois do que pareceu uma eternidade ㅡ e na verdade foi só um minuto ㅡ, Masato finalmente fechou a porta sem fazer barulho e se afastou cantarolando Summer In The City do Now United enquanto descia pela escadaria.
Elio acordou meia hora depois, quando um cheiro de bacon e ovos começou a recender da cozinha e começou a fazer "pspsps" um pouquinho desesperado por não me ver em cima de sua cama. Considerei não sair do meu esconderijo por alguns instantes, mas sou forçada pelos instintos de gata e vou em direção aos pezinhos descalços do garoto, parados próximo a janela do quarto.
ㅡ Que susto ㅡ ele arquejou quando dei uma cabeçada em sua panturrilha, involuntariamente ronronando ao fazer isso. ㅡ Então você se escondeu embaixo da cama...anjinho ㅡ completou parecendo experimentar o apelido que Maya havia me dado. ㅡ Está com fome?
Um pouquinho...vai pegar uns bacons pra mim?
ㅡ Vou pegar os potes de ração e água que escondi no guarda roupas.
Se eu pudesse, teria feito uma careta de nojo.
Ele se afastou de mim e voltou com um pote cheio com ração e o colocou no chão. Cheirei os grãos totalmente desinteressada, eu queria os bacons e não essa coisa podre. Nunca tinha comido ração de gato porque nunca ficava com fome quando andava por aí em missões como uma gata.
Encarei Elio tentando fazer com que ele entendesse que o que queria comer na verdade eram os bacons cheirosos que o diabo do pai dele estava fritando lá embaixo, falhei miseravelmente e ele empurrou o pote para mais perto de mim.
Me obriguei a reclinar a cabeça por cima da vasilha e pegar um grão usando a ponta da língua. Infelizmente, a ração até que tinha um gosto tolerável para minha forma felina e decidi ignorar o pensamento sobre o que aconteceria com o meu estômago quando me transformasse novamente na forma humana e continuei comendo.
ㅡ Tá legal, já volto ㅡ o garoto avisou antes de sair satisfeito carregando o outro pote que deveria ser o destinado à água. Voltou cinco minutos depois, deixando o recipiente cheio ao meu lado e saiu novamente.
Continuei me forçando a comer a ração e depois tomei um bocado de água.
Quando Elio voltou, eu havia deitado novamente em cima do travesseiro e estava lambendo a pata para esfregá-la no queixo para limpar qualquer resíduo de ração que tenha ficado ali. Ele não disse nada dessa vez, apenas trocou de roupa e se aproximou de mim com uma coleira verde nas mãos.
ㅡ Vamos lá fora pra você fazer coco, antes que decida fazer aqui no meu quarto e depois vamos dar uma passadinha na casa da Maya.
Protestei com um miado esganiçado e um pouco alto demais quando ele me pegou no colo, me enfiou debaixo do casaco e saiu correndo.
ㅡ Paaai, estou indo lá na casa da Maya, vou almoçar lá e volto antes de escurecer! ㅡ gritou antes de passar pela porta da frente.
ㅡ Está bem, vá com cuidado e se divirta ㅡ a voz grossa e rouca de Masato soou levemente abafada antes que Elio fechasse a porta.
A casa de Maya era na mesma rua, mais três casas acima. Antes de apertar a campainha, Elio me colocou no chão e me esperou fazer xixi ou cocô, mas eu não estava com vontade de fazer nada assim na rua e ainda não tinha me acostumado com a coleira. Quando ele pareceu ficar frustrado, cambaleei até perto de uma lixeira e pulei na borda dela para fazer xixi. Aquilo o deixou tão embasbacado que sentiu a necessidade de contar para Maya e os pais dela.
Maya morava com os pais, a avó e um gato. Todos nos receberam carinhosamente, menos Júpiter, o gato persa branco com cara de metido que chiou para mim e correu para se esconder embaixo do sofá. Em resposta, apenas mostrei a língua para ele e não me importei.
Elio pediu ajuda ao pai da amiga para me dar alguns comprimidos que a veterinária receitou. O homem o ensinou como colocar todos de uma vez no fundo da minha garganta e explicou formas para garantir que eu realmente engolisse. Por sorte, eram apenas duas minúsculas bolinhas, mas minha vontade era regurgitar tudo, incluindo a ração.
O dia passou com as duas crianças brincando, me enchendo o saco e o gato sendo um extremo babaca. Quando me deixavam em paz, eu me concentrava em bolar um plano para conseguir andar pela casa a procura de algo que incriminasse o pai de Elio de tentar clonar nosso soro secreto e também o plano de fuga, mas não consegui pensar em muita coisa com a baixa noção que tinha da casa.
Antes de voltarmos, Elio esperou que eu fizesse xixi na lixeira de novo, me recusei a fazer cocô ali mais uma vez e então ele me prendeu no quarto enquanto provavelmente passava um tempo com o pai na sala.
No domingo, ele não saiu comigo. Em vez disso, me levou para o banheiro junto com ele e resmungou algo sobre querer ver se eu faria xixi na privada enquanto parecia gravar um vídeo de mim. Não quebrei as expectativas do garoto, porque se ele esperava que eu fizesse minhas necessidades no chão, estava muito enganado.
Não dava mais para segurar tanta coisa e aquela ração estava mexendo com o meu intestino, então acabei evacuando também. Ver o coco caindo no vaso foi a deixa para Elio para de filmar depois de grunhir um "Uhh que nojo!".
Então passei mais um dia presa no quarto, enquanto o garoto perambulava pela casa. Ele realmente estava fazendo o possível e o impossível para me esconder do pai, o que me fez descartar a teoria de que meu atropelamento fazia parte de um plano maligno.
Na segunda, Elio seguiu a mesma rotina dos últimos dois dias, mas deixou a porta do quarto aberta antes de sair junto com Masato de manhã bem cedo. Só sai quando tive certeza de que o diabo não voltaria tão cedo e explorei a casa. Eu já sabia que o banheiro ficava bem em frente ao quarto do garoto e não estava com vontade de evacuar ou fazer xixi, já que tinha ido para lá junto com ele.
O corredor era pequeno, havia uma janela aberta no final dele e a terceira porta que deveria pertencer ao pai de Elio ficava para a direita do banheiro. Era a única fechada.
Fiquei encarando a maçaneta por um bom tempo. Não queria voltar à forma humana e deixar minhas digitais ali, então precisava pensar em uma forma de abrir usando minhas próprias patas. Se ela fosse oval ou alongada, seria muito fácil pular e colocar peso nela, mas a maldita precisava ser redonda.
Não faço a menor ideia de por quanto tempo fiquei encarando aquela porta. Minha mente se dividia entre imaginar que tipo de coisas cabulosas eu encontraria dentro daquele cômodo e como poderia entrar lá até que decidi simplesmente pular e agarrar a bendita com as duas patas dianteiras.
Me esforcei para colocar uma de minhas patas traseiras na parede enquanto tentava fazer a maçaneta girar com o peso do meu corpo e então puff! Como a mágica: abre-te sésamo.
Pulei de volta para o chão e me esgueirei pela fresta para dentro da toca do leão. Tudo parecia normal à primeira vista: a janela com as persianas abertas deixavam o quarto bem mais claro, a cama estava bem arrumada e nem parecia que um homem é que dormia ali de tão organizado. E ele ainda mantinha fotos com a esposa em uma penteadeira empoeirada, a maioria aparentando ser de antes de Elio nascer.
A única coisa meramente suspeita era a pilha de revistas científicas na mesinha de cabeceira, algumas com datas mais recentes e outras um pouco mais antigas, mais ou menos perto da época em que me afastei da agência por causa do acidente.
Todas elas tinham a cientista especialista em bioquímica Ludovica Rossi estampada na capa ou com o nome marcando uma das principais matérias. Ela tinha um rosto redondo bem marcante, emoldurado pelo cabelo preto cortado em formato wolf cut e uma trilha de sardas nas bochechas e nariz. Não sei de onde Masato a conhecia, muito menos que tipo de fetiche ele tinha com ela para ter tantas revistas falando dos avanços de suas pesquisas.
Depois de não encontrar mais nada, além de mais revistas com a cara de Ludovica em seu banheiro pessoal, sai do quarto tomando o cuidado de fechar a porta e desci para investigar o restante da casa.
Acabei frustrada por não encontrar mais nada incriminador, ainda que aquelas tantas revistas fossem o suficiente para me deixar em alerta.
Passei o resto do dia pensando se pulava a janela do corredor e ia embora ou voltava no quarto de Masato quando meus olhos encontraram um passarinho na janela aberta. Encarando-me fixamente e praticamente me desafiando a pegá-lo.
É claro que era apenas meu impulso felino falando mais alto. Mais forte que eu. Mais interessante em meio ao tédio. Foi sem pensar que saltei para a mesa e depois para a janela, voando pela abertura tentei agarrar o maldito que batia as asas debochadamente para longe.
Me joguei em direção ao chão do beco atrás da casa, tentando pegar o bicho mais uma vez e falhando miseravelmente.
Foi quando percebi que não era um simples passarinho, era uma calopsita. Mas ela desapareceu de vista de repente e então me dei conta de algo tão idiota que me faz querer arrancar cada um dos meus bigodes por não ter pensado antes de pular a janela. Passarinhos normais não deixam um gato persegui-los por diversão e calopsitas definitivamente não voam pelas ruas de São Francisco livremente e atraem um gato para um beco.
Estou prestes a me virar e sair correndo quando mãos grandes envolvem meu corpo e me erguem do chão. Sei que essas definitivamente não pertencem a Elio. E tem o cheiro hipnótico emanando desse corpo desconhecido. Um aroma destoando de tudo no beco, com notas de rum e sândalo que não é exatamente forte, mas é diferente de tudo o que já senti como gata e humana.
ㅡ Olá, agente Monroe.
𓃠 𖧷 MUAHHAHAHAHHAHA
Q
uem aí teorizou que o Masato era o pai do Elio?
𓃠 𖧷 Quero ver agora pra descobrir quem apareceu ai no final desse capítulo.
𓃠 𖧷 Mas o que será que o Masato fez de errado? Ele parece ser tão gente fina, bem diferente do que a Natalie fala.
𓃠 𖧷 Enfim, eu prometi que ainda essa semana teriamos esse capítulo. Eis aqui ele e agora só os deuses pra saberem quando eu vou atualizar de novo...(brincadeira, dessa vez não vai demorar muito, mas continua sendo data surpresa).
𓃠 𖧷 Espero que estejão gostando, não deixem de votar e comentar. Amo interagir com vocês e saber das teorias, então fiquem a vontade.
𓃠 𖧷 Nós temos uma playlist no Spotify que é só o babado e vou deixar o link dela em um comentário, espero que sintão a vibe da história com ela.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro