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Estou quebrado

"Você pode perdoar um erro mas jamais poderá apagar o sentimento de dor que esse erro te causou"
-A.S.

Atualmente,2018.

(CARLYN)

Novamente acordei com as vozes altas que vinha da cozinha e dos motores de carros e motos que passavam pela rua. No começo, pensei que dormir no sofá era questão de se acostumar e eu poderia lidar acordando três vezes na madrugada quando alguém usava o banheiro ou ia beber água na cozinha ou até mesmo em acordar às cinco da manhã por conta das vozes da vovó e minha mãe que acordam no momento que o sol nasce todavia estava errada, muito errada. Hoje é a quinta noite que durmo nesse sofá e estou pensando seriamente em ir dormir na grama do quintal, talvez seja mais confortável.

Tentei me ajustar ao sofá para tentar voltar a dormir mas a dor aguda em meu pescoço me fez levantar de vez e massagear a região com a mão.

—Eu odeio esse sofá.—resmungo.

Abaixei minha blusa que estava mostrando meu quadril por conta da dormida e calcei meus chinelos para ir cumprimentar minha vó que fazia o café, o cheiro já havia tomado conta da casa. Quando adentrei na cozinha meus pés pararam de supetão não vendo apenas mamãe e a nonna mas como Karen e Shawn também. Minha mãe se encontra limpando a louça enquanto vovó faz o seu maravilhoso café, Karen está sentada no balcão conversando sobre o cardápio de hoje com minha mãe enquanto Shawn se encontra com seu corpo apoiado no batente da porta que dar acesso ao quintal, quando o olho automaticamente minhas pálpebras se contrai e não é pela confusão dele estar na minha cozinha à essa hora mas sim por conta da claridade que ilumina a cozinha já que a porta está aberta.

Por breves segundos me sinto constrangida por ele estar tão arrumado e eu parecendo uma maluca, não que minha roupa esteja horrível, creio que estou até decente para alguém que acabou de acordar, uso uma camiseta simples na cor cinza e uma calça de pijama com estampa xadrez, o grande problema deve estar em meu cabelo que normalmente quando acordo parece que acabei de sair de uma briga com um esquilo.

Acho que deixei transparecer meu mau humor ao entrar na cozinha pois todos me acompanharam com seus olhares enquanto eu me dirijo até os armários em busca do meu melhor amigo das últimas noites.

—Querida, você sabe que tomar remédios em excesso não faz bem.—minha mãe me alerta porém continuo meu trabalho em retirar o comprimido da cartela.

—É isso ou morrer de dor.—lhe respondo seguindo até a geladeira e colocando água em um copo.

—Ou dormir na cama do quarto de hóspedes, sabe que pode ficar lá.—Karen se pronuncia enquanto tomo o comprimido. Isso não é uma alternativa.

—Oi Karen.—lhe comprimento indo até a mesma e deixando um beijo em sua bochecha logo em seguida fazendo o mesmo com minha mãe e vovó. Tenho conhecimento que o último que falta é Shawn apenas o olho e gesticulo a cabeça como se dissesse "e aí?!" ele faz o mesmo.

—Pensei que vocês já tivessem superado essa fase de não saberem como se cumprimentarem.—minha mãe diz fazendo com que meu rosto se esquente em constrangimento, a sorte é que minha pele não muda de cor como o pobre Shawn que parece que está prestes a se tornar um tomate.

—Você sabe que não quero incomodar.—respondo Karen logo antes de me sentar no balcão ao seu lado.

—Qual é querida....eu já passei noites em claro cuidando de você junto com sua mãe quando você estava doente. Não sei se você se lembra mas quando você e Shawn ainda eram amigos você passava o dia inteiro lá em casa, tomava café e ia dormir. Por que acha que passar a noite durante um mês no quarto de hóspedes será incômodo?—Karen continua insistindo e juro ter visto o Mendes coçar a nuca desconfortável.

Ele sabe o motivo de que eu não quero. Eu também sei. Tenho conhecimento de que passar algumas noites na casa de Karen não vá incomodar a mulher, tenho certeza que já lhe incomodei muito mais do que simplesmente dormir por umas noites em sua casa. Quando eu tinha entre treze ou catorze anos, lembro que durante uma semana eu dormi na casa de Shawn pois estávamos passando por uma fase que não conseguíamos ficar separados, Karen amou aquela semana que eu fiquei dormindo lá, talvez por eu normalmente ser a pessoa que conseguia impedir de Noah e Shawn discutirem já que na hora época o sobrinho dela estava morando com eles. Depois que minha mãe passou a exigir que eu voltasse pra casa, Karen ainda tentou lhe convencer ela de deixar que eu ficasse por mais alguns dias até porque eu só dormia lá e passava o dia em minha casa com Shawn.Sei que não vou incomodar Karen ou Manny, muito menos Aaliyah. Mas vou incomodar Shawn e vou me incomodar. Por mais que eu e ele não estejamos mais discutindo toda vez que nos vemos, penso que o dia no píer meio que selou a paz, ainda não somos melhores amigos e quando o olho minha mão cossa para deixar um soco no meio do seu nariz por toda a dor que me fez passar. Shawn está cauteloso comigo, nunca mantém uma troca de olhar por mais de cinco segundos, e quando estamos no mesmo cômodo ele sempre se encontra olhando para seus pés como nesse exato momento, como se caso me olhasse estaria mostrando interesse no que falo. E não quero isso na casa de Karen, esse silêncio de quando estamos juntos, nunca interagindo na mesma conversa.

—Mas eu ainda penso que vou incomodar, não me sinto confortável.—de certa forma não estou mentindo. Esse clima tenso entre eu e Shawn incomodaria todo mundo em sua casa.

—Baboseira.—outra voz entra na conversa e não preciso me virar para saber que Manuel está entrando na cozinha.

Manny sabe que não vou dormir lá por causa de Shawn. No fundo, Karen também sabe. Já que nunca me importei se eu iria incomodar eles com algo, somos família então já perdi essa vergonha à muito tempo.

Manny deixa um beijo em minha testa desejando bom dia e segue para a geladeira onde retira uma vasilha com diversos bifes dentro. Como ele não cumprimenta os de mais, concluo que ele já esteve aqui, hoje mais cedo.

Agora entendo porque todos estão em minha cozinha e está movimentado. Hoje é domingo, o que significa que teremos o churrasco durante o almoço, tradição.

(...)

Eu estou nervosa.

Muito.

Nervosa.

Fiquei com a parte mais importante do almoço de domingo. Que é temperar o frango. Todo almoço de domingo um dos membros da família fica encarregado de temperar o frango, é como uma competição, o melhor sempre foi o do meu pai—talvez por ele já ter feito curso de gastronomia— mas depois que ele foi embora para a Austrália esse título ficou com o Manny que sempre coloca um tempero diferente que o deixa meio apimentado e a carne bastante suave, ele nunca revelou qual o segredo.

Acho que desde pequena nunca busquei saber como cozinhar, talvez eu tenha me confortado com meu pai cozinheiro e pensei que nunca precisaria. Mas a questão é que agora preciso e sou péssima. Eu não sei como temperar o frango ou com o que temperar. A única solução que encontrei foi digitar "como temperar um frango" no campo de pesquisa do YouTube e assim comecei a fazer o que a mulher do outro lado da tela do meu iPhone dizia.

Primeiro passo era colocar o enorme frango em uma vasilha que o coubesse e assim fiz após lavar, não sei se lavar iria tirar o sabor porém imagino que é nojento comer sem higienizar. Logo em seguida a mulher corta o pobre frango de um tamanho que caiba a mão para poder limpar lá dentro de novamente repeti o ato.

—Por favor me diga que nossas vidas não depende de um tutorial do YouTube.—escutei uma voz soar na cozinha e logo soube que era Shawn.

—Não seja dramático, sua vida também dependeu de um tutorial do YouTube já que foi lá que você aprendeu a tocar violão.—digo ainda sem olhá-lo pois estou concentrada em retirar os órgão da pobre ave.

—Ok, você me pegou.—um pequeno sorriso se formou em meus lábios.—Minha mãe disse que era pra mim vim ajudá-la.—não demorou muito para ele se encontrar ao meu lado na pia.

—Aposto que ela já está desesperada achando que não dou conta.—digo retirando umas partes sujas de sangue do frango e às jogo no lixo.

—Na verdade não, ela disse algo do tipo "o frango ficou por conta de Carlyn, aposto que dessa vez irá superar o de Manny, afinal...tal pai tal filha".

—Oh Deus...todos estão com expectativas em cima de mim?!—o olho fazendo uma careta sofrida que fez Shawn rir.

—Veja pelo lado bom, do jeito que você é na cozinha provavelmente irá envenenar à todos e eles não terão como te julgar pelo frango horrível.—ele dar de ombros, sei que mesmo está brincando e entro em sua brincadeira revirando meus olhos.

—Uau, você quase me fez sentir melhor com a situação.—meu tom sai irônico e Shawn apenas me lança um olhar convencido.

—Okay...como está indo as coisas?—ele pergunta olhando para minha mão totalmente dentro do frango.

—Estou me sentindo um monstro, invadindo minha mão no frango sendo que eles não têm o direito de se defender.—Shawn solta uma gargalhada com o meu tom dramático e logo em seguida vai até a torneira onde lava suas mãos e depois regressa novamente para meu lado.

—Deixa eu tentar, minhas mãos são maiores.—ele diz fazendo com que eu retirasse minha mão de dentro do animal e levasse as suas até o local. Quando sua mão estava adentrando na galinha eu vi dois anéis em seus dedos e me apressei para levar minhas mão até as suas para lhe impedir e disse seu nome em um tom mais alto do que o normal mas já era tarde de mais e a mão com o anel menor adentrou na galinha.—O que foi?—ele me olha confuso ao me ver arregalando os olhos.

—Seus anéis!—falei como se fosse óbvio e logo sua expressão mudou para surpresa, em seguida ele retirou a mão o mais rápido possível.—Ok...foram apenas seis segundos, não é como se o metal fosse nos matar por esse contato de breves segundos.—digo tentando me tranquilizar mas meu desespero volta ao olhar para sua mão que antes estava dentro da galinha não encontrando o anel. Shawn parece seguir meu olhar e sentir a falta de seu anel.

—Merda,merda,merda.—ele diz repetidamente enfiando de volta sua mão para tentar encontrar o anel mas pela sua feição noto que ele não está conseguindo.

—Sua mão é muito grande, você não vai conseguir.—digo puxando sua mão de lá e colocando a minha .Sinto a carne nas pontas dos meus dedos porém nada de sentir o anel de prata.—Achei!—comemoro ao pegar o anel em baixo de uma das carnes.

Vou até a torneira onde lavo minha mão e o anel e entrego para o Shawn.

—E agora?—o suplico com o olhar em busca de uma solução.

—Hm...não tem outro frango?—nego de imediato.—Okay....não há problema se comermos, é só um anel.—ele dar de ombros e logo o olho incrédula.

—Ah claro, um anel que já passou por literalmente todo o canto do mundo, que só Deus sabe onde ele esteve, o tanto de pessoas que você cumprimentou, o tanto de celular que tocou para tirar fotos e quem sabe onde esses celulares passaram, o quanto de violões que tocaram no qual claramente já foram postos nos chão e...—ele não me deixa terminar a lista completa dos locais por onde seu anel já passou.

—Ok, entendi. Então vamos só explicar o pequeno acidente, eu assumo a culpa.—ele se encosta no balcão da pia ficando ao meu lado.

—Sem chances! No momento em que sua mãe disse "o frango hoje será por conta da Carlyn" ele passou a ser minha responsabilidade e isso incluía limpa-lo, temperar ele e deixá-lo longe de mãos com anéis. Você sabe o quanto o frango é importante para o churrasco? É como uma competição e não posso perder isso.—explico à ele. Tudo bem que estou fazendo uma tempestade em copo d'água, nossa família obviamente ficaria de boas com o que aconteceu porém sou orgulhosa de mais e não vou deixar que todos pensem que não sou capaz de fazer nem um frango sem algo dar errado.

—Eu posso fazer uma ligação e conseguir um frango pronto em vinte minutos.

—Isso não seria trapacear?—o olho franzindo minhas sobrancelhas.

—Você prefere ser a única da família que não cumpriu a tradição do frango?—ele rebate, um suspiro escapada dos meus lábios.

—Ok.—me dou por vencida e logo ele retira o celular do bolso começando a discar um número.

Shawn encomendou um frango em um restaurante do centro da cidade e acreditem que eles nem ousaram dizer o preço quando Shawn disse para quem era a entrega, eles apenas disseram que seria um prazer presenteá-lo com o frango, o que a fama não faz. Posteriormente seguimos para a frente da casa e felizmente ninguém notou já que todos estão entretidos no quintal com a conversa que trocam e as carnes circulando. Shawn e eu sentamos na calçada em frente à minha casa, temendo que o entregador do frango batesse na porta pois todos descobririam o belo fracasso que sou.

De início, eu e o Mendes permanecemos em silêncio esperando até que meu olhar voltou para suas mãos pousadas em suas coxas cobertas pela calça jeans preta e notei que o anel que ficou preso dentro do frango era o anel de compromisso dele com a Lauren. Pra falar a verdade, nunca soube o que realmente aconteceu com eles. No baile, um dia antes dele ir embora as coisas entre eles estavam estranhas, Brian comentou comigo que viu os dois discutindo e que suspeitava que haviam terminado, quando voltamos do baile eu estava ocupada de mais tentando não olhar para ele para poder perguntar sobre seu relacionamento. No dia seguinte ele foi embora e nunca mais tivemos a mesma intimidade que antes tínhamos. Na festa de Megan no ano passado eu encontrei com Lauren e a mesma me perguntou sobre Shawn o que me fez imaginar que ela não sabia que não nos falávamos mais, logo conclui que ele contaria que eu e ele não éramos mais amigos caso os dois ainda namorassem.

—Você e Lauren?—pergunto sugestivamente, o fato dele usar o anel de compromisso me faz pensar que talvez eles estejam juntos novamente. Shawn me olha com sua sobrancelha enrugada, indico seu anel com o olhar e logo ele parece notar ao que me referi.

—Ah não...não estamos mais juntos, acho que desde o baile do segundo ano. Eu apenas gosto do anel então resolvi continuar usando-o.—ele dar de ombros fazendo pouco causo.

—Uau, então vocês terminaram mesmo naquela noite.—meu olhar se encontra preso na casa do outro lado da rua, sei que ele está me olhando e isso me deixa desconfortável.

—Muita coisa aconteceu naquela noite.—suas palavras foram sussurradas e sem tardar meu corpo ficou tenso. Sei que ele está se referindo a nós e nossa discussão.

—Mas qual é....depois do baile vocês não se reencontram novamente? Não tentaram acender a chama de novo?—tratei de desviar o assunto sobre o baile e Shawn apenas negou à minha reposta.—Nem uma ficada?—insisto com um sorriso divertido nos lábios ao vê-lo corar, dessa vez Shawn não me responde o que me fez rir alto.—Então vocês tentaram depois.

—Não, não tentamos. Ela continua amiga da Megan e do Matt então claramente já ocorreu de estarmos nas mesmas festas. Nosso término foi bem pacífico então nos tratávamos normalmente, um tempo atrás acabamos por ficar mas era porque estávamos muito bêbados tanto que na manhã seguinte não lembrávamos de nada. De início pensei que aquilo estragaria tudo e que um clima tenso iria surgir mas apenas rimos muito, no final das contas foi apenas sexo e cada um seguiu com a sua vida.—ele explicou e dessa vez foi ele que manteve seu olhar no outro lado da rua enquanto eu o encaro atentamente.

—Não houve outras garotas depois dela?—mal percebi quando meus lábios pronunciaram as palavras, era apenas uma curiosidade mas sentia que a conversa estava ficando íntima de mais. Shawn permaneceu com sua feição séria e apenas deu de ombros.

—Não consigo namorar, Carlyn. Estou quebrado.—suas palavras vieram carregadas de dor e juro que senti meu coração se contrair ao vê-lo assim. Shawn se encontra com a mandíbula travada como se estivesse se controlando para não contar mais do que deveria, suas sobrancelhas estão juntas permanecendo com o olhar preso na rua e se ele me dissesse isso anos atrás eu provavelmente levaria minhas mãos para trás de sua cabeça e o acariciaria com a intenção de tranquilizá-lo mas ao invés disso apenas continuo com minhas mãos em cima dos meus joelhos e e às entrelaço antes que elas tenham vidas próprias e façam o que não deveria.

—Por que acha isso?—pergunto finalmente após um longo minuto em silêncio.

—Depois de Lauren tive muitos casos, mas isso nunca foi o bastante. Continuo sendo o mesmo de antes e detesto me relacionar com garotas por apenas uma vez. Todas as garotas com quem eu ficava eu tentava nutrir algum tipo de sentimento porém não conseguia, eu não conseguia nem ao menos deixar meu número pra elas, apenas fugia porque não me sentia conectado.—ele desabafa calmamente de uma forma que eu possa digerir o que ele diz.

Quem diria que eu estaria sentada na calçada ao lado do meu ex melhor amigo cujo odeio/odiava e estaria ouvindo ele desabafar sobre sua frustrante vida amorosa.

—Não acredito, basicamente todas as garotas do mundo querem ficar com você, uma delas você tem que ter tido algum sentimento, não é possível. Vamos lá...nenhuma fez você sentir uma cosquinha no estômago?—o incentivo à me contar, Shawn confirma, logo espero sua história.

—Ano passado conheci uma garota, ela se chama Hailey....Baldwin.—ele completa seu sobrenome de uma forma hesitante e logo arregalo meus olhos.

—Você só pode estar brincando comigo! Hailey Baldwin?! Ela é muito gata e milionária....muito milionária.—digo ainda incrédula. Agora me pergunto com quantas famosas ele já deve ter ido pra cama, será que ele já levou a Rihanna pra cama? Acho bem difícil, meros humanos não estão no patamar daquela mulher.

—Em fim...ela é literalmente uma da melhores pessoas que eu já conheci em minha vida, ela é incrível. Tínhamos o mesmo círculo de amizade então eventualmente acabamos nos conhecendo e nos aproximamos, começamos a sair juntos e à nos envolver.

—Siga logo para a parte em que algo deu errado.—Shawn sabe que não gosto de rodeios.

—Queríamos coisas diferentes. Terminamos o que mal começamos no começo desse ano, ela estava em busca de um relacionamento e logo me deu um ultimato porém eu estava viajando muito por causa da produção do meu álbum e ela estava viajando todo final de semana por conta dos desfiles, ela sabia lidar bem com isso porém eu não. Eu pedi à ela mais um tempo para pensar, eu gostava dela, se eu pudesse escolher alguém para me apaixonar seria ela porém....ela não foi paciente com o meu tempo.—sua expressão mudou para uma dolorida me fazendo concluir que o mesmo saiu machucado nessa história.

—Qual foi o desfecho?

—Uma semana depois ela foi vista beijando outro cara. Atualmente ela se encontra casada com Justin Bieber.—ele deu de ombros.

Silêncio.

Da minha parte.

Olhei bem sua expressão, ele estava brincando, só poderia. Ninguém termina um quase relacionamento e se CASA com outro em um curto tempo de um ano. Quando eu percebi que ele não estava brincando uma gargalhada alta escapou dos meus lábios, Shawn me olhou confuso não entendendo porquê eu estava rindo mas eu estava muito ocupada em levar minha mão aos meus lábios em uma tentativa de abafar a gargalhada. Não sei porquê de imediato eu fiquei surpresa, essas histórias loucas só acontece com ele.

—Cara, você foi trocado por Justin Bieber, você venceu na vida!—eu particularmente queria ser trocada por alguém como ele, o pensamento que agora ele está beijando uma pessoa que eu beijei seria reconfortante.

—Pare de rir!—ele me pediu mas o mesmo também se encontrava rindo levemente junto comigo. Tentei lhe dizer que eu não conseguia porém minha gargalhada não possibilitava. Shawn ficou lá sorrindo enquanto esperava a minha crise de risos acabar e quando ela acabou eu deitei minha cabeça em seu ombro largo enquanto tento normalizar minha respiração. Foi só quando minha gargalhada cessou que notei que minha cabeça estar repousada entre seu ombro e seu pescoço, é íntimo de mais, Shawn parece meio tenso, pra falar a verdade eu também porém eu também me sento bem após a crise de gargalhada e ter minha cabeça em seu ombro é reconfortante por isso não me retirei.

—Sua vida amorosa é bem cagada.—admito e ele apenas concorda como se minhas palavras não o ofendessem.
—De certa forma isso foi bom, se ela é incrível como você disse então ela merece ser feliz e lamento dizer mas você não daria à ela essa felicidade. Se você não estava pronto para assumir um relacionamento, agora imagina um casamento...—digo tranquilamente e Shawn diz algo sobre concordar comigo e que está muito feliz com a felicidade dela.

Isso de fato é uma das coisas que mais sinto falta nele. Esses momentos que tínhamos. Onde apenas nos deitávamos ou ficávamos sentados conversando. Me sinto em paz nesse momento, com minha cabeça em seu ombro sentindo sua respiração no topo da minha cabeça e com sua mão escorregando para cima da minha coxa onde minha mão se encontra, nossos dedos se entrelaçam em um gesto carinhoso como se ambos fôssemos orgulhosos de mais para dizer em palavras: "eu sinto a falta de sua amizade".

—Não precisa ficar dormindo no sofá por minha causa. De qualquer forma vamos nos ver todos os dias então que você não esteja com dor no pescoço quando isso acontecer.—deixo escapar uma risadinha enquanto sinto seu polegar acariciar a parte de cima da minha mão.—O que quero dizer é que não precisa ficar um clima estranho em minha casa, o máximo que pode acontecer é esbarrarmos na porta do banheiro quando formos escovar os dentes, somos adultos e sabemos lidar com isso.—suas palavras me convencem. Talvez não as palavras mas sim esse momento que de fato não parece ser de duas pessoas que se odeiam. Apenas confirmo e ele sente minha cabeça se movendo em seu ombro em concordância, não preciso olhá-lo para saber que um sorriso satisfeito surgiu em seus lábios porque no meu também surgiu.

Talvez eu não o odeio tanto como antes mas ainda tenho medo. Medo de me mostrar vulnerável pra ele e o mesmo aproveite disso para me machucar novamente, medo dele pensar que o perdoei o que claramente isso não aconteceu.

—Shawn...?—o chamo, ele faz um barulhinho com a boca como se dissesse que está escutando.—Ainda não te perdoei.—deixo claro. Da mesma forma que não quero que ele pense que vamos voltar a ser amigos, também não quero que ele crie expectativas comigo porque eu sou boa em decepcionar as pessoas.

—Eu sei,Carlyn.—ele sussurra acariciando mais minha mão como se compreendesse.

(....)

NARRADOR

Todos já haviam devorado o "frango que Carlyn fez" e elogiado bastante porém a família ainda disse que o de Manny continuava sendo o melhor o que fez Carlyn sorrir aliviada pois caso aquele frango que ela não fez passasse a ser o melhor da família sua consciência iria lhe atormentar. Karen também elogiou embora sabia que não havia ela que tinha feito. 1)Carlyn é um desastre na cozinha. 2)ela havia visto Carlyn e Shawn sentados em frente da casa enquanto supostamente ela deveria estar fazendo o frango. Aquilo fez Karen sorrir como nunca havia feito antes, eles pareciam estarem se dando bem.

Carlyn se encontrava servindo seu prato pela terceira vez colocando uma salada que seu Tio Luca havia preparado quando seu olhar caiu em Shawn do outro lado do quintal. Ele estava brincando com seu primo mais novo, no qual ele tinha que correr com uma bola enquanto Leon—seu primo de 10 anos— tentava rouba-la. Shawn estava suado então acabou retirando a camiseta branca e a jogando em uma cadeira próxima. Todos pareciam agir normalmente após ele ficar sem camisa inclusive Shawn mas havia dois olhares presos no garoto, o de Carlyn e de Karolina. Karolina estava mastigando um pedaço de carne quando viu tantos músculos e de imediato o movimento de sua boca parou, a garota já havia o visto assim em algumas fotos até porque acompanhava a carreira do cantor. Mas aquilo era surpresa para Carlyn, sabia que ele havia ganhado mais músculos pelo que pode notar mas ele estar sem roupas lhe deu a perfeita visão do que realmente era formado seu corpo.

MUITOS.

MÚSCULOS.

Era apenas isso que o cérebro da garota conseguia formular.

Seus lábios entreabriram em surpresa enquanto ela começava à lhe analizar atentamente. Shawn não é do tipo que tem músculos que o deixa enorme, ele é magro todavia bastante definido. Sua barriga é lisinha e com mais gominhos do que Carlyn era incapaz de contar e ele tinha a maldita V que não tinha fim já que sua calça escondida onde iria dar. Quando Shawn levou sua mão até os cabelos escuro para tirar seus cachos do rosto, seus músculos se flexionaram e um suspiro escapou dos lábios da garota que se sentiu ridícula com isso, era como se ela nunca tivesse visto o corpo de um homem antes. Os ombros dele são largados e malhados e mais um suspiro escapou dela ao se lembrar que sua cabeça estava deitada alí a duas horas atrás.

Patética .

Era como Carlyn estava se sentindo.

Havia visto dezenas de corpos masculinos, a maioria deles se encontravam em cima dela. Já havia visto de todos os tipos, dos mais cheinhos, dos musculosos que dava impressão de terem três metros de altura, dos magricelos, dos normais, dos malhados porém sem ter a barriga definida como Charlie, dos magros definidos como Shawn, etc. Porém nenhum deles lhe deixou totalmente hipnotizada como está nesse momento , como se caso ela desviasse o olhar do corpo de Shawn estaria cometendo um crime. Ela não conseguia. Simplesmente não conseguia e não queria. Apenas desejava admirá-lo para o resto de sua vida. Carlyn nunca pensou que diria à si mesma, mas achava o garoto terrivelmente atraente. Ele é gostoso, muito gostoso, seu maxilar bem desenhado apenas o torna mais atraente junto com suas intensas íris castanhas no qual se encontraram quase verde por conta da luz do sol, seus lábios estão avermelhados assim como suas bochechas que só ficam nesse estado por sentir vergonha de algo ou por estar fazendo algum esforço que é o caso.

O olhar de Shawn pairou em Carlyn por acaso e foi uma surpresa pra ele encontrá-la com seu olhar já preso nele e com seu peito subindo e descendo como se tivesse acabado de correr uma maratona. Carlyn desviou o olhar em questão de segundos, foi tão rápido que Shawn se pegou perguntando se ela realmente estava o olhando ou se foi só impressão. Mas ele sabia, ela estava o olhando, os olhos da garota percorriam de seu quadril até seu pescoço e ele conhecia aquele olhar, não era de alguém que simplesmente estava analisando alguém, era desejo e curiosidade?

Hey gatinha.—Carlyn foi interrompida ao sentir uma mão delicada em seu braço.

O peito de Carlyn continuava subindo e descendo em euforia pois a imagem do garoto sem camisa não saía de sua camisa e pelo canto de olho era notável Shawn lhe olhando de volta com as sobrancelhas juntas como se não tivesse entendido o que havia acontecido. Carlyn remexeu suas pernas desconfortavelmente sentindo um formigamento no meio de suas pernas. Ela soltou um suspiro frustado não acreditando que estava excitada.

—Tá tudo bem?—Eudora voltou a perguntar intensificando o carinho no braço de Carlyn. Eudora é sobrinha de Karen, filha de um dos seus irmãos, as vezes ela se encontra nas festas de família.

—Hum...sim.—Carlyn colocou um sorriso no rosto e direcionou sua atenção na morena em sua frente tentando afastar a imagem de Shawn de sua cabeça. Um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Eudora logo antes dela morder seus lábios sedutoramente. Carlyn logo entendeu o que aquilo significava.

—O que acha de subirmos para seu quarto? Estão todos aqui...o andar de cima está vazio.—Eudora propôs enquanto seu dedo brincava com a pulseira de Carlyn e propositalmente enroscava seu dedo no pulso da garota que já estava acelerado, por mais que Eudora pensasse que ela fosse o motivo, o real motivo estava do outro lado do quintal olhando para as duas garotas com o cenho franzido. O toque de Eudora no pulso da garota era íntimo de mais e havia um sorriso malicioso em seus lábios, Shawn estranhou.

—Sim.—Carlyn disse quase que de imediato pois não aguentava mais aguentar aquela sensação no meio de suas pernas.

Eudora sorriu abertamente no mesmo instante, ansiedade tomando conta de seu corpo pelo que aconteceria no andar de cima e logo agarrou a mão de Carlyn à puxando em direção à porta da cozinha que dava acesso para dentro da casa. Normalmente isso seria uma atitude de Carlyn, era sempre ela que tomava a iniciativa, inclusive era ela que puxava levando-a para o quarto mas dessa vez ela apenas foi deixada ser arrastada pois sua mente só conseguia pensar em uma coisa e caso fosse por conta própria era capaz de errar a porta do seu quarto.

Eudora e Carlyn já haviam ficado umas três vezes. Eudora era a diversão de Carlyn em festas de família já que das primas de Shawn e Aaliyah ela é a única que fica com garotas e os primos deles não lhe atrai nem um pouco, não que sejam muito, se resumem em dois, não contando com Noah já que ele customs estar afastado das festas de família, o restante são mulheres.

No momento em que as duas garotas passaram pela porta do quarto de Carlyn que agora estava sendo ocupado por Karolina, Eudora segurou o quadril da mais nova e lhe empurrou bruscamente na direção da cama fazendo Carlyn cair de costas no estofado. Carlyn estava surpresa com a atitude de Eudora, ela não costumava ser selvagem assim e em todas as vezes que as duas transaram era por iniciativa de Carlyn. A questão é que Eudora esperou todo o almoço por Carlyn, ela sempre ia até a mesma e juntas se esquivavam para o andar de cima todavia dessa vez não havia acontecido e Eudora não estava mais aguentando o tesão que estava sentindo ao ver Carlyn no vestido justo preto que usava por isso resolveu acabar logo com aquilo.

Eudora subiu em cima de Carlyn e começou a beijar a garota de forma desesperada, fazia muito tempo que não lhe beijava já que ela normalmente não se encontra nas festas de família e Carlyn nunca deu a entender que ela poderia ligar para marcarem algo juntas.

—Você é tão gostosa...—Eudora gemeu contra sua boca que se encontrava percorrendo suas mãos pelas coxas da mais velha e pelo traseiro dela. Em resposta, Carlyn apertou suas mãos na carne do traseiro da morena que estão descobertos por conta da saia ter subido para cima.

Eudora estava entreabrindo os lábios novamente para fazer algum comentário porém Carlyn não estava para papo furado e a puxou o pelo seu pescoço fazendo os lábios delas se pressionarem com fervor. A mais nova movimentava Eudora através de seu traseiro fazendo suas intimidades se comprimirem, os movimentos fizeram Eudora gemer alto e Carlyn logo se apressou para beija-lá novamente pois não pretendia que seus familiares escutassem. Claro que todos sabiam da bissexualidade de Carlyn porém ainda não sabiam de Eudora ter se descoberto lésbica recentemente e ninguém tinham conhecimento que elas transam exceto por Aaliyah.

—Você está tão calada e silenciosa hoje.—Eudora comentou contra o pescoço da garota enquanto distribuía beijos por lá.

Carlyn não estava silenciosa. Ela estava com medo. De dizer tudo o que se passavam por sua cabeça naquele momento que se resumia em um abdômen perfeitamente malhado e em um maxilar tão bem desenhado que parece ter sido projetado.

—Eu só estou muito excitada, poderia resolver isso?—Carlyn a perguntou pois a pressão em sua intimidade estava começando a lhe incomodar.
Eudora sorriu travessa se animando com a ideia e começou a se abaixar até estar na altura da intimidade da garota onde a despediu.

No andar de baixo, Shawn seguiu para próximo da casa da árvore onde Aaliyah estava se balançando em um balanço de pneu e segurou as correntes que o segurava fazendo Aaliyah parar de se balançar.

—Hum...ér...—Shawn não sabia como perguntar aquilo mas mesmo assim queria perguntar.—O que foi aquilo da Eudora puxando a Carlyn pra fora do quintal?—ele estreitou o olhar. Aaliyah estava o olhando sem entender até ele fazer sua pergunta e soltou uma risadinha.

—Não é óbvio!?—ela retrucou, Shawn deu de ombros pois pra ele não era nada óbvio.—Sexo, elas estão fazendo sexo.—Aaliyah disse como se não fosse nada de mais.

Shawn continuou lhe olhando sem entender. Como assim elas estão fazendo sexo?!

—Como...eu não...

—Você quer que eu te explique como duas garotas transam, Shawn?! Tenho certeza que você já viu em algum pornô.—o tom da garota saiu irônico, estava se divertindo em ver seu irmão atordoado.

Desde que o garoto se lembrava, Carlyn gostava e saía com meninos. De repente ele sentiu uma decepção preencher seu peito. Ele não tinha problemas com bissexualidade. A questão é que algo se quebrou dentro dele ao descobrir que Carlyn gostava de mulheres, a pequena chama de esperança que nem ele mesmo sabia que nutria havia sido apagada.

—Carlyn é lésbica?—ele perguntou baixinho.

—Não precisa falar como se fosse um segredo capital, toda a família sabe da sexualidade dela. E ela não é lésbica, ela é bissexual, gosta de homens também.—Aaliyah explicou e se segurou para não rir do peito dele relaxando como se seus batimentos tivessem voltado a bater.

Shawn se sentia mais aliviado mas detestou esse sentimento. Era pra ele estar neutro com a vida amorosa de Carlyn, não deveria se importar com quem ela faz sexo ou com quem ela se apaixona.

—E a Eudora? Também não sabia.—Shawn disse se sentando na grama ao lado do balanço.

— Aparentemente ela também não sabia. Carlyn tem essa coisa de conseguir fazer as garotas experimentarem ficar com outras garotas. Acredite...já perdi as contas de quantas garotas se consideravam héteros e Carlyn às fizeram mudar de ideia.

Shawn acreditava naquilo. Essa nova Carlyn refletia sensualidade, a forma que ela andava como se estivesse desfilando em uma passarela, seu rosto sedutor que vinha acompanhado de um par de olhos intensos que são capazes de fazer qualquer um se sentir como se tivessem sido despedido por eles, seu corpo sempre coberto por alguma roupa justa que marca bem suas curvas sutis. Carlyn em si é sexy e ele aposta que qualquer pessoa faria de tudo apenas para poder tocá-la então não dúvida que ela seduza garotas assim como seduz homens por onde passa.

—Desde quando ela é bissexual?—Shawn perguntou curioso.

—Depois que entrou na faculdade.

—Mas tipo....ela prefere garotas?—Aaliyah riu achando graça e seu irmão permaneceu estável.

—Isso é algo que apenas ela sabe. Por que está tão interessado nos gostos dela?—Aaliyah perguntou com um sorriso travesso, ela desconfiava da reposta mesmo sabendo que Shawn não diria e ele não disse, apenas deu de ombros.

Shawn não sabia da resposta mas também desconfiava. Ele não era bobo, sabia que estava atraído por ela como sempre esteve desde seus 14 anos de idade e ele ainda tentava manter a esperança dentro de si mesmo sabendo que nunca chegaria a acontecer nada entre eles, e parte sua temia que ela fosse 100% lésbica pois isso significava ter toda sua esperança pisoteada.

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Aqui está mais um capítulo ou deveria dizer "pior capítulo do livro"?

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