Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 32

Dylan permaneceu em silêncio, com as mãos tremendo ao segurar o tecido da camiseta que usava. Ele sentia a pele das bochechas quente, um misto de vergonha e raiva misturando-se em seu peito. Olhando para o chão, evitava a todo custo encarar Noah, cujos passos ecoavam pelo pequeno espaço enquanto ele andava de um lado para o outro, tentando explicar a situação a Katherine, esfregando as têmperas nervosamente com as pontas dos dedos.

— ... e foi isso, mamãe, eu não queria que ele se complicasse ainda mais ao tentar fugir. — Explicou, encarando a mãe que permaneceu calada, tentando absorver tudo o que seu menino havia dito. Ela sabia que Dylan seria um desafio, mas não esperava que, a essa altura do campeonato, o mesmo tentasse uma fuga. A agente realmente acreditava que o menino era mais esperto do que aquilo. O silêncio permaneceu, enquanto Dylan o encarava como se o mesmo fosse a pior pessoa no mundo.

— Você não entende o que poderia ter acontecido! — A voz de Noah finalmente cortou o silêncio, carregada de frustração. — Fugir, Dylan? Só Deus sabe o tamanho do buraco que você iria se meter. Eu não podia deixar isso acontecer.

Dylan levantou os olhos marejados, encarando Noah com uma mistura de incredulidade e dor.

— E isso te dá o direito de me bater? — Retrucou ele, a voz embargada. — Como se eu fosse uma maldita criança que precisa ser disciplinada?

Noah parou no meio do passo, suas mãos congelando no ar antes de se abaixarem lentamente. O peso das palavras de Dylan parecia atingi-lo como um soco no estômago. Ele havia feito exatamente o que a mãe fazia consigo durante todos esses anos, havia causado dor ao irmão, constrangimento, e sabia que estava errado. Ele não era responsável por Dylan, Katherine era.

— Eu não devia ter feito isso. — Noah admitiu, a voz mais baixa agora, quase um sussurro, tentando controlar o turbilhão de emoções que sentia. — Mas eu estava com medo. Medo do que você faria, medo do que poderia acontecer com você.

— Você não entende... — Dylan começou, mas sua voz falhou. Ele passou uma das mãos pelo rosto, limpando uma lágrima solitária. — Não é sobre você. Eu só... Eu não aguento mais esse lugar. Não aguento me sentir preso, sufocado.

Noah cruzou os braços, claramente lutando contra a vontade de se aproximar. Ele sabia que qualquer gesto agora seria mal interpretado.

— Eu sei que é difícil. Mas fugir não é a solução. Fugir nunca é a solução, Dylan.

O silêncio voltou a cair sobre os três, tenso e desconfortável. Finalmente, Katherine ergueu a cabeça, os olhos frios e calculistas avaliando cada detalhe da situação. Ela se levantou lentamente, cruzando os braços enquanto olhava primeiro para Dylan, depois para Noah.

— Chega. — Sua voz cortou o ar como uma lâmina, firme e inquestionável. — Os dois precisam ouvir o que eu tenho a dizer.

Noah abriu a boca para falar algo, mas Katherine levantou uma mão, interrompendo-o sem hesitar.

— Primeiro, Noah. — Ela apontou para ele com um olhar penetrante. — O que você fez foi inaceitável. Não importa as intenções. Não importa o medo. Você é o irmão mais velho, não o pai dele. Sei que já conversamos sobre isso, mas devia ter me chamado para resolver a situação. Isso termina aqui. Entendeu?

Noah engoliu em seco e assentiu lentamente, desviando o olhar. Katherine então voltou-se para Dylan, sua expressão suavizando um pouco, mas ainda mantendo a autoridade.

— E você, Dylan, tentar fugir foi a pior decisão que poderia tomar. Eu sei que está se sentindo sufocado, preso. Mas fugir não resolve nada. Isso só coloca a todos em perigo, especialmente você. Eu já perdi pessoas que amava, e não vou perder você. Você precisa aprender a confiar em mim, tudo que faço é para o seu bem, mesmo quando parece ser impossível.

— Eu não ligo que seja para o meu bem, eu não quero saber! — Dylan explodiu, os olhos marejados agora cheios de uma dor crua. — Eu não pedi nada disso! Eu não pedi para estar aqui, nem para que cuidasse de mim! — Ele engasgou nas palavras, sua voz falhando enquanto desviava o olhar. — Eu odeio vocês! odeio suas regras estúpidas e sua forma idiota de lidar com as coisas! - Ele gritou para quem quisesse ouvir. — Prefiro mil vezes a cadeia a ficar mais um minuto aqui! 

Katherine respirou fundo, deixando a frustração ceder espaço para algo mais profundo. Ela deu um passo à frente, mas manteve a distância suficiente para não invadir o espaço de Dylan.

— Você está certo, Dylan. — Sua voz agora era mais baixa, quase um sussurro, mas carregada de uma firmeza inabalável. — Você não pediu por isso. Não pediu para estar aqui, não pediu para passar por tudo o que passou. — Ela se lembrou de tudo o que estava reservado no passado, quando o mesmo ainda era apenas um bebê. — O destino tentou de todas as formas tirar você de mim. Mas aqui estamos, juntos. E você tem razão em sentir raiva, em sentir que não é justo. Só que fugir não é a resposta e voltar para cadeia, nunca foi e nunca será, uma opção. — Seu tom era sério e carregava uma firmeza diferente das vezes em que haviam conversado. — Sei que errei em muita coisa, mas, não vou cometer o erro de desistir de você. - Ela foi sincera em suas palavras e viu o menino lhe encarar, sem reação.

Dylan permaneceu imóvel, olhando para o chão, enquanto Katherine e Noah mantinham sua atenção presa a ele, aguardando algum retorno. Dylan estava se debatendo internamente, como se cada palavra de Katherine fosse um soco em sua resistência. Ele queria gritar, queria quebrar tudo, mas não conseguia. A dor e a raiva ainda fervilhavam dentro dele, mas o vazio em sua expressão mostrava que ele estava, de alguma forma, absorvendo o que ela havia dito.

Katherine sentiu a tensão no ar, o peso das suas palavras pairando entre eles como um campo de batalha invisível. Ela sabia que estava tocando onde Dylan mais se machucava, mas não podia desistir agora. Não podia deixar que ele se afundasse na amargura de um futuro sem saída.

No quarto, Eva e Alissa conversavam, alheias ao que acontecia no andar de baixo. Eva, sentada na beirada da cama, tentava disfarçar a preocupação que dominava seu olhar. Alissa, mais animada após o exame, falava sobre o que queria fazer quando tudo isso passasse, mas a mente de Eva estava longe. Ela não conseguia afastar a sensação de que algo estava errado.

— Você está me ouvindo? — Alissa perguntou, percebendo que Eva estava distraída, olhando para a janela sem realmente enxergar nada.

Eva balançou a cabeça, tentando se concentrar, mas não conseguia esconder a ansiedade que estava se formando dentro dela. Algo estava acontecendo com Katherine, ela conhecia a mulher como a palma de sua mão e sabia que ela não estava bem com tudo.

— Eu... estou preocupada com a Katherine. — Confessou ao dar de ombros, sua voz baixa. Ela não queria alarmar Alissa, que era apenas uma menina, mas era impossível ignorar a sensação de que a mulher estava cada vez mais distante, mais fechada para o mundo fora o trabalho. — Sinto que ela está tentando dar conta de tudo e está esquecendo de si mesma. — Expôs o pensamento que tanto lhe perturbava a mente.

Alissa olhou para Eva com atenção, percebendo a preocupação evidente em seus olhos. 

— Vocês são amigas a muito tempo? - Quis saber a menina, em tom levemente curioso.

—  Décadas. -  Riu a médica ao se lembrar da primeira vez se encontraram. - Meu pai também era militar e quando entrou para o FBI me colocou no programa de jovens que eles oferecem, foi onde conheci a Kate. - Ela não conteve o sorriso.  

Alissa sorriu ao ouvir a história, vendo como o rosto de Eva se suavizou momentaneamente, como se as memórias da amizade com Katherine a acalmassem, mesmo que brevemente. Eva, ao falar sobre a amizade delas, demonstrava uma conexão profunda, algo que aparentava ser maior do que Eva estava dizendo.

— Você não quis seguir uma carreira dentro do FBI? - Questionou, agora mais interessada.

— Bom, quando meu pai foi atingido em uma troca de tiros e ficou em coma por quase um ano antes de morrer, eu... — Eva pausou por um momento, como se as lembranças do passado a atingissem de novo, trazendo à tona a dor que ela ainda carregava. Ela fechou os olhos por um instante, buscando a calma necessária para continuar, e então, com a voz mais suave, respondeu. — Eu não sabia mais o que queria. Ele sempre foi meu herói, e eu cresci vendo ele trabalhar no FBI, sempre tão dedicado à justiça e à proteção. Mas quando ele se foi, tudo perdeu um pouco o sentido para mim. Eu estava perdida. — Ela olhou para Alissa, como se, pela primeira vez, estivesse compartilhando algo muito pessoal. — Eu ainda queria seguir o caminho dele, queria honrá-lo, mas algo dentro de mim disse que eu precisava de um novo rumo. Então, eu decidi ir para a medicina. Queria ajudar as pessoas de outra forma, de um jeito que não envolvesse a violência que eu via no trabalho do meu pai.

Alissa ficou em silêncio, absorvendo as palavras de Eva. Ela podia sentir a carga emocional de sua história, o peso da perda e a transformação que essa experiência trouxe para sua vida. Eva não tinha só mudado de carreira, ela tinha mudado a si mesma naquele processo.

— Eu entendo — Alissa disse, com um olhar maduro de mais para sua idade. — Às vezes, a vida nos empurra para caminhos diferentes dos que imaginamos, né? - Ela concordou, expondo um pouco de si mesma no processo. 

— A vida não anda sendo muito justa com você também, não é mesmo? - A médica quis saber, notando olhar triste de Alissa. — Pode confiar em mim, digo, se quiser conversar. - Eva sorriu de forma amigável, apertando de leve a mão da menina mais nova.

— Bom... - Alissa começou, soltando o ar que nem sabia que estava predendo. — Eu fui sequestrada, torturada e trancafiada por causa dos erros do meu pai. — Ela negou com a cabeça, sorrindo em indignação. — Quando ele morreu, levou junto consigo minha única oportunidade de resgate. Como senador, ele tinha uma influência muito grande e usou essa influência para se meter com quem não devia. — Eva compreeendeu o que a menina dizia e se compadeceu da mesma. 

Alissa era uma menina linda e sabia que Katherine faria de tudo para protegê-la, mas a dor e o peso das experiências passadas de Alissa ainda pareciam carregar um fardo imenso sobre ela. Eva sentiu uma compaixão profunda pela jovem, que, apesar de sua aparência leve e jovem, estava lidando com traumas que muitas pessoas jamais compreenderiam.

— Tudo vai ficar bem, vamos cuidar muito bem de você agora. - Garantiu e viu a menina sorrir em agradecimento.

O passado revelava coisas que as vezes seria melhor continuarem guardadas. Mas Eva sabia que que, apesar de durona, Katherine precisava de ajuda e ela iria fazer isso. Não que a medica duvidasse da capacidade da mesma de cuidar dos adolescentes, mas até onde sabia, a mulher nunca havia se mostrado ser muito maternal.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro