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Capítulo I

Acordei com a sensação de que minha cabeça iria explodir a qualquer momento do dia. Eu sempre amei usar meu distintivo, mas hoje eu não estou com a mínima vontade de pisar naquela delegacia, eu só queria ficar em casa e encher a cara o dia inteiro.

Levantei lentamente da cama e fui até o banheiro para tomar um banho, tentando afastar aquela falta de vontade. Escovei os dentes, arrumei o cabelo, vesti meu "uniforme", peguei meu distintivo e fui em direção à garagem.

— Não vai comer nada, senhor Rodrigo? - Cecília me perguntou quando passei pela cozinha.

— Estou sem fome, vou comer no almoço! - sorri da forma mais gentil que consegui e fui para a sala.

Antes que pudesse chegar na garagem, ela me chamou de novo.

— Telefone para o senhor! - disse me estendendo o telefone fixo.

— Alô.

— Oi Rodrigo, aqui é a Érika, namorada do Rafa. - franzi o cenho em dúvida.

— Ahh, oi.

— Tentei ligar no seu celular, mas só caiu na caixa postal! - ela parecia preocupada e inquieta.

— Meu celular teve um problema, preciso levá-lo no técnico!

Na realidade, ontem, enquanto eu estava bêbado, taquei meu celular na parede. Fiquei com vontade de ligar para Aksa e me ajoelhar na frente dela para pedir perdão por ter sido um tremendo babaca, mas já faz 5 meses que terminamos , não seria justo querer que ela interrompesse os planos dela para reatar nosso namoro.

— Mas, está tudo bem Érika? Aconteceu alguma coisa? - perguntei - Você está ofegante!

— O Rafa bateu seu carro! - sua voz ficou embargada - Ele saiu para ir na casa de alguém e acabou batendo em um poste.

— Ele está bem? - comecei a andar mais rápido para pegar o capacete.

— Sim, ele está fora de perigo. - fiquei aliviado - Mas, precisamos que você venha aqui, já que o carro é seu!

— Me passa o endereço. - ela me disse o local do acidente - Fica calma, já estou chegando!

Peguei a cópia dos documentos do carro, meus documentos pessoais e saí. Acelerei a moto mais do que o normal e acabei chegando lá em menos de 10 minutos.

O Rafa estava bem, teve alguns ferimentos graves, mas estava fora de perigo. Ele tinha habilitação para dirigir, mas como tive que arrumar os papéis do Seguro, fiquei preso lá durante um pouco mais de 1 hora e meia.

Por estar sem celular, não consegui avisar ninguém da delegacia que chegaria mais tarde.

Depois de garantir que todos os danos do meu carro iriam ser cobertos, peguei minha moto e fui direto para a delegacia já preparando a justificativa que eu teria que apresentar.

Deixei minha moto no estacionamento e fui direto para a minha sala, mas revirei os olhos ao ver que a porta estava aberta.

Quantas vezes vou ter que repetir que odeio que entrem na minha sala quando estou ausente?

Ao me aproximar um pouco mais, escutei uma mulher chorando e soluçando muito, ela parecia desesperada por isso achei que era alguém que tinha visto a delegacia e parou para pedir ajuda, mas travei quando escutei-a dizendo:

—Tenta de novo, por favor Alex! - ela soluçou mais algumas vezes.

Eu conhecia aquela voz, sabia muito bem quem era a dona daquele tom, mas não tinha certeza por ela estar tão desesperada.

Acelerei os passos e paralisei ao entrar na sala: a Aksa estava de costas, por isso não me viu, mas senti meu coração acelerar só de enxergar sua silhueta em minha frente. Não consegui dizer nada, só admirei aquela perfeição que há tanto tempo eu não via tão próxima a mim.

Depois de sair um pouco do transe, comecei a pensar o que deveria ter acontecido para ela estar chorando daquela forma. Eu mataria quem tivesse feito algo com ela!

Minha expressão mudou e só então percebi que o Alex também estava dentro da sala, tentando acalmá-la.

— O que está acontecendo aqui? - perguntei de forma firme quando consegui abrir a boca, mas perdi toda minha postura ao encarar os olhos dela, vermelhos e cheios de lágrimas.

Meu coração doeu de vê-la daquela forma.

Assim que me viu, ela começou a chorar ainda mais e veio de encontro a mim. Quando me abraçou, não consegui retribuir imediatamente por não acreditar que ela realmente estava em meus braços de novo, mas depois de alguns instantes, apertei-a como se fosse a última vez!

Qualquer segundo junto com ela fazia meu coração saltar de alegria, e saber que ela ainda confiava em mim, a ponto de se sentir segura comigo, fez toda tristeza daqueles últimos meses desaparecer num sopro.

— Você tem celular para quê? Se quando te ligam, essa droga tá desligada. - disse com a voz embargada e uma expressão de raiva.

— M-meu celular quebrou, e ainda não levei ele para consertar! - gaguejei por ainda não acreditar que aquilo era real - O que aconteceu? Alguém machucou você? - disse com as mãos em sua bochecha.

— N-não. - ela soluçou - Eu vi na televisão que houve um acidente com um Mustang da placa igual a sua, e achei que fosse você. - ela voltou a chorar e me abraçou de novo.

— Eu estou bem, não se preocupe. - passei meus braços em volta de seu corpo novamente - Eu emprestei meu carro para o meu vizinho e ele acabou batendo em um poste!

— Fiquei com tanto medo de te perder! - disse depois de algum tempo, ainda com a cabeça escorada em meu peito, e meu coração doeu outra vez.

— Eu estou bem, prometo que não vou a lugar nenhum! - coloquei meu queixo sobre sua cabeça.

Alex acenou com a cabeça e logo depois se retirou da sala. Eu e a Aksa ficamos abraçados até seu choro cessar de vez.

— Nós precisamos conversar, Rodrigo! - ela disse limpando o resto das lágrimas depois de se afastar.

— Tá. - fiquei apreensivo, mas tentei manter a postura - Vou ter que almoçar aqui na delegacia porque cheguei mais tarde!

— Tenho que ir para a Mt agora, então passa lá em casa quando seu turno acabar.

— Não faz isso comigo, preta. - disse sem pensar - Quer dizer, Aksa. - corrigi rapidamente e ela sorriu, me deixando um pouco envergonhado - Desculpa, foi força do hábito.

Eu faria de tudo para ter a Aksa de novo, mas não queria que ela se sentisse obrigada a voltar comigo por eu estar sofrendo, afinal, eu errei e ela não tinha a obrigação de me perdoar. Não queria forçar a barra, ela precisava de espaço!

— Meu turno acaba só às 20:00. Não vou conseguir me concentrar em nada durante o dia sabendo que você quer conversar comigo! - retomei o raciocínio e ela riu.

Deus, como eu senti falta dessa risada.

— Para quem já esperou meses, algumas horas não vão ser tão ruins! - sorriu.

Não havia a menor possibilidade de eu negar um pedido da Aksa, se ela fizesse-o com um sorriso no rosto. Aquele gesto simples conseguiu acabar com as minhas estruturas desde a primeira vez que eu o vi, e hoje se tornou um dos meus maiores pontos fracos!

— Tá bom, eu posso esperar mais um pouco. - sorri e passei a mão pelos cabelos - Me desculpa pelo susto, juro que nunca quis te deixar preocupada daquele jeito!

— Fica tranquilo, já passou. - me encarou rapidamente - Bom, então até mais tarde.

Ela me deu um beijo na bochecha e depois saiu. Sorri como uma criança quando senti seus lábios novamente, mesmo sendo um gesto de amizade, tive minhas forças vitais renovadas.

Eu era perdidamente apaixonado por aquela mulher, só a presença dela fazia tudo ficar mais simples, parece que a resolução dos meus problemas se encontravam dentro daqueles olhos e daquele sorriso.

Como esperado, não consegui me concentrar em nada durante o dia, só fiquei pensando na possibilidade dela reatar nosso namoro - eu sorria igual um idiota só de pensar nessa probabilidade. Cada minuto parecia uma hora, o tempo não passava, até pensei em invadir a Mt' só para adiantar logo essa conversa, mas sabia que seria muito ridículo.

Para piorar, meu turno acabou mais tarde que o normal, já era por volta das 21:00 quando saí da delegacia. Até pensei que ela poderia ter desistido da conversa, já que estava bem tarde, mas tive todas as minhas dúvidas sanadas quando ela abriu o portão.

— Pensei que você não viria mais.

Ela estava vestindo um short jeans escuro, um cropped de renda branca e uma sandália rasteira, o cabelo com um coque no alto da cabeça e o resto estava solto. Estava perfeita sem fazer esforço algum.

— Você sabe como é a vida de delegado. - assentiu.

— Vou tirar o carro, depois você coloca sua moto aqui na garagem, só pra ela não ficar na rua.

Fiz o que ela pediu, depois entrei em seu carro.

— Achei que fôssemos ficar na sua casa.

— Vamos com calma garotão, por enquanto só quero conversar contigo! - senti meu rosto esquentar.

— N-não foi isso que eu quis dizer. - gaguejei - Não quero transar com você! - ela arqueou uma das sobrancelhas - Na verdade eu quero, quero muito, mas não agora, só quando você se sentir à vontade. - ela cruzou os braços - Se você quiser também.

Com certeza eu estava parecendo um tomate de tão vermelho já que ela começou a rir.

— Eu amo quando você se comporta como um adolescente mesmo tendo 32 anos! - ela disse entre risos e eu acabei rindo também - Eu estava brincando Rodrigo, sei que você nunca me desrespeitaria dessa forma. - me senti aliviado - Vamos naquele parque ecológico perto da sua casa. Pode ser?

— Claro.

Durante o trajeto ela me perguntou coisas do meu dia a dia, e para ser educado, também perguntei coisas sobre a nova rotina dela.

Ao chegarmos no parque, ela percebeu que mesmo tirando o coldre, continuei com a minha pistola na cintura e com o distintivo mais discreto. Abri a boca para explicar, mas ela foi mais rápida.

— Eu sei que é só para garantir a sua segurança e a minha! - fiquei aliviado - Que arma é essa?

— Essa você ainda não conhece, é uma pistola 4.5mm, Stinger 226 Co2. Um dia eu deixo você atirar com ela! - voltei a ficar ao seu lado - Vamos? - perguntei e ela concordou.

— Imagino que você não deve gostar nem um pouco de falar sobre esse assunto, até porque ele me incomoda muito também, mas não dá para ignorar o que aconteceu! - me encarou um pouco receosa.

— Você está falando da traição, não é?! - encarei o chão por não conseguir olhar em seus olhos.

— É.

— O que você quer saber?

— Quero saber o que aconteceu. Eu não dei a oportunidade de você se explicar, nem de me dizer o que você realmente sente pela Clara.

— Eu já amei muito a Clara, você sabe disso, e hoje eu sei que esse sentimento não saiu completamente de mim quando assinamos o divórcio. - tentei olhar para o chão, mas ela me obrigou a encará-la - Quando eu a vi depois de tantos anos na casa do meu pai, aquele sentimento veio à tona e acabei ficando confuso porque um amor antigo começou a competir com um novo. Eu era e ainda sou completamente apaixonado por você, mas um dia meu coração já foi dela! - fiz uma pausa - Naquele dia, quando ela apareceu lá na delegacia, esse sentimento me deixou cego e eu acabei agindo por impulso. - suspirei - Você quer mesmo saber disso, Aksa?

— Quero que você confie em mim até para me contar seus erros, mesmo que isso incomode a nós dois. Ouvir essas coisas também está me machucando, mas não dá para deixar isso para trás antes de você ser sincero comigo.

— Meu corpo quis o dela e eu acabei beijando a Clara, eu toquei ela, se é que você me entende. Só que não foi a mesma coisa que sinto quando beijo você. Eu só consegui pensar em você e em como ficaria decepcionada comigo, mas assim que percebi que te perderia, eu parei o beijo e falei para ela ir embora! - me aproximei dela e segurei seu rosto delicadamente - Meu amor, por favor, me perdoa por ter errado contigo. Eu sei que eu não mereço isso e nem vou te questionar se essa for sua decisão, mas esses meses longe de você só serviram para confirmar que... - travei por nunca ter dito aquilo para ela.

—Confirmar que? - perguntou tentando me encorajar.

—Que... - meu coração acelerou ainda mais.

Porra, coragem Rodrigo!

Finalmente esse casalzão voltou, em?! Já tava até com saudades.🥳
Mas eae, será que a Aksa vai perdoar nosso delegado?

*Relevem os erros, por favor.*🥺

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