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Eu gosto de você



(CARLYN)

Atualmente,2018.

Olho para o objeto em minhas mãos. É uma ampulheta, toda vez que o mexo a areia desliza para o outro lado. Não vejo tanta graça no objeto mas mesmo assim ponho no carrinho da loja, Taila comentou a um tempo atrás que estava fissurada por ampulhetas e que queria muito uma.

Decidi que não vou comprar presentes de natal para todos da família, se eu for comprar para todos não teria dinheiro suficiente e muito menos criatividade. Vou comprar apenas para: minha mãe, Taila, Aaliyah, Karen, Zoe, Charlie, meus avós e Shawn. Já comprei o de todos exceto pelo de Aaliyah e Shawn.
Não sei o que comprar para eles, Aaliyah é uma garota complexa e poucas coisas materiais faz seus olhos brilharem. E Shawn...bem, Shawn não sei do que ele gosta. Se fosse 4 anos atrás eu com certeza lhe daria algo relacionado a música mas atualmente ele deve ter coleção de todos os instrumentos presentes na terra. O cara é um milionário, não existe algo que ele não tenha.

Sinto um corpo alto ser encostado atrás de mim e logo em seguida lábios beijando meu pescoço. De imediato olho para os lados em busca de alguém, felizmente não há ninguém nesta parte da loja e as prateleiras impede que alguém nos veja embora a qualquer momento alguém pode entrar nessa sessão.

—Há câmeras.—cantarolo o lembrando, pelo canto de olho vejo seu rosto virar na direção das paredes encontrando uma câmera no canto.

—Estamos do lado da prateleira, a câmera não pega aqui, tudo o que estão vendo é a prateleira da frente.—ele diz voltando a deixar um beijo carinhoso em meu pescoço. Não há malícia no ato e sorrio fechando meus olhos por breves segundos.

—Hum...observador.

—Você me subestima demais, Olsen.—deixo escapar um sorriso enquanto percorro meus dedos pelos objetos em busca de algo para Aaliyah.—Quando você tem sua privacidade invadida a todo momento, você aprende a observar em volta. Na maioria das vezes, sei quando tem alguém me filmando.

—Isso é triste.—sinto ele dar de ombros como se não se importasse mais.

—O que está procurando?

—Algo para Aaliyah mas está difícil.

Fica mais difícil ainda quando ela está conosco, Aaliyah deve estar em algum local da loja comprando seus presentes com o cartão de Shawn. Não posso comprar algo óbvio de mais pois no momento que ela ver dentro do carrinho irá saber que é para ela.

—O que você vai dar pra ela?—pergunto, talvez ele desperte minha criatividade.

—Um par de patins que ela queria a um tempo porque o seu já está desgastado, ela jogou muito violenta no último jogo de hockey.

—Merda, deveria ter pensado nisso.—sua respiração quente entra em contato com meu pescoço por causa da risada que ele dar.—Você acha que seria um pouco óbvio dar a ela um relógio?

—Acho que não, ela ama relógios, não há quantidade suficiente para ela.

Ele tem razão.

Combino com Shawn de levá-la para lanchar na praça de alimentação do shopping enquanto uso a desculpa que irei ao banheiro mas na verdade estou indo a uma joalheria. Compro um relógio na cor rose gold e com alguns detalhes que remete a diamante mas que claramente não são, precisaria vender minha casa para comprar um com diamantes. Guardo seu relógio já embrulhado junto com o presente de Karen.

Pensei que o jantar da véspera onde iríamos sortear os nomes do amigo secreto seria essa noite mas acabou sendo no almoço para dar tempo a todos de comprarem os presentes. No momento que o almoço terminou, Aaliyah, eu e Shawn pegamos a estrada para Toronto para comprarmos logo nossos presentes pois se deixássemos apenas para amanhã não conseguiríamos já que será Natal e a maioria das lojas estarão fechadas.

A um tempo atrás eu pedi pela internet uma pequena estátua de enfeite no formato de elefante, é de uma loja daqui do shopping de Toronto mas era necessário fazer o pedido alguns meses antes pois eles que criam o objeto. Karen é obcecada por esse animal então já estava programado que daria esse objeto, e como tirei ela no amigo secreto apenas facilitou tudo.

(...)

Após comermos uma pizza na praça de alimentação, seguimos para a saída já que temos todos os presentes nas sacolas. Quando fui comprar o relógio de Aaliyah, encontrei uma pulseira prata masculina e com um pingente de uma nota musical mas o que me fez comprá-la foi a frase "Vivo música" escrita na parte interior da pulseira. Acabei comprando para dar ao Shawn de presente, sei que não é algo tão grandioso mas tenho notado que ele costuma usar pulseiras e anéis e a pulseira refere-se a música, o que ele mais ama no mundo.

Enquanto íamos na direção da saída do shopping, recebi a mensagem de Charlie comunicando que estava na saída do shopping me esperando. Charlie irá passar o natal comigo e com minha família, eu lhe convidei a alguns dias atrás pois seu pai estava enchendo seu saco para passar o natal em Londres e ele não queria ir então acabaria comemorando sozinho em seu apartamento. Ele nunca foi à Pickering, então combinei com ele de me esperar na saída do shopping para eu ir em seu carro pois assim eu poderia orientá-lo no caminho até minha casa.

—Meu amigo está nos esperando na saída, eu vou com ele para Pickering.—anuncio para eles não serem pegos de surpresa, ambos me olham confusos.

—Amigo?—Aaliyah pergunta.

—Charlie.

—O do show da Taylor?—é a vez de Shawn perguntar, apenas confirmo, ele faz o mesmo logo em seguida como se entendesse.

—Por que ele vai para Pickering?

—Vai passar o natal com a gente. Ele não sabe o caminho então vou com ele para ensiná-lo.

Observo a reação de Shawn, ele está indiferente e Aaliyah que está confusa. Por fora pareço tranquila, mas sinceramente estou surtando. A última vez que Shawn e Charlie se encontraram, eu e Shawn não estávamos ficando ainda. Mas agora não sei como será, temo que Charlie fale algo que me comprometa ou até mesmo tente me beijar, não nos beijamos fora da cama mas ainda sim estou insegura dele tentar. Preciso conversar com ele sobre Shawn e esclarecer que não transaremos novamente daqui pra frente, pelo menos não até essa coisa entre mim e Shawn se encerrar.

Avisto Charlie encostado em sua BMW i8 Coupé enquanto mexe no celular. Ele se encontra com uma calça social preta e uma camiseta branca simples por dentro da calça, há uma bota de partículas dourada em seus pés e isso me fez sorrir. Quando ele não está indo para o trabalho, Charlie costuma usar roupas simples embora elegantes mas sempre tem um detalhe que vai chamar atenção para ele, como se sua beleza gritante já não bastasse. Seu cabelo está um pouco mais cumprido desde a última vez que o vi, antes de me ver sua mão vai até o cabelo colocando a mecha na frente de seus olhos para trás e vejo suas unhas pintadas de preto, como sempre.

Quando ele me ver dou uma rápida corridinha em sua direção, ele logo coloca um sorriso em seu rosto e abre os braços para mim. Seus braços ficam em volta do meu corpo e o abraço pelo pescoço. Senti falta de Charlie, a última vez que ficamos tanto tempo assim sem nos vermos foi ano passado quando fui para a Austrália. Embora muito dos meus amigos pense que tudo o que eu e ele temos seja apenas sexo, estão extremante errados. Claro, fazíamos muito sexo e isso meio que nos aproximou mas somos além de transas um para o outro, sexo é apenas um dos benefícios. Charlie é uma das pessoas que eu posso confiar de olhos fechados, ele é o tipo de amigo que se você estiver mal ele vai mover montanhas para te ajudar.

Nos conhecemos a 4 anos, ele me viu afundar no alcoolismo, tentou tirar-me dele embora sem sucesso, me viu indo para a reabilitação e me visitava sempre que os médicos permitiam, esteve comigo quando saí e junto com Zoe fez de tudo pra eu resistir ao álcool, quando me encontrava com milhões de trabalhos no ano em que precisei recuperar o período de aula que perdi ele me ajudou sempre que possível a fazer os trabalhos, ele esteve comigo e eu estive com ele o apoiando em seus problemas familiares. Tenho carinho pelo cara e sei que eu e ele é uma das amizades que quero levar para a vida.

—Ei Charlie.—Aaliyah o cumprimenta casualmente, eles se dão muito bem. Vivem implicando um com o outro.

—Como vai baixinha?—ele pergunta quando desmanchamos o abraço, a adolescente revira os olhos mas vejo um sorriso no canto dos seus lábios.

—E aí cara?!—Shawn o cumprimenta dando um passo em nossa direção e estendendo a mão para Charlie que logo aperta em um cumprimento.

Enquanto eles se cumprimentam, olho em volta me sentindo tensa e não quero que vejam isso em meu rosto. Quando eles quebram o contato de mãos, olho para Shawn. Sua postura continua normal embora esteja mais quieto provavelmente por estar lidando com alguém que não conhece, nada entrega que talvez ele saiba que eu e Charlie temos uma relação além de amizade ou então sabe e não se importa deu ter um parceiro de sexo fixo.

—É melhor irmos, Charlie ainda precisa encontrar um hotel para ficar.—digo pois não há necessidade de começarmos um conversa na saída do shopping.

Aaliyah concorda e seu irmão logo põe uma de sua mãos nas costas dela a conduzindo enquanto com a outra segura as sacolas, os dois viram as costas para nós indo na direção do carro já que Shawn estacionou seu jeep um pouco mais longe da entrada.

—Entra gata.—Charlie diz abrindo a porta do seu carro.

Eu paro. Olho de imediato na direção de Shawn, vejo seus pés pararem por breves segundos, ele escutou, suas costas se flexionam e em seguida volta a andar. Merda, ele ouviu.

—O que foi?

—Nada, pensei que tinha esquecido algo com eles.—lhe lanço um sorriso antes de entrar no carro.

Espero que Shawn não interprete errado o "gata" de Charlie.

(...)

Algumas horas atrás, Charlie se hospedou no hotel mais próximo da minha casa. Antes de pegar um táxi e voltar para casa, tentei convencê-lo de jantar conosco, não queria que ele passasse a véspera de Natal em um quarto de hotel mas o mesmo disse que iria jantar por FaceTime com seu pai, era isso ou teria que aguentar o resto do ano esporro do seu pai por ele nem ao menos ligar para ele durante a véspera ou no natal.

Eu não sei porquê, mas aqui no Canadá costumamos nos ajeitar mais na noite de véspera do Natal e então no dia 25 nos vestimos de forma mais confortável já que é um dia de ficarmos em casa com a família e tomando chocolate quente, durante a noite trocamos os presentes e fazemos uma disposta para ver quem será o primeiro a dormir, Manny sempre perde.

Por isso comecei a me arrumar duras horas antes, até porque não será apenas minha família e a família Mendes, irá vim alguns familiares de Karen.

Dessa vez o jantar será no quintal da minha casa já que o dia do Natal e a troca de presentes ficaremos na casa dos Mendes. Quando desço do meu quarto e me dirijo na direção do quintal  da minha casa, encontro a maioria dos convidados já espalhados pelo local, alguns estão sentados nas mesas que Manny arranjou e outros estão apenas em pé comendo e jogando papo fora.

Olho em volta, sorrindo orgulhosa pela decoração que foi trabalho meu. Há três árvores plantadas em meu quintal e pendurei pisca-piscas em cores vermelha e verde nelas assim como coloquei em toda o cercado fazendo todo o quintal ser iluminado pelas luzes. Também tem alguns enfeites natalinos nas mesas.

—Vocês estão duvidando?—ouço a voz indignada de Brian quando me aproximo da pequena roda que ele, Shawn, Timera e Taila formaram.

Assim que chego fico ao lado da minha irmã encostando meu braço em seu ombro. Todos os olhares vem em minha direção mas logo voltam para Brian que continua falando algo sobre conseguir sair com Joline, sobrinha de Karen. Mas sinto um olhar posto em mim e ao espirar Shawn constato que o olhar é pertencente dele, ele aprecia todo meu corpo examinando como estou. Um sorriso discreto surge em meus lábios, sei que ele gosta do que ver, estou maravilhosa.

Estou trajando um vestido branco justo ao meu corpo que vai até o meu joelho, foi feito por mim e seu diferencial é que ele é confeccionado por diversas tarrachas pratas que vendo de longe parece ser diamantes. Acima da minha cintura há duas aberturas de cada lado do meu corpo deixando partes da minha pele do tronco amostra, ele é tomara-que-caia e para realçar meu pescoço descoberto pus um colar de pedras azuis que combinam com os brincos da mesma pedra.
Meu cabelo alisei deixando-o solto e fiz uma maquiagem mais neutra embora esteja bem preparada. Por fim uso um salto da Versace, que só pela marca já tem como saber que é estonteante.

Shawn também está magnífico embora simples. Ele usa suas habituais calças jeans na cor preta, botas da mesma cor e uma camiseta branca simples. O diferencial é a camisa listrada que está com os botões abertos por cima da camiseta. E o cabelo do desgraçado está perfeito como sempre.

Ele ver que estou o analisando e sorri minimamente. Seus lábios se remexem discretamente e noto ele dizer "você está perfeita" o que me fez ter que fingir estar olhando para o outro lado do quintal para meus amigos não verem o sorriso em meu rosto. Ao voltar meu olhar pra ele, Shawn abaixa o olhar com suas bochechas ganhando cor.

—Okay...então eu aposto que consigo levar ela pra sair.—volto a me concentrar na conversa deles.

—O que? Não se deve apostar em uma garota.—Timera diz indignada.

—Você nunca leu livros de romance para saber que apostar em garotas é errado?!—é a vez de Taila dizer.

—Não é necessário ler histórias de romance para saber que apostar garotas é errado, é a sua obrigação não ser um babaca.—Shawn diz na direção de seu amigo.

—Olha pra mim e ver se tenho cara de quem ler romances.—o ruivo diz na direção de Taila ignorando o que Shawn disse.

—Desculpa gente...mas do que vocês estão falando?—pergunto totalmente perdida no assunto.

—Nosso querido amigo aqui..—Timera começa ironicamente indicando Brian.
—Quer sair com a Joline mas dissemos que ela é muito areia pro caminhão dele, agora ele está convicto que consegue um encontro com ela e quer apostar isso.

—Timera tem razão, ela é evoluída de mais para sair com você.—dou de ombros.

Não estou mentindo. Joline é uma das mulheres mais bonitas e imponderadas que já conheci. Vamos começar por seu corpo escultural, seus seios são medianos e costuma usar decotes que apenas os destacam, ela não tem uma barriga lisa mas sua cintura é bem desenhada por conta dos quadris largos, suas coxas são grossas e tem uma bunda de deixar qualquer um salivando. Sua pele é negra escura embora a maquiagem torne sua pele levemente mais clara, ela sempre capricha no iluminador e nos cíclicos postiços. Seu cabelo vai até o meio das costas e é cacheado, um dos cachos mais bonitos que já vi.

—Ah qual é...só para vocês saberem, ela estava me olhando quando cheguei.—se defende. Mentiroso, se Joline estava o olhando provavelmente era pra criticar algo nele, ela mesma já confessou para mim que o acha um babaca.

—Porque você é feio.—Taila disse como se fosse óbvio, todos rimos enquanto Brian revirou os olhos enfurecidos.

—Só relaxa cara...Joline não está afim, parte pra outra.—Shawn colocou sua mão no ombro do ruivo para confortá-lo.

—Eu vou provar que ela está afim.—disse determinado saindo da roda e marchando na direção de Joline que está conversando justamente com a mãe do ruivo.

Voltamos a rir com ele indo emburrado na direção da garota mas logo o esquecemos começando um assunto sobre um filme recente que Timera viu nos cinemas e isso gerou outro assunto sobre os filmes que detestamos.

(...)

Shawn me puxa pela mão e de início tenho dificuldade em conseguir acompanhar seus passos apreçados, quanto mais ele anda mais o ambiente se torna escuro por conta de estarmos nos afastando do quintal que é onde tem as luzes.

Entramos no estreito corredor que há entre o cercado e a parede da minha casa, assim que alcançamos um local longe o suficiente do quintal para ninguém nos ver, suas mãos vão até minha cintura empurrando-me contra a madeira da casa. É fração de segundos até seus lábios serem pressionados nos meus e todos os pensamentos inseguros sobre correr o risco de alguém nos ver desaparece.
Meu coração começa a acelerar com o toque, isso sempre acontece, aparentemente meu coração tem uma queda por ele pois não consegue se manter quieto quando meu corpo está próximo do de Shawn. Entrelaço meus braços em seu pescoço enquanto Shawn segura com suas mãos minha cintura me mantendo firme contra seu corpo, suspiro alto entre o beijo quando sua língua é introduzida. Uma de suas mãos sobem até minha nuca, ele acaricia minha pele com o polegar e o ato fez com que eu me arrepiasse. Seus dedos não ficam por muito tempo no local, eles são introduzidos na raiz do meu cabelo e quando Shawn puxa meus fios de forma sedutora sinto o meio das minhas pernas formigarem. Amo quando ele puxa meu cabelo entre o beijo, me leva a loucura.

—Deus...você está tão gostosa nesse vestido.—sorrio, seus lábios saindo dos meus e descendo para meu pescoço.
—Sua bunda perfeitamente marcada.

—Você está se tornando um pervertido, Mendes.—digo divertida mexendo em seus cabelos.

—É isso que você tem feito comigo.—ele diz entre um gemido que faz minhas pernas tremerem.

—Eu?!—sorrio indignada. Ele demora mais um pouco para me responder, fecho os olhos suspirando ao sentir sua respiração quente contra meu pescoço e a ponta do seu nariz percorrer toda a área.

—Você está tão cheirosa...—sinto seu nariz absorver meu pescoço, ele está desconcentrado.—Sim você, olha o que estou fazendo. Dando amassos no escuro enquanto toda minha família está a menos de 10 metros daqui. Você me deixa totalmente impudente, Carlyn.

Compreendo suas palavras. Ser famoso deve carregar uma enorme carga de sempre estar na linha, Shawn já confessou para mim que tenta ao máximo não se envolver em polêmicas pois quer que ele seja conhecido por sua música e não por estar em polêmica com outros famosos ou com algo que ele fez ou disse. Agora, reconhecendo ele, pois querendo ou não esse Shawn é bastante diferente do garoto que eu costumava ter como melhor amigo, percebo que ele é um cara desmaiado discreto, nunca querendo chamar atenção para si. E estar aos beijos com uma garota chamaria bastante atenção pra ele na mídia, caso alguém tirasse uma foto, sei que é algo que ele evita.
Mas ultimamente ambos estamos sendo imprudentes, como deixar ele beijar meu ombro colocando seu corpo ao meu em uma loja que é um local público, como estarmos agora nos beijando enquanto uma festa ocorre no quintal, como ele acariciar minha perna por de baixo da mesa minutos antes de virmos para cá.

—Você está me acusando? São suas atitudes, meu bem. Em nenhum momento te manipulei para fazer essas coisas.—ironizo, Shawn solta um risada contida.—Sua risada é tão estranha, mas fofa.—observo, ele me olha confuso.

—Agora vamos passar a nos ofender?

—Eu não te ofendi! E acrescentei que é fofa.—me defendo.—Se for para você se sentir melhor, pode dizer algo em mim que acha estranho.—ele revira os olhos.

—Puff. Como se tivesse algo em você que acho estranho...

—Todos temos algo.

—Você não. Você é fodidamente perfeita.—luto contra um sorriso por conta de suas palavras junto com a mão dele acariciando meu rosto.

—Primeiramente: fodidamente não é uma palavra. Segundamente: ninguém é perfeito.

—Quem disse? Eu acabei de criar, posso usá-la livremente. E outra...você é perfeita para mim.

—Ah qual é...para de ser bobo, há algo em mim que você não gosta. Me diga...estou curiosa.—ajeito minha coluna contra a madeira senti-me ansiosa para saber algo em mim que não lhe agrada.

—Não tem.—ele nega novamente, o olho com tédio.

—Shawn...

—Carlyn...

—Estou falando sério!—deixo um tapa em seu braço, ele joga a cabeça para trás rindo.

—Também estou! Você é a primeira pessoa que conheço e quer que alguém veja um defeito em você mesma.

—É porque eu sei que tenho. Quero saber, se for alguma atitude minha tentarei melhorar. Gosto de ser sincera e que sejam sinceros comigo, assim posso evoluir quando é alguma atitude chata ou se é algo que faz parte de mim gosto de conversar e explicar porque sou assim.—sua feição de divertimento muda, ele passa a ficar sério embora haja um sorrisinho em seus lábios, ele olha em volta o que me faz perceber que há algo que lhe incomoda e que ele quer dizer.—Diga.—sorrio na tentativa de encorajá-lo.

—Há algo. Não é que me incomode ou que eu desprezo, apenas...eu não sei.—agora sinto meu corpo ficar tenso.
—Você costuma ser muito fechada, com seus sentimentos.

Uau. Não esperava isso.

E então tudo que temia parece chegar de repente como se fosse um tsunami. Ele quer que eu demonstre meus sentimentos e de certa forma sinto-me pressionada com isso. Esclarecemos um ao outro que gostamos de estar juntos mas em nenhum momento dei-lhe a entender que futuramente poderíamos ter sentimentos envolvidos, somos apenas duas pessoas que gostam de se beijarem mas que em algum movimento teremos essa atividade interrompida. Não pretendo ter sentimentos por ele, não quero ter.
Não sou uma pessoa de relacionamentos, todos os meus relacionamentos acabaram não dando certo, do começo ao fim e acabou comigo tendo o coração partido. Não é que eu tenha medo do amor, eu só não quero ele em minha vida, não o amor romântico. Demonstrar meus sentimentos para ele abrirá a porta da intimidade e do apego que é o primeiro passo para um relacionamento começar. Eu e Shawn não vamos ter um relacionamento, não funcionaria. Em alguns meses ele estará viajando pelo mundo e honestamente eu não sou uma pessoa boa de manter contato, sou confiante com relacionamentos então não ficaria insegura sobre ele estar conhecendo outras pessoas e provavelmente tendo garotas a todo instante em sua volta o desejando, mas sou do tipo de pessoa que quando se apaixona por alguém quer aquela pessoa do lado e isso será impossível.
Nem sei mesmo porque estou possibilitando um relacionamento, eu não quero ter um.

Podemos mudar de assunto?—volto a erguer meu olhar, me sinto desconfortável.

—Desculpe...meu deus, me desculpe, eu não queria fazer você ficar desconfortável e nada do tipo.—ele diz rapidamente.

Mais um motivo que não daria certo, Shawn é intenso, ele se sente extremante culpado com qualquer coisa, ele parece sentir tudo em dobro. E eu sou uma pessoa que quando está com raiva fala tudo o que não deveria e sei que se tivéssemos uma discussão eu o faria se sentir extremante culpado e ele provavelmente ficaria pensando nisso por dias. Deus, eu o machucaria tanto e não quero isso.

—Tudo bem.—o garanto, deixo um selinho demorado em seus lábios.

Quando termino o beijo e abro meus olhos encontro ele com um olhar diferente. Sua testa está enrugada e não é de dúvida mas sim de preocupação, sua preocupação não parece ser referente a mim já que ele não me olha enquanto isso, seu olhar está preso na madeira atrás de mim. Algo está o deixando inseguro e novamente me sinto tensa.

—Pode perguntar.—sei que algo o atormenta. Como eu disse antes, gosto de sinceridade pois sem ela as coisas não funcionam.

—Seu amigo...Charlie, como ele está?

Merda.

—Sabe que não quer perguntar isso.—eu sei muito bem o que ele perguntar e isso faz meu estômago tremer em nervosismo. O olhar dele continua inseguro como se não soubesse se deveria, todavia em nenhum momento ele parece estar bravo.

—Vocês...hum...

—Sim.—respondo sem dar muitas voltas, parece ser difícil para ele formular a pergunta se eu e Charlie temos algo além de amizade, não quero o tortura perguntando isso. Mas ele já sabe que eu e Charlie transamos, nossas irmãs deixaram claro isso dias atrás quando estamos nos escondendo no provador. O que imagino que ele quer perguntar é se continuamos fazendo sexo.

O olhar dele finalmente se concentra em meu rosto. Suas sobrancelhas continuam juntas, agora ele pisca mais do que o comum parecendo estar atordoado ou não sabendo ao certo o que dizer, seus lábios estão franzidos.

—Mas...não mais. Ainda não conversei com ele sobre isso mas...não estamos mais desta forma desde o show da Taylor.—esclareço rapidamente, quero que ele saiba que não transei com Charlie depois que nos beijamos.
—A última vez foi na noite em que você teve aquele ataque de ansiedade, depois que discutimos no parque.—sou sincera com ele. Shawn concorda ainda sem demonstrar uma reação.
—Ele e Zoe são meus melhores amigos, conheço ele a bastante tempo, somos amigos embora...haja sexo. Eu vou conversar com ele amanhã sobre estar saindo com outra pessoa e esclarecer que o sexo não acontecerá mais.—o tranquilizo, espero ter tirado qualquer insegura que habita dentro dele.

Sei que também não gostaria que uma garota que ele costuma ter sexo casual viesse passar o natal com ele e demonstrar carinho. E embora fosse apenas amizade, sei que na minha cabeça só conseguiria pensar nos dois transando.

—Hey...diga algo.—sussurro enquanto acaricio seu cabelo ondulado.

—Tudo bem. Eu...só queria tirar essa dúvida.

Quero saber o que ele pensa sobre isso mas Shawn não parece estar disposto a me dizer. Será que ele quer me pedir para não transar com ele novamente embora eu já tenha dito que farei isso? Será que ele apenas não se importa? Ou será que ele se importa mas não quer demonstrar por se sentir inseguro?

Por via das dúvidas tento afastar qualquer insegurança sobre Charlie que habita nele, através do seu pescoço o puxo em minha direção até nossos lábios se encontrarem. Começo o beijo com suavidade, da forma que sei que ele gosta e que também está sendo o meu preferido. Suas mãos voltam a apertar minha cintura enquanto ele introduz sua língua em minha boca de forma lenta e provocante. Shawn mordisca meu lábio inferior com suavidade e em seguida ele pode ouvir um baixo gemido escapar dos meus lábios. Seu corpo me pressiona cada vez mais enquanto nossos rostos mudam de ângulo intensificando o beijo, contorno o interior de sua boca com a minha língua e um suspiro foi ouvido da parte dele. Ambos sentimos a necessidade de recuperar o fôlego perdido por isso interrompemos o beijo mas não deixo o clima esfriar, distribuo  diversos beijos suaves no canto de sua boca, em seguida passando a mordiscar seu lábio inferior, minha atitude fez ele apertar minha cintura com intensidade.

Quando regressamos para a boca um do outro, começando um novo beijo, sinto que suas mãos sentem a necessidade de explorar todo o meu corpo pois elas não param em apenas um lugar. Já eu percorro minha mão por suas costas flexionadas enquanto com a outra puxo seu cabelo para o deixar mais no clima. Ao fundo escuto alguma música que não tenho conhecimento tocar, suspeito ter melodia antiga o que apenas fez o momento se tornar mais excitante.
Volto a sentir a necessidade de respirar novamente e aparentemente Shawn também pois seus lábios vão perdendo o ritmo e ele encerra o beijo com mordidas provocantes.

—Eu...eu gosto de você, Carlyn.—suas palavras foram sussurradas contra minha boca.

Não. Não. Não. Não. Não. Isso não pode estar acontecendo. Não. Não. Não.

Não acredito que ele confessou o que mais tenho temido. E novamente o medo de machucá-lo me preenche. Não posso retribuir seus sentimento pois não quero sentir isso. Sabia que isso não seria uma boa ideia, deveria ter me mantido longe dele após o mesmo me beijar, deveria ter controlado meus desejos e ter ficado longe.

E então eu entro em pânico. Isso acontece quando eu abro meus olhos e o encontro me olhando esperando por uma reação minha e a reação não é nada boa. Seus olhos me encaram com tento carinho que sinto vontade de chorar.

—Eu preciso ir.—me desvencilho dele. Começo a me afastar do seu corpo e ir na direção da frente da minha casa, não consigo voltar para a festa.

—Carlyn!—ele me chama, sei que está me seguindo por isso apresso meus passos desejando ficar cada mais vez mais longe dele.

Meu peito sobe e desce, o nervosismo domina todo meu corpo e agora a música de fundo não me deixa mais relaxada como antes, penso que nem o beijo dele iria me tranquilizar após o ouvir dizendo que tem sentimentos por mim. Quero sair daqui. Quero sair daqui. O mais rápido possível. Preciso respirar.

Carlyn!—sua voz me chama novamente.

—Já tem sua resposta Shawn! Fique longe de mim.—grito sem olhá-lo e continuo a andar na direção da rua enquanto já retiro meu celular do meio dos meus seios. Não olho para ele, sei o que encontrarei em sua feição: tristeza, confusão, decepção, culpa e insegurança.

Ele não volta a me chamar e não olho para trás para saber se ele permanece no mesmo lugar ou se deu meia-volta e voltou para o quintal. Com dificuldade, pois minhas mãos não param de tremer ligo para um Uber pedindo seu serviço e em seguida mando mensagem para Charlie avisando que estou indo até seu hotel.

Por que Shawn foi estragar tudo colocando a merda dos sentimentos no que temos?

Não sou capaz de retribuir seus sentimentos pois não confio nele. Como posso dizer que gosto dele se o nosso passado continua me machucando? Não consigo confiar em alguém que no passado me destruiu emocionalmente, que me descartou como se eu não fosse nada, me usando quando eu era apenas conveniente pra ele. Se ele me machucou de tal forma uma vez fará de novo. Não estou disposta a passar por tudo aquilo novamente. Não sei onde estava com a cabeça ao me envolver com ele, após tudo o que ele me fez passar, após ter me mandado embora de sua vida como se eu não fosse NADA, como se os anos que vivemos não valesse para ele.

Não consigo.

Simplesmente não consigo.

___________________________

Sei que a narração de Carlyn está bem confusa mas é que estamos dentro da cabeça dela e nesse momento é como ela se sente. Ela o deseja mais que tudo, sabe que gosta dele, tem medo de machucá-lo porque não quer gostar dele e por favor não a culpem por não querer isso, ela quer um relacionamento com ele mas não quer. Confuso, certo? Próximo capítulo entenderão mais.

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