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Capítulo 28 - Caminhando nas nuvens

AMYBETH

No dia seguinte à festa de sua tia Lucy, Amybeth acordou como se ainda estivesse de alguma forma em uma onda de felicidade que ninguém poderia tirar dela. Ela estava em casa onde o amor de sua família era uma das coisas que a faziam se sentir revigorada, levando embora toda a ansiedade e sentimento ruins dos últimos dias, e o melhor de tudo era que tinha Lucas com ela para desfrutar de cada segundo daqueles momentos de paz, e poder compartilhar o sentimento forte que queimava em seus corações sem que fossem interrompidos por algum fotógrafo sensacionalista.

Quando pensava que logo teriam que voltar para o Canadá,  onde todos os problemas que a popularidade de ambos acabava por causar estavam a espera, lhe dava uma vontade imensa de ficar de vez na Irlanda, mas não podia esquecer que tanto ela quanto Lucas tinham construído suas carreiras e vidas em outro país, e jogar tudo para o alto e recomeçar do zero não era algo muito fácil de fazer, principalmente quando envolvia outra pessoa.  Ela estaria disposta a qualquer coisa para ficar com Lucas, até mesmo mudar de carreira se isso lhe desse a segurança de viver seu amor em paz, mas será que seu namorado estaria disposto a fazer o mesmo?

Uma coisa era estar apaixonado por alguém e dizer que queria ficar junto apesar de tudo, dentro da profissão que tinham escolhido, mas fazer o mesmo adotando um estilo de vida em um trabalho totalmente diferente era algo grande demais para se pensar.

Ela amava atuar, e no fundo de seu coração sabia que tinha nascido para ser atriz, mas nos últimos tempos, principalmente depois que começara a namorar Lucas, sua primeira e eterna paixão também se tornara um problema que a deixava triste, e não deveria ser assim.

Afastando tais pensamentos,  e decidida a aproveitar ao máximo suas férias curtas,  Amybeth saiu da cama, tomou um banho rápido e se vestiu da maneira mais casual possível. Ela adorava jeans, e tops curtos, mas por conta da estação um tanto fria, pois a Irlanda seguia o mesmo clima gelado do Canadá, ela colocou uma camisa de mangas longas, um casaco de lã preto, e botas resistentes e confortáveis para manter seus pés aquecidos, pois não tinha coisa que a incomodasse mais do que pés gelados dentro do calçado.

Uma olhada em seu celular a fez perceber uma mensagem de sua tia Lucy. Ela a estava convidando junto com Lucas para almoçarem em sua casa naquele dia, e os pais dela também estavam convidados. Feliz com aquele convite, ela se maquiou rapidamente, e quando estava a ponto de sair do quarto, uma batida na porta a fez abri-la imediatamente, pensando ser sua mãe, avisando-a que o café da manhã estava pronto como costumava fazer quando Amybeth ainda morava naquela casa.

A ruivinha mal tinha girado o trinco quando foi agarrada pela cintura, e pressionada contra a porta, enquanto sua boca era invadida pela do seu namorado que parecia ter acordado animado demais aquela manhã. Ele não deu-lhe tempo para respirar, ou sequer lhe desejar um bom dia, enquanto seus lábios trabalhavam nos dela como se quisessem compensar as horas que não puderam ficar assim.

Lucas só permitiu que se separassem, quando o oxigênio tinha sumido completamente de seus pulmões, e precisaram respirar. Normalmente,  ele era empolgado para aqueles momentos a dois, mas parecia que o ar da Irlanda havia acordado um leão adormecido.

-Diz para mim que não vamos passar mais uma noite longe um do outro.- ele disse em seu ouvido, com o corpo todo pressionando o dela.

-Você sabe que não posso te prometer isso. Estamos na casa de meus pais. - Amybeth disse ofegante.

-Eu respeito demais seus pais, e ainda mais a casa deles, mas é pedir demais que eu passe mais uma noite sem você. - Lucas disse, deslizando seus lábios pela lateral do rosto de Amybeth. 

-É só mais uma noite, meu amor, amanhã voltaremos para casa, e aí poderemos passar todas as noites que quisermos juntos.- ela apelou para o bom senso dele, embora o seu também estivesse oscilando. Era engraçado como seu corpo precisava do dele, e como se acostumara a dormir nos braços dele com tanta facilidade. Antes não suportava dividir a sua cama com ninguém.  Ela e Louis nunca tinham passado uma noite inteira juntos na mesma cama, pois Amybeth sempre lhe dizia que precisava de espaço para dormir uma boa noite de sono, nunca lhe ocorrera que até para isso precisasse encontrar a pessoa certa.

-Eu não consigo, Amybeth.  Achei que podia vir até aqui, acatar as regras da casa, e voltar para o Canadá com você na maior tranquilidade, mas eu não posso.  Sou completamente viciado em você, estou completamente em suas mãos,  e não tenho vergonha nenhuma de admitir.- ele distribuiu milhares de beijos no rosto dela, e indo cada vez, mais longe até  alcançar o pescoço da namorada,  arrancando alguns suspiros dela que lhe perguntou:

-O que deu em você essa manhã? Nunca me agarrou dessa maneira.- Lucas encostou sua testa no ombro dela e confessou:

-Ontem quando chegamos aqui depois da festa, não consegui dormir, pensando em você,  e quando finalmente peguei no sono, eu tive um sonho erótico com você que me deixou louco.- Lucas apertou o corpo dele contra o dela mais um pouco, e ela entendeu exatamente sobre o que ele estava falando, ao sentir a prova do desejo dele bem no meio de suas pernas.

-Por que não me conta o que sonhou?- ela perguntou, completamente fascinada e lisonjeada por descobrir que seu namorado, por quem suspirara por dois anos, tinha aquele tipo de sonho com ela.

-Por que? Se eu te contar, vai me ajudar a realizá-lo?- Lucas perguntou,  mordendo o próprio lábio inferior, enquanto a olhava cheio de expectativa. 

-Não aqui.  Talvez quando a gente voltar para casa, eu possa pensar no seu caso.- Amybeth disse, correndo as mãos pelas costas do namorado, que sussurrou em seu ouvido:

-Então, Amybeth Macnulty é uma garotinha má?- ela sorriu de leve e respondeu:

-Eu posso ser, se você quiser. 

-Por que não começamos agora mesmo? Temos esse quarto, estamos sozinhos,  e uma enorme cama confortável à nossa espera.- a maneira como ele movia o corpo sobre o dela de forma insinuante, fez Amybeth descobrir o quanto era fácil esquecer onde estava e fazer o que ele queria.  No entanto, a batida na porta decidiu por ela quando ouviu a mãe dizer:

-Amy, o café está pronto.

-Já vou, mamãe.- ela respondeu,  percebendo o olhar de desgosto que Lucas lhe lançou. - Não faz essa cara, amor.

-Desculpe, não quis parecer ingrato depois de ter sido tão bem recebido aqui, mas a verdade é que eu estou terminantemente frustrado.-  Lucas afirmou, suspirando de forma impaciente. 

-Não precisa se desculpar. Eu também estou frustrada, mas vamos tirar o melhor proveito de tudo isso juntos. - ela falou, beijando Lucas de leve nos lábios.

-Tem razão, Estar aqui com você,  longe da confusão de nossas vidas já é um presente imenso. Estou muito feliz de ter vindo com você. Essa sem dúvida é a  melhor viagem da minha vida.- Lucas afirmou, tocando o rosto dela com a ponta do nariz 

-Fiquei preocupada que não gostasse,  pois quando te convidei não sabia o que ia achar do minha terra ou dos meus pais.- Amybeth disse insegura.

-Tudo com você é incrível.  Não entendeu isso ainda? Mesmo que seus pais não tivessem me aprovado, e mesmo que essa viagem não tivesse sido boa, ainda assim eu ia adorar, porque estou aqui com você.  Essa não é a única viagem que vamos fazer juntos, Amy. - Lucas respondeu, abraçando-a pelo ombro.

-Ainda pensa em viajar pelo mundo?- ela perguntou,  se lembrando que ele lhe contara sobre isso uma vez.

-Sim, mas quero fazer essa viagem com você. Não vai ter graça se você não for comigo.- Lucas disse acariciando o queixo dela com o polegar.

-Eu vou. Posso escolher o itinerário?- Amybeth perguntou,  animada por pensar nos lugares mais românticos que gostaria de ir com Lucas.

-Pode sim. Eu confio no seu bom gosto.- os lábios dele estavam quase sobre os dela novamente,  mas Amybeth permitiu que ele lhe desse apenas um selinho. Quando ele ia reclamar,  ela disse:

-Precisamos descer para o café,  e depois temos um almoço com minha tia Lucy. Ela me mandou uma mensagem hoje de manhã. 

-Está bem. Mas quando voltarmos para casa quero recuperar todo o tempo perdido sem você na minha cama.- Lucas respondeu, entrelaçando seus dedos nos dela, e a olhando de um jeito que fez seu coração dar um pulo. Aquele garoto era um perito em fazer as borboletas em seu estômago voarem desesperadas.

Eles desceram as escadas de mãos dadas, e foram direto para a cozinha, onde a mãe  de Amybeth arrumava a mesa, e o pai dela tirava do forno um bolo quentinho,  cujo aroma se espalhou pela cozinha toda.

-Bom dia, meus amores. - a mãe de Amybeth  disse, e depois se dirigiu a Lucas:- Espero que goste de bolo de laranja,  Lucas.  Meu marido acabou de preparar.

-Bom dia. Eu gosto sim. Muito obrigado.- o rapaz disse, ao se sentar na mesa e ser servido pela mãe de Amybeth. 

-Suco de laranja ou café?- o pai de Amybeth ofereceu.

-Suco de laranja, por favor.- Lucas respondeu, e assim todos se sentaram à mesa e começaram a se servir. - isso era outra coisa da qual Amybeth sentia falta. Naquela casa, seus pais faziam questão que as refeições fossem feitas com a família inteira junta, e durante toda a sua infância fora assim. Quando se mudara para os Estados Unidos, ela perdera esse hábito,  justamente por morar sozinha, e fazer suas refeições fora de casa. Mas todas as vezes que vinha para a Irlanda,  ela apreciava demais esses momentos.

-Você é do Canadá,  Lucas? - o pai de Amybeth perguntou. 

-Não, sou de Chicago, nos Estados Unidos.

- Você mora com seus pais?- ele tornou a perguntar.

-Não, eu moro em Los Angeles por conta das conexões de trabalho.- Lucas respondeu,  tomando seu suco de laranja.

-Você  tem irmãos?- dessa vez foi a vez da mãe de Amybeth perguntar:

-Tenho sim.- o rapaz respondeu. 

-Amybeth sempre quis ter mais irmãos,  mas nunca mais eu consegui engravidar. - a mulher disse com a voz triste.

-Eu sinto muito.- Lucas disse,  segurando na mão da namorada e a olhando com carinho.

-E como pretendem resolver o problema da distância? Santa Mônica e Los Angeles não são exatamente perto.- O pai dela perguntou e Lucas ia responder, mas a garota passou na frente dele e disse:

-Papai, eu trouxe meu namorado aqui para vocês conhecerem e não para bombardeá-lo de perguntas.- o pai tocara em um ponto que Amybeth vinha adiando em conversar com Lucas, e não queria que o rapaz tomasse uma decisão impensada, apenas porque se sentira pressionado a dizê-la naquele momento.

-Eu só estava tentando conhecer seu namorado melhor, querida.  Não queria te aborrecer.- o pai dela disse com a voz magoada.

-Não estou aborrecida, papai.  Eu só quero que o Lucas se sinta bem aqui.

-Eu estou me sentindo bem aqui, Amybeth, e não me importo que seus pais me façam perguntas, pois entendo a necessidade que eles têm de querer me conhecer melhor.- Lucas respondeu com um sorriso, o que fez quase Amybeth suspirar, mas não o fez , pois os olhares estavam todos sobre ela. Mas isso não a impediu de se perguntar se tinha como Lucas ser mais perfeito? Ele sempre dava um jeito de deixá-la confortável em qualquer situação.

Eles continuaram conversando sobre outros assuntos, até  que terminaram de tomar café.  Quando Amy estava tirando a mesa, seu pai perguntou a Lucas:

-Gosta de jardinagem, Lucas?

-Para falar a verdade, não entendo muito do assunto.- ele disse sem jeito.

-Não tem importância.  Vamos até  o jardim e lhe explico tudo o que precisa saber. - Amybeth olhou para o namorado apreensiva, preocupada com o que o pai tinha em mente. Ele era uma ótima pessoa, e nunca implicara com seus namorados ou mesmo se preocupara em lhes dar tanta atenção como estava acontecendo com Lucas, mas quando o rapaz lhe devolveu o olhar com um lindo sorriso a tranquilizando, ela apenas desejou que os dois pudessem realmente se dar bem.

Por precaução, ela foi até  a janela várias vezes para verificar o que estava acontecendo,  mas ao ouvir Lucas rir de alguma piada que seu pai deveria ter feito, ela parou de se preocupar,  e ficou mais feliz ainda quando os viu entrar em casa, conversando sobre diversos assuntos de interesse dos dois.

-Tudo bem?- ela perguntou, assim que Lucas se aproximou dela.

-Sim,  por que? 

-Nada demais, eu fiquei um pouco preocupada quando meu pai te convidou para ir até o jardim com ele.  Nunca o vi fazer isso com nenhum namorado meu.

-Por acaso duvidou do meu poder de persuasão? Se conquistei a filha, era óbvio que conquistaria o pai.- ele disse com aquele sorriso sacana que ela já conhecia bem.

-Convencido nem um  pouco,  não é,  meu amor? - Amybeth disse, bagunçando os cabelos dele.

-Convencido não.  Eu confio no meu taco, namorada.- ele respondeu rindo, olhando disfarçadamente para trás,  e como não viu ninguém, a puxou para um beijo.  Quando se separaram, ambos estavam sorrindo em uma cumplicidade construída naquele pouco tempo que estavam juntos, mas que para ambos parecia já quase uma vida inteira.

O almoço na casa de Lucy, aconteceria ao meio dia, por isso às onze da manhã, todos estavam prontos, pois a localização da residência dela ali na Irlanda ficava um pouco distante da casa dos pais de Amybeth.  Eles foram no carro da família, e quando chegaram lá, Lucy os esperava com sua alegria jovial e contagiante. Assim, ela cumprimentou os pais de Amybeth,  e depois se virando para o casal mais novo ela disse:

-Me desculpem por não ter dado a vocês a atenção que mereciam ontem, por isso, estou mais que disposta a me redimir com esse almoço.  - ela disse rindo. - Mas não posso deixar de dizer, que vocês dois juntos são lindos. Nunca vi um casal combinar tanto.

-Obrigada. - Amybeth disse,  um pouco acanhada , especialmente porque Lucas deixou um beijo em seu rosto naquele momento.

-Vamos até  a varanda. Achei que ficaríamos melhor instalados se o almoço fosse servido lá como brinde da melhor vista que tenho dessas terras.

Os quatro convidados a seguiram, e logo Amybeth compreendeu porque sua tia escolhera aquele lugar. A visão que tinham dali dava para as montanhas, e a maneira como o sol se escondia, e aparecia de novo por entre as nuvens, jogava uma luz especial sobre a cidade, criando quase um arco-íris de cores diversas. Comer com aquela paisagem diante de seus olhos era sem dúvida a coisa mais espetacular que já tinha feito.

-Vocês vão ficar aqui por muito tempo?- Lucy perguntou,  enquanto sinalizava para que os empregados começassem a servir.

- Não.  Vamos embora amanhã.  As filmagens dos nossos personagens voltam essa semana, e não podemos nos ausentar por mais tempo.- Amybeth explicou. 

-Que pena. Pensei que ia passar mais tempo com minha sobrinha favorita em minhas férias. -Lucy lamentou.

-Podemos nos ver em Toronto quando voltar para o Canadá. - Amybeth respondeu, provando do fettuccine frango que acabara de ser servido.- Vamos ficar pelo menos por mais um mês e meio em gravação,  até que o filme seja concluído.

-Ótimo. Quero um dia de garotas só para nós duas,  se Lucas não se importar, é claro.- Lucy sorriu para o belo rapaz  que lhe respondeu:

-Por mim, tudo bem. O que deixa Amybeth feliz, me deixa feliz também.- e para provar suas palavras, ele pegou a mão da namorada, e levou aos lábios onde deixou um beijo suave.

-Olha o charme desse garoto. Meu Deus,  estou encantada.- Lucy disse, fazendo Lucas corar. - E olha isso, ele está vermelhinho. Que adorável!

-Para, Tia Lucy. Você está deixando o Lucas com vergonha. - Amybeth disse, olhando para o namorado, que coçava a nuca sem jeito.

-Desculpe. Não resisti.- Lucy respondeu, fazendo todos rirem, inclusive os pais de Amybeth que até aquele momento tinham ficado calados, saboreando a comida e ouvindo a conversa.

-Pensei que você convidaria Louis.- o pai de Amy comentou,  fazendo Lucy perguntar:

-Por que eu o convidaria?

-Ele sempre foi da família. Cresceu com a Amybeth e sempre foram tão bons amigos.- Amybeth viu Lucas travar o maxilar, e estava a ponto de dizer algo, mas ela balançou a cabeça, pedindo silenciosamente que ele não o fizesse, e para disfarçar sua raiva, a ruivinha percebeu que ele fingiu ter um interesse exagerado na comida que estava comendo.

-Então, ele sempre foi da sua família e não da minha, portanto não me sinto na obrigação de convidá-lo para nada.- Lucy respondeu calmamente. 

A mãe de Amybeth,  ao perceber o desconforto da filha e do namorado com a simples menção do nome de Louis,  pediu:

-Lucy,  nos conte mais sobre suas últimas viagens. Quando conversamos a alguns meses atrás,  você disse que iria para a Alemanha.

Assim, Lucy começou a contar sobre os lugares que tinha visitado, e desta forma, Amybeth ficou agradecida por sua mãe ter tato o bastante para impedir que o almoço fosse arruinado por conta de uma única pessoa que não estava ali, mas ainda assim, poderia causar um estrago enorme.

Quando o almoço terminou, os pais de Amybeth foram para casa, e ela levou o rapaz para conhecer um lugar especial. Deste modo, eles pegaram um táxi e pararam em frente de uma casa branca simples, que Lucas não sabia a quem pertencia.

-Que lugar é esse, Amybeth?- ele perguntou, ao ver os olhos da namorada marejados.

-É a antiga casa da minha avó.  Ela faleceu faz algum tempo, mas sempre que venho à Irlanda passo por aqui para fazer uma visita.

-Ela era muito importante para você.- ele constatou, a abraçando pela cintura. 

-Era sim. Toda a minha infância, eu passei aqui com ela. Sinto muita saudades desse tempo.- Amybeth comentou,  se perdendo um pouco em um  passado do qual sua avó fazia parte. Fora feliz ali quando criança,  e todas as suas lembranças lhe causavam uma nostalgia imensa. Quase podia sentir o aroma de biscoitos saindo do forno, e no Natal a mesa farta e a casa toda iluminada com luzes coloridas era a memória mais acalentada  seu coração. - Vamos entrar um pouco?- ela perguntou ao namorado que se mantinha em silêncio,  respeitando o seu momento.

-Claro.- ele assentiu, e ela o puxou até o quintal onde havia um balanço grande e antigo. Ela se sentou, convidou o rapaz a fazer o mesmo, e ficaram lado a lado, curtindo aquele instante de intimidade, onde não precisavam falar nada, só partilhar silenciosamente suas emoções.

-Amybeth, por que ficou aborrecida quando seu pai me perguntou sobre o que faríamos com a distância entre nossas casas. - ele perguntou de repente, pegando-a de surpresa, mas ainda assim,  ela tentou ser sincera:

-Não queria que se sentisse pressionado a tomar uma decisão impensada só porque estava sendo condicionado a isso.

-Amy, eu sei que não falamos sobre esse fato ainda, mas isso não quer dizer que eu não tenha pensado sobre a situação.  Eu já  tenho tudo estabelecido na minha cabeça desde o dia em que começamos a namorar.  Preciso apenas discuti-lo com você. - Amybeth sentiu seu coração se acelerar. Como assim, ele já tinha pensado em tudo?

-O que quer dizer?

-Eu estou dizendo que sei o que quero para nós dois, só preciso saber se você quer o mesmo. 

-Me diga o que quer, e te respondo se concordo com sua ideia. - ela disse cada vez mais ansiosa.

-Bom, eu não sei se vai achar precoce demais, porém acho que resolve o nosso problema de distância.  Posso me mudar para o seu apartamento,  ou você se muda para o meu.- ele declarou, fazendo-a encará-lo com os olhos muito abertos e seu coração quase saindo pela boca.

-Você quer morar comigo?

-Sim, se você também quiser.  Primeiro eu tinha pensado em me mudar para Santa Mônica em um apartamento perto do seu, mas descobri que não é isso que eu quero. Esses meses com você me mostraram que não quero viver a um quarteirão de você, e sim na mesma casa. Então, se nos amamos por que temos que viver separados? - no primeiro momento, Amybeth não soube o que responder, se preocupara tanto tempo sobre aquele assunto, com receio de levá-lo até Lucas, e agora ele aparecia com a solução pronta. -Você  quer morar comigo, Amybeth? Pode me dar a resposta depois se precisar de tempo para pensar- ele sugeriu.

-Não preciso de tempo para pensar. Tenho a resposta agora mesmo.- ela respondeu com sua expressão séria.

-E qual é sua resposta? Por favor não me deixe nesse suspense. - ela riu de leve ao perceber a ansiedade dele. Normalmente,  ele era tão calmo e controlado que perceber tal emoção nele a deixava de certa forma admirada.

-Eu também quero morar com você.  Só  precisamos escolher o lugar. - ela viu o alívio no rosto de Lucas que lhe respondeu:

-Eu posso ir para Santa Mônica, pois  não conheço essa parte da Califórnia. - ele afirmou, deixando-a surpresa mais uma vez.

-Mas e sua vida em Los Angeles?

-Posso transferi-la para Santa Mônica. Meus amigos de infância familiar vão sempre estar lá quando eu quiser visitá-los,  mas você, eu quero perto de mim.- Lucas disse, alcançando a mão dela e não a largando mais.

-Certo, mas se vamos morar juntos em Santa Mônica, vamos ter que encontrar um apartamento maior.  O meu é pequeno para nós dois.- Amybeth disse, já  com mil ideias fervilhando em sua mente.

-Vamos deixar para resolver isso depois que terminarmos as gravações do filme.  Assim, poderemos escolher com calma. 

-Está bem. - ela disse, quase eufórica com o rumo que seu relacionamento com Lucas estava tomando. Quando imaginaria que um dia o ouviria convidá-la para dividirem a mesma casa? Aquilo era louco demais, mas igualmente incrível. Tentando controlar sua empolgação, ela disse:- Quer continuar nosso passeio agora?

-Sim. Onde você vai me levar?

-Vamos fazer turismo pela cidade.- ela respondeu alegremente, ainda segurando a mão dele, e levando-o pelas ruas movimentadas de sua cidade. 

Quando voltaram para a casa dos pais de Amybeth naquele fim  de tarde. Lucas estava carregado de sacolas com souvenir para seus amigos, família,  e para si mesmo, pois queria levar um pedaço daquela cidade com ele, que tinha conquistado sua admiração, e consequentemente,  o seu coração. 

O jovem casal jantou mais uma vez em família,  e foram dormir cedo, pois teriam que ir para o aeroporto quase de madrugada, porque os voos para o Canadá além daquele horário, só sairiam bem mais tarde, e para não terem surpresas desagradáveis, eles decidiram ir no primeiro do dia.

Despedir-se dos pais no dia seguinte não foi fácil para Amybeth, assim como nunca fora. Ela sempre tinha a sensação de estar deixando muito de si para trás, e esse sentimento a deixava de certa forma melancólica. A ruivinha sabia   que não seria para sempre e que na primeira oportunidade retornaria, mas esse pensamento não era suficiente para fazê-la sentir-se menos triste. Ela criara asas e voara para onde seu talento para atuar a levara, e não se arrependia,  porque muitas portas lhe foram abertas, porém seu coração nunca deixaria de sentir falta do lugar onde nascera e onde descobrira sua vocação. 

Eles chegaram no aeroporto faltando alguns minutos para o embarque, e dessa vez o fizeram juntos, ao invés de separados, como acontecera quando pegaram o voo do Canadá até  a Irlanda, e o local quase vazio naquele horário deu um conforto a mais a Amybeth que sempre temia ser descoberta por algum paparazzi.  Lucas tinha razão em lhe dizer que ela precisava aprender a lidar com aquilo, ou a fama lhe tiraria todos os prazeres da vida.

O avião estava em pleno voo a pelo menos meia hora, quando Amybeth decidiu ir ao banheiro.  Ao tentar fechar a porta, Lucas entrou com ela, fazendo-a olhá-lo espantada e perguntar:

-O que pensa que está fazendo?

-Não se preocupe.  Eu tomei cuidado, e ninguém me viu entrar. Quanto a sua pergunta...- ele aproximou os lábios perto do ouvido dela e continuou. - Você me disse que queria saber sobre o que foi meu sonho com você na outra noite, e que se eu te contasse, você o realizaria quando chegássemos em casa, mas a verdade é que não quero esperar.- ele afastou os lábios do ouvido dela, para fitá-la nos olhos e dizer:- Quero realizá-lo agora.

-Você não está pensando....- ela se lembrou das mensagens ousadas que ele lhe mandara no outro dia, quando  ela pensara que Lucas estava apenas brincando com ela para deixá-la envergonhada. 

-Estou sim.- ele disse, descendo as mãos pela lateral do corpo dela, apalpando cada parte com força sobre as roupas que ela usava, fazendo seu corpo arder. Deus! Ele não podia estar falando sério. 

-Lucas, não podemos. 

-Podemos sim.- ele disse, puxando-a pela cintura, apoiando o corpo dela no seu, e logo ela percebeu que não havia como se esquivar, pois o espaço ali era minúsculo e se  mal cabia uma pessoa, duas era inviável. 

-Vamos esperar até chegarmos em casa.- Amybeth tentou argumentar, mas Lucas respondeu:

-Não. - e assim a boca dele esmagou a sua com uma vontade que a fez arfar. As mãos masculinas desceram por suas costas, alcançando seu bumbum, acariciando e apertando o local, causando-lhe milhares de arrepios por sua pele, mandando-lhe uma mensagem difícil de ignorar.  

Ela não ia resistir,  e soubera disso no momento em que ele a olhara com um poço de luxúria dentro de seus olhos castanhos. Se nunca conseguira fugir de outras situações assim com ele, dessa vez seria impossível.

Os lábios dele tinham o gosto do pecado que ela sabia que iriam cometer juntos, e quanto mais profundo o beijo ficava, mais fraca Amybeth se sentia. Seus pensamentos sumiram, seu raciocínio se evaporou, e o receio de que alguém pudesse ouvi-los em um local como aquele desapareceu também. Lucas abandonou seus lábios, para dizer em seu ouvido:

-Se liberte, Amybeth. - e depois deu atenção a seu pescoço, provocando-lhe um frio em sua espinha que se estendeu até a nuca, ao mesmo tempo que o calor se tornou insuportável dentro de suas roupas de lã. Ela jogou a cabeça para trás, encostando o corpo na pia do banheiro para lhe dar mais apoio, enquanto sentia a ponta da língua dele, descendo até o pequeno decote de sua blusa.  Os dedos dele trabalharam rápidos, abrindo os botões com tanta facilidade que a próxima coisa que ela percebeu, foi seu sutiã sendo aberto, e dando a Lucas total liberdade para tocá-la naquela região com sua boca.

O impacto da língua dele em seus seios a fez gemer baixinho, pois teve um mínimo de consciência ali ao pensar que qualquer pessoa que passasse pelo corredor, saberia o que estavam fazendo dentro do banheiro do avião. Mas era difícil controlar as suas reações,  pois Lucas a estava levando a um ponto que seu corpo implorava por tudo o que ele estava fazendo com ela, e fazendo-a desejar por mais. Quando ele mordiscou seus mamilos eretos de leve, e os manteve entre seus lábios por um certo tempo, ela quase gritou da luxúria que aquele gesto causara em seu íntimo.  Lucas estava reduzindo suas forças a nada, e nenhum de seus membros obedeciam ao seu comando. 

Amybeth apoiou seu corpo um pouco mais na pia, quando sentiu os lábios de Lucas deixando beijos por seu tronco, correndo as mãos por seus quadris até que ele se ajoelhou na sua frente, enquanto seus dedos encontraram o zíper da calça jeans que ela estava usando, e o descia  ao mesmo tempo que as mãos dele faziam pressão nas laterais dos quadris dela, puxando a calça até os tornozelos, junto com sua calcinha. Ela pensou que ia morrer quando ele deixou um beijo quente em sua barriga e outro sobre o seu sexo, sentindo o mínimo de alívio ao perceber que Lucas não a tocaria como imaginara, pois se o fizesse, ela não teria como se controlar mais.

O rapaz fez todo o caminho de volta, tocando toda a camada de pele macia que encontrava, até se perder de novo nos seios dela, fazendo Amybeth enterrar suas mãos nos cabelos escuros dele, arfando incontrolavelmente, sentindo-o entre suas pernas completamente rígido, e se esfregando de leve no corpo dela exatamente ali, o que a fez pressentir que chegaria a seu ápice sem que realmente tivessem um contato mais íntimo.

Mas os planos que ele tinha para os dois eram outros, por isso, ela logo o sentiu se afastar e abrir o zíper da própria calça, colocando a proteção que ele tinha no bolso, sem desconectar os olhos dos dela, fazendo Amybeth perceber o desejo dele tão potente quanto o seu. Ainda com os olhos pregados nos dela, Lucas a fez afastar as pernas e antes de tomá-la como sua, ele disse:

-Se entrega para mim, e me deixa amar você como eu sonhei. - e sem que ela conseguisse responder, ele a possui, fazendo Amybeth se agarrar ao pescoço dele para manter-se em pé,  e para evitar que ela gemesse alto, ele a beijou, enquanto seus corpos se movimentavam no ritmo do amor.  Havia tanta sensualidade na maneira de Lucas conduzir seus movimentos, que Amybeth fez exatamente o que ele lhe pediu.  Se entregou sem pensar em nada a não ser nas sensações que a faziam se sentir completamente liberta de qualquer inibição.  

Seu corpo seguia o comando do dele, suas bocas pareciam não se fartar do gosto um do outro, seus quadris se ondulavam junto com os dele, enquanto seu coração parecia querer explodir sob o efeito daquela paixão insana que possuía cada parte de sua pele. Então, eles alcançaram juntos o grau mais alto do prazer, e no momento final, Amybeth deixou que seu corpo colidisse com o dele em uma satisfação completa e total.

-Tudo bem?- ele perguntou baixinho,  enquanto ela mantinha seus olhos fechados,  incapaz de responder, pois suas energias tinham se esgotado, e balançou a cabeça concordando, sentindo Lucas deixar um beijo carinhoso em sua testa.

Ele esperou alguns segundos, e depois a ajudou a ajeitar as próprias roupas,  enquanto ele fazia o mesmo com as dele, e em seguida falou:

-Eu vou sair primeiro. Você dá um tempinho e sai em seguida.

-Está  bem.

E assim eles fizeram, mas no meio do caminho,  encontraram a aeromoça que lhes perguntou com simpatia:

-Precisam de alguma coisa?

-Não, está  tudo bem. - Lucas respondeu na maior calma, enquanto Amybeth sentia seu rosto queimar de vergonha, porque mesmo que a moça não desse nenhuma indicação de que soubesse porque os dois estavam de pé naquele corredor, a maneira como olhava para ambos deu a impressão a Amybeth que ela sabia perfeitamente o que tinha acontecido.  

Eles voltaram para suas poltronas,  e não falaram nada, apenas se olharam com aquele amor que fazia  as suas estruturas serem abaladas todas de uma vez, e sorriram um para o outro. E quando Lucas a tomou nos braços, ele fez com que  cabeça dela se aconchegasse em seu peito, e  a embalou até  que ela fechasse os olhos sonolentos. E assim, Amybeth  adormeceu completamente relaxada e feliz,  e  sentindo  como se caminhasse nas nuvens.

Olá, mais um capítulo postado. Beijos.



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