Nunca te deram flores?
(CARLYN)
Atualmente,2018.
Os lábios leves sendo pressionados contra meu rosto, próximo dos meus lábios me faz sorrir e fechar os olhos para sentir o toque com maior intensidade.
—Brian falou com você?—pergunto só agora me lembrando.
—Sim, como você sabe?—Shawn para de beijar meu rosto e se afasta para me olhar.
—Zoe falou comigo, ela também sabe.—digo levando minhas mãos até sua nuca.
—Vamos continuar nos escondendo?—ele pergunta, sinto uma de suas mãos agora em minha cintura enquanto seu corpo faz pressão em cima de mim.
Se nossa família souber que estamos nos pegando, farão grande coisa disso. Irão querer forçar um relacionamento que não temos, acontecerá a pressão. Além de que se muitas pessoas souberem, uma hora ou outra o boato vai vazar e então a mídia saberá e também fará grande coisa disso. Irão confirmar que estamos em um relacionamento sério sendo que não passamos de duas pessoas que querem se beijarem sem compromisso.
—Eu acho melhor. Você sabe como é nossa família, iriam pensar que estamos namorando e tudo mais.—dou minha opinião, ele assenti.
—Concordo, e também tem as redes sociais. Se a notícia que estamos nos envolvendo circulasse iriam dizer que já estamos praticamente noivos, eles sempre aumentam as coisas e isso me deixaria com alguns problemas. Tento ao máximo evitar estar em sites de fofocas e sei que você também não gostaria de estar.—concordo logo, ele me conhece, sabe que eu odiaria ter pessoas falando sobre minha vida.
—Então entramos de acordo em manter isso entre nós dois, Brian e Zoe.
—Sim e também precisamos começar a ter cuidado sobre onde ficamos.—ele solta uma risadinha olhando em volta.
—Estamos na sala.—ele diz como se já estivéssemos quebrando essa regra.
Shawn chegou de Toronto 1 hora atrás e não havia ninguém em sua casa. Karen precisou ir ao seu escritório imobiliário para resolver o assunto de uma casa que está prestes a vender, Aaliyah está na casa da Joyce, uma de suas amigas, e onde está Tio Manny não tenho a menor ideia, meu Tio Luca também não está em casa então talvez eles tenham saído juntos.
Eu tinha acabado de chegar em casa, pois até então estava na casa de Zoe, quando ele bateu em minha porta com um sorriso sugestivo e dizendo que sua casa estava vazia.
A ideia inicial era assistir a um filme de animação que acabou sendo esquecido pois desligamos a TV e apenas estamos deitados no sofá desde então.
—É mas estamos sozinhos, as janelas estão fechadas assim como a porta.—observo em o como o cômodo está escuro por não ter nenhum raio de sol adentrando na casa.
Shawn estava prestes a me responder quando meu celular vibra e em seguida a tela ilumina-se. Solto um resmungo antes de esticar meu braço para pegar o aparelho em cima da mesinha de centro, sem sucesso já que a posição de Shawn em cima de mim me impede de esticar mais. Facilmente, Shawn estica seu braço e pega meu iPhone preto, me entregando logo em seguida.
Sorrio em agradecimento e abro as três mensagens de Olívia. Percorro o olhar rapidamente lendo ela novamente perguntando algumas dúvidas sobre o conteúdo da prova final que faremos, suspiro antes de desligar o celular e entregar para Shawn que logo põe de volta à mesa. Posso responder Olívia depois.
—O que foi?—ele pergunta vendo minha careta frustada.
—Meus colegas não me deixam mais em paz. No início de fevereiro faremos a prova final e todos estão atrás de mim para ver minhas anotações. Meus professores sempre motivaram a todos para não fazer anotações e prestar atenção na aula mas nunca fiz isso pois sabia que em algum momento iria precisar rever o assunto escrito.
—Você já vai terminar a faculdade?
—Sim, termino no começo de fevereiro. Quase que não iria, era pra eu terminar apenas próximo ano.—ao ver a confusão em seu rosto resolvo explicar enquanto penetro meus dedos em seus cabelos da região da nuca.—Eu fiquei quase um ano sem frequentar por causa da reabilitação, meio que tive que trancar. Mas conversei com o conselho a respeito que conversaram com os professores, como tive que trancar por alguns meses por conta da minha saúde, eles resolveram me ajudar. Foi simplesmente horrível esses meses, porque eu precisei entregar todos os trabalhos do ano passado ao mesmo tempo que entregava os trabalhos que eles passavam, tudo foi em dobro. Normalmente eu teria 8 trabalhos por semana para entrar mas como estava tentando recuperar o ano passado, eu tinha que entregar 16. Mas acho que o pior foi o desfile, todo bimestre temos uma prova onde precisamos criar roupas com um tema que o professor dar para alguém desfilar, é um evento real na faculdade. Normalmente já é exaustivo, mas eu tive que criar dois desfiles ao mesmo tempo, encontrar mais de 20 pessoas para desfilar para mim, pensar em roupas originais, encontrar uma costureira que criasse mais de 40 peças de roupa, foi horrível.—minha cabeça dói só em pensar no ano passado da faculdade, foi como o inferno.
—Mas em um mês você termina, valeu a pena.—ele sorri de lado. Sorrio também sentindo seus dedos acariciarem a pele exposta do meu quadril, minha camiseta foi levemente erguida para ele tocar minha pele.—O que você vai fazer depois que terminar?
—Então, eu trabalho em um atelier. Gosto de trabalhar lá, mas não tenho a liberdade de desenhar todas as roupas que é o que mais gosto, só crio as peças de roupa quando algum dos clientes exige ter sua roupa criada por um dos funcionários, eu tenho no máximo cinco clientes que quando vão pedem que eu crie. Na maioria do tempo eu estou tirando as medidas das pessoas ou ajudando a fazer os ajustes quando uma roupa não fica perfeita no corpo do cliente. Estou economizando a um tempo, e se eu continuar com o salário que recebo no atelier, irei conseguir abrir meu próprio atelier no centro de Toronto em no máximo 2 anos.
—Uau, isso é muito tempo.
—Na verdade, não. Moda não é uma profissão tão valorizada, de modo que quem acaba de sair da faculdade precisa batalhar muito para conseguir um emprego, ter seu próprio atelier demora anos, mais de 5. A minha sorte é que consegui esse emprego desde o meu primeiro ano de faculdade. Às vezes também modelo para as roupas que minha chefe cria, quando isso acontece o salário duplica.
—Sabe que posso te ajudar com o atelier, certo?—ele pergunta levando sua mão até meu rosto, meu coração pula de alegria quando sinto seus dedos percorrerem suavemente pela pele da minha bochecha.
—Certo mas eu quero fazer isso sozinha, com meu esforço.—digo tentando não soar arrogante, não quero que ele me entenda mal. Charlie também já ofereceu ajuda financeira para abrir meu atelier mas quero conseguir com meu próprio dinheiro, saber que lutei por isso, não preciso que alguém tire alguns degraus da escada para eu poder subir mais rápido.
—Eu posso ser seu sócio ou então seria emprestado, você me devolveria quando ganhasse o dinheiro de volta.—ele sugere.
—Você jamais seria sócio de um atelier pois seu ramo é a música, ser meu sócio seria apenas uma desculpa para me dar o dinheiro. E não quero começar meu trabalho devendo dinheiro para outra pessoa.—ele abre a boca para intervir novamente mas logo o corto.—Quero conseguir abrir o atelier com meu próprio dinheiro, não importa se irá demorar 2 anos ou 5. Eu realmente não me sinto confortável aceitando dinheiro seu, já planejei tudo e ajuda financeira faria eu abrir o atelier mais cedo e meus planos é para abrir apenas em 2 anos. Agora feche essa sua boquinha e esqueça o assunto.—digo bem humorada a última parte, novamente não querendo que ele se irrite, sei como ele costumava ser teimoso. Shawn revira os olhos levemente, para amenizar o clima deixo um selinho em seus lábios.
—Você já comprou os presentes do Natal?—ele pergunta mudando de assunto.
Merda, tinha esquecido isso.
—Ainda não, acho que vou deixar para comprar apenas no dia do Natal. No jantar da véspera, iremos sortear os nomes do amigo secreto e preciso saber logo quem vou tirar para poder comprar o presente e aproveitar e comprar o dos outros. E você?
—Não, queira dar algo especial para minha mãe, mas só consigo pensar em flores.—deixo uma risada escapar.
—Faça-me o favor Shawn, você pode comprar um carro pra ela e quer comprar flores?—meu tom sai divertido e e me olha como se eu tivesse o ofendido.
—O que? Vai dizer que você não gostaria de receber flores?
—Eu não sei, nunca recebi flores.—dou de ombros. Shawn entreabre os lábios em surpresa.
—Por favor, me diga que alguém já te deu flores.—seu tom ainda é horrorizado, acabo rindo com a careta dele.
—Não...na época da escola o Ian não tinha dinheiro para comprar, na reabilitação eu e minha namorada não tínhamos acesso a flores e o Kyle, o outro carinha lá, estava ocupado de mais chupando outras coisas para se preocupar em me dar flores.—sua careta de indignação apenas aumenta.
—Não consigo acreditar nisso. E os casos que você teve?
—Todos apenas de uma noite, dormíamos juntos, na manhã seguinte agradecia pela noite e ia embora. Desculpe se o mundo não está cheio de pessoas gentis como você.—digo me lembrando que alguns dias atrás ele trouxe um buquê de flores para sua mãe.
—O romantismo está morto.—ele deixa cair seu rosto em meu pescoço, seu resmungo me fez rir novamente.
—Não é o fim do mudo, flores são apenas flores.
—"flores são apenas flores"—ele faz uma voz fina tentando me imitar enquanto revira os olhos.—Quando você recebe flores, você se sente amado, é um gesto de carinho, uma forma de dizer para alguém que aquela pessoa é especial em sua vida.
—Ok, senhor romântico. Não vou mais ofender as flores.—ironizo com um sorriso divertido no rosto.
—Você já recebeu?
—Puff.—ele estala os lábios como se fosse óbvio a resposta pra minha pergunta. Jogo minha cabeça pra trás rindo alto do seu convencimento.
—Caso você não saiba, tenho muitas admiradoras.—presunçosamente ele diz.
—Uuh...desculpe-me não te sobrestimar tanto assim.—Shawn ri.
—Como são essas admiradoras?
—Nenhuma tão perfeita como você.—sinto seu dedo enroscar em uma mecha da frente do meu cabelo. Minhas bochechas esquentam ao ouvir suas palavras.
—Tem certeza? Tenho muitos defeitos.—luto contra um enorme sorriso.
—Absoluta, gosto até mesmo de seus defeitos.—a forma que ele me olha deixa-me extremante nervosa.
Levo minhas mãos até seu rosto o segurando. Senhor, ele é tão bonito. Passo um dos meus dedos por sua sobrancelha enquanto minha outra mão permanece em seu maxilar.
—Já te disse o quanto você é lindo?
—Algumas vezes.—ele dar se ombros torcendo os lábios, abro um sorriso.
—Bem...você é lindo. Intensamente gentil, educado e gostoso pra caralho.—seu sorriso carinhoso muda para um malicioso quando escuta meu último elogio.
—Você é quente, Carlyn.—ele diz afundando seu rosto em meu pescoço, suspiro com a ponta do seu nariz percorrendo minha pele.—Você não tem noção do quanto tenho sonhado com seu corpo.—meus batimentos aumentam apenas em ouvir sua voz arrastada pelo tesão.
Minhas pernas se apertam mais em volta do seu quadril já que até então ele estava entre elas. Seguro seu rosto o retirando do meu pescoço, trago ele em minha direção em fim selando nossos lábios.
O beijo começa lento e suave, algo que não estou acostumada todavia confesso que tenho me apaixonado por esse tipo de beijo. Movimento meus lábios sem pressa, diferente do meu coração que tem as batidas descontroladas. Suas mãos vão até meu rosto fazendo com que impossibilitasse as minhas também de estarem no mesmo lugar, retiro minhas mãos de seu rosto e levo até seu quadril.
Arfo contra sua boca quando ele desliza sua mão até minha nuca seguidamente puxando alguns fios do meu cabelo ao mesmo tempo que introduzi sua língua entre meus lábios. Sua língua percorre por toda a extensão do meio dos meus lábios, faz movimentos sutis em círculo para então voltar a chupar meu lábio inferior.
Meu coração bate de forma frenética, não sei ao certo se é pela falta de ar ou se é pelo nervosismo de estar o beijando. Sinto os dedos dele percorrerem pela lateral do meu corpo, tocando o flanco do meio peito e em seguida descendo para a curva da minha cintura onde de forma provocante os dedos fazem mais pressão, logo depois seus dedos encontraram meu quadril para em fim sua mão agarrar minha coxa com intensidade. Entrelaço minha perna em seu quadril dando mais acesso para ele percorrer sua mão por toda minha coxa e início do meu traseiro. Um gemido me escapa quando ele aperta com intensidade minha bunda, foi inevitável não sorrir entre o beijo ao perceber o quanto ele está mais solto, Shawn tateia minha bunda sem timidez, suspiro diversas vezes ao ter minha pele sendo puxada por ele.
—Você é tão linda...—ele me elogia parando de me beijar por breves segundos mas logo voltando.—Puta que pariu, eu te quero tanto.—suspiro ao ouvir sua voz mais rouca do que de costume.
Tenho estado tão entregue as carícias que mal percebi que não toquei ele desde que começamos a nos beijar, até mesmo no beijo tenho estado apenas retribuindo, todo o serviço é ele quem está fazendo. Afim de mudar isso introduzo minha mão por dentro do seu moletom, na ponta dos meus dedos sinto que sua pele está quente, para lhe provocar arranho levemente o final de suas costas quando ele chupa meu pescoço. Não tenho muito tempo sentindo sua pele em meus dedos pois ele leva suas mãos até às minhas e as retiram do seu corpo, me surpreendo quando ele põe minhas mãos no braço do sofá ficando acima da minha cabeça. O formigamento no meio das minhas pernas apenas aumenta com a pressão dos dedos dele segurando meus pulsos, ele não os segura de forma ríspida mas também não é sutilmente, é de modo cuidadoso embora firme. Juro que vejo estrelinhas quando ele faz pressão com seu quadril no meu, busco seu corpo para tocar mas sem sucesso e ser impossibilitada de o tocar apenas me deixa mais louca de desejo.
Ele está excitado e quer que eu saiba disso, seu membro está duro e toda vez que ele o pressiona no meio das minhas pernas sinto o tesão aumentar.
Quase faço um barulhinho de protesto quando Mendes tira seus lábios dos meus e desce sua boca para meu pescoço onde o beija por alguns longos segundos. Seus dedos afrouxam meu pulso até eles estarem libertos todavia os deixo no mesmo local decidida que ele está no controle e pode fazer o que quiser com meu corpo. Sinto seus lábios umedecidos percorrerem pela parte descoberta do meu seio exposto pelo decote que minha blusa proporciona, a região do meu peito começa a subir e descer por conta da minha respiração descontrolada.
O corpo de Shawn começa a se mover para baixo, meu coração dar um salto quando percebo até onde ele quer ir. Seus dedos erguem uma pequena parte da minha blusa, o suficiente para sua boca beijar minha barriga. Mantenho meu olhar preso nele enquanto sinto a ponta de sua língua encostar em minha pele que agora está intensamente arrepiada.
—Isso é bom..—digo vagamente entre um suspiro, seus lábios se curvam em um sorriso e o sinto se formar contra minha barriga antes dele deixar um beijo suave e molhado a baixo do meu abdômen.
Seu corpo volta a mover-se em cima de mim, visualizo seus pés saíram do sofá todavia ele continua descendo até seu rosto estar acima do meu quadril. Shawn ergue seu olhar para mim e por breves segundos penso que tenho um orgasmo apenas com seu olhar sedutor preso no meu, suas duas mãos vão até o botão do meu jeans porém não abre meu short, seu olhar continua preso em meu rosto e embora suas feições não esteja perguntando isso, sei que ele quer saber se pode tirar meu short. Capaz de seu falar algo, minha voz não saía por causa da minha garganta seca, então apenas movo meu olhar para cima o fixando no teto, espero que ele seja inteligente e entenda que isso é um sim desesperado.
Ele entende.
Seus dedos desabotoam meu short com facilidade, continuo olhando para cima na tentativa de estabilizar minha respiração, olhar para ele apenas pioraria pois sei que seu olhar estar preso em mim observando minhas reações. Seus lábios beijam sutilmente minha barriga novamente mas dessa vez na parte que o início do short cobria.
Acho que nunca estive com alguém tão gentil assim. Na verdade tive, foi no meu segundo ano de faculdade, não me lembro do nome mas o Sr.Sem Nome era extremamente gentil na cama ao ponto de até mesmo perguntar se poderia tocar em minha bunda. Eu achei uma gracinha, de verdade, mas todo aquele carinho acabou me fazendo broxar real. A diferença que temos aqui é que mesmo Shawn sendo extremante gentil comigo, ele não deixa de ser totalmente sexy e provocador. Outra diferença é que ele não está me fazendo perder o clima. Na verdade, toda essa delicadeza e lentidão está apenas me fazendo querer mais e deixando-me extremante excitada.
O som do meu jeans escorregando pelas minhas pernas faz minha atenção voltar para seus atos. Shawn sai de cima de mim apenas para auxiliar na saída do meu short pelos meus pés e de bônus retira calmamente meus tênis. Depois que meus pertences pessoais encontraram o chão, ele volta a subir em cima de mim mas dessa vez de uma forma que seu rosto fique em cima dos meus joelhos, entendi depois quando seus lábios se arrastaram por toda minha coxa.
—Deus, você está me deixando louca.—confesso entre um suspiro quando ele continua beijando minhas coxas.
Minha pele está pegando fogo assim como está toda arrepiada, malditos lábios suaves e molhados. Shawn segura meus dois joelhos e os afastam fazendo com que eu esteja totalmente de pernas abertas para ele. Minha respiração volta a acelerar por conta da ansiedade do que ele fará.
Me sinto constrangida com o fato de estar tão excitada com apenas alguns beijos distribuídos, se ele tocar em minha calcinha saberá que estou molhada. Ao olhar para ele encontro um Shawn encarando fixamente a região do meu quadril. Seu olhar pega fogo analisando minha calcinha.
De uns tempos para cá, me tornei extremante vaidosa então normalmente costumo usar lingeries, às vezes meu sutiã e minha calcinha não combinam todavia minha consciência está tranquila em saber que estou vestida para matar, não importando se minha roupa íntima combina. Uso uma calcinha na cor azul de microfibra e sem costura, ou seja, um tecido bastante leve que tenho certeza que lá embaixo está extremante colado a minha intimidade por conta da umidade no meio das minhas pernas.
—Sexy.—ele diz, sorrio nervosamente.
Shawn leva suas enormes mãos até às laterais do meu quadril segurando minha calcinha com seus dedos, em seguida ele a puxa lentamente de uma forma que chega a ser torturante.
Ele vai fazer isso. Ele realmente vai fazer. Ok. Respire Carlyn. Não é a primeira vez que um homem te dar um oral, não mesmo. Respire e inspire. O que menos posso ter no momento é um ataque cardíaco.
Em segundos, o leve tecido da minha calcinha se encontra no chão junto com meu short. Continuo com minhas pernas abertas totalmente exposta, embora o nervosismo esteja me consumindo não às fecho, não sou uma mulher inexperiente com vergonha então não vou agir como tal.
Se um dia pensei ter visto luxúria no olhar dele, estava enganada. A verdadeira luxúria é vista quando seu olhar fixa no meio das minhas pernas vendo minha intimidade semi-aberta.
—Puta merda, Carlyn.
Solto uma risadinha ao ouvir sua frase sendo pronunciada em um tom incrédulo. Ele é tão fofo.
Mordo meus lábios vendo ele engatinhar em cima do sofá de volta para a direção do meu ventre. Shawn me surpreende ao passar sua língua por toda a extensão do interior da minha coxa, sua língua chega próxima da minha intimidade mas quando está prestes a subir nela, sua língua passa para a outra coxa fazendo o mesmo. Me mexo desconfortável, espero que ele veja isso como um sinal para por logo sua língua em mim.
—Do que você gosta?
—O que?—o olhou confusa, do que diabos ele está falando? Sua risada contra minha coxa faz casquinha em mim.
—O que você gosta quando está se masturbando...o que de faz chegar ao orgasmo.—ele explica com um sorriso divertido.
Puta que pariu, ele é real?
Nunca, em meus 5 anos de experiência sexual, um homem perguntou o que eu gosto para me ajudar a chegar ao orgasmo. Na maioria das vezes, o sexo acabava quando eles gozavam e sorte a minha se eu tivesse alcançado ao orgasmo. Com Charlie não é assim, ele se preocupa em me fazer gozar mas nunca de fato perguntou o que eu queria. E garotas me fazem chegar ao orgasmo facilmente embora nenhuma delas tenham me perguntando o que me faz chegar lá.
—Hum...eu não sei, gosto de muitas coisas...—deixo no ar lhe lançando um sorrisinho malicioso, novamente ele rir e vejo suas bochechas ficarem vermelhas provavelmente por estarmos tendo uma conversa enquanto tenho minhas pernas abertas na frente dele.
—Ok, então eu vou fazendo e você me diz do que gosta.—decreta, confirmo ainda com um sorriso divertido no rosto. Ele me surpreende tanto.
Estava pronta para rir novamente de sua feição envergonha mas sou pega desprevenida quando sinto sua língua lamber toda minha intimidade.
—Oh...porra,meu deus, okay...—digo com minha respiração totalmente exaltada.
Respire. Respire.
Acomodo minhas costas na almofada atrás de mim e olho novamente para o céu, decidida que se eu querer sair dessa sem ter um ataque cardíaco preciso controlar minha respiração por mais difícil que seja.
Porra. Porra. Porra. Porra.
Seus lábios prendem meu clitóris entre eles o chupando fazendo assim a excitação presente no meu corpo querer gritar. Em seguida seus lábios relaxam e a ponta de sua língua passa rapidamente por cima da carne sensível que há no meio das minhas pernas, meu coração acelera mais com a excitação. Quando sua língua se torna rígida e começa a movimentar-se em círculos, reviro os olhos de prazer.
—Isso, continua.—o oriento como ele pediu.
Assim ele faz, Shawn continua a movimentar sua língua em cima do meu clitóris. Gemidos descontrolados começam a sair da minha boca, tento controlar mas se torna cada vez mais difícil com o passar do tempo.
Shawn retira sua boca da minha intimidade e não sei se o agradeço ou imploro para ele voltar, quero agradecê-lo pois assim tenho a oportunidade de respirar fundo para não chegar ao orgasmo nos primeiros minutos. Ele provavelmente tirou para descansar sua língua mas não perde tempo ao levar sua mão até minha intimidade, seus dedos esfregam umas quatro vezes em mim e mexo o quadril em busca de mais contato.
—Seus dedos...—consigo dizer com dificuldade, minha voz carregada pelo tesão. Vejo um sorriso sugestivo surgir em seus lábios.
—Você quer meus dedos?—confirmo freneticamente enquanto ele continua me massageando. Deus, eu preciso de mais.
—Eles são enormes.—digo o óbvio mas na verdade é uma admiração. Não sei qual o tamanho do seu membro mas se for pequeno com certeza conseguimos nos virar apenas com seus dedos.
Shawn esfrega rapidamente meu clitóris com o polegar enquanto distribui selinhos por minha coxa, logo em seguida ele abre meus pequenos lábios com os dedos e afasto mais minhas pernas uma da outra para ajudá-lo. Um gemido algo escapa de mim quando a ponta do seu dedo entra na minha entrada. Não acredito que estou gemendo alto, não costumo fazer isso nem com a penetração do pênis.
—Mais.—peço me contorcendo para baixo em uma tentativa do dedo inteiro dele entrar em mim.
—Calma baby.
Puta merda. Eu quero tanto ele.
—Por favor.—imploro quando ele retira o dedo e volta a colocar apenas a ponta.
Minha respiração é interrompida quando ele me penetra de uma vez com seu dedo. Shawn adiciona mais dois dedos e finalmente sinto a sensação de preenchimento, claro que não é igual ter um pênis dentro mas ainda sim é intensamente prazeroso. Ele gira os dedos enquanto os inserem repetidas vezes, um gemido algo me escapa ao mesmo tempo que ergo minhas costas por breves segundos vendo estrelinhas.
Ele é muito..
Meu Deus...
E então ele coloca de novo fazendo...
Respire.
Os pensamentos não conseguem permanecer em minha mente por mais de 5 segundos, tudo na minha cabeça é: dedos, excitação, orgasmo vindo.
Shawn para de beijar minha coxa e põe sua boca de volta na minha intimidade, nunca pensei que meu clitóris sentiria tanto a falta dos lábios de alguém. Seus dedos continuam movendo-se dentro de mim enquanto sua língua trabalha em meu clitóris. É perfeita a sintonia que ele segue. Não mexe com a língua como se fosse um liquidificador, pelo menos não de início. Ele sempre começa com movimentos lentos e cuidados, ele sabe notar os sinais do meu corpo e começa a acelerar os movimentos toda vez que minha respiração pesa. Sua língua passa a girar veloz quando eu o peço para ir mais rápido entre um gemido e outro, seus dedos também se movimentam rapidamente e tenho a sensação de um gemido preso na garganta, quero gritar mas me seguro. Minhas mãos vão até sua cabeça, o agarrando pelos cabelos e tentando o empurrar mais na direção da minha intimidade, sinto que vou explodir se não tiver mais contato. Ergo meu quadril, rebolando em sua boca, ao ponto de ser necessário ele retirar seus dedos de dentro de mim para segurar meu quadril com as mãos. Gemidos deixam meus lábios, um atrás do outro, cada vez mais alto. Pensei que a falta dos dedos faria minha excitação regredir mas na verdade não, sua língua. Ele me chupa rapidamente, seu olhar preso no meu embora eu tenha uma dificuldade de o manter, ele geme junto comigo como se estivesse se deliciando da parte mais sensível do meu corpo.
É como se um vulcão acabasse de entrar em erupção, sinto que estou chegando a algo grandioso e realmente estou. Sinto todos os meus músculos se contraírem, em especial os das minhas pernas. Um gemido algo ecoa pela sala quando atinjo meu orgasmo ao mesmo tempo que reviro os olhos de prazer.
Quando finalmente alcanço meu ápice, consigo-me concentrar na respiração acelerada. Os músculos do meu corpo relaxam e permaneço de olhos fechados apenas tentando me recuperar enquanto sinto a boca de Shawn abandonar o meio das minhas pernas. Respiro fundo, um sorriso me escapa ao mesmo tempo que processo o que acabou de acontecer. Esse foi definitivamente um dos melhores orais que já recebi na minha vida, e é a nossa primeira vez juntos, imagino o que vou sentir quando ele já conhecer meu corpo e souber o que me agrada.
Sorrio mais ainda quando sinto seus lábios voltarem a beijar minha coxa enquanto sua mão dar início a um carinho no começo da minha barriga, seus dedos percorrem suavemente pela pequena parte descoberta do meu abdômen. Ao abrir os olhos o encontro me olhando carinhosamente enquanto me carícia.
—Seus dedos são mágicos.—o elogio ainda ofegante, Shawn explode em uma gargalhada alta.—Vem cá.—o chamo.
Seguro seu rosto com minhas mãos o puxando para mim fazendo com que seu rosto saía do meio das minhas pernas. Já com seu corpo cobrindo o meu junto meus lábios aos seus, sinto meu gosto em sua boca mas isso não me incomoda. Não estou com paciência para criar um clima, já dou início a um beijo acelerado introduzindo minha língua e levando minhas mãos até sua cintura. Uma das minhas mãos desliza para baixo, encontro seu volume consideravelmente alto e o massageio por cima da calça, sinto seu membro duro e isso apenas me motiva a lhe estimular, Shawn interrompe o beijo para soltar diversos suspiros quando aumento a intensidade da minha mão.
—Porra...
O gemido dele é cortado quando ambos escutamos o barulho de alguém batendo na porta. Levo meu indicador até seus lábios o impedindo de gemer ou até mesmo de responder a pessoa de trás da porta, se ficarmos em silêncio talvez a pessoa desista.
—Shawn!
Merda. Merda. Minha mãe.
—Oi?Rosie?—ele pergunta se levantando rapidamente de cima de mim.
Pulo do sofá correndo até onde minhas roupas de baixo estão e me visto em tempo recorde.
—Você pode abrir?—ela pergunta logo em seguida dando uma risadinha desconfortável.
—Claro...sim! Desculpa...eu...estou...eu já estou indo.—ele responde desistindo de inventar uma desculpa, provavelmente não conseguindo pensar em uma.
Passo por fim o short pelas minhas pernas enquanto Shawn gesticula para as escadas. Confirmo em silêncio recolhendo meus tênis e correndo para as escadas. Subo os degraus o mais rápido que consigo e quando adentro no corredor de quartos impossibilitando que alguém do andar de baixo me veja, Shawn abre a porta e de imediato escuto a voz da minha mãe.
—Oi querido.—ela o salda alegremente.
Que ele tenha ajeitado o volume.
—Hey!
—Então...você sabe onde a Carlyn está? Eu liguei para o telefone dela mas não entendeu, acabei de chegar do supermercado e não a encontrei em casa, Zoe disse que ela já voltou da casa dela.
—Ah! Não se preocupe, ela está aqui. No andar de cima, disse que esqueceu algo dela no quarto de hóspedes.
Não consigo ouvir a resposta da minha mãe pois corro para o quarto que estou passando as últimas noites. Me sento na cama calçando meus tênis e vou até a mochila que tenho aqui em busca de algo que eu possa dizer que vim buscar, felizmente encontro um fone de ouvidos além de roupas e o pego. Dou uma rápida ajeitada em mim na frente do espelho, desembaraço meu cabelo e passo o dedo em volta dos meus lábios na tentativa de diminuir o inchaço.
Desço as escadas como se nada tivesse acontecido, encontrando um Shawn em pé apoiado no sofá e minha mãe em sua frente.
—Olha querido, você conhece sua mãe mais do que ninguém, tenho certeza que vai conseguir um bom presente. Mas como melhor amiga dela a anos, sugiro um perfume.—escuto minha mãe dizer quando desço o último degrau.
—Ei mãe!—lhe lanço um sorriso sem mostrar os dentes.
—Finalmente, te procurei por toda a casa, seu avô quer falar com você. Acho que é algo relacionado ao seu presente de Natal.—sorrio sabendo que vovô está a três dias atrás de mim tentando me convencer de dizer o que quero e sempre digo apenas "me surpreenda".
—Estou indo.—digo enrolando os fones em meus dedos. Olho rapidamente para Shawn vendo ele olhando para seus tênis e depois volto o olhar para minha mãe. Por favor, saía antes de mim.
—Tudo bem, te vejo daqui a pouco querido.—minha mãe diz na direção de Shawn que abre um enorme sorriso gentil para ela.
Continuo parada próxima da escada até esperar que minha mãe se retire da casa, quando ela finalmente vai solto um suspiro. Olho para Shawn com uma careta triste que o fez rir envergonhado. Ele está sentado no braço do sofá deixando suas pernas estiradas, sua cabeça está decaída para baixo por conta do seu olhar nos tênis mas noto suas bochechas rosadas. Caminho em sua direção até estar em sua frente, Shawn abre as pernas fazendo com que eu fique no meio delas.
—Sinto muito...—choramingo o abraçando pelo pescoço, seus braços me abraçam pela cintura.
—Tudo bem, temos todo o tempo do mundo.—ele me lança um daqueles seus sorrisos compreensivos.
Até março.
—Não é justo você ter me dado um orgasmo e eu não ter feito o mesmo com você. Estou te devendo um boquete.—sussurro em seu ouvido a última parte, suas mãos apertam minha cintura quando meus lábios encostam rapidamente no lóbulo de sua orelha.—Me cobre.
Me afasto do mesmo, selando nossos lábios uma última vez antes de sair pela porta. Deixo a casa dos Mendes com um enorme sorriso no rosto.
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O shawn foi embora, vamos todos dar as mãos, estou tão triste, ele no Brasil é perfeito. Ponto alto ontem da noite foi o Shawn dançando funk com a mão na boca kkkk e o Shawn dizendo no show "Brasil, vocês são fortes, vocês são pessoas fortes, não se esqueçam disso" chorei muito nessa parte assistindo a live, creio eu que ele está ciente do atual governo que temos e Shawn jamais se manifestaria diretamente contra o Bolsonaro mas senti que ele estava apoiando a gente.
Vocês que forma no show de ontem, como foi?
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