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Momentos Recordados

Atualmente,2019.

Carlyn se encontra sentada em uma das mesas do extenso restaurante, com Teddy ao seu lado contando como foi o pedido de casamento que recebeu de sua atual noiva Emily enquanto do outro lado se encontra Zubin escutando a história atentamente como se fosse a primeira vez, a garota também descobriu muitas coisas sobre a família do guitarrista e durante o jantar até conheceu um dos seus filhos pelo FaceTime o que foi realmente divertido já que ela não entendeu absolutamente nada do que ele disse, Zubin até tentou traduzir já que está mais acostumado com a língua das crianças mas no final nem ele conseguiu. Todos já jantaram e desde então estão em seus devidos lugares apenas trocando conversa fora exceto por Dave que subiu mais cedo para ir dormir.

—Hey, estou indo buscar sobremesa, você quer?—Eddy perguntou ao se levantar da mesa, ele havia notado que tanto Zubin quanto Teddy haviam comido algo de sobremesa exceto por Carlyn.

—Não, mas agradeço muito.—a garota lhe lançou um sorriso doce.

Ela sentiu seu coração derreter pelo homem, é de fato uma das pessoas mais doces e gentis que ela já conheceu. Ele também sentou junto com os três na mesa já que tem apenas quatro lugares enquanto o restante da equipe estão nas outras mesas, e embora ele seja o mais tímido de forma que durante o jantar apenas observou Teddy e Carlyn tagarelar e Zubin que fazia um comentário ou outro, a garota notou que da equipe é o que ela teve mais facilidade em conversar. Quando chegaram mais cedo da praia, ela ficou conversando com o homem durante quase duas horas na recepção do hotel, ele simplesmente tem um dom de fazer as pessoas em sua volta se sentirem amadas, a forma que ele é atencioso se demonstrando sempre interessado é adorável. Durante as duas horas eles conversam sobre tudo e Carlyn logo teve a sensação que o conhece desde o começo de sua vida, notou que ele costuma ficar mais reservado quando se trata das brincadeiras em grupo mas ela se pegou pensando que se precisasse desabafar com alguém...o tecladista seria o primeiro que ela procuraria pra isso.

Teddy contava os detalhes do seu vestido de noiva e como queria pois depois que descobriu que Carlyn estuda moda e que trabalha em um ateliê logo decidiu que será ela a criar seu vestido o que resultou em um grito animado da mais nova e até mesmo início de lágrimas em seus olhos, foi quando seu celular ao lado do prato sujo vibrou fazendo a tela ascender indicando uma nova notificação que logo foi aberta ainda enquanto prestava atenção em Teddy.

SHAWN: quer dar uma volta?

A garota sentiu seus lábios se contraírem para um sorriso se formar mas o evitou pois não queria demonstrar na frente dos outros o quanto uma simples mensagem lhe deixa com o coração acelerado e um sorriso estúpido no rosto. Antes que ela fosse capaz de responder a mensagem escutou o movimento da cadeira de uma das mesas ser arrastada no chão e então visualizou Shawn atravessando o restaurante indo na direção da recepção e também saída do hotel. A atitude dele não chamou atenção de muitos talvez pela maioria supor que ele esteja apenas se recolhendo mas ela sabia que na verdade ele estava lhe convidando para darem uma escapada.

Carlyn bateu os dedos freneticamente na madeira da mesa durante os cinco minutos seguidos onde tentou se mostrar concentrada no que a recém noiva dizia mas toda sua atenção estava mesmo era em pensar se deveria ir atrás de Shawn, ela queria mas tinha medo de alguém perceber sua saída logo após a dele. Suspirou consigo mesmo pois havia sido ela a sugerir que eles deixassem de se preocuparem tanto com o que dizem ao respeito deles. Por fim, sorriu para os três presentes na mesa e se despediu dizendo que iria dormir mesmo sendo apenas oito da noite, ao ver a careta de confusão deles acrescentou que antes teria que ligar por FaceTime para sua irmã o que fez eles assentirem em compreensão, logo ela se retirou o que não demorou muito para os três trocarem olhares divertidos.

(...)

—Onde você pegou isso?—ela perguntou olhando na direção da manta na outra mão do cantor enquanto a esquerda estava ocupada entrelaçada na sua.

—Pedi para uma camareira que estava passando no corredor.

—Você teve tempo de subir?

—Claro, resolvi ir escovar meus dentes e quando estava descendo para a recepção novamente, encontrei a camareira no caminho. Caso você não saiba, você demorou por quase uma hora.—ela revirou os olhos por sua forma exagerada de aumentar as coisas.

—Foram apenas cinco minutos, eu estava disfarçando e antes que diga...eu sei que combinamos de não nos preocupar com o que as pessoas dizem mas é bom evitar.—o rapaz apenas confirmou acariciando a palma da mão dela com o polegar e em seguida estalou um beijo em sua bochecha pois ainda estavam descendo para a praia então não estavam muito longe da rua.

—Sabe o mais legal nisso?—ergueu a manta.—Custou uma selfie.—respondeu orgulhosamente, Carlyn gargalhou desacreditada.

—Uau, então quer dizer que ser famoso realmente tem seus benefícios?—ela o olhou com malícia. Shawn fez uma careta em falsa surpresa.

—Você não imagina o quanto.

—Ok, me liste ao menos três.

Finalmente eles alcançaram a areia macia da praia pois até então se encontravam descendo uma pequena colina. Carlyn sentiu a brisa do mar beijar sua bochecha fazendo seus cabelos bagunçarem na frente do seu rosto e logo se apressou em colocar suas mechas atrás da orelha, está usando um vestido soltinho na parte da saia e justo na cintura e busto, é um vestido de verão mesmo Los Angeles se encontrando no inverno e como durante todo o dia estava quente na praia chegou no hotel e foi jantar com ele logo após apenas buscar um casaco no quarto por conta do clima ter ficado mais frio por causa da chegada da noite mas se soubesse que Shawn lhe levaria para a praia teria subido novamente no quarto e vestido uma calça. Ela se aconchegou mais contra o braço do rapaz enquanto andam na direção do mar.

—Como eu já disse, furar fila.—ele logo lhe respondeu.

—Eu já disse que isso é desonesto.

—Eu sei mas...

—E você é canadense!—acrescentou horrorizada.

—O que o fato deu ser canadense muda?

—Canadenses são conhecidos como a população mais educada e justa de todo o planeta, você precisa fazer jus a esse nome.

—Que se foda.—praguejou impaciente, ela riu vendo ele com uma feição irritada e então deixou um beijo no braço dele coberto pela jaqueta.

—Ok, continue a falar sobre os seus privilégios desonestos de famoso.—implicou com ele fazendo um Shawn revirar os olhos.—É simplesmente adorável quando você está irritado.

—Nem venha com essa.

Essa o que?—ela parou de andar o puxando em sua direção através das mãos entrelaçadas fazendo logo terem seus corpos juntos.

—Esses seus elogios, tentando fazer com que eu fique de boa.

—E estão funcionado?—sorriu brincalhona o abraçando pelo quadril. O cantor desviou o olhar para o mar um pouco longe deles na tentativa de continuar com seu drama.

—Não.

—Não?—sorriu mais travessa ficando levemente nas pontas dos pés para seus rostos ficarem na mesma altura, ela se aproximou cada vez mais na direção dos lábios dele.

—Não.

—Então...se eu dissesse que adoro seus lábios você ainda ficaria irritado?

—Talvez.—sussurrou dando de ombros, ela riu jogando a cabeça para trás enquanto o rapaz levou sua mão desocupada até o rosto dela o segurando.

Eles continuavam a manter seus olhares presos um no outro embora houvesse dificuldade de se verem com nitidez pelo céu estar começando a escurecer, Carlyn desviou o olhar para os lábios carnudos dele sentindo a necessidade de beijá-lo pois a última vez que havia feito isso foi horas atrás dentro do carro enquanto esperava Connor e Brian para voltarem ao hotel, eles trocaram um rápido amasso enquanto o segurança que estava no banco da frente jurou manter segredo sobre aquilo e Shawn acreditou pois confia no homem, mas também havia sido os únicos beijos trocados durante todo o percurso do dia. Shawn entreabriu os lábios como se fosse um convite e ela aceitou de bom agrado logo juntando seus lábios nos dele.

Ambos amam esses momentos em que eles não se importam em estarem em um local público e seguem em frente com a demonstração de carinho, de certa forma se sentem orgulhosos por ignorar a opinião alheia mesmo que não dure por muito tempo, é algo que ainda tem que trabalharem juntos.

Shawn terminou o beijo com mordiscadas no lábio inferior da garota e ela logo umedeceu os lábios com a língua sentindo os narizes deles se beijarem.

—Vamos continuar.—ela sorriu deixando um selinho para então voltar a puxá-lo pela mão na direção do mar.

Eles andaram por mais alguns minutos até encontrarem um local da praia totalmente deserto, sem pessoas passeando pelo local. Foram trocando conversas sem importância, Carlyn dançando pela areia ainda enquanto segurava a mão dele, Shawn a puxando pela cintura para juntar seus lábios no dela e até quase chegaram a cair na areia quando Shawn pôs o pé na frente dela em implicância mas não pensou que ela de fato fosse cair todavia o que aconteceu foi ela o puxar junto já que estava o segurando pela mão, no final nenhum dos dois caiu por Carlyn ter conseguido se equilibrar e assim passou o restante do caminho dizendo o quando ele era chato com suas implicâncias.

—Pensei que tivesse conseguido apenas uma manta.—disse estranhando.

Shawn havia estendido a manta que trouxe na areia improvisando uma cama e só então Carlyn percebeu que havia outra manta enrolada com a que era visível, sorriu em como ele é atencioso ao pensar em trazer outro lençol por conta do frio.

—Esse me custou um vídeo mandando um "oi" para a filha da camareira.—ele a olhou com um sorriso sapeca no rosto.

—Inacreditável, simplesmente inacreditável.—balançou a cabeça embora houvesse um sorriso achando graça da situação.

Shawn foi o primeiro a se sentar na manta, sua posição logo mudou para uma deitada se apoiando em seu próprio cotovelo e não demorou para Carlyn retirar o tênis para pisar em cima da manta se deitando ao lado dele e também se apoiando no braço de uma forma que fosse capaz eles ficarem de frente um para o outro e com os rostos próximos.

—Você já percebeu que nunca conseguimos terminar uma conversa porque sempre desviamos o assunto?

—Sobre o que falávamos?—ele perguntou levando sua mão até o rosto dela recolhendo uma das mechas que iam contra seu rosto por conta do vento e o a colocou atrás da orelha.

—Você ficou de me contar os três benefícios, no caso agora são apenas dois.

—Hum...vejamos.—franziu os lábios e olhou para o céu tentando pensar em algo mas nada conseguiu.—Na verdade, tenho muitos benefícios, que confesso não gostar muito embora eu tenha alguns benefícios que significa tudo, por exemplo...é graças ao benefício da fama que posso viver meu sonho, se as pessoas não conhecessem minha música eu não conseguiria fazer o que faço.

—Eu não tinha pensado por esse lado.—sussurrou levando sua mão até o braço dele onde começou a acariciar ao mesmo tempo que sente o carinho dos dedos dele em seu rosto.

—Pois é, as vezes eu também esqueço. Eu não sei...detesto o fato das pessoas me tratarem de forma diferente apenas por eu ser alguém "famoso" porque na verdade eu sou apenas um cara que toca violão, sou alguém normal como todos os outros e as vezes é muito estranho em como agem como se eu fosse de algum jeito um ser de outro mundo.

—Você ainda não se acostumou, né? Com todo esse título de "famoso".—ela sorriu na direção dele pois saber que ela continua o menos garoto de Pickering tranquiliza seu coração.

—Não mesmo. Eu sei que carrego esse título como uma das consequências, na verdade...não sei se é uma consequência porque é graças a mídia que tenho meu trabalho sendo levado as pessoas e a mídia me faz famoso então...não sei, tudo o que sei é que não sou apenas isso sabe?—ela assentiu com a reposta sabendo que é uma pergunta retórica.—Por isso que na maioria das vezes não gosto quando me tratam diferente porque ser famoso não é quem eu sou, é apenas uma pequena parte de mim.

—Eu gostaria que todos tivessem a oportunidade de ter pelo menos cinco minutos de conversa com você pois logo perceberiam o quanto você é incrível.—o cantor sentiu suas bochechas corarem com o elogio e o sorriso que foi posto em seu rosto foi um dos mais lindos que recebeu, na opinião de Carlyn.

—Obrigada.—se aproximou dela deixando um rápido beijo nos lábios de Carlyn e então voltou para como estava antes.—Eu tento ao máximo mostrar quem eu sou, sabe? Não quero ser um desses artistas que na frente da câmera é algo e por de trás uma pessoa totalmente diferente, se for para ter pessoas me admirando que seja por quem eu realmente sou.

Carlyn sorriu ouvindo ele falar, cada palavra que saía dos seus lábios fazia a garota se orgulhar mais dele e o admirar como pessoa. Ele de fato não é mais o Shawn que costumava conhecer, o novo Shawn é bem melhor como pessoa e mais incrível. Não que ele fosse um grande babaca na adolescência e infância mas costumava ter atitudes mais erradas, talvez pela fase imprudente. Ela sabe que agora em seus quase 21 anos de idade, ele não está imune de cometer erros e tomar atitudes que ela não concorda mas agora ele parece pensar muito mais antes de dizer algo ou agir. Talvez por conta de todos em sua volta estarem esperando que ele faça algo de errado para criticá-lo pois as pessoas não aceitam muito bem um artista que não está sempre envolvido em polêmicas.

—O que?—ela perguntou ao ver que ele se interrompeu ao falar e fixou o olhar na manta pensativo. Shawn torceu os lábios antes de voltar a olhá-la.

—Ao mesmo tempo que eu quero ser totalmente genuíno na frente e fora das câmeras...tenho receio.—disse inseguro, ela logo aumentou a carícia em seu braço para deixá-lo confortável pois notou que é uma confissão íntima.

—Por que?

—Tenho defeitos, todos temos, mas a mídia criou uma imagem minha de um príncipe perfeito e tenho certeza que no momento que eu agir errado irão me detonar. Um exemplo, quando resolvi lançar minha música que fala sobre minha ansiedade muitas pessoas amaram e se identificaram mas também houve tantas pessoas que começaram a me acusar de estar usando ansiedade para me promover, quando me demonstro vulnerável...eles começam a me atacar.

O olhar que Carlyn o lançou fez logo o cantor se arrepender de ter aberto seu coração, nunca havia confessado isso para ninguém por medo de preocupar as pessoas e era exatamente aquele olhar no rosto de Carlyn que o fez evitar essa conversa. Ela o olhava com pena e preocupação, suas sobrancelhas decaídas e enrugadas assim como seus lábios que tinha um leve sorriso dolorido.

—Você precisa começar a aceitar o fato de que sempre haverá alguém pra te criticar, a única opinião que você precisa considerar é dos seus fãs. Tenho certeza que tudo o que eles querem é te conhecer melhor e que você seja 100% honesto, quanto mais você abre seu coração...mais terá pessoas se identificando, alguns não irão concordar com seu pensamento mas se você acredita naquilo e considera importante então não tem porquê mudar, eu tenho certeza que quando você disser algo errado um dos seus amigos ou familiares irá chegar até você e te aconselhar, são essas opiniões que te ajudam a melhorar e não essas ditas na internet no qual a única intensão que tem é te machucar.

—Eu sei...mas simplesmente não consigo mudar. Eu tenho essa insegurança fodida e me sinto um hipócrita porque sempre estou aconselhando meus fãs a serem seguros mas não consigo fazer o mesmo.—ela lhe lançou novamente um sorriso para tranquiliza-lo ao mesmo tempo que subiu sua mão do ombro para o cabelo dele onde começou a mexer.

—É porque na prática é bem mais complicado, e tudo bem...não nos tornamos seres totalmente evoluídos de um dia para o outro, leva tempo.

—Como você faz pra ser assim? Tão segura de si? Você não costumava ser desta forma quando éramos amigos.

—Parei de me importar com a opinião negativa das pessoas em minha vida. E eu não sou sempre assim, tenho meus momentos de insegurança.

—Sim, todos temos mas sua confiança é mais constante.

—Eu acho...que quando você começa a ignorar os comentários ruins e passa a se focar nos bons tudo melhora, a única opinião que precisamos é a nossa. Comece com exercícios, se você fez algo e se sentiu bem com isso porém alguém criticou sua ação, não fique pensando no fato de uma única pessoa não ter gostado, pense que você gostou e se sentiu bem com isso.—fez uma pausa para umedecer os lábios.—Temos essa coisa de que quando alguém nos elogia apenas agradecemos e depois de horas esquecemos isso mas quando alguém te faz um comentário negativo você fica pensando nisso por dias ou até mesmo semanas, o segredo é focar nas coisas boas.

—Isso é verdade, quando me elogiam eu fico feliz mas logo esqueço mas quando alguém diz alguma merda em minha direção eu simplesmente não consigo esquecer aquilo por horas.

—Você se importa muito e isso é bom, muito bom na verdade porque você tem empatia e é gentil com as pessoas em sua volta mas as vezes te prejudica. Se você se encontra animado em fazer algo ou contar algo para o público então faça...não se prive por medo do que dirão, sempre terá alguém que dirá algo mas são apenas pessoas vazias.

—Obrigada.—sorriu na direção da garota sentindo-se grato por suas palavras.

Shawn sempre foi uma pessoa aberta com seus amigos e familiares exceto quando se trata de algo no qual ele não se orgulha como sua insegurança, a maioria das pessoas apenas julgam e veem como algo banal mas apenas pessoas que são intensamente inseguros sabem como isso afeta seu psicológico. Sempre se perguntando se as pessoas irão lhe julgar ou se irá agradar as pessoas, deixando de fazer coisas que sempre quis fazer por medo do que dirão. Sua mente simplesmente é traiçoeira nesses momentos de forma que começa a produzir milhares de situações negativas de como as pessoas irão reagir ou o assombrando com pensamentos do tipo "será que essa pessoa está me achando um bobo?" A única pessoa que ele já compartilhou esses pensamentos inseguros foi com Teddy já que a mulher consegue lhe arrancar muitas coisas, é como se ao sentar do lado dela você começa a desabafar tudo sobre sua vida, pelo menos Shawn se sente assim. E ficou receoso em falar com Carlyn sobre isso principalmente por ela ser uma mulher tão confiante, totalmente o oposto dele mas após dizer um grande alívio percorreu seu corpo, ela não o julgou de forma alguma, apenas lhe aconselhou e disse a verdade que não mudamos do dia pra noite, não foram palavras vazias do tipo "isso vai passar".

—Me lembrei de algo!—a garota exclamou em animação fazendo Shawn arregalar os olhos em surpresa.

Mais cedo, Carlyn havia finalmente escutado a música que o cantor compôs e lhe presenteou de Natal, enquanto ele usava o banheiro e ela o esperava para descerem até o restaurante para irem jantar, a mesma aproveitou para escutar a música então a letra ainda se encontra fresca em sua mente. Queria conversar com ele sobre mas estavam de saída para jantarem então não teriam tempo, seu plano era falar quando fossem dormir mas agora que estão ali sozinhos na praia não consegue imaginar outro lugar melhor para comentar o que achou.
Carlyn sempre preferiu as músicas agitadas onde podia balançar seu corpo e a música que Shawn produziu continha um ritmo calmo e com notas altas de forma que você sentisse cada palavra que ele queria dizer e o sentimento que ele sentiu ao cantar, mas de fato se tornou sua música favorita da vida, provavelmente por falar sobre a mesma.

No começo da música, expressava como eles estavam antes dele finalmente confessar que era apaixonado pela garota, dizia como ele queria lhe contar o motivo pelo qual foi embora mas que não podia, gostou da parte em que ele pergunta se eles poderiam acabar essa luta do passado e é exatamente como ela se sentia antes dele se abrir com ela. E então na segunda estrofe teve uma noção de como foram esses anos afastados, doeu seu coração saber que embora ele conquistava seus sonhos não valia praticamente nada se ela não estava ao seu lado para ficar feliz pelo mesmo. E então o refrão expressou como ele se sente em relação à ela, a forma que ele fica hipnotizado quando ela entra em algum local em que ele está e como simplesmente não consegue deixá-la, ao escutar a música ficou curiosa com a menção dos seus amigos dizerem para ele esquecer ela e se pegou pensando quanto amigos tinham conhecimento dos sentimentos do rapaz. E então houve uma parte que lhe deixou atormentada desde então, a menção do primeiro beijo deles. Shawn cantou sobre o primeiro beijo no apartamento onde esteja chovendo e bebendo vinho, até fez um referência a isso, logo em seguida ele falou sobre ela corar quando ele a elogiou pela primeira vez o que a garota não se recorda exatamente quando foi mas realmente deve ter corado já que em sua infância ela era bastante tímida. E então houve a frase em que ele disse que na varanda da casa dele mentiu para ela, logo em seguida mencionando sobre um beijo vir sempre a sua mente. Não fez nenhum sentido para a garota já que ela não se lembra de estar com ele na varanda da casa dos Mendes desde que se reencontraram, o que quer dizer que foi um momento enquanto ainda eram amigos e novamente não tem lógica ele dizer que o beijo no apartamento dele sempre vem a sua mente após falar algo do passado.

—Eu escutei sua música.—Shawn notou a testa enrugada dela o fazendo crer que estava pensando sobre a letra.

O rapaz sentiu-se nervoso no mesmo instante. Havia mais um segredo que guardava dela e desde o ano novo tem tentado lhe contar mas simplesmente não consegue e não sabe como fazer isso. Dias atrás se lembrou que ele havia feito uma menção do seu segredo na música que lhe presenteou no Natal, passou quase dois dias pensando se deveria realmente deixar tal parte na música pois tinha conhecimento que era confuso e talvez despertasse a curiosidade de Carlyn sobre o passado o que ia totalmente contra sua ideia de usar a música para esquecerem do passado e seguirem em frente, mal sabendo que Carlyn não faria isso sem saber do motivo pelo qual ele foi embora.

Ele se referiu ao primeiro beijo deles, não o que aconteceu em seu apartamento mas sim o que ocorreu anos atrás e que Carlyn pensava que era apenas do seu conhecimento e de Ian. Shawn estava bêbado naquela noite e só tocou no assunto de beijá-la por conta do álcool que lhe encorajou, mas ele sabia que no dia seguinte tudo mudaria na amizade deles por conta daquele maldito beijo. Quando sua amiga foi até a varanda de sua casa, ele sabia que ela queria conversar sobre o beijo que ocorreu na festa de aniversário do Ian e não poderia deixar isso acontecer pois o beijo sempre estaria vívido entre eles, o Shawn adolescente entrou em desespero e a única coisa que conseguiu pensar foi em fingir que não se lembrava do momento pois assim ambos ignorariam.

—É? E o que você achou?—suas bochechas coraram fortemente e ele precisou desviar o olhar por conta da timidez.

—Fiquei curiosa.—sussurrou percorrendo sua unha pelo ombro dele.

—É?

—Aham.

—Sobre o que?—perguntou mesmo já sabendo da reposta.

—A parte do beijo, o que você quis dizer sobre mentir pra mim na varanda da sua casa e sobre não esquecer aquele beijo?—estreitou os olhos em sua direção, Shawn percebeu que ela não aparenta estar irritada mas já desconfiando do que se trata.

—Eu me lembro, do beijo.—contou de uma vez.

Carlyn entreabriu os lábios em surpresa mesmo que já desconfiasse pois algo em sua mente lhe dizia que a mesma estava supondo coisas impossíveis mas ali estava ele admitindo que todo esse tempo se lembrava do primeiro beijo real deles, o beijo que atormentou Carlyn por meses. A reação que a garota teve foi deixar um tapa bem estalado no braço do rapaz o fazendo arregalar os olhos em surpresa.

—Você é um mentiroso!—destruiu mais dois tapas.

Shawn tentava desviar dos tapas com uma vontade absurda de rir, agradeceu por ela não parecer com raiva ou magoada sobre o segredo omitido, ela se encontrava apenas frustada e incrédula.

—Não consigo acreditar que todo esse tempo você sabia!—mais um tapa.

—Ok,ok...acabou?—segurou os braços dela enquanto a mesma tentava ir para cima dele querendo expressar sua frustração.

—Parei, agora me solte.—respirou fundo o mostrando que estava mais tranquila mas na verdade pretendia deixar mais uns três tapas como castigo por ter mentido. Shawn concordou e soltou os pulsos da garota, foi questão de segundos para ela tentar distribuir mais tapas em seus braços mas o rapaz foi rápido em segurar novamente os pulsos dela e girar seu corpo a deitando na areia e se sentando em cima das pernas dela de uma forma que possibilitasse imobilizar os braços de Carlyn a cima de sua cabeça.—Me solta.

—Não, você vai me bater.

—Você merece.—arqueou uma sobrancelha em desafio.

—Sim mas isso não quer dizer que preciso receber.—ela o olhou confusa não compreendo seu raciocínio.—Escute, eu gostava de você na época e estávamos bêbados, nos beijamos e eu entrei em desespero porque sabia que aquilo iria arruinar nossa amizade então a solução que encontrei foi fingir que nada aconteceu, literalmente. E deu certo.

Carlyn suspirou compreendo mais o motivo dele ter agido de tal forma mesmo que não concordasse pois deveriam ter conversado e entrado em um acordo. Mas não consegue sentir raiva por ele ter mentido sobre o beijo, talvez se descobrisse disso um mês atrás teria odiado-o mas agora tudo está diferente. Pensou que se ele não tivesse fingido esquecer aquele beijo, talvez a amizade de ambos tivesse acabado naquele momento.

—Tudo bem?—perguntou inseguro pelo silêncio da garota mas ela não parecia com raiva então se tranquilizou mais.

—Os segredos acabaram? Tem mais algum que você está escondendo? Porque se tiver...

—Os segredos acabaram, prometo.

—Ótimo.

—Ótimo?—estranhou a expressão emburrada da garota mas logo notou que não é por conta da mentira mas sim por seu orgulho de admitir que ele está perdoado.

—Sem mais segredos, se tiver algo nos incomodando precisamos ir até o outro e conversar, se isso for dar certo terá que ser a base da sinceridade .

"Se isso for dar certo" o rapaz provavelmente escutou apenas essa parte e sentiu seu coração dando uma cambalhota de alegria, ela estava demonstrando aos poucos que estava considerando um relacionamento oficial entre eles e ele não poderia se encontrar mais feliz por isso. Embora ele também quer que os dois vá com calma com esse sentimento que está crescendo aos poucos, ao mesmo tempo quer apenas chamá-la de namorada e gritar para todos que eles estão juntos mas sabe que ela ainda não quer isso e precisa ter paciência.

—Pra mim está ótimo.—disse por fim se aproximando dela pois não via a hora de beijá-la.

—Não venha com esse sorrisinho, tentando fazer com que eu fique de boa.—imitou o drama do rapaz de minutos atrás, isso o fez jogar a cabeça pra trás soltando uma gargalhada gostosa de se ouvir.

—E está funcionando?—falou o mesmo que ela ao aproximar cada vez mais seu rosto.

—Talvez.—sussurrou pela aproximação.

Shawn fez um toque soave ao enroscar seus lábios no dela e o pequeno beijo foi tão sútil que Carlyn se pegou pensando se realmente aconteceu ao mesmo tempo que o beijo airoso lhe causou uma ansiedade para mais. Ele juntou os lábios de ambos de uma vez por todas e soltou os pulsos da garota para levar uma de suas mãos até o rosto dela com o intuito de tanto acariciar sua bochecha como para retirar o cabelo em seus olhos que atrapalhava o beijo. O vento era mais forte na região por conta do mar a alguns metros de distância e Carlyn se pegou pensando que de fato foi uma de suas combinações preferidas, o som das ondas se quebrando e do vento soprando seus corpos combinando com os lábios dele se movendo junto com os seus de forma calma mas ao mesmo tempo que faz seu coração querer pular. Levou sua mão para de trás do pescoço dele o puxando mais em sua direção aprofundando o beijo de forma que possibilitasse a introdução das línguas de ambos no beijo.

Enquanto trocavam beijos e carícias que não ultrapassava o limite de estarem em público embora não houvesse ninguém em volta, Shawn acrescentou uma nota mental de considerar aquele momento dos dois deitados na manta apenas jogando conversa fora um dos seus momentos favoritos da vida.

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