Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 3


— Mas olha quem resolveu aparecer! — Gritou tio Lucky do outro lado do salão ao me ver, sua voz ressoando animada entre os móveis meticulosamente dispostos.

Todos os olhares se voltaram na minha direção. Tinha acabado de sair do treino com Áries, a exaustão pesando nos meus ossos enquanto caminhava, mas a intensidade da sessão serviu como uma válvula de escape para os comentários absurdos que Erik havia feito na noite anterior.

— Olha só quem se lembrou que tem casa. — Respondi, um sorriso irônico brincando nos lábios.

A provocação arrancou risos espalhados pelo salão.

— Parece que você continua abusada como sempre. — Meu tio Kedra se aproximou, o rosto amigável revelando uma ruga de sorriso.

— Por que mudar velhos hábitos, não é mesmo? — Pisquei para ele, mantendo o tom leve e descontraído.

— Venha cá e me dê um abraço. — Ele esticou os braços na minha direção.

— Não tio Kedra, estou suada e... — Fui interrompida pelo seu abraço caloroso.

— Senti saudades. — Ele cochichou no meu ouvido antes de me soltar.

— Também senti saudades, agora me solta. Está todo mundo olhando. — Brinquei, tentando disfarçar a leveza que o gesto me trouxe.

— Que cena mais linda! Realmente me comoveu. — Papai apareceu no topo da escada, sua voz firme e carregada de afeto.

— Com ciúmes? — Provoquei, lançando um olhar malicioso na direção dele.

— Mas é claro. — Ele respondeu, rindo.

— Nick! — Tio Kedra saudou meu pai com um aceno.

Papai desceu as escadas, cumprimentando calorosamente todos os presentes que haviam chegado de viagem, incluindo eu.

— Madrinhas. — Saudei tia Helena e tia Catarina com um sorriso largo.

— Você está suada? Deixe-me ver, estava treinando? — Perguntou tia Helena, com uma expressão divertida no rosto.

— Hm! Eu...

— Não seja boba, Helena! — Interrompeu tia Catarina, rindo. — É óbvio que ela estava treinando. Aliás, será que ela faz alguma outra coisa?

— Ei! — Protestei, fingindo indignação, o que só fez com que elas rissem ainda mais.

— Ei Sky! Um passarinho me contou que amanhã você ficará mais velha. — Provocou tio Lucky.

— Não seja bobo. Pelo que vejo, a mais velha da sala não sou eu. — Retruquei, devolvendo a provocação com um sorriso travesso.

— Uii! — Gritaram tio Rixon, Gerad e tio Kedra, provocando um clima descontraído entre todos.

Eles agiam como adolescentes, e eu apenas sorri cinicamente para acompanhar o clima leve.

— Ok! Ok! Chega de bagunça. Vamos! O almoço já está na mesa. — Meu pai interveio, trazendo ordem ao ambiente animado.

Olhei ao redor e percebi a ausência de alguém importante.

— Espera! E o tio Joh? — Perguntei confusa, procurando por ele entre os presentes.

— Alguém está me chamando? — Disse tio Joh, entrando no salão principal com um sorriso caloroso.

— Tio Joh! — Exclamei, correndo para abraçá-lo com entusiasmo.

— Ele, ela abraça... — Resmungou tio Kedra em tom brincalhão, provocando risadas adicionais.

A atmosfera familiar e descontraída envolvia todos, criando um ambiente de calorosa camaradagem que era típico das reuniões familiares sempre que nos reuníamos.

— Opa, calma garota, já não sou mais tão jovem. Se pular em cima de mim, com certeza meus ossos quebram. — Tio Joh falou brincando enquanto nos abraçávamos.

— Ah, o que é isso? — Retribuí o sorriso. — O senhor está muito enxuto para sua idade.

— Pelo visto aprendeu a mentir igual ao seu pai quando era mais jovem. — Ele riu, revelando um humor afável e familiar.

Tio Joh se afastou para segurar novamente a mão de tia Victória.

— Tia Vic. — Fiz uma pequena reverência.

— Como vai, minha jovem? — Tia Victória segurou meu rosto com um olhar carinhoso.

— Muito bem. — Coloquei minha mão sobre a dela. — E a senhora, como está?

— Cada dia mais velha. — Ela sorriu afetuosamente.

— Bom, vamos! Creio que estão famintos da viagem. — Meu pai chamou todos para se dirigirem à sala de jantar, que já estava pronta para receber todos.

— Tio Gerad, como vai o senhor? — Perguntei enquanto caminhávamos em direção à sala de jantar.

— Estou ótimo. — Ele respondeu com um sorriso caloroso. — E você?

— Estou ótima também, obrigada. — Respondi com um sorriso leve, tentando manter a conversa fluindo naturalmente. — Viagem longa, não?

— Sim, muito longa. — Tio Gerad concordou.

— E vocês foram para...?

— Samsalom. — Ele respondeu, tossindo ligeiramente e parecendo um pouco surpreso com minha pergunta.

— Mas Samsalom é apenas um ou dois dias daqui, e olhe lá. Não costuma demorar tanto tempo. — Pressionei gentilmente.

— Você sabe como é, sempre há pequenos imprevistos nessas viagens, nada demais. — Ele sorriu, tentando desconversar um pouco. — Bom, deixe-me ver se seu pai precisa de algo. Até mais, Sky.

Ele desviou habilmente das minhas perguntas. Típico dele.

— Pelos deuses, me ajuda. Minha mãe não me larga... — Áries apareceu resmungando sobre tia Catarina, interrompendo meu pensamento.

— Deixe de drama, Áries. Temos problemas mais sérios do que sua mãe. — Respondi, desviando o olhar para onde tio Gerad conversava com meu pai.

— Que problemas?

Áries seguiu meu olhar, tentando identificar o suposto "problema".

— Estão todos escondendo algo de mim. — Cruzei os braços e continuei encarando meu pai e meus tios.

— Como você sabe? — Perguntou Áries, fixando o olhar em mim.

— Sinto no ar. — Fiz uma pausa dramática, como se estivesse inalando um aroma distinto. — Há um cheiro de medo e mentira no ar. O medo não está presente aqui, mas a mentira...

— Às vezes você me assusta. — Áries comentou, ainda me encarando. — E sobre o que você acha que eles estão mentindo? — Ela agora virou-se para encará-los comigo.

— Não faço ideia. — Respondi, pensativa.

A tensão no ar era palpável, enquanto eu tentava decifrar o que estava acontecendo entre meu pai e meus tios. A sensação de que algo estava sendo ocultado pairava sobre nós, alimentando minha curiosidade e aumentando a minha desconfiança.

Neste momento, Erik entrou na sala de jantar com seu uniforme impecável e o cabelo meticulosamente penteado. Observando-o de longe, notei como sua presença sempre parecia projetar uma imagem de confiança e elegância. Ele sorriu para todos os presentes e os cumprimentou com um aperto de mão firme e cortês, cada gesto mostrando sua habilidade em manejar situações sociais com graça e naturalidade. Seus olhos azuis brilhavam com uma centelha de divertimento enquanto trocava algumas palavras amigáveis com tia Helena e tio Rixon, antes de se juntar ao grupo ao redor da mesa, onde as conversas fluíam

— Até o idiota do Erik sabe de algo. — Pensei alto, observando-o com uma ponta de desconfiança.

— E como você sabe que ele sabe? — Áries perguntou, curiosa.

— Ele está rindo. — Respondi com seriedade, me concentrando na expressão de Erik enquanto ele interagia com os outros.

Erik parecia descontraído demais para alguém que não estivesse ciente de algo. Seu sorriso, embora amigável, carregava um leve ar de quem sabia mais do que deixava transparecer. Aquilo só aumentava minha determinação em descobrir o que todos estavam escondendo.

Áries soltou uma risada alta e extravagante, tão exagerada que ecoou pela sala. Todos os olhares se voltaram para nós, e com a rapidez que tenho em situações constrangedoras, me virei diretamente para ela, ignorando todos os outros na sala. Áries, percebendo a atenção que atraiu, cobriu a boca com as mãos para tentar conter o riso, mas seus ombros ainda tremiam com o esforço de segurar a gargalhada. A expressão divertida dela misturava-se com o constrangimento, enquanto eu tentava manter uma postura séria.

— Maluca. — Repreendi Áries com um olhar sério.

— Me desculpe, Sky, mas eu não aguentei. Erik está mentindo para você só porque está rindo? — Ela falou, ainda segurando o riso com dificuldade.

— Vai brincando, sua palhaça, mas você vai ver que estou certa. Eu vou descobrir, ou não me chamo Alinna Sky. — Declarei, virando-me e deixando Áries para trás, determinada a desvendar o que quer que estivessem escondendo.

Estamos todos reunidos à mesa, com Cat, Caroline e Emily presentes também. Adoro quando elas almoçam conosco. A sala de jantar está um verdadeiro pandemônio: todos estão conversando ao mesmo tempo, o barulho dos talheres nos pratos é constante e irritante, risadas ecoam pelo ambiente. É quase como se estivéssemos em uma festa improvisada, com a atmosfera vibrante e cheia de energia. O aroma dos pratos deliciosos se mistura com a animação das conversas, criando um cenário de calorosa convivência familiar.

— Para onde mesmo vocês foram? — Tentei me entrosar na conversa. — Me esqueci completamente. — Dei um sorriso um tanto forçado.

— Samsalom.

— Para o sul de Sky.

Disseram em uníssono tio Gerad e tio Kedra, enquanto compartilhavam um olhar cúmplice que não passou despercebido por mim.

Encarei Áries do outro lado da mesa, lançando-lhe um olhar que dizia "Eu te disse que estavam mentindo." Ela retribuiu com um sorriso de canto, claramente divertida com a confirmação das minhas suspeitas. Na cabeceira da mesa, meu pai quase se engasgou com a comida. Conhecia-me o suficiente para saber que sou extremamente observadora e que qualquer deslize seria suficiente para que eu descobrisse tudo. Se ele estava escondendo algo, aquele momento de tensão o entregou mais do que qualquer palavra poderia fazer.

— Eles foram para o sul de Sky e depois para Samsalom. — Respondeu papai, limpando a bagunça de tio Gerad e tio Kedra com total despreocupação. Era uma tática eficaz.

— Hm. — Respondi, mantendo meu tom casual. — E o que foram fazer lá, papai? — Perguntei, observando a reação dele enquanto parecia concentrado em seu prato como se fosse a coisa mais importante do mundo.

Todos os olhares se voltaram para ele. Ele continuou tranquilo, sem desviar o olhar do prato.

— Foram verificar algumas questões para mim. Ser rei de três reinos não é nada fácil.

Ele era bom nisso, sabia como manter a calma e desviar de perguntas indesejadas.

— Ah, claro, papai. — Respondi, decidindo deixar minhas perguntas de lado por enquanto. Ele não cairia tão facilmente em minhas tentativas de sondagem.

Ele era muito mais esperto do que eu. Após o almoço, retirei-me para o meu quarto, onde descansei brevemente antes de dirigir-me ao escritório do meu pai para participar de uma importante reunião. Ele, juntamente com tio Joh, tio Kedra, tia Catarina e tia Helena, estava elaborando um projeto de proteção para os mais necessitados de MoonFifth, SunFifth e Samsalom.

A atmosfera na sala de reuniões era séria e focada, com a luz suave do entardecer filtrando pelas cortinas enquanto todos se dedicavam a discutir e revisar pilhas de documentos. Ideias eram propostas, debates surgiam e decisões importantes eram tomadas em meio a um ambiente de colaboração e determinação.

Horas se passaram nesse trabalho incansável até que finalmente a reunião chegou ao fim. Retornei ao meu quarto exausta, mas satisfeita com o progresso feito. Desta vez, não era apenas para descansar brevemente; era para dormir profundamente, pois sabia que o dia seguinte reservava algo especial.

...

— Bom dia, Sky. Está na hora de acordar. É seu aniversário, meu amor. — Uma voz suave e estranha me despertou suavemente.

Abri os olhos e percebi que meu quarto estava envolto em escuridão. "Mas já não é dia?", pensei, confusa. Cocei os olhos para tentar despertar completamente e então olhei na direção da janela. As cortinas estavam abertas, permitindo que uma luz vermelha intensa penetrasse no quarto. Ergui-me da cama lentamente e fui em direção à janela. O sol ou a lua havia surgido ou se posto, tingindo o céu com uma cor de sangue. Os raios vermelhos pintavam as nuvens, criando um cenário que parecia saído de um conto sombrio. O ar lá fora estava carregado, a luz vermelha filtrada pelas folhas das árvores.

— Bom dia, Sky. Está na hora de acordar. É seu aniversário, meu amor. — Repetiu a voz suave.

O vento levantou as cortinas, fazendo-as voar para dentro do quarto. Assim que as puxei para o lado, deparei-me com um homem parado na minha varanda. Ele sorria, mas seus olhos estavam escorrendo lágrimas de sangue. Vestia-se de preto, com um capuz que sombreava quase todo o seu rosto, deixando à mostra apenas a região dos olhos.

Um sobressalto inicial tomou conta de mim, mas permaneci ali, sem me mover. Não conseguia desviar o olhar das lágrimas vermelhas que desciam pelo rosto do estranho. A visão era perturbadora, mas havia algo ainda mais intrigante: seus olhos. Entre as lágrimas de sangue, pude perceber um olhar surpreendentemente semelhante ao meu e ao do meu pai. Um olho azul e outro verde, uma peculiaridade que eu antes não apreciava em mim mesma, mas com a qual já havia me acostumado ao longo dos anos.

A semelhança era desconcertante. Como poderia um completo estranho ter os mesmos olhos heterocromáticos que eu? Minha mente girava com perguntas enquanto eu tentava entender a presença desse homem misterioso na minha varanda, e o que significava essa conexão visual tão incomum entre nós.

— Bom dia Sky. Está na hora de acordar. É seu aniversário, meu amor. — Repetiu mais uma vez.

Me aproximei daquela figura com cautela, o coração batendo forte no peito. Parei diante dele, respirando fundo antes de lentamente erguer minhas mãos e colocá-las atrás de sua cabeça. Com um movimento rápido e decidido, puxei o capuz para trás.

Foi como se o tempo desacelerasse por um instante. A tensão no ar era palpável enquanto o tecido escuro revelava o rosto antes oculto. Mas então, abruptamente, acordei.

A sensação de adrenalina ainda pulsava em mim quando me vi de volta ao meu quarto, o coração ainda acelerado pela intensidade do sonho. A imagem do homem com lágrimas de sangue e olhos heterocromáticos estava fresca na minha mente, assim como o mistério de sua presença. A experiência deixou uma sensação de inquietação, como se houvesse mais para descobrir além da superfície do sonho que me escapara tão rapidamente.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro