Matando a saudade
(CARLYN)
Ele me beija com força, como se estivesse faminto e não estou muito diferente. Suas mãos seguram meu rosto com firmeza enquanto eu tento andar para trás sem esbarrar em nada, uma das minhas mãos se encontram em seu quadril enquanto a outra está sendo abanada no ar para evitar que trombemos em algo no caminho até a porta do seu apartamento. A porta dele é a única do andar então não tem muito muito como errar já que estamos de frente pra ela no momento em que saímos do elevador. Minhas costas encontram a madeira e sei que devo parar de beijá-lo para entrarmos e porque estou começando a ficar sem fôlego porém simplesmente não consigo deixar de mover meus lábios contra os deles e Shawn não parece muito disposto a abrir a porta já que suas língua está se afundando em minha boca.
Seguro o trinco com minha mão o torcendo e quase interrompo o beijo para agradecer quando escuto o barulho da porta se abrindo me levando a crer que ele deixou aberta quando foi me encontrar no ponto de ônibus próximo ao seu prédio.
Sinto meu peito bater tão rápido como nossas línguas se movem explorando a boca um do outro com maestria, é tão bom beijar ele que odeio simplesmente ter o pensamento de saber que não posso beijá-lo a todo segundo. Suas mãos agora se tornam frenéticas, sem saber se ficam em meu rosto ou percorrendo por todo meu corpo.
Enquanto entramos dentro do apartamento, o local escolhido é meu traseiro no qual ele aperta com firmeza me puxando em sua direção, suspiro ao sentir meu corpo esfregando em sua ereção. Sinto meu peitoral ser pressionado contra seu tronco nu por conta de sua camisa ser desabotoada por mim no caminho do elevador para o último andar, quando ele fecha a porta com o pé sou rápida em retirar sua camisa pelos ombros fazendo o tecido cair em algum local do chão de sua sala. Percorro minhas mãos por seus músculos dos braços sentindo sua pele quente contra meus dedos e sorrio entre o beijo satisfeita por saber que sou a causa do seu estado, propositalmente me esfrego contra a ereção em sua calça e senti-lo duro contra mim faz com que o meio de minhas pernas formigue.
—É impressão minha ou você ficou mais bonita durante esses três dias?—ele pergunta interrompendo o beijo para beijar meu maxilar.
—Impressão.—sou direta na resposta pois o ar me falta.
Seus beijos delicados descem para meu pescoço e não demoro muito mover minha cabeça para o lado lhe dando mais espaço, a delicadeza logo é deixada de lado. Sinto seus lábios sugarem minha pele e sua língua percorrer por toda a extensão da lateral do meu pescoço, quando ele mordisca o lóbulo da minha orelha e em seguida sua a ponta de sua língua toca a parte sensível de trás da minha orelha é necessário que eu agarre seus ombros pois minhas pernas ficam bambas.
—Shawn...
Seus lábios descem mais e no mesmo instante arfo, não sei se meu coração está tão acelerado assim pela falta de fôlego por conta do longo beijo que demos do elevador até aqui dentro ou se é por causa do tesão, talvez os dois. Ele beija meu busto e é quando meu corpo se torna gelatina, ele percebe pois agarrara minha cintura, ele logo volta para meu pescoço, se ele estava procurando seios volumosos para enfiar o rosto então sinto muito por decepcioná-lo.
—Shawn...
—Senti tanto a sua falta.
—Uhum...meu deus...
—Você é tão gostosa.
Meus olhos estavam fechados e eu não estava raciocinando muito mas fui pega de surpresa ao sentir meu corpo sendo colocado contra a porta do apartamento, meus seios pressionaram a madeira fria assim como meu rosto. Gemi alto ao sentir o corpo dele ficando atrás do meu praticamente me espremendo contra a porta mas não me importei muito. Seu quadril foi pressionado contra minha bunda e nunca pensei que fosse tão erótico um cara pressionar de propósito sua ereção contra meu traseiro.
—Eu poderia fazer isso aqui mesmo.—sussurrou em meu ouvido antes de mordiscar o lóbulo me fazendo quase derreter.
—Então faça.—digo pois a ideia dele me comer contra a porta é bastante animadora pra mim.
Shawn começou a distribuir beijos mais calmos por meus ombros descobertos por conta do recorte do meu vestido mas ele não demorou muito a ficar no meu corpo já que ele levou suas mãos até as alças o puxando para baixo e só então percebi que em algum momento ele havia retirado meu casaco, provavelmente quando ele estava beijando meu pescoço e eu havia virado gelatina. Ergui meus pés apenas para o tecido leve sair totalmente do meu corpo.
—Sem sutiã.—ele faz a observação, confirmo pois o tecido não permitia que eu usasse um sem marcar e por conta das alças finas.
Se eu pensei que fosse erótico ter ele pressionando seu pau em minha bunda, então eu não sabia o que me aguardada quando ele começou a descer os beijos por toda a minha coluna. Sua língua percorrendo uma linha imaginaria fez toda a minha pele se arrepiar tanto pelo toque quanto pela temperatura baixa de estar nua, fechei meus olhos e soltei diversos suspiros pois era a única coisa que eu era capaz de fazer. Não consigo nem ao menos racionar. Sinto meu estômago tremer e toda essa lentidão dele descendo sua boca por meu corpo está me deixando louca.
—Porra, eu amo sua bunda.—sinto seu hálito contra meu traseiro e logo em seguida minha respiração é interrompida com ele abocanhando minha pele da bunda.—Vire-se, amor...quero ter você em minha boca.
Eu seria idiota se não obedecesse aos seus comandos. Tudo o que sei é que em fração de segundos tenho Shawn ajoelhado em minha frente com uma das minhas pernas posta em cima do seu ombro e sua língua trabalhando em meu ponto de excitação . Pressiono minha cabeça contra a porta pois se eu não fizer algo com alguma parte do meu corpo então farei com a de baixo e preciso manter meu quadril parado para receber provavelmente o melhor oral de toda a minha vida. Uma de suas mãos segura meu quadril enquanto a outra agarra uma parte da minha bunda. A sensação de sua língua movimentando-se em meu clitóris inchado é de me fazer perder a cabeça, não controlo meus gemidos pois sei que estamos sozinhos em seu apartamento e também no andar.
Sempre fui uma pessoa silenciosa no sexo, um gemido baixinho ali e vários suspiros ali mas com ele me beijando lá embaixo desse jeito perfeito é simplesmente impossível manter os gemidos pra mim. Penetro meus dedos em seu cabelo e empurro sua cabeça contra mim sentindo uma necessidade maior de ter atenção em meu clitóris mas sei que é por conta do orgasmo chegando.
—Shawn...estou quase.
Retiro minhas mãos de sua cabeça para levar até meus cabelos os puxando de uma forma desesperada enquanto mantenho meu olhar nele, tão sexy. Sinto sua língua me penetrar e então meu clitóris agora tem a atenção de seu polegar e nunca pensei que essa combinação fosse tão perfeita, cubro minha boca com a mão para evitar os gemidos altos enquanto pressiono meus olhos sentindo a excitação em minha intimidade aumentar de forma torturante mas boa. Respiro fundo puxando fôlego enquanto meu quadril passa a ser frenético se movendo involuntariamente contra a boca dele e Shawn não me reprime com suas mãos, ao invés disso ele passa a acompanhar os movimentos me beijando aceleradamente. Mordo minha mão tentando conter os gemidos mas quando eu finalmente atinjo meu orgasmo em sua boca é impossível não soltar dezenas de palavrões um atrás do outro.
Sinto meu corpo relaxar e ficar mole tanto que minha perna escorrega de seu ombro sem forças para manter ali, minha respiração aos poucos foi voltando ao normal enquanto ele se levanta do chão já levando suas mãos até a calça abrindo o botão.
—Você quer se recuperar?—ele pergunta carinhosamente enterrando seu rosto no meu pescoço.
—Quero você dentro de mim, é isso que quero.—sinto sua risada em minha garganta me fazendo sorrir ainda meio lenta.
—Você é insaciável, mulher.—seu tom é humorado, levo minhas mãos até seu cabelo o acariciando enquanto deixo um selinho em seus lábios.
—Vá buscar a camisinha, tem na minha bolsa.
Logo ela faz o que peço e caminha até minha bolsa jogada no chão, sorrio mordendo os lábios ao observar suas costas incrivelmente malhadas, seus ombros são tão largos e os músculos o deixa mais irresistível ainda como se não bastasse ter um rostinho perfeito, ainda tem que ter um corpo de tirar o fôlego de qualquer mulher. Franzo meus lábios, não gosto da ideia de outras mulheres morrendo de tesão ao observar suas costas, o pensamento dura pouco pois me conformo com a pensamentos que poucas delas já tiveram a oportunidade de vê-lo abrindo um preservativo enquanto caminha em sua direção com um sorriso malicioso que revela todas as suas intenções.
O encontro no caminho logo levando minhas mãos até sua calça tendo a atenção de puxar sua cueca junto para facilitar o serviço, logo ele chuta a peça de roupa pra longe. Começo a beijar seu peitoral enquanto olho pra baixo observando ele se vestir com o preservativo, quando ele finalmente termina o serviço volto a erguer meu olhar e não demora muito para ter sua boca sendo pressionada contra a minha enquanto me empurra de volta para a porta, sorrio percebendo que realmente faremos aqui.
Puxo seus lábios com meus dentes logo em seguida introduzindo minha língua em sua boca que é sugada por seus lábios. Uma de suas mãos aperta meu seio enquanto o polegar acaricia a parte mais sensível já rígido por estar exposto e pela excitação, sua outra mão agarra minha bunda e com facilidade ele me segura pelo quadril com apenas um braço me erguendo para cima. O impulso faz com que eu de imediato abrace seu quadril com minhas pernas e então minhas costas voltam a ter contato com a madeira para auxiliar a posição.
Shawn deixa de me beijar e sua mão que antes estava em meu seio desce até estar entre nós, o acompanho com o olhar sentindo sua glande ser introduzida em minha entrada. Minha respiração acelera e ele logo me olha pra saber se está tudo bem comigo, confirmo freneticamente desejando que ele deslize logo pra dentro de mim e assim o faz. Quando sou preenchida por ele, nós dois suspiramos.
—Porra...—é a primeira coisa que penso em dizer ao sentir ele dentro de mim por completo.
Shawn encosta sua testa na minha e então sinto um sorriso se formar contra meus lábios antes dele dizer:
—Eu sei...—diz me fazendo crer que é tão bom pra ele quanto é pra mim.
Shawn abraça minha cintura quando finalmente começa a mover seu quadril contra mim de forma vagarosa. Eu sempre fui uma pessoa ativa no sexo, não sou do tipo viciada em fazer todos os dias mas gosto até porque todos que já fizeram sabe que é uma das melhores sensações que existe no mundo. Eu sou ativa mas já fiquei meses sem fazer e não senti a necessidade todavia só agora percebo o quanto foi torturante ficar três dias sem fazer sexo.
(...)
—Se você pudesse comer algo pro resto de sua vida, o que comeria?—pergunto sorrindo enquanto saio dos braços dele pra subir em cima de seu corpo.
Shawn joga a cabeça contra o travesseiro de sua cama e morde os lábios olhando para o teto provavelmente pensando em uma resposta. Sinto sua ereção dentro da cueca ser pressionada contra minha barriga nua enquanto apoio meu queixo em seu abdômen olhando-o divertida na espera de sua resposta.
—Provavelmente muffin, já faz um tempo desde que não como por causa do problema com glúten.
Franzo meus lábios fazendo uma careta ao ouvir sua resposta.
—É essa sua escolha?
—O que há de errado com minha escolha?—ele me olha como se tivesse sendo ofendido, engulo o riso.
—Nada, estou apenas...surpresa.
—Ok julgadora dos muffins, qual seria sua escolha?
—Hum...macarrão com queijo.—estalo a língua no céu da boca logo voltando a sorrir o olhando me sentindo feliz de uma forma boba.
—Como a boa italiana que é.
—Nonna ficaria orgulhosa se ouvisse isso.
Acho que nem eu e nem ele paramos de sorrir depois que viemos para essa cama, ok não é totalmente verdade. Depois que transamos contra a porta de seu apartamento, fizemos uma pausa rápida de vinte minutos e eu estava decidida que havíamos terminado pois até uma hora atrás estava trabalhando logo após uma manhã na faculdade mas aí ele me lançou aquele sorriso sugestivo fazendo um convite para estrearmos sua cama e não consegui negar. E então transamos em sua cama mas foi algo rápido pois ambos não duramos muito, depois descansamos por vinte minutos e então começamos a conversar e desde então não paramos de sorrir. Talvez pela felicidade de estarmos matando a saudade.
Shawn umedece os lábios com a língua enquanto continua sorrindo em minha direção e logo retiro meu queixo de seu abdômen e engatinho em cima dele até ter meus lábios sendo pressionados contra os seus em um beijo delicado e rápido.
—Eu já disse que senti sua falta?—sussurra contra meus lábios enquanto sua mão viaja até uma mecha na frente do meu olho a colocando atrás da minha orelha.
—Só foram três dias.—digo me controlando para não sorrir mas já é tarde.
—Foi o bastante.
—É...foi sim.
—Foi?
—Uhum, senti sua falta.—finalmente admito selando nossos lábios novamente, ele sorri e sinto meu coração dar um pulo.
—Que bom porque seria triste se você não tivesse sentido.
Solto uma gargalhada achando graça. Apoio meu braço do lado de sua cabeça para ficar o olhar enquanto levo minha mão disponível até a mecha que cai em sua testa onde a jogo pra trás e começo a acariciar essa parte da frente de seu cabelo. Mantenho olhar preso em seus olhos castanhos claro puxado para o verde sendo iluminados apenas pelas luzes do quarto, acabo olhando para a enorme parede de vidro que há em seu quarto vendo o céu escuro e as luzes dos prédios formarem uma vista de tirar o fôlego.
—Preciso ir.—sussurro em um tom melancólico.
—Queria que dormisse aqui.
—Sabe que não posso.
Shawn irá passar a dormir em seu aparamento em Toronto e pelo que ele me contou no caminho do ponto de ônibus para seu prédio, o mesmo já foi buscar suas coisas que estavam na casa de seus pais assim que chegou de viajem e trouxe de volta para o aparamento. Perguntei a ele porquê o mesmo não continua em Pickering mas o mesmo me explicou com calma que sua casa não é mais lá além de que o treino com seu personal trainer começará amanhã pela manhã cedo e não tem como ficar viajando de Pickering para cá mesmo que seja apenas meia hora, e também ele começará o processo de composição para o próximo álbum e como ele não tem um estúdio na casa dos seus pais fica difícil fazer lá.
—Você pode só não quer.—suspiro em frustração pois ele não está compreendo.
—Você sabe que quero mas preciso ir para Pickering. O que você acha que minha família iria pensar comigo passando a noite fora justamente no dia em que você volta?—é a vez dele suspirar enquanto olha para o teto, embora tenhamos uma pequena discussão continuo acariciando seu cabelo.
—Eu sei...desculpa.—ele me olha dessa vez parecendo realmente arrependido por ter me acusado de não querer.
—Tudo bem.—deixo um selinho rápido em seus lábios.—Como vamos nos ver amanhã?
Não acredito que perguntei isso. Não quero que ele pense que tem a obrigação de me ver todos os dias porque não tem, embora ele dizer isso em voz alta quebraria meu coração. É estupido mas não consigo ficar mais longe dele.
—Podemos sair durante a tarde.
—Eu trabalho, lembra?—ele faz uma careta como se tivesse lembrado desse detalhe.
—Podemos jantar.
—Preciso voltar pra casa até as sete e o horário que temos entre às cinco e sete não é adequado para um jantar.
Zoe agora está trabalhando na empresa de Charlie então nossa rotina meio que deu uma mudada já que estamos sempre fazendo de tudo para voltarmos para Pickering juntas, para economizar gasolina e tudo mais. Ainda não acertarmos muito bem os horários mas estamos usando o carro dela por enquanto, eu saio do meu trabalho às cinco da tarde, duas horas antes dela sair do dela, até porque eu entro antes que ela, de toda forma eu ficarei em Toronto fazendo algo até esperar que ela termine seu horário de trabalho para voltarmos para casa. Posso muito bem usar essas duas horas pra ficar com Shawn.
—Podemos almoçar.—ele tenta novamente e logo faço uma careta sabendo que também não é possível.
—Almoço no campus da faculdade, o horário de almoço é antes da última aula então não tenho tempo para ir encontrar você em um restaurante e voltar a tempo da última aula.
—Eu posso ir até você, sabe que nunca comi comida de universidade?—solto uma gargalhada com sua pergunta.
—Garanto que não está perdendo nada.
—Tão ruim assim?—ele faz uma careta e apenas confirmo com uma careta de "sinto muito"—Então podemos fazer assim...eu passo em algum restaurante e levo comida para nós dois, almoçamos no campus de sua faculdade e assim temos um tempo juntos sem estarmos presos nesse apartamento.
—Você faria isso? Tem certeza que não tem coisas melhores pra ir até uma faculdade almoçar? —pergunto insegura, não quero que ele faça tanto esforço assim pra ir me ver.
—Sua faculdade é quase aqui do lado e tenho a curiosidade de saber um pouco como é estar no ambiente de faculdade.
—Torturante.
—Não seja dramática.
—Eu sou a dramática?—arqueio a sobram indo em sua direção com um sorriso debochado.
Ele sorri também antes que seu olhar caísse para meus lábios e logo preencho o espaço entre nós iniciando um beijo intenso que infelizmente não dura muito tempo pois resmungando me arrasto da cama para ir vestir minhas roupas.
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Mais um porque estou com vontade e pronto
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