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Capítulo XVII

Assim que cheguei no Brasil, falei para minha mãe e pra família da Aksa o verdadeiro motivo de termos ficado mais tempo no Kampala.

A família Fernández, meu cunhado e meu sogro ficaram muito surpresos com a notícia. É óbvio que todos ficaram muito felizes e me desejaram parabéns, mas demoraram um pouco para acreditar, ainda mais porque a Aksa sempre deixou claro que não tinha a mínima vontade de ser mãe.

Já a minha mãe nem perdeu tempo ficando surpresa, assim que contei ela começou pular e chorar de alegria pelo primeiro neto dela.

— Baba. - ouvi a voz de Djevá e acabei sorrindo por achar fofo. 

— É, filho. A mamãe tá falando com o papai!

— Estou quase indo aí no Kampala buscar vocês. - disse arrumando o celular entre o ombro e a orelha - Já são três meses longe da minha família, sem contar que eu ainda perdi o primeiro aniversário do nosso filho. Não aguento mais essa saudade! - escutei sua risada de leve.

— Calma, amor. Já já estamos aí no Brasil! - ela deu uma pausa e eu pude ouvir alguns resmungos do nosso garotinho ao fundo - Você comprou a cadeirinha do Djevá que eu te pedi?

— Comprei ontem. - fechei minha mochila, peguei minha jaqueta e saí da delegacia - Onde vocês estão, preta?

— Oi?

— Onde vocês estão? - perguntei outra vez - Tô ouvindo umas vozes de fundo, parece que você tá num lugar cheio.

— É... Nós estamos andando, eu resolvi sair pra dar uma volta com ele!

— Agora? - olhei no relógio - Não tá meio tarde pra você sair na rua sozinha com um bebê, Aksa?

— Já estamos voltando.

— Humm, tá bom. Toma cuidado! - entrei no carro - Preciso desligar, preta. Vou começar a dirigir!

— Okay, mas antes de desligar, eu posso te pedir um favor?

— Claro. - deixei a mochila no banco de trás.

— Vem buscar a gente no aeroporto, por favor. - comecei a rir.

— Para de brincar com isso. Não tem graça! - coloquei o cinto de segurança.

— Mas, eu não tô brincando. É sério!

— Me liga de vídeo, então. - pedi.

— Tá, espera um pouco.

Assim que vi seu rosto, pude notar uma quantidade enorme de pessoas passando atrás dela. Logo em seguida ela mostrou as malas, e direcionou a câmera para o carrinho do  Djevá.

— Filho, fala pro papai que nós já estamos no Rio e que precisamos que ele venha nos buscar.

— Não é possível. - senti vontade de chorar e sorrir ao mesmo tempo.

— Vem logo, amor. Já tô nesse aeroporto a mais de 40 minutos esperando seu turno acabar! - ela riu - Não esquece a cadeirinha!

Estava tão surpreso que nem respondi, só desliguei a chamada e liguei o carro.

Por sorte eu já havia instalado a cadeirinha no banco de trás do meu carro, então fui direto para o aeroporto. Dirigi o mais rápido que pude, nem liguei pra multa que iria chegar daqui alguns dias, só estava preocupado em ver a minha família.

Praticamente larguei meu carro no estacionamento e saí correndo para chegar na entrada do aeroporto. Olhei para os lados, mas não vi eles no primeiro momento, até que meu celular começou a tocar.

— Oi, preta. - passei a mão pelo cabelo - Onde vocês estão?

— Atrás de você!

Ao me virar, pude ver a Aksa colocando o Djevá no chão e apontando para mim. No mesmo instante ele começou a andar, não muito rápido, mas com passos largos e equilíbrio quase perfeito.

Me aproximei um pouco mais deles e agachei estendendo os braços. Escutar sua risada enquanto vinha em minha direção fez meus olhos encherem de lágrimas instantaneamente.

Assim que seu corpo ficou ao alcance das minhas mãos, segurei-o com força e levantei-o para o alto.

— Baba. - disse sorrindo.

Não consegui responder, só apertei-o contra meu peito tomando cuidado para não machucá-lo.

Andei até a Aksa e deixei o Djevá no carrinho.

— Me dá só um minuto, filho.

Imediatamente abracei minha esposa até seus pés saírem do chão. Ela entrelaçou as pernas na minha cintura e apertou os braços em volta do meu pescoço.

Afastei nossos rostos levemente só para conseguir alcançar seus lábios, beijei-a de forma intensa, mas ao mesmo tempo, carinhosa.

— Amor, nós estamos em um aeroporto. Tá todo mundo olhando! - disse rindo.

— Você acha mesmo que vou me importar com essa gente depois de ter ficado três meses sem te ver?

— Claro que não. - respondeu sorrindo e juntou nossas bocas rapidamente antes de descer do meu colo - Sentimos tanto sua falta!

— Ainda não tô acreditando que vocês estão aqui!

— Então, pode acreditar porque, finalmente, sua esposa e seu filho chegaram. - disse sorrindo - Agora vamos para casa, por favor. Tô louca pra ver o quartinho dele!

Enquanto estávamos na África compramos só o básico para o Djevá, já que não daria para trazer tudo para o Brasil, por isso a Aksa estava tão ansiosa.

Durante o trajeto, fiquei o tempo todo conversando com a Aksa sobre os detalhes da adoção, sobre como foi a adaptação dela lá no Kampala, se o nosso príncipe se assustou com a primeira viagem de avião e muitas outras coisas.

Chegamos em casa e ela foi direto para a cozinha.

— Humm, o cheiro dessa comida tá fazendo meu estômago roncar! - a Aksa falou e pude ouvir o grito de surpresa da Cecília.

— Gente, como assim? - disse em voz alta e foi abraçar minha esposa - O senhor Rodrigo nem me avisou que vocês viriam hoje.

— Nem ele sabia. Avisei quando já estávamos no aeroporto!

— E cadê o neném? - perguntou curiosa.

— Aqui. - eu disse adentrando o cômodo com o Djevá nos braços.

Cecília arregalou os olhos, abriu a boca e se aproximou de mim rapidamente.

— Ôh, meu Deus. - disse com uma voz fofa ao pegá-lo no colo - Você é muito lindo!

O Djevá é uma criança tão iluminada que sorriu de um jeito tão carismático, ficou até parecendo que ele já conhecia a Cecília.

  Nós três ficamos conversando por um tempo, depois eu peguei-o no colo novamente e fomos em direção ao segundo andar.

— Você já colocou a grade de proteção? - a Aksa perguntou olhando para a escada e eu assenti - Que rápido!

— Tudo planejado pro nosso gordinho. - mordi seu braço levemente e ele riu.

O quarto do Djevá era quase em frente ao nosso, e já tinha um enfeite na porta com o nome dele.

— Abre logo, Rodrigo. - ela disse quando me viu colocar a mão na maçaneta.

— Calma. Preciso te dizer algumas coisas antes! - ela revirou os olhos e eu ri - Você pediu para eu não usar azul, então eu tomei a liberdade de pintar o quarto com as minhas cores favoritas!

— Preto e cinza?

— Isso. - sorri - Também achei que aqueles modelos de quarto mais delicados não combinavam muito com ele, então optei por algo mais simples. - fiz uma pausa - Tá preparada? - ela assentiu e eu abri a porta.

Eu estava extremamente ansioso para esse momento. Decidi todos os detalhes do quarto sozinho porque a Aksa cismou que queria ser surpreendida, por isso fiquei com medo dela não gostar.

  Seus olhos se arregalaram e sua boca abriu em surpresa ao olhar os detalhes do cômodo.

— Eae, gostou? - perguntei apreensivo.

— Se eu gostei? - sorriu - Amor, você mudou até a estrutura do teto! - ela andou pelo local - As cores harmonizadas, os desenhos... - parou de costas para o berço - Tá perfeito. Eu amei!

Suspirei de alívio, coloquei nosso em cima do tapete e fui até ela. Passei meus braços em volta de seu corpo e ela retribuiu o abraço, depois de lhe dar um beijo, ficamos parados, observando o Djevá explorar o quarto.

— Gari ndogo! - disse com um pouco de dificuldade, ao estender um dos brinquedos em nossa direção.

— Precisamos começar a pagar algumas aulas de português pra ele. - ela disse - Não queria que ele começasse a estudar cedo demais, mas logo logo ele vai entrar na creche e vai precisar falar português pra conseguir socializar.

— Pois é. - encarei-a - Quer que eu dou uma olhada nisso pra você?

— Não precisa, amor. - sorriu - Você já fez muita coisa, pode deixar que eu resolvo isso! - lhe dei um selinho e fui em direção ao Djevá.

— Kwa kireno, hii inaitwa (em português, isso se chama): carrinho. - falei lentamente e ele me olhou com atenção.

— Carrinho. - repetiu com ainda mais dificuldade e eu ri.

— Isso. - sorriu de volta. - Com o tempo você pega o jeito!

— Amor, vou tomar banho. - a Aksa agachou ao meu lado.

— Tá, vai lá. - me deu um selinho e saiu.

Depois de um tempo, eu mesmo dei banho, troquei a fralda e coloquei roupa no Djevá. Descemos para jantar e não demorou muito pra ele cair no sono, já que devia estar cansado da viagem.

Deixei a Aksa mexendo no celular e fui tomar banho. Saí do banheiro com a toalha enrolada na cintura e os cabelos molhados, mas fiquei paralisado ao olhar pra cama.

— Caralho, preta. - analisei-a de cima a baixo e ela riu - Assim não dá.

Ela levantou da cama e veio caminhando em direção, quando se aproximou fez uma leve pressão contra meu corpo e, por impulso, acabei dando alguns passos para trás até sentir a parede atrás de mim.

Nossos corpos estavam tão próximos que conseguia ouvir o batimento acelerado do seu coração.

A Aksa tirou aquela espécie de "roupão" super transparente que estava vestindo, e ao olhar para baixo, tive a visão perfeita do seu corpo.

— Uma palavra, Aksa. - encarei seus olhos - Só uma palavra e eu rasgo esses pedaços de pano que você tá usando!

Em um puro ato de provocação, uma de suas mãos parou no meu abdômen e a outra se direcionou para a minha nuca. Ao vê-la ficar na ponta dos pés, segurei sua cintura e ela deixou nossas bocas a milímetros de distância.

— Vem! - sussurrou e soltou um sorriso que me fez perder a cabeça.

É, pelo jeito essa noite vai ser bem longa!

Minha volta pro Brasil foi uma surpresa pra todos, mas a apresentação do Djevá para a minha família e para a minha sogra foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida.

A dona Eliza está tão entusiasmada que resolveu fazer um almoço em sua casa para  apresentar o nosso filho aos irmãos e aos sobrinhos dela.

Eu conheço os tios e os primos do Rodrigo, mas foram poucas as vezes que os vi porque meu marido não tinha contado com eles antes de se reencontrar com a mãe.

— Até que enfim vocês chegaram. - minha sogra disse ao vir me abraçar quando saí do carro - Achei que vocês nem  viriam mais.

— Tivemos um contratempo e nos atrasamos. Desculpa! - sorri.

— Tudo bem. - olhou através da janela do carro - E cadê o neném da vovó?

Mesmo ainda estando na cadeirinha, Djevá riu animado. Peguei-o no colo e logo já entreguei-o para a mãe de Rodrigo.

Pouco tempo depois o Léo apareceu para me cumprimentar, mas depois de alguns segundos já estava totalmente concentrado no bebê.  O Leonardo também está amando essa experiência como tio, é muito fofo ver quão carinhoso e cuidadoso ele é com o Djevá.

— Oi, mãe. Oi, Leonardo. - Rodrigo disse ao se aproximar - Eu também sou da família, tá?!

— Oi, meu filho. Desculpa! - disse indo abraçar meu marido - Fiquei tão concentrada no Djevá que me esqueci de você.

— É, eu percebi. - ri por causa do seu drama.

— Vamos, tá todo mundo lá dentro esperando pra conhecer esse bebê! - ela disse.

Como meu filho estava aos cuidados da minha sogra, nem me preocupei em lhe dar almoço pois tinha certeza que ela faria isso com o maior prazer.

Eu e Rodrigo almoçamos, depois fomos conversar com os convidados que não estavam admirando nosso filho.

— Preta, o remédio do Djevá. - Rodrigo me lembrou.

— Ele tá doente? - um primo do meu marido perguntou.

— Ele tava meio gripado por causa da mudança de clima, mas já está bem melhor! - me levantei do sofá e olhei para Rodrigo - Vou procurar sua mãe, com certeza ela está com ele.

— Precisa de ajuda?

— Não, pode deixar. Eu consigo dar o remédio sozinha!

A casa da minha sogra não é grande, mas com aquela quantidade de pessoas andando pra lá e pra cá, ficou um pouco difícil me movimentar.

— Ah, você tá aí. - passei o braço pelo pescoço da minha sogra.

— Parabéns, Aksa. Seu filho é a criança mais linda e carismática que já vi na vida! - um dos irmãos da minha sogra disse.

— Muito obrigada.

— Meu neto é perfeito, gente. Sou apaixonada naquele garoto!

— Falando nisso, cadê meu filho, dona Eliza? - encarei-a.

— O Léo levou ele pra brincar no quarto dele. Vai lá!

— Tá, já volto. - saí andando.

Fui até o quarto do meu cunhado, e como a porta estava aberta, percebi que estava vazio. Instantes depois o Léo chegou com a mamadeira do Djevá cheia de suco.

— Eae garotão, você sabe onde tá meu filho? - o menino franziu o cenho - Preciso dar remédio pra ele!

— Ele não está aqui? - perguntou ao entrar no cômodo.

— Não.

— Mas, eu deixei ele aqui. - olhou ao redor.

— Você deixou meu filho de 1 ano sozinho no meio desse tanto de gente, Leonardo?

— Eu só fui pegar suco pra ele. Juro que foi só por 1 minuto! - pelo seu tom de voz, ele estava mais assustado que eu.

— Por que você não fechou a porta, pelo menos?

— A fechadura está quebrada, se eu fechasse, ele ia ficar trancado aqui dentro. - passou a mão pelo cabelo do mesmo jeito que o Rodrigo faz quando fica preocupado - Aksa, me desculpa, por favor.

— Calma, Léo. Também não precisa ficar assim. - fiz uma pausa - Vai lá olhar no quarto da sua mãe que eu vou ver se ele está com alguém. - ele deu um passo, mas chamei-o de volta - Não conta pro seu irmão, ou ele vai brigar contigo!

— Tá. - falou e saiu quase correndo do quarto. 

  Minha idéia era ver se ele estava com alguém, mas olhei no banheiro antes, já que ficava perto do quarto do Leonardo.  Depois de verificar que não havia ninguém lá dentro, notei que a porta de um outro cômodo estava entreaberta.

Aquele costumava ser o quarto de hóspedes da casa, e como ele ficava vazio na maior parte do tempo, tomei a iniciativa de olhar lá.

A cena que eu vi ao abrir a porta me deixou paralisada. Meu coração pareceu ter parado por alguns segundos.  Estava tão em choque que as palavras quase não saíram da minha boca.

— O que tá acontecendo aqui? 

— Mama. Carrinho. - Djevá disse sorrindo levantando o brinquedo.

— Sai de perto do meu filho. AGORA!

*Relevem os erros, por favor.*🥺
Eita, quem será?😳

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