Capítulo 1 - Quem é ela?
Miami, Flórida - Estados Unidos - 05h00min AM
Existem momentos na vida em que nos sentimos inválidos e totalmente vazios de si, uns pela madrugada, outros no modo noturno, mas a questão não é em que tempo e fato como se nada parecesse fazer sentido, como escudos surrados do dia a dia nos fazemos e refazemos a cada ponta quebrada da linha tênue, onde por um lado as pessoas veem o que somos dispostos á mostrar, e pelo outro lado, a real versão do que acontece por trás de um regrado legado que chamamos de: vida social.
-Ok! - Olhos vidrados ao teto, ambiente pouco ventilado devido à simplesmente meu costume ser peculiar ao descansar com as portas e janelas fechadas em comprometimento a minha saúde. Acordar cedo não era o meu forte, pois sei que o mesmo é o essencial para que uma vida como todas as outras comece bem.
Devia ser considerado um caso a se pensar, eu não tolero nada vindo à base de regras prontas. Levantar da cama se torna um pesadelo e aguentar mais um parece torturante.
Estico meu braço descansado para alcançar o despertador conseguindo assim desligá-lo, crio coragem contando brevemente e me levantando rapidamente deixando de lado a tentação de voltar para o meu porto seguro de noites mal dormidas, apesar de meu corpo querer muito, eu podia sentir o quanto forçado estava para permanecer.
Por fim seguindo-me á batalha, ao entrar no banheiro me deparo com uma versão pessoal ao reflexo do espelho, da qual onde ninguém além de si pode avistar, mas sempre com a mente lembrando que a perfeição é a minha arma de sedução e desejo com todos os pudores, aceito me perfeita e isso basta, começando uma terapia intima entre minha intuição e aceitação de todos os dias, me sentindo satisfeita.
- Jauregui... Você está cada vez mais deslumbrante! - Disse, enquanto me satisfazia ao me olhar no próprio reflexo, madeixas bagunçadas e algumas sardas envelhecidas ao longo do tempo fazendo-me crédula ao que sou.
- Você merece um beijo de tão maravilhosa. Se a mesma não fosse a própria aqui... Eu definitivamente me renderia aos seus pés!
Ri, saindo do banheiro e então abri a janela. Eu adorava ver o sol nascer, todas as manhãs, particularmente é um espetáculo a céu aberto onde poucos valorizam seus atos de como o paraíso nasce sobre os olhos de cada um e não retribuem com o valor em que deves ser dado. Era um hábito que eu havia criado desde que havia começado a diferenciar a minha vida como uma espécie de rituais, correr uma vez a semana pois tinha uma mania ao longo da passagem espiritual que um dia sempre serás diferente do próximo que virás, tendo assim uma experiência de relaxamento vital notando as diferenças.
- Ah, sol... Será que é impossível brilhar igual a você? Por que não é possível, só você que reluz tanto assim. Um dia eu ainda chegarei lá , que a minha admiração á beleza em que a mãe natureza nos deu ,reflita sobre meu corpo que clama para ser escolhida na esperança de estar junto a ti - Fecho os olhos sentindo os raios penetrarem e esquentarem mais o ambiente do meu quarto , mas com frescor da brisa fria do vento que adentra ao amanhecer, dou uma risada um pouco abafada, me afastando sem desviar o olhar da janela aberta até chegar a porta do quarto abrindo a mesma e saindo em seguida.
Desço as escadas me direcionando á sala de refeição por fim me sentando rápido à espera da Sra. Fox, a cozinheira e governanta da casa.
- Bom dia, Senhorita Jauregui! Vejo que está muito animada para a sua volta as aulas. Terceiro ano? - Dizia com entusiasmo, o que me fez rir, em claro sinal de deboche.
- Eu não estou muito preocupada com isso. Não estou animada e muito menos
com expectativas, isso é só para quem não teve o que fazer essas férias inteiras e acha que vai ter algo tão esperado naquele colégio.
Megan logo dá de ombros e começa a me servir. Enquanto isso observei vagarosamente o quanto a mais velha estavas bastante atraente que nas outras vezes, o que me instigou bastante, e infelizmente, para ela, eu não conseguia me calar diante da situação sobre as minhas críticas sinceras.
- Sabe Meg... Está muito primorosa em meu ver, toda essa venustidade é para minha pessoa? Não sinta se retraída, chérie. - Digo, enquanto dava um sorriso de lado ao ver suas bochechas corarem levemente diante do meu elogio. Deixo o café ser colocado em minha xícara e em seguida dou um leve gole, enquanto observava suas reações.
- A senhorita é muito atrevida não achas, Lauren? Eu sempre me visto do jeito que me conforta e me satisfaz, e mesmo assim o seu ego fala mais alto que a sua intuição barata. - Rio de canto na certeza em que realmente o que ela disse era exato, mas eu não deixaria pôr em evidências.
- Certo, então eu estou completamente errada, sei que é muito linda ao ponto de se vestir perfeitamente e estando impecável a cada momento.-Respiro profundo mexendo meus dedos sobre o pano de seda da mesa ,balançando a cabeça em gesto negativo ,esparramo as mãos fazendo um barulho chamando atenção da governanta me levantando impulsiva ficando à altura da morena, não me contendo , puxo a colando o meu corpo ao dela, prendendo a contra á mesa escutando trincar as louças sem importância das mesmas se chocarem, e com a minha respiração descompassada sobre minha ação, me aproximo ao seu ouvido.
- Ilusionar quem já os conhece Sra. Fox? Você não me engana, o que estás esperando? Se pronuncie diante da acusação, sabes o quanto isso me instiga, admitas que me queira presente novamente em seu leito, e que provavelmente nunca resiste ao calor que meu corpo causa sobre o seu.
- E-eu admito Jauregui...,Porra, você está certa, isso é injusto o quanto eu sou totalmente entregue á ti .
- Obviamente, pois estás estampado em seu rosto, sinto e sei quando as pessoas estão empenhadas á necessidades do que já experimentou.
Aperto seu corpo enroscando meus dedos ao tecido de sua roupa, enquanto passeio meus lábios sobre o seu pescoço, o calor envolvente da Megan estava correspondendo aos meus comandos quando por meus sentidos, abro os olhos para olhar as horas e percebo que indicavas que já estava na hora de me encaminhar ao colégio. Afasto-me bruscamente olhando a mulher que agora mostrava uma expressão de frustração pelo motivo da separação repentina.
-But, infelizmente te deixareis, pois agora o dever me chama, até logo, Meg.
-Você é uma desgraçada, Jauregui!
-Concordo plenamente contigo.
Beijo seu rosto e pego uma fruta, assinto para a mesma fazendo me a minha deixa, chego a porta da sala e abro rápido saindo da minha residência e chegando ao estacionamento e destravando o veículo entrando na Lamborghini e dando a partida seguindo assim o meu caminho para o local destinado.
20 minutos depois...
Cheguei ao colégio Saint Thomas, onde tudo acontece e nada muda. Aparentemente é um dos melhores colégios de Miami, mas o que o faz desinteressante não se retrata ao ensino, mas pelas pessoas em que habitam nessa instituição.
-Lauren! Ai Meu Deus que saudades de você!
Assusto-me um pouco procurando de onde vinha a voz que para mim é um tanto familiar, e me deparo com a loira grandona, aparentemente a alegria transbordava em si .
-Hey Dinah Jane, tudo beleza?
-Estou ótima, como foram as suas férias?
-Foram prazerosos e relaxados, como eu sempre gosto. Sinto-me satisfeita.
-Claro! Sendo uma pessoa bastante importante e sendo inspirações para vários jovens.
-Óbvio que sim, eu sou a melhor que poderão ter futuramente para esse país.
-E com um amor próprio fora do normal, Lauren... Chega a ser incomum.
-Se eu não me amar, quem me amarás? Quer dizer, impossível alguém resistir ao meu eu, e nunca terá ninguém que tente enfrentar e jogar igual por igual, digo e repito Jane, Ninguém!
-Concordo com o quem te amarás se a mesma não se amar, mas também temos que olhar o lado das pessoas, Jauregui.
-Para quê olhar? Já basta todos me olharem e desejarem 24 horas, até eu me admirando ao espelho já basta. Olhar para outra pessoa seria patético, eu sou eu, e eu não mudarei, goste de mim quem quiser.
- Está bem então dona da razão e não se esqueça ,hoje á noite terá uma festa de inauguração da Balada 708, em que você foi convidada para prestigiar.
-Eu comparecerei lá, e sempre vou comparecer em tudo que me convém, é perfeito para minha imagem, você sabe, também compareça, quero sua companhia.
- Com certeza, pode deixar!
Chego á sala de Filosofia e entro junto com a Dinah recebendo olhares de vários, para mim é comum, por fim sento-me na carteira localizada no centro da sala e esperando a hora do Professor Ben aparecer.
- Bom dia turma! Vejo que temos rostos novos para o colégio, não é? Sejam bem-vindos! E aos veteranos, bem-vindos de volta ao Saint Thomas!
- Que legal! -Articulei com o tom baixo resmungando para que só eu possa ouvir.
É o primeiro dia, segundo mês do ano letivo do ensino médio, o professor estava nos dando as últimas informações sobre as regras das eleições para líder do grêmio estudantil, o que eu achava estulto, enquanto isso despejava palavras como forma de cansaço.
- Uma coisa chata essas eleições, é só votar em mim pessoas, sem pensar muito e pronto, não sejam tão tolos.
Eu queria sair daquela aula agonizante de primeiro dia, mas a Dinah me chama a atenção, o que me faz virar para a mesma.
- Lauren, pelo amor de Deus, não é assim que funciona, você tem que ter algo útil a oferecer para melhorar a instituição e então o povo votarás em você.
- Eles sabem o que é melhor para eles, eu não gastarei minha preciosa e útil voz para convencer esse pessoal.
Reviro os olhos batucando na carteira enquanto volto a atenção para frente para tentar aturar os minutos que restam para terminar a primeira aula da manhã sem me envolver, quando por falta de sorte, o professor me chama.
- Lauren Jauregui , sinto que poderás ser uma das candidatas mais fortes para essa eleição, aposto que participarás disso e pretende ajudar a melhorar o ensino estudantil, o que acha?
Olho para o professor atenta e meio que sem interesse a participação, mas algo me dizia que eu poderia me dar bem nisso sem esforços.
- O senhor está certíssimo disso! Podes deixar que eu esteja disputando essa eleição aí, será moleza.
Sorrio passando confiança ao mestre e com muita certeza de que isso seria fácil para mim, fico olhando as pessoas ao meu redor e pisco o olho para uma delas vendo a mesma ficar corada sobre a minha atitude. Escuto o sinal tocar, o professor dar as informações e finalmente sair da sala, saí em seguida junto com a Dinah à procura das outras meninas, a Ally e a Normani.
- A Normani deve estar saindo agora da aula de inglês e a Ally da aula de Redação. –Jane me olha e em seguida começa a mandar uma mensagem para as meninas nos encontrarmos na quadra.
- Ótimo! Fala para elas não se atrasarem, pois quero falar sobre a inauguração dos 708, que vai ser um arraso, que eu serei o destaque como sempre e por também querer que elas também estejam do meu lado.
Rio acenando para algumas pessoas que me chamam atenção e faço sinal para falar comigo depois, não prestei tanta atenção à frente quando de repente alguém se esbarra em mim fazendo alguns livros e adereços caírem ao chão. Olho frustrada e com bastante raiva do ser que colidiu sobre mim.
- Não sabe olhar por onde anda? -recuperando meu olhar tento enxergar a pessoa, falhando assim já que a mesma apresentava-se com um veste diferente, com um sobretudo e adornos, incluindo o capuz que cobria metade do seu rosto deixando apenas a mostra um pouco da pele e seus lábios finos e sem expressão, visto que ela permanecia agachada recolhendo os objetos escolares que haviam caídos devido á colisão.
- Nossa... Além de cega é muda? Veio de onde? Do ritual satânico? Sugiro te dizer que isso continua fora de moda. -Não me contendo faço uma breve piada crítica ao estilo da moça observando a prosseguindo ao que executava.
- Desculpa garota, mas... olha por onde caminha da próxima vez -Me toco que estavas quieta demais à minha frente, julgando sua expressão natural já que as pessoas sempre atuam se de forma recatada sobre minhas consequências e com finalidade de forjar média, me prontifico a cooperar apanhando o restante dos livros que caíram e fito um livro excêntrico e desigual aos outros do colégio, realmente aquilo não era livro escolar. Deve ser algum livro de ficção.
-O que é este livro? - Ao questionar a ela, a menina rapidamente retira das minhas mãos o livro, me fazendo levantar hesitante e a mesma dar as costas seguindo seu caminho sem me corresponder.
- Não há de quê para você também, misteriosa. -Me viro para procurar a Dinah e a mesma estava dialogando com algum amigo atleta e em seguida se despediu do mesmo, voltando para o local. Permaneci seguindo a com os olhos a menina misteriosa até ela desvanecer da mesma forma que as outras pessoas andavam aforçurados no corredor.
- Em nenhuma circunstância eu havia avistado esse tipo de garota aqui nesse colégio. Quem é ela? E que livro é aquele?
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Então, o que vocês acharam desse capítulo?
Devo continuar? :) Por favor, deixe algum feedback se você gostou dela . Ah e... O extinto FBI de vocês estão apurados? Por que irão precisar muito dele, fiquem a dica! Ahaha.
Xoxo,See you.
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