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Capítulo 5- Falling for you

Olá, pessoal, mais um capítulo para que vocês se apaixonem por esse nosso novo casal. Espero que em deixem seus comentários e votos ao final da leitura. Beijos.


AMYBETH

Um canto suave acordou Amybeth que lutava contra um sono absurdo que a impedia de abrir os olhos, e ver de onde vinha aquele som melodioso que encantara seus ouvidos mesmo antes de acordar. Quando finalmente suas pálpebras lhe permitiram ver a luz do dia, ela enxergou um passarinho acinzentado em sua janela, que a fez se sentar na cama e olhar para ele admirada, o que a fez automaticamente lembrar de sua mãe, cujo passatempo principal era estudar sobre diferentes tipos de pássaros, por isso, ela tirou uma foto da ave que aparecera por ali inesperadamente e a mandou para a mãe que com certeza iria tentar descobrir algo sobre a ave em seus sites de pesquisas favoritas, e mandaria a Amybeth uma descrição completa, como se ela compartilhasse desse seu hobby nada comum

Amy riu ao pensar em como sua família tinha suas esquisitices, mas todos se amavam e isso era o mais importante. Eles eram seu porto seguro, sua força quando se sentia perdida demais, e eram os únicos que conheciam todos os seus medos e fraquezas. Amy fora criada para bater suas asas, pois seus pais nunca a quiseram prender em laços de compromissos familiares. Eles diziam que ela fora feita para brilhar e que seu destino não era ficar em apenas um lugar. O mundo era grade demais para que ela se limitasse a pequenas coisas, quando estava destinada a coisas maiores.

Por isso, quando Amy decidira ir para a Califórnia, eles a apoiaram em tudo, e sempre ligavam para saber como estava, principalmente agora que ela estava namorando Louis. Seus pais o conheciam assim como ela fazia muito tempo, pois eles foram amigos antes de tentarem um relacionamento como namorados, e sua família gostava do rapaz demais. Até a avó de Amy que sempre fora muito crítica em relação aos namorados da neta era fã de Louis de carteirinha, pena que a ruivinha não fosse tão apaixonada por ele, como Louis era por ela.

Tal pensamento a fizera pensar em Lucas, e ela segurou o rosto com as duas mãos enquanto se lembrava da noite anterior, quando ele a tinha chamado para ver as estrelas com ele. Isso era algo comum que faziam juntos quando estavam na série, mas, naquele tempo ela não tinha nenhum tipo de sentimento por ele que não fosse da amizade. No entanto, ela sabia que devia ter recusado porque aquilo era errado de muitas maneiras e só servira para deixá-la ainda mais encantada por ele. Mas, não resistira, e sabia bem porque aceitara o convite no mesmo instante sem ouvir a voz da razão.

Amy quisera saber como era estar com ele depois de dois anos, sentir o perfume dele, ver o sorriso de Lucas que o deixava mais bonito, e que a fazia olhar para ele feito boba. Ela continuava apaixonada, não podia esconder de si mesma essa verdade, no entanto, o problema seria fazer aquele filme com ele, e tentar deixar tudo na base da amizade, e não sabia como poderia disfarçar o que sentia nas cenas mais românticas.

Ela sempre fora uma boa atriz, pelo menos era o que todo mundo dizia, mas com Lucas, ela não sabia fingir, pois ele sempre fora capaz de ler suas expressões mesmo quando eram somente amigos. Amy estava apavorada por ele descobrir sobre seus sentimentos, mas ao mesmo tempo não havia outra pessoa com quem queria interpretar Romeu e Julieta, tinha que ser ele e mais ninguém.

Seu telefone tocou, e ela saiu da cama para pegar o celular que deixara carregando na noite anterior antes de ir para a cama, e viu que era Louis. Amy tinha ligado para ele no dia anterior para falar do trabalho novo, mas, o celular dele estava na caixa postal, por isso, ela tinha pensado em ligar para ele mais tarde naquele dia mesmo.

- Oi, amor. Te acordei?- ele perguntou naquele jeito animado que ela conhecia bem.

- Não, eu já estava acordada.- Amy respondeu, reprimindo um bocejo.

- E o trabalho? Deu certo?

- Sim, começamos a filmar na próxima semana.- Amy explicou se sentando na cama em posição e ioga, enquanto seus dedos ajeitavam seus fios de cabelos embaraçados por conta de dormir com eles espalhados pelo travesseiro.

- Como assim na próxima semana? Você tinha me dito que esse era um trabalho para daqui um mês.- ela ouviu a voz e Louis aborrecida do outro lado da linha e suspirou.

- Minha agente tinha me dito isso, mas, na reunião que tivemos ontem, eles me disseram que começaremos a filmar na próxima semana.

- E a nossa viagem, Amybeth? Você sabe que estou planejando viajar com você para a casa dos meus avós na Austrália a meses, e você tinha concordado que viajaríamos no próximo sábado.- Amy balançou a cabeça desgostosa. Louis era ator como ela, e sabia como essas coisas funcionavam, então, ele não podia estar lhe cobrando nada daquilo.

- Podemos viajar depois, Louis. Isso é trabalho, e não sou eu quem decide quando vamos começar a filmar.- ela disse impaciente, não acreditando que estavam discutindo aquilo.

- Você podia ter pedido um adiamento de uma semana.- ele disse coma voz ainda aborrecida.

- Agora você está sendo mimado.- Amy disse irritada com a postura do namorado.

- Eu não estou sendo mimado, é você que mais uma vez está colocando o seu trabalho à frente do nosso namoro. Eu sempre soube que não era sua prioridade, mas, não achei que me trocaria tão facilmente pelos holofotes da fama.- ele estava com raiva, Amy podia sentir, mas, isso não dava lhe o direito de julgá-la. Estavam juntos a seis meses, e a essa altura Louis devia saber que ela era atriz porque amava o que fazia, e não porque estava em busca da fama

- Louis, eu não quero discutir com você. Vou levar em conta que está chateado e por isso me disse palavras ofensivas. Quando eu voltar, a gente conversa melhor. Não podemos resolver as coisas por telefone e de cabeça quente.- Amy disse, tentando encerrar aquela discussão absurda, mas, o rapaz parecia disposto a ter a última palavra, pois logo disse:

- Como sempre você está fugindo da nossa conversa. Mas, quer saber Amybeth? Pode ficar com seu trabalho, e tem mais, talvez quando você voltar não tenha mais um namorado te esperando.- ele desligou o telefone na cara dela, e Amy ficou olhando para o aparelho sem saber o que pensar ou fazer.

Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, e logo estava soluçando. Ela detestava discutir com as pessoas, principalmente por telefone, pois se sentia em desvantagem, e não estava cara a cara com o outro lado para poder ver as expressões faciais, e descobrir se estavam sendo sinceras ou não, assim como não podia mostrar em forma de gestos que era verdade o que ela estava dizendo.

Ela voltou a se sentar na cama, escondendo o rosto nas mãos e chorando feito criança. Se já não bastasse ter que lutar contra os seus sentimentos por Lucas, agora tinha que lidar com a ira de um namorado de comportamento completamente infantil, e o pior de tudo, era que não tinha com quem desabafar. Se ligasse para a mãe, ela ficaria preocupada e Amy não queria incomodá-la com seus problemas amorosos naquele momento, e suas amigas estavam longe demais para quem precisava de um abraço como ela. Amy queria um colo onde pudesse colocar a cabeça e chorar, e mãos que lhe tocassem os cabelos, fazendo-a sentir que tudo ficaria bem.

Uma batida na sua porta lhe indicou que não estava mais sozinha, e enxugando os olhos como podia, Amy foi atendê-la, sabendo de antemão que a pessoa do outro lado facilmente poderia ver que ela estivera chorando. Ao abrir a porta, a última pessoa no mundo que queria que a visse assim a encarou preocupada e disse:

- Amy, o que foi? Parece que andou chorando?- Lucas a olhou de cima embaixo, e Amy então se lembrou que estava usando ainda seu pijama curtinho que colocara para dormir na noite anterior, e corou embaraçada, dizendo em seguida:

- Não é nada, Lucas. Apenas problemas pessoais.- ele continuou a encará-la, e ela desejou tanto que ele fosse embora, pois vê-lo ali na sua frente no estado em que se encontrava não facilitava em nada as coisas para ela.

- Eu sou seu amigo, e sabe que pode contar comigo. Vamos, desabafe, pois quero te ajudar.

- Eu....- Amy começou e para seu horror começou a chorar, e sem que esperasse, Lucas a abraçou pela cintura, e a puxou para seus braços, enquanto ela encostava a cabeça dela em seu peito, sentindo-se em casa e confortada.

- Não fica assim. Eu tenho certeza que o que quer que tenha acontecido, vai ficar tudo bem.- ouvir o coração de Lucas bater contra seu ouvido fazia Amy ir se acalmando aos poucos, a o mesmo tempo em que sentir o calor que vinha dele pela camiseta de algodão que ele usava através da blusinha fina do seu pijama, era bom demais e íntimo demais também. No entanto, ela não se importou, pois tudo o que queria era voltar a se sentir bem de novo, e estar com Lucas assim era o como ter encontrado um ponto de apoio seguro.

Ela não percebeu quando tinham entrado em seu quarto, e como Lucas a levara para o sofá que havia por ali, continuando a confortá-la, falando com ela de um jeito que deixava seu coração aquecido. Amy, então, entre lágrimas, contou a ele sua conversa com Louis, e como se sentia magoada com o que ele lhe dissera.

- Tudo vai se resolver, Amy. Ele não deve ter dito isso de verdade. Só estava frustrado e com raiva por ficar longe de você.- Lucas falou, acariciando seus cabelos.

- Ele não tinha o direito de me magoar assim.- ela respondeu, chorando mais do que antes, enquanto continuava agarrada a Lucas, que sentindo que não estava conseguindo consolá-la daquele jeito acabou puxando-a para seu colo, e Amy sequer protestou, pois precisava tanto daquele carinho que ele estava lhe dando que apenas aproveitou aquele instante para enrolar seus braços em volta do pescoço dele, e trazê-lo mais para perto de si, enquanto escondia seu rosto no ombro dele.

- Calma, não deve chorar dessa maneira, nenhum cara merece suas lágrimas:- Lucas disse em seu ouvido, e ela suspirou pensando que ele não sabia quantas lágrimas já havia derramado por ele, e somente parara de chorar quando decidira esquecê-lo para sempre e começou a namorar Louis, mas agora que estavam próximos de novo, seu coração estava se entregando novamente e aquele círculo vicioso ia recomeçar como antes.

Amy afastou o rosto do de Lucas, e seus olhos azuis dela mergulharam nos castanhos que a olhavam com carinho e preocupação, ficaram se encarando por alguns segundos, até que ele colou sua testa na dela, deixando seus rostos ainda mais próximos, e a ruivinha se sentiu incapaz de se afastar, porque aqueles olhos tinham tanto poder sobre ela e suas vontades que ela simplesmente não conseguia não querer ficar perto.

- Eu não gosto de te ver assim. Essa carinha triste não combina com a Amy alegre e tagarela que conheço. Seu sorriso é lindo, Amy, assim como você.- ela sentiu seu coração bater tão alto com aquelas palavras, que ela pensou que fosse sair pela boca, e descobriu naquele breve instante de contato entre eles que o amava mais do que pensara. Lucas desceu seu nariz até o dela, e esfregou a pontinha dele no dela, em um beijinho de esquimó que só a deixou ansiosa por mais. Seus lábios tão próximos dava-lhe a impressão de que logo estariam se beijando, e foi aí que um raio de consciência chegou até ela ao pensar que não podia fazer isso com Louis, assim como havia namorada de Lucas a considerar. Por mais que desejasse aquele beijo, ela não podia magoar outras pessoas por conta do que sentia, além do que aquele beijo não significaria nada para Lucas a não ser uma forma de consolá-la, e Amy não estava a fim de se humilhar daquela forma.

Por isso, ela se afastou, desceu do colo dele e se . sentou de novo no sofá ao lado dele, sentindo-o colocar as mãos em seu ombro e dizer:

- Vá se arrumar que vou te levar para dar uma volta por Toronto. Não quero ver você trancada nesse quarto por conta do que seu namorado te disse.- Amy pensou em recusar, mas, depois acabou aceitando, pois o dia estava lindo demais para que perdesse tempo com auto piedade. Afinal, o que tinha a perder? "O seu coração", sua mente fez questão de frisar, no entanto, ela a ignorou, pois queria aproveitar aquele dia com Lucas, e nada sabotaria sua disposição.

- Está bem.- ela concordou. Assim, ela foi para o banheiro, tendo plena consciência dos olhos dele grudados em seu corpo completamente exposto por seu baby doll curtinho que deixava boa parte de suas coxas e sua barriga chapada à mostra, e tentou não se incomodar com isso, mas, logo pensou se ele não estaria comparando o corpo dela com o da namorada, e se sentiu em desvantagem, porém, afastou esse pensamento e tratou de escolher a roupa que usaria, e foi para o banheiro tomar um banho rápido.

Em questão de minutos estava pronta, e já saiu do banheiro vestida e maquiada, e encontrou Lucas vendo um vídeo em seu celular enquanto esperava por ela. Antes de avisar que já podiam ir, ela aproveitou para dar uma boa olhada nele que ainda não tinha percebido sua presença, e quase suspirou pela beleza dele naturalmente exibida diante de seus olhos.

Como sempre, Lucas usava jeans e tênis, uma de suas marcas registradas, camiseta azul marinho e os cabelos estavam penteados para cima, deixando alguns cachinhos caindo na testa. Amy quase se aproximou, e ajeitou-os com os dedos, mas, sabia que não podia chegar a esse nível de intimidade com Lucas sem que isso levasse a outras coisas para as quais não estava preparada. Não queria se iludir com a boa vontade dele com ela ali em Toronto. Estavam sozinhos, longe de suas famílias, amigos e parceiros amorosos, era natural que se aproximassem e quisessem fazer coisas juntos. Contudo, estar com Lucas para ela era especial, enquanto para ele, Amy era apenas uma companhia para que não ficasse entediado até que as filmagens começassem e nada mais.

- Podemos ir.- ela disse, por fim, vendo-o tirar os olhos da tela do celular e deslizá-los sobre seu corpo, vestido com uma calça jeans justa, uma blusinha solta vermelha feito batinha, cujas alças eram presas por um laço no pescoço, deixando boa parte de suas costas nuas, como se estivesse apreciando cada detalhe. Quando chegou ao rosto dela, Lucas tinha uma expressão tão encantada que ela custou a acreditar que fosse por ela daquele jeito diferente dele encará-la.

-Você está linda. - Ele elogiou e Amy sentiu seu rosto pegar fogo. Era difícil fingir naturalidade com Lucas olhando-a daquele jeito, pois ele nunca fora assim com ela antes, mas, talvez naqueles dois anos que tinham se passado alguma coisa tivesse mudado, e ele começara a ver nela algo diferente. "Pare de se iludir. É óbvio que ele só está tentando ser gentil.", ela disse para si mesma, pois tinha que parar com aquela mania de fantasiar coisas que nunca aconteceriam, por isso respondeu sem grande entusiasmo:

- Obrigada.- Em seguida, pegou sua bolsa preta de couro que estava em cima da cama com todos os seus documentos dentro, e caminhou em direção à porta com Lucas logo atrás dela.

- Para onde vamos?- ela perguntou assim que se viram no corredor e caminhando para o elevador.

- Primeiro eu vou te levar para tomar café em um lugar que conheço aqui perto, e depois é surpresa. - Ele disse com um sorriso maroto que o deixava ainda mais bonito, fazendo Amy desviar o olhar antes que ele percebesse sua iminente atração por ele.

- Não sei se gosto da ideia de ir para um lugar que não conheço.- ela disse um tanto desconfiada.

- Que isso, Amy? Não confia mais em mim? Acha que eu te levaria para um lugar que você não fosse gostar?- ele perguntou com a sobrancelha esquerda arqueada.

- É claro que confio em você. Só não gosto de surpresas. - ela disse, fixando o seu olhar no rosto dele que continuava sério.

- Fique tranquila, pois tenho certeza que dessa surpresa você vai gostar.- Lucas disse, deixando todo seu ar de autoconfiança transparecer da mesma maneira que continuava admirando a aparência dela com olhares furtivos em sua direção.

Amy não podia dizer que não estava gostando de toda aquela atenção, pois era a primeira vez durante todo aquele tempo que se conheciam que Lucas reparava nela como mulher, e era uma sensação muito boa saber que ele gostava do que via, mesmo que isso não significasse muita coisa além da amizade que tinham.

Ele a levou até um café no centro de Toronto, e Amy gostou do lugar no instante em que entraram. Era em uma boa localização, pequeno, mas aconchegante. Tanto as mesas quanto a cadeiras eram de madeira, e estavam cobertas por uma toalha de renda branca e tinham um vaso solitário com apenas uma rosa dentro dele, o que dava todo um charme especial ao ambiente. Cada mesa era composta de quatro cadeiras, o que significava que o número de pessoas que poderia frequentar ali era limitado por horário, e isso era algo bom, pois não se tornava um daqueles cafés abarrotados de gente que quase não se podia respirar por conta da lotação, como acontecia na Califórnia, principalmente se fosse em época de férias.

Uma garçonete vestindo um uniforme xadrez de branco e vermelho veio atendê-los assim que se sentaram em uma mesa de canto escolhida por Lucas, e lhes estendeu um menu onde vários tipos de comida estavam expostos. Amy escolheu um capuccino e um sonho recheado de doce de leite, e Lucas pediu café puro com torradas amanteigadas.

Logo que o pedido chegou e foi colocado sobre a mesa, eles começaram a comer, e enquanto saboreava seu doce com incrível prazer, Lucas a observava por cima de xícara de café, e no momento em que percebeu o olhar dele, Amy parou de comer e perguntou:

- O que foi?

- Nada. Eu tinha me esquecido como você é louca por doces.- ele disse em um tom divertido, ao mesmo tempo em que parecia fascinado ao vê-la lamber a pontinha dos dedos sujas de açúcar.

- Isso te incomoda?- ela disse, bebendo seu capuccino com o mesmo prazer que comia seu doce.

- Não, na verdade me deixa satisfeito por ver que você não é adepta a essas dietas malucas que vejo muitas meninas fazerem por aí. Shannon está sempre preocupada com quantas calorias está ingerindo, e se mata de fazer exercícios na academia para ter o peso ideal.

- Não há nada de errado em querer cuidar da aparência, sem exageros, é claro. Eu não faço dieta porque não ligo para nada disso. Jamais deixaria de comer o que me dá prazer para ter o corpo de uma modelo. Gosto de mim como sou.- ela concluiu.

- Seu corpo é perfeito, e você é perfeita. Não precisa ser igual a ninguém, porque é autêntica.- ele disse sem tirar os olhos dos dela.

- Obrigada.- Amy respondeu, sentindo um súbito calor subir por seu corpo. Será possível que Lucas estava flertando com ela? Não, aquilo era tão improvável, e estúpido de sua parte acreditar nisso. Ele apenas a estava tratando daquela forma, por causa do que Louis lhe dissera. Ele queria fazê-la se sentir bem, por isso, a estava enchendo de elogios.

Eles terminaram o café e foram para a rua. Lucas lhe dissera que para onde ele a estava levando, não precisariam de táxi, e teriam que caminhar apenas algumas quadras dali. A curiosidade de Amy era tanta, que ela mal conseguia disfarçar sua ansiedade, pois apertava a bolsa que trazia na mão com tanta força, que chegou a pensar que destruiria a peça delicada.

Quando pararam em frente a um prédio com o letreiro em neon, ela olhou admirada para Lucas e disse:

- Ringue de patinação?

- Sim, uma vez me disse que queria aprender a patinar, não se lembra?- ele perguntou com um sorriso tão feliz que fez Amy perguntar admirada:

- Você realmente ainda se lembra disso?

- É impossível esquecer qualquer coisa que tenha a ver com você.- ele respondeu, fazendo um carinho em sua bochecha que a deixou momentaneamente sem ar. Até o fim daquele dia estaria ainda mais perdida naquele sentimento por Lucas, isso ela tinha certeza.

- Vamos entrar?- ele perguntou em seguida, cheio de animação.

- Vamos.- ela respondeu, segurando na mão que ele lhe estendia.

Tudo dentro daquele edifício era excitante. A pista quadrada e cheia de gelo, as luzes que piscavam sem parar em globos coloridos acima de suas cabeças, as músicas escolhidas a dedo para dar aos patinadores amadores a animação necessária para não desistirem de seu intento, e o rapaz ao seu lado que a fazia sorrir feito uma boba, somente porque ele segurava em sua mão e falava todo o tempo palavras de incentivo quando percebia que Amy estava temerosa demais para dar mais um passo.

- Se segura em mim. Eu prometo que não vou te deixar cair. Está vendo? Não é tão difícil quanto parece.- e assim, eles deram algumas voltas juntos até que Amy se sentiu segura para tentar patinar sozinha, e se saiu extremamente bem, embora não estivesse indo em uma velocidade muito rápida como via a maioria dos patinadores fazerem por ali. Porém, em um momento que não estava prestando muita atenção, pois conversava com Lucas despreocupadamente, ela acabou esbarrando em alguém, perdeu o equilíbrio e caiu deitada no chão, levando Lucas junto que tentara segurá-la no último minuto. Eles começaram a rir sem parar, enquanto o rapaz apoiava cada mão ao lado da cabeça de Amybeth, que parou de rir assim que percebeu que estavam muito próximos, os olhos se encarando, a respiração rápida que denunciava o nervosismo de ambos. Se ela levantasse a cabeça só um milímetro, estariam se beijando, mas, ela não queria que isso acontecesse ao mero acaso, por isso disse quebrando todo o clima entre eles:

- Ajude-me a levantar.- e assim Lucas o fez, e continuaram patinando ainda por alguns minutos, quando ele a convidou para almoçar e foram em busca de um restaurante onde servia comida vegetariana, prato favorito dos dois.

Eles ainda passearam pelas ruas de Toronto, visitaram uma feira hippie onde Lucas convenceu Amy a fazer uma tatuagem de uma flor de lis no ombro, depois foram até uma livraria onde ambos compraram livros para e lembrancinhas para os amigos e familiares a quem dariam quando voltassem para casa, e quando finalmente voltaram para o hotel a tarde já tinha ido embora, e o sol já se punha no lindo céu canadense.

Enquanto pegavam o elevador que os levaria até o seu andar, Amy se deu conta de que a muito tempo não se divertia daquela maneira. Lucas era um excelente companheiro de aventuras, e nunca imaginara que ele lhe proporcionaria momentos tão incríveis como aqueles em que viveram naquele dia, ela estava ainda mais encantada por ele do que antes, se isso fosse mesmo possível.

Ao chegarem em frente ao quarto dela, seu celular tocou e ao ver na tela que era Louis, ela simplesmente o silenciou e o guardou de volta na bolsa.

- Não vai atender? Lucas perguntou com um olhar estranho que ela não entendeu.

- Mais tarde eu falo com ele. Preciso de um tempo para perdoar o que ele me disse hoje de manhã.- ela respondeu, passando as mãos pelos cabelos.

- Está certo.- ele disse.- depois, Lucas colocou a mão no bolso e de lá tirou um pacotinho que entregou a Amy e falou:- Eu comprei isso para você.

- Para mim?- Amybeth perguntou com seus olhos muito azuis arregalados e um sorriso enorme no rosto.

- Sim, para que você se lembre sempre de mim.- ele disse com a voz suave que causou arrepios involuntários em sua nuca.

Ao abrir o pacotinho, Amy viu que era uma pulseira que ela admirara na feira hippie. Era feita com uma correntinha de prata, e tinha como pingente um coração onde Lucas mandara gravar o nome dela.

- Ela é linda. Muito obrigada. – ela disse, olhando por alguns segundos para o presente que acabara de ganhar, e depois levantou o olhar para Lucas e continuou:- Desculpe, eu não comprei nada para você.

- Não tem importância. Além do mais, eu não preciso de nada para me lembrar de você.- ele se inclinou, para beijá-la no rosto, e seu lábios acabaram tocando o cantinho da boca de Amybeth, que quase virou o rosto para beijá-lo de verdade, mas, se segurou, pois sabia que não seria certo, e talvez Lucas pensaria que ela era ousada demais, por isso, ela apenas disse:

- Boa noite, Lucas. Obrigada pelo dia de hoje. Eu adorei.

- Eu também adorei o dia e sua companhia. Durma bem, Amy.

Ela ficou observando, Lucas entrar em seu quarto, e depois ela fez o mesmo, e um vez lá dentro, ela se sentou na poltrona, colocou a pulseira em seu pulso, e disse para si mesma no silêncio do ambiente:

- Eu também não preciso de nada que me faça lembrar você, Lucas, pois você já tem o meu coração.- e sorrindo  de leve, ela pensou que nunca tinha sido tão feliz como se sentia naquele dia, mesmo que fosse passageiro, ela queria acreditar que duraria para sempre.

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