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Isso é um dom

"O talento revela-se exatamente porque esconde a sua perfeição"
-William Shakespeare

9 ANOS ATRÁS ...

Carlyn situava-se com suas nádegas em cima do banco redondo e cumprido, embora suas pernas tivessem dada uma considerável esticada nos últimos meses seus pés estavam no ar sem tocar o chão. Seus cotovelos se encontravam apoiados no balcão de mármore que divide a cozinha pequena da sala, seu corpo estava na direção da cozinha e suas mãos mantinham-se apoiadas em seu rosto admirando o casal à sua frente.

Rosie mexia na panela que estava em cima do fogão com uma colher de madeira enquanto isso Bailey cortava algumas folhas verdes que Carlyn não distinguiu quais era, o homem estava bem ao lado de sua esposa já que a pia era ao lado do fogão. Uma vez ou outra ele parava de cortar as folhas e ia provocar sua esposa com beijos em seu ombro e palavras amorosas em seu ouvido.
Carlyn sorriu em admiração aos seus pais, eles eram apaixonados e se sentia grata por isso já que conhecia tantos colegas da escola no qual tinha os pais divorciados ou estavam juntos apenas por obrigação pois amor não existia mais.

Com seus 13 anos, a garota começou a pensar sobre seu futuro o que incluía casamento como via em filmes e séries que assistia e ela engendrou uma opinião ao respeito.
Ela suponha que o amor realmente era lindo, gostava da forma que seus pais se olhavam como se fossem dois bobos apaixonados. E admirava o quanto o Senhor Manny fazia ao máximo para agradar sua esposa, na maioria das vezes Karen o chamava de tolo quando ele chegava com flores em casa ou em uma vez que ele lhe pediu em casamento novamente em um dos almoços que costumavam ter no domingo mas no fim sempre sorria como se Manuel fosse a coisa mais preciosa do mundo.
Carlyn estimava a dedicação de algumas pessoas ao outro e o quanto eles se amavam.
Todavia Carlyn não se via em um casamento, a promessa de estar ao lado de alguém para sempre era muita pressão, a forma que alguns casais se viam como uma prioridade lhe dava nojo, o ciúmes, ter que fazer coisas no qual não gosta apenas para agradar o parceiro, isso tudo lhe deixava enjoada.
Carlyn dificilmente conseguia se imaginar apaixonada, era ridículo de mais pra ela.

Enquanto observava seus pais conversando animadamente sentiu vontade de sorrir novamente em admiração, estava prestes a fazer isso quando sentiu seu estômago contrair em uma dor desconfortável, de imediato a testa da garota enrugou e seus dentes se apertaram um contra o outro em dor, sua respiração acelerou quando sentiu sua visão ficar turva e por breves segundos teve a sensação de que cairia de cima do banco. Quase que de imediato, a garota retirou suas mãos do rosto levando até o balcão onde segurou com firmeza para não cair mesmo seu corpo não tendo se movido nem um centímetro porém sua cabeça estava girando e lhe deu a impressão que cairia.
Sua visão se tornou preta e passou à ver seus pais com dificuldade, fechou e abriu os olhos algumas vezes para ver se sua visão voltava ao normal mas em tentativa falha. Sua audição se tornou algo abafado e a conversa dos seus pais se tornou distante.

Rosie se encontrava rindo de um comentário que seu marido havia feito mas sua risada foi se cessando aos poucos quando viu Carlyn se apoiando no balcão enquanto abria e fechava os olhos como se estivesse tentando voltar para a realidade.
A filha mais velha de Rosie apresentava-se pálida e seus lábios estavam ressecados, a garota estava levemente suada.

—Carlyn, está tudo bem ?—a mais velha perguntou com seu tom preocupado enquanto se aproximava cautelosamente da menina. Carlyn não respondeu pois a voz de sua mãe soou afastado e quase imperceptível. Rosie se aproximou mais da sua filha ao notar que ela estava desatenta e parecendo presa em seu próprio mundo.

—Eu não estou te ouvindo direito, está tudo girando.—a garota informou tendo conhecimento que a voz da sua mãe soava e lhe via ao lado do seu corpo, sua visão deixou de ser escura porém continuava girando.

—Querido, pegue um copo de água.—Rosie pediu para Bailey que correu em direção à geladeira enquanto a mulher massageava o ombro de sua filha.

Foi questão de segundos para Bailey voltar com um copo d'água e entregar na mão de Carlyn que levou aos seus lábios com suas mãos tremendo levemente. Enquanto tomava o líquido incolor a garota sentiu a ânsia em seu estômago desaparecendo e aos poucos em sua volta iria parando de girar.

Quando Bailey viu que a menina terminou de beber a água depositando o copo em cima do mármore e logo em seguida soltou o balcão foi logo perguntando:

—Melhorou filha?—o pai da garota perguntou preocupado enquanto acariciava o cabelo escuro dela, Carlyn apenas confirmou ainda sentindo um vazio em seu estômago e um gosto ruim em sua boca.

—O que você sentiu?—Rosie perguntou, o medo atravessando seu rosto, sua filha poderia estar com algo sério.

—Minha visão ficou preta, depois fiquei tonta e senti uma pequena dor no meu estômago, acho que de fome.—ela explicou enquanto ainda abria e fechava seus olhos para tentar fazer sua visão parar de formigar.

—O que você comeu hoje?—Bailey perguntou com suas grossas sobrancelhas juntas. Carlyn parou para pensar, ela havia acordado tarde naquele dia por ser sábado e não ter aula, ela assistiu dois filmes pois Shawn havia saído com seu pai e não lhe chamou pois ela estava dormindo , em seguida veio para o balcão da cozinha esperar o almoço ficar pronto, ela estava com fome desde que acordou mas resolveu esperar o almoço e claramente não foi uma boa ideia já que ela também não havia jantado na noite passada. Sua pressão baixou por conta da falta de nutrientes em seu organismo.

—Nada.—ela confessou enquanto mordia o canto dos seus lábios, uma mania arrecadada com o decorrer dos anos. Rosie ainda estava preocupada pois a menina estava pálida e aparentemente fraca.

—Sua pressão baixou. Vá deitar um pouco em sua cama, vou preparar algo pra você comer enquanto seu pai vai na casa da Karen buscar um remédio para sua pressão aumentar.—Rosie informou passando suas mãos pelo cabelo sedoso da garota.

Carlyn concordou enquanto Bailey já se dirigia para a saída de sua casa com o intuito de ir nos vizinhos. A garota desceu do banco alto com cuidado pois sentia seu corpo moroso e fraco. Sua mãe lhe acompanhou com o olhar o trajeto da garota até às escadas checando se ela conseguiria chegar em seu quarto bem.

Carlyn demorou mais do que o costumeiro a subir os degraus da escada pois sentia seus músculos tensos e enquanto subia eles fraquejaram uma vez ou outra ocasionando em a garota sustentar suas mãos nas paredes cor de gelo.
Ao mesmo tempo que ela chegou no quarto ouviu uma porta no andar de baixo se abrindo e em seguida se fechando, conclui que seu pai havia chegado com o remédio para aumentar sua pressão, ela não sabia o que isso significava mas julgou que faria ela sentir o contrário do que estava sentindo já que sua mãe havia dito algo sobre a pressão dela ter baixado.

Carlyn deitou em sua cama e quase no mesmo instante revirou os olhos por conta do edredom rosa shook , não via a hora de crescer para sua mãe permitir que ela escolhesse um do seu gosto. Enquanto ela se aconchegava no travesseiro macio seu coração deu um leve pulo ao ouvir algo se chocando com a porta do seu quarto fazendo com que seu olhar de imediato seguisse para o local.

Shawn havia tentado passar pela pequena abertura da porta e da parede que Carlyn deixou aberta pois não intencionava fazer barulho, supôs que ela estivesse descansando. Sua ideia foi falha já que seu rosto acabou por bater na porta lhe assustando o que ocasionou em seu corpo também trombar contra a porta. A porta se moveu para frente todavia antes que ela abrisse mais ele a segurou com as duas mãos e às apalpou na superfície de madeira como se estivesse checando se o objeto houvesse sido ferido.

Carlyn quis rir da forma desajeitada dele mas não teve forças para isso. Apenas quando o garoto de 12 anos lhe lançou um sorriso amarelo como se pedisse desculpas silenciosamente foi quando a garota sorriu fraco ao tê-lo alí.

—Seu pai foi buscar um remédio pra você na minha casa, eu acabei de chegar do shopping com o meu pai mas logo corri pra cá.—ele foi dizendo calmamente enquanto se locomovia em direção ao corpo pálido da garota na cama.—Como você está?—ele perguntou assim que sentou na cama ao lado do corpo dela ficando de frente para a garota.

—Não foi nada de mais, minha mãe disse que minha pressão baixou por eu não ter me alimentado.—ela explicou enquanto Shawn analisava seu rosto sem alegria, Carlyn notou que os olhos dele brilhavam em preocupação e os cantos dos seus lábios estavam caídos.

Carlyn sentiu sua bochecha formigar quando seu melhor amigo levou seus dedos até o rosto dela onde acariciou, o toque foi tão leve que ela quase não sentiu mas o suficiente para deixar o local queimando e desejando por mais. Infelizmente ou felizmente, Shawn levou seus dedos até os cabelos dela onde começou a brincar com uma das mechas, seu olhar agora estava fixo em seu dedo que se envolvia na mecha da frente do cabelo de Carlyn, formava um pequeno biquinho em seus lábios e a garota logo identificou aquela ação quando ele estava pensando em algo.
A morena quis perguntar o que se passava na cabeça dele e o motivo dele estar olhando fixamente para uma mecha do cabelo ao invés de estar olhando para a mesma porém se reprimiu.

—Eu fiquei muito preocupado com você.—o garoto declarou erguendo seu olhar para o rosto de garota e agora fixando nos olhos castanhos escuros dela.

—Não precisava, minha mãe vai trazer um pouco de comida e ficarei bem.—ela arriscou sorrir para tranquiliza-lo. Shawn sempre foi um garoto nervoso e qualquer pequeno acontecimento lhe deixava preocupado, uma verdadeira pilha de nervos.—Mas sabe o que faria eu me sentir muito melhor?—ela sorriu travessa e Shawn logo cerrou os olhos para sua amiga desconfiando do sorriso sugestivo.

—Se você disser pirulito para guardar naquele potinho idiota eu te jogarei pela janela.—o garoto divagou à ameaçando e logo Carlyn soltou uma gargalhada antes de bater a mão no braço do seu amigo.

—Não seu bobo.—à alguns meses atrás a garota havia descoberto que todos os pirulitos que guardara estavam vencidos e não poderiam comer, no começo se entristeceu mas logo superou buscando outro objetivo ou algo para colecionar.—Você cantar.—ela disse com um enorme sorriso que faziam seus dentes brilharem. Shawn juntos as sobrancelhas não entendendo ao que ela se referia mas o sorriso da garota se juntou com um olhar pidão e Shawn de imediato negou.

—Não, não, não, mocinha. Isso não vai acontecer.—seu tom era levemente irritado e fez um gesto com a mão negando assim como sua cabeça negava freneticamente.

Carlyn já havia perdido a conta de quantas vezes ficou jogando videogame no quarto do garoto enquanto ele tomava banho no banheiro para eles saírem logo em seguida pois ela sempre acabava terminando de se arrumar antes dele. E em todas as vezes ele cantava alto suas músicas preferidas. Carlyn concluiu que ele era ótimo fazendo aquilo, sua voz tinha um timbre bonito, ele desafinava uma vez ou outra mas conseguia alcançar notas altas, ele era muito bom mesmo.
E a garota sabia que ele gostava de fazer aquilo porém o mesmo tinha medo de cantar para alguém e as vezes corava ao sair do banheiro e perceber que ela havia escutado seu pequeno "show".

—Shawn, por favor...sua voz é tão bonita. Por mim, isso é um dom, você é talentoso...por que não aceita logo isso?—ela disse tudo rápido de mais enquanto retirava sua cabeça do sofá ficando sentada para poder ficar mais próximo dele.

—Eu tenho vergonha, minha voz falha as vezes.—ele soltou um sorriso envergonhado enquanto suas bochechas ganhavam cor, ele pareceu ter percebido pois logo abaixou seu olhar. Para Carlyn, sempre foi muito fácil detectar quando Shawn estava com vergonha pois a coloração de suas bochechas se intensificam muito, já eram naturalmente rosadas então quando corava elas triplicavam o tom. Já Carlyn corava com frequência porém suas bochechas não se avermelhavam embora sentisse elas esquentando-se.

—Não precisa ter vergonha, somos Shawn e Carlyn, você é a pessoa que eu mais confio no mundo e eu sou a pessoa que você mais confia no mundo. E tudo bem falhar ou desafinar, é normal..você não pratica.—a mão da garota vai até o ombro magro dele para lhe tranquilizar e logo Shawn suspira parecendo que se rendeu ao pedido.

—Okay, odeio quando você consegue ser convincente.—ele bufou e Carlyn riu. Shawn se ajeitou na cama fazendo a garota bater palmadinhas em animação.

E então os dois deitaram enquanto Shawn fazia seu primeiro show privado.

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Já quero pedir mil desculpas pelo capítulo ter saído tarde mas é que não tive tempo para postar mais cedo.

Como vocês estão?

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