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Estarei em um outodoor no centro de Toronto

"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
acreditar no sonho que se tem
ou que os seus planos nunca vão dar certo
ou que você nunca vai ser alguém..."
-Renato Russo

5 ANOS ATRÁS....

Shawn e Carlyn estavam sentados nas últimas carteiras ao lado direito da janela na sala de aulas, como de costume. Era costumeiro, o casal de melhores amigos escolherem as últimas carteiras um ao lado do outro para poderem conversarem durante a aula, pelo menos nas matérias que faziam juntos. A maioria dos professores já tinham conhecimento do esquema deles até porque eram muitos anos para observar. Os dois até foram parar no conselho da escola onde Gregory Ciek—professor de matemática— ou muitas vezes conhecido como —pior professor da Pine Ridge Secondary School— alegou que era necessário a expulsão dos dois alunos pois eles não paravam de conversar. Para a tristeza de Ciek, o seu pedido não foi concedido já que todos os outros professores saíram em defesa dos dois alunos, usando argutos como: "eles conversam baixinho, não incomodam ninguém", "embora não prestem atenção na aula são bons alunos, a Olsen é a melhor na minha matéria e o Mendes...ele se esforça", "os pobres adolescentes estão estudando nessa escola desde que nem sabiam falar direito, não é justo expulsa-los". Por fim, foi decidido que ambos receberiam uma ocorrência, o que proporcionou um castigo de ficarem sem se verem por uma semana, mas um mês depois o mesmo esquema voltou a se repetir e dessa vez os professores aceitaram que não iria parar.

—Você acha que o Ian está afim da Megan?—Carlyn arriscou perguntar pra Shawn. Ela estava curiosa à respeito daquele assunto.

Aos seus olhos, Ian era o garoto mais bonito da roda de amigos que ela frequentava. Não que fossem muitos, se resumia em: Shawn, Brian, Matt, Ian e Jordan. E de mulheres eram apenas: Carlyn, Megan, Lauren e as vezes Nellie quando ela resolvia se enturmar com eles por ser uma grande amiga de Megan. Carlyn estava notando e avaliando Ian nos últimos nove meses, sim ela contou, a garota se convencia que apenas o achava bonito mas a verdade era que ela estava muito afim dele.

Na época, Carlyn ainda não sabia que Ian também havia notado ela. Ian não considerava Carlyn a garota mais bonita da escola, muito menos do grupo de amizade deles, esse título com certeza pertencia à Nellie e todos os garotos concordavam com isso. Mas aos olhos de Ian, havia algo de especial na garota, a forma que ela se comportava, não era como as outras garotas com quem convivia. Ordinariamente, as garotas que ele conhecia agiam de uma forma mais "exagerada", não que isso fosse algo errado para ele, apenas se sentia mais atraído com garotas discretas. Ele achava Carlyn gentil, educada, doce e inteligente. Gostava de garotas assim. E não tinha como negar que a inocência dela lhe atraía de alguma forma.

Carlyn considerava Ian não só um dos garotos mais bonito do seu grupo de amigos mas sim da escola também. A forma que ele se vestia era bem casual, sempre usando alguma calça jeans com rasgos no joelho ou então uma bermuda com estampa militar qualquer, sempre havia um tênis da marca vans em seus pés e sempre usava as meias amostrando, o que Carlyn não entendia de início mas ele argumentava dizendo que fazia parte de seu estilo, suas camisetas sempre eram simples sendo preta ou branca, variava de acordo com o seu humor.
Ian possuía um rosto arredondado mas não de uma forma gorda, seu lábio inferior era carnudo e sempre estava em um estado rosado, seu nariz era pequeno e redondo —Carlyn achava fofo—, sobrancelhas grossas que lhe dava um olhar penetrante por conta do conjunto que suas sobrancelhas e olhos azuis cor do oceano faziam, Ian se encontrava deixando o cabelo crescer e geralmente a parte da frente estava presa com um elástico que lhe deixava charmoso.

Carlyn já havia perdido a esperança de acontecer algo entre ela e Ian, por isso direcionou sua atenção em William que aparentava estar interessado na mesma. Ian era bonito de mais pra ela, era o que Carlyn achava. Tanto Nellie como o restante das garotas de sua escola tinha a preferência, era óbvio o interesse delas em Ian e a garota simplesmente não podia concorrer com aquilo.

Nellie obviamente estava interessada em Ian já que a cada oportunidade se encontrava distribuindo elogios à ele e acariciando seus braços mas Ian parecia não dar tanta atenção. Sua atenção era em Megan, Carlyn começou a suspeitar que ele estava afim dela pois Megan, Ian e Matt não se desgrudavam mais.

—O que? De onde você tirou isso?—Shawn perguntou horrorizado, aquilo havia sido a coisa mais absurda que aconteceu em seu dia.

—Eu não sei...eles estão tão próximos ultimamente.—ela deu de ombros. Shawn não conseguiu evitar na risadinha que saiu dos seus lábios.

—Você sabe que o Matt está apaixonado pela Megan, certo?! E também...Matt me contou hoje que ela se declarou pra ele.—Shawn explicou sussurrando para não correr o risco de alguém da classe ouvir. Não sabia se seus amigos se incomodariam com todos sabendo do sentimento deles um pelo outro.

Quase que no mesmo instante , Carlyn deixou um suspiro escapar, de alívio. Estava feliz em saber que Ian não estava interessado em Megan até porque tirando Shawn, a garota era a amiga mais próxima dela e não gostaria de ter o sentimento de inveja e ciúmes de uma de suas melhores amigas.
Mas também estava magoada com Megan, como ela não havia lhe dito que nutria sentimentos pelo Matt?

—Por que está perguntando isso?—o garoto perguntou após um tempo em silêncio, estranhando a curiosidade de sua amiga.

Shawn não era ingênuo como Carlyn. Conhecia sua melhor amiga como ninguém e os olhares que ela lançava em direção ao Ian podia passar despercebidos pelo restante do grupo mas não para Shawn. Ele só não queria acreditar que ela estivesse afim dele, até porque até então ela parecia interessada no William.
O garoto só não havia percebido que Ian também retribuía os olhares de sua melhor amiga. Inclusive, Shawn era o que impedia Ian de tomar alguma atitude em relação à Carlyn.
De todo o grupo de amigos, Ian era sem dúvida o mais observador e embora Shawn fosse bastante discreto em suas atitudes em relação à Carlyn, Ian havia percebido que ele nutria sentimentos pela garota e não queria interferir entre os dois mesmo ambos não estando juntos.

No começo, ele considerou conversar com Shawn para saber se tudo bem se relacionar com Carlyn mesmo ele tendo sentimentos por ela mas decidiu não fazer, até porque envolveria algo muito mais grandioso, como o namoro de Lauren e Shawn, algo nele dizia que nem Shawn sabia dos seus próprios sentimentos. Por fim, decidiu que deixaria Shawn perceber seus próprios sentimentos por Carlyn e caso ele e a garota não dessem certo, Ian iria tentar caso Shawn concordasse até porque uma garota não valeria a amizade que os dois tinham.

—Talvez...só talvez eu esteja afim dele.—ela disse em um tom tão baixo que Shawn quase não ouviu. A garota não olhou para seu amigo pois sentia suas bochechas esquentarem. Shawn achou graça da reação dela e riu baixinho mesmo com o aperto que se instalava em seu coração.

—Talvez?—um sorriso zombeteiro surgiu nos lábios do garoto. Ele achava engraçado o fato de que ela ainda ficava tímida ao falar de garotos com ele e não ficava tímida ao contá-lo como foi sua primeira experiência com masturbação.

—Ok, eu estou gostando dele.—a garota confessou.

Se Carlyn estivesse com o olhar erguido teria visualizado a feição do moreno transmutar por completo. O sorriso divertido que havia em seus lábios rosados se tornou uma fina linha e suas sobrancelhas decaíram assim como sua testa se enrugou.
Ele estava surpreso e...decepcionado. Carlyn já teve "quedas" por muitos garotos mas ela nunca disse com todas as palavras a frase "estou gostando dele". Shawn detestou aquele sentimento de infelicidade e ficou se questionando porquê não estava feliz por ela e até mesmo por Ian pois sabia que ambos eram pessoas incríveis e se dariam bem juntos.

—Você não estava afim do William?—ele questionou se obrigado a colocar um sorriso em seu rosto.

Para o garoto, se ela gostasse de William seria bem mais fácil pois ele era um completo babaca. Já Ian era...legal, divertido, engraçado, ele era tudo de bom e jamais conseguiriam detesta-lo.

—Estou, ele é gato e legal, apenas isso. Já o Ian...envolve sentimentos, o William é algo mais carnal.—ela explicou enquanto gesticulava sua mão direita.

Shawn não teve a oportunidade de responder de volta e agradeceu pela conversa ter se encerrado. Uma sombra alta cobriu os raios solares que atravessavam a janela que estava bem ao lado da dupla de amigos. De imediato eles olharam assim como todo o restante da turma, encontrando o Professor Ciek.

—Por que vocês não calam a merda da boca!?—ele esbravejou no segundo seguinte que se posicionou na frente da cadeira de Shawn e bem ao lado de Carlyn.

A população do Canadá é conhecida como uma das mais educadas e gentis mas claramente há sua exceções já que o Senhor Ciek não pensou duas vezes em ser arrogante. Não que justifique o que os dois alunos faziam, mas a conversa deles estava tão baixa que nem mesmo a garota com o cabelo tingido de vermelho que se encontrava sentada na cadeira da frente de Carlyn conseguia escutar as vozes dele.

—Tenho quase certeza que há alguma regra no qual te proíba de falar palavrões em sala de aula.—o garoto respondeu já irritado com a revelação anterior de sua amiga e da implicância que aquele professor tinham com eles.

Carlyn levou a mão até seu cabelo e passou pelo local se sentindo nervosa, discretamente moveu a cabeça em negação para Shawn, uma tentativa falha de repreendê-lo já que o garoto trocava olhares intensos de raiva com seu professor. Estudando desde pequena em escola pública, algo que Carlyn havia aprendido era que o aluno não tem direito a nada e que podem estarem certo na discussão porém o Professor sempre levará os créditos por ser considerado a autoridade na sala de aula.

—E eu tenho certeza que há uma regra no qual me dar o direito de expulsar um aluno protervo como você.—ele esbravejou de volta apoiando suas mãos cabeludas e enrugadas na mesa dele de uma forma que sua grande barriga fosse espremida na madeira da carteira. Shawn ficou confuso com o adjetivo que o professor havia lhe chamado todavia não demonstrou pois isso faria ele perder os créditos na discussão, uma certeza ele tinha: não era algo bom.

—Ambos sabemos que se apenas você fosse capaz de me expulsar já teria feito mas não tem autoridade suficiente pra isso.—ele foi ousado ao lançar um sorrisinho irônico ao seu professor fazendo o homem de meia idade começar a ficar vermelho.

"Meu deus, ele vai matar o velho de ataque cardíaco", foi o que Carlyn pensou no exato momento.

—De todo modo, quem sai perdendo não sou eu. Eu sou cursado aqui, eu tenho o meu próprio dinheiro. Quem está perdendo é você que não presta atenção na merda da minha aula, você Mendes....é quem não será alguém na vida.—o professor disse por fim e retirando suas mãos na carteira. Senhor Ciek tinha total consciência que se eles continuasse com aquela discussão ele iria perder a cabeça e isso poderia custar seu emprego. O homem de meia idade já havia se desencostado da carteira e estava prestes a voltar para frente do quatro porém Shawn não aceitaria aquele fim.

—Desculpe-me?! Alguém na vida?—ele juntou suas sobrancelhas em confusão.

—Shawn....pare, por favor.—Carlyn o suplicou baixinho levando sua mão até o braço dele indicando que bastava mas o garoto não lhe deu ouvidos.

—Por que todos vocês?Adultos...pensam que ser alguém na vida precisa ter uma profissão padrão?! Eu não preciso ser médico, engenheiro, advogado ou o que seja pra ser alguém. Não preciso nem mesmo de um emprego pra isso, eu já sou alguém, me chamo Shawn Peter Raul Mendes, tenho uma família incrível e amigos que me amam. Agora me diga Senhor Gregory,você....professor, estudante de Ohio e tudo, deve ganhar 5 mil dólares por mês ....mas quem você tem ao seu lado?! Algum amigo pra comemorar no final do mês ao seu lado quando recebe o pagamento? Uma família que te apoia e diz o quanto estão orgulhosos por você ser considerado inteligente?!—as palavras do garoto começaram a sair como um divertimento mas aos poucos foi mudando para uma tranquila ao ver que havia atingido seu professor.

Pickering não é uma cidade exatamente grande, por tanto, a maioria das pessoas se conhecem e sabem de sua história de vida e Shawn sabia a história do seu professor. Foi casado por dez anos mas fazia cinco anos que sua esposa pediu o divórcio pois ele se negava a ter um filho e era o maior sonho dela. Seus pais moravam em uma pequena cidade ao sul do Reino Unido porém ele raramente iria visita-los por ter uma relação péssima com os pais. Após o divórcio, sua esposa se mudou para a capital do Canadá onde se casou novamente e teve dois filhos enquanto isso Gregory passou a viver em um luxuoso apartamento no centro da cidade devido ao seu salário gordo que recebia todo mês, graças à pequena frase "Formado em Matemática na Universidade de Ohio" estampado em letras maiúsculas em seu currículo.

—Sinceramente, eu tenho pena de você garoto, uma cabecinha tão medíocre.—um sorriso maldoso rasgou nos lábios coberto pela barba do homem.—Estou curioso Mendes, me diga... o que quer ser da vida?—seus braços se entrelaçaram à cima do seu peitoral.

—Cantor e compositor.—Shawn respondeu sem ânimo, sabia que seu professor iria julga-lo por isso e foi dito e feito.

—Agora está explicado....você não vai ser alguém na vida, é por isso que defende a causa. Talvez seus pais sejam incríveis como você mesmo disse mas sabe o que eles não dizem? A verdade. E a verdade é que você nem ao menos entrará em uma universidade por isso irá precisar sobreviver com trocados que te dão enquanto você toca em algum barzinho nos bairros pobres da cidade.—as palavras do homem foram cruéis e Shawn sentiu seu peito arder, mas ele não se permitiria chorar em sua frente.—Você jamais será o que quer ser.

—Me diga...tem alguma sobrinha?—o garoto perguntou forçando um sorriso nos lábios. Gregory não compreendeu o que tinha haver a pergunta com o assunto porém apenas confirmou.—Então vejamos...quando eu terminar o colegial irei entrar em uma universidade porque sou talentoso e quando eu terminar a universidade haverá milhares de gravadoras querendo fechar contrato comigo. Em alguns anos você estará passando pelo centro de Toronto e verá um outdoor anunciando o meu show, irá implorar pra eu te dar ingressos do meu show para suas sobrinhas e eu irei dar porque tenho um coração bom, e eu conseguirei tudo isso porque sou uma pessoa boa e pessoas boas conseguem o que almejam.—Shawn disse com um tom orgulhoso de si mesmo e Gregory não impediu a gargalhada que escapou de sua boca.

—Você é patético, assim como seus pais, por isso que eles não te dão uma boa surra pra parar de sonhar alto de mais.

—Vai se fuder!—o garoto esbravejou sentindo seu sangue ferver ao ouvi-lo ofendendo sua família.

—Saia da minha sala agora!—o professor disse no mesmo tom fazendo os alunos que estavam em volta regalarem os olhos.

Shawn não pensou duas vezes antes de recolher todo seu material os jogando de qualquer forma na bolsa e se retirou da sala em passos firmes logo após deixar um beijo na testa de Carlyn se despedindo.

(....)

Carlyn se retirou da sala de biologia em passos apressados pois era a última aula do dia e desde que Shawn foi expulso da aula de matemática eles não tiveram nenhuma aula juntos. Estava preocupado com ele pois provavelmente ele recebeu alguma advertência o que resultaria alguns dias sem vê-la já que Dona Karen não brinca em serviço. Karen sempre disse que não importa se o seu filho esteja certo em alguma discussão na escola, ele sempre será castigado, pois segunda ela, escola é um local para aprender e não agir que nem um animal que não sabe debater, ela tolera tudo menos um filho que não sabe resolver as situações a base de conversa.

Seus passos eram largos pelo longo corredor com diversos alunos guardando seus materiais nos cacifos ou outros até mesmo conversando.
Carlyn se assustou quando braços lhe rodearam repousando em seus ombros, normalmente gritaria de susto mas logo reconheceu o aroma de Megan e relaxou. Não que a chegada repentina da garota houvesse sido assustadora, Carlyn apenas estava concentrada de mais em encontrar Shawn portanto qualquer barulhinho lhe assustava.

—Garota....por que está tão tensa?—Megan pergunta com humor em sua voz. Já estava acostumada de ver Carlyn séria daquela forma por isso sempre que possível zoava a garota.

—Shawn discutiu com o Senhor Ciek, foi expulso da aula e estou com medo de algo ter acontecido, dele ter sido expulso da escola ou suspenso, não sei....—a morena desabafa sentindo sua garganta falhar ao imaginar seu melhor amigo saindo da escola. E em como ele ficaria de castigo pro resto da vida. A expressão da loura mudou de divertimento para preocupação. Não consiga imaginar Shawn discutindo com alguém, o garoto sempre foi muito calmo.

—Ok, não fique preocupada à toa...—Megan avistou Brian abrindo seu armário logo à frente delas e se apressou para ir até o ruivo, talvez ele soubesse de algo.

—Você sabe se o Shawn está bem?—Carlyn disparou antes mesmo que Megan fizesse a pergunta.

—Relaxa aí iCarly.—Brian saldou a morena fazendo ela se irritar mais do que já estava. Detestava o recém apelido que haviam encontrado pra ela. Maldita série da Nickelodeon.—Sua cara metade está perfeitamente bem. O professor Ciek mandou ele para a diretoria mas o Diretor Beau ama ele, o filho da mãe saiu ileso novamente, apenas foi liberado mais cedo "como castigo", fala sério....isso nem deveria ser um castigo.—Brian reclamou em como seu amigo sempre escapava das advertências da escola sendo que o mesmo havia sido suspenso por sete dias apenas porque havia sido flagrado beijando uma garota no banheiro feminino. E Shawn que mandou o professor se foder saiu ileso e ainda foi liberado mais cedo, sendo assim perdendo três aulas.

Carlyn suspirou alto e todo o ar que estava em seus pulmões foi liberado, seus ombros caíram pra baixo e um pequeno sorriso de alívio rasgou seus lábios. Brian falou algo em despedida e se retirou, algo sobre ter que voltar rápido para casa pois precisava cuidar de sua mãe que estava doente mas Carlyn mal escutou pois ainda estava aproveitando o momento em que alívio se instalava por todo seu corpo.

—Agora você pode relaxar. O que acha de ir pra minha casa? Meu pai alugou uns filmes de terror legal, poderíamos assistir.—Megan sugere apoiando seu corpo na caixa de metal.

—Não vou, ainda estou com raiva de você. Como assim você está apaixonada pelo Matt e não me contou e como assim se declarou pra ele?!—Carlyn diz indignada ao lembrar da reposta de Shawn de hoje mais cedo. Claro que era brincadeira, jamais ficaria com raiva de Megal por não ter lhe contado algo, isso não é amizade, cobrança não faz parte. E sabia que aceitaria o convite de sua amiga para assistir filmes.

—Desculpa não ter te contado...foi tudo muito rápido. Eu vou te contar tudo.—ela diz animada e com um sorriso tão grande em seu rosto que Carlyn perguntou se era possível, a garota sorriu no mesmo instante ao ver a animação de sua amiga.

Logo a garota deu início em como começou sua atual relação com Matt.
Ian e Megan sempre foram muito amigos desde a infância por morarem na mesma rua e todos os dias iam até a escola juntos, o que claramente aproximou os dois. Ian é o melhor amigo de Matt e as vezes Matt acompanha os dois no caminho de volta para casa já que ia jogar videogame na casa de seu amigo. Megan não sabia o porquê, talvez fosse sua timidez, mas embora eles tinham o mesmo círculo de amizade, a garota e Matt não costumavam conversar tanto um com o outro como conversava com os outros. Porém quando Matt começou a ir com eles no caminho de volta, a conversa entre eles começou a surgir de uma forma sútil e bastou dois dias de caminhada que passaram a conversar sobre tudo. Megan passou a suspeitar que gostava do garoto mais do que apenas como amizade mas guardou apenas pra si, nunca foi daquelas que dividia seus pensamentos com amigas e familiares, por timidez. Na noite passada daquele dia, Matt apareceu na porta da garota confessando todos os seus sentimentos por ela e que gostaria de namorar a garota, obviamente a garota não perdeu tempo e também disse que estava apaixonada pelo mesmo. Em seguida entraram na casa da garota e Matt fez o pedido aos pais da garota que permitiram pois a menina já tinha seus 16 anos.

—Meu deus...então é oficial? Matt é seu primeiro namorado?!—Carlyn perguntou alegre. Megan confirmou dando pulinhos e então ergueu sua mão até o rosto de Carlyn, praticamente esfregando o anel no rosto dela.

—Matt me deu hoje quando nos encontramos, ele também tem um. Disse que não é de muito valor porque ele ainda não tem dinheiro pra comprar uma verdadeira joia mas ele disse que quando começar a trabalhar irá comprar um com diamante e tudo e que o próximo será quando ele me pedir em casamento.—a morena se engasgou com sua própria saliva. Eles com certeza eram rápidos, não tinha nem um dia que estavam namorando e já estavam pensando em casamento.

—Não duvido que casem.—e ela não duvidava. Diferente da maioria dos garotos da idade deles, Matt desejava casar e ter filhos e Megan sempre foi uma garota muito romântica.

—Chega de falar de mim, e o seu homem? O William...—ela sorriu travessa para Carlyn que tinha suas bochechas ganhando coloração sutilmente e em seguida olhou na direção do final do corredor onde William mexia em seu armário ao lado de uma garota ruiva.

—Ele disse que íamos marcar algo mas até agora nada.—ela soltou um suspiro em frustração ou decepção, não soube identificar na hora.

—E por que você não vai até ele para marcar?! Precisa tomar uma atitude, já faz um mês que ele disse que gostaria de sair com você.

—Eu não vou falar com ele, está louca?—a morena sentiu seu estômago embrulhar só de imaginar o momento acontecendo.

—Por que eu estaria?

—Porque...ele é o William e eu sou a...

—Você é uma das garotas mais incríveis que eu conheço.—a loira lhe assegurou apoiando sua mão no ombro magro dela.

—Estranha, cabelos ressecados, corpo horrível, sem curvas, não consegue formular nenhuma palavra quando está perto de um garoto que não seja seu melhor amigo, careta, etc, etc.—ela começou a listar tudo que detestava em si ignorando totalmente as palavras de sua amiga.

—Qual é, não seja idiota. Você é linda e não o trate como se fosse o Justin Bieber, o cara não é tudo isso pra você se sentir tão intimidada. Ele disse que queria sair com você então ele quer sair com você, fim.—Carlyn mordeu a pelinha de seus lábios se sentindo nervosa e pensando nas palavras de sua amiga, ela estava certeza. Precisava deixar sua insegurança de lado.

—Ok, me diga exatamente o que devo dizer à ele.

—Você vai chegar e cumprimentar o garoto, e depois pergunta casualmente se ele anda ocupado pois você está livre para terem o encontro do qual falaram .—a loira passa as instruções e Carlyn memoriza cada palavra para se dizer.

A morena confirma e umedece seus lábios em um ato de nervosismo antes de começar a se dirigir ao final do corredor onde William se encontrava, o armário dele era bem ao lado da grande porta de entrada e saída do colégio e Carlyn agradeceu por isso pois facilitaria ela correr pra fora caso precisasse vomitar. Carlyn olhou receosa pra trás onde Megan se encontrava observando a situação e torcendo por sua amiga, seus dentes estavam mordendo os lábios pois também estava nervosa por sua amiga mas pôs um enorme sorriso nos lábios e fez joinhas com as mãos assim que notou que Carlyn lhe olhava.

Assim que Carlyn pairou ao lado do enorme corpo de William, o garoto juntou as duas sobrancelhas estranhando a garota estar ali e principalmente por ela estar mais pálida do que costumava estar. A ruiva com mais peitos do que a idade delas permitia, estreitou o olhar para a chegada repentina de Carlyn, a garota havia acabado de interromper o flerte da ruiva com William.

—Ei Will.—a morena saldou resolvendo o tratá-lo pelo apelido, talvez assim aliviasse o clima instalado.

—Hm...Caia?Caine?Coraline? Caya?—William cerrou o olhar procurando em sua memória o nome da garota magra em sua frente.

—Ca-Carlyn.—ela disse de uma vez. O garoto fez um movimento com a boca como se tivesse se lembrado e em seguida voltou sua atenção para a ruiva peituda que estava em sua frente.

—Então...como eu estava falando, o Maxon vai dar essa festa e..—a ruiva voltou a falar mas Carlyn interrompeu se sentindo constrangida em estar sendo ignorada.

—Então....você anda ocupa-pado? Eu estive pensando na nossa con..versa no refeitório, essa semana eu estou li-livre então se tudo bem pra você poderíamos sair.—Carlyn diz logo de uma vez querendo que aquela vontade de vomitar acabasse.

Após Carlyn dizer seu nome, William ainda não se lembrava da garota mas ao ela mencionar a conversa no refeitório de imediato localizou a memória em sua cabeça e foi inevitável a risada maldosa que saiu dos seus lábios fazendo a ruiva rir também mesmo não entendendo a situação.
Carlyn concluiu que a ruiva estava rindo por ser insano a ideia de alguém como ele saindo com ela já que obviamente ele saía com garotas como a ruiva peituda e Carlyn permitiu que seus ombros se encolhessem e seus olhos brilhassem com as lágrimas, estava se sentindo humilhada.

—Ok, princesa...—William começou como se estivesse prestes a explicar uma história de dormir para uma criança.—Eu disse que queria sair com você porque naquele dia estava matando aula com meus amigos, estávamos no corredor jogando verdade ou desafio e eles me desafiaram a te chamar pra sair. Qual é Caya....não vai me dizer que acreditou que eu realmente gostaria de sair com você.—o tom zombeteiro do garoto estava presente o que foi o bastante para Carlyn deixar as lágrimas presas em seus olhos escorrerem por seu rosto.

—É-É Carlyn.—ela o corrigiu quase em um sussurro.

—Não me importo como se chama. Você realmente acreditou que eu queria sair com você, não é mesmo?—ele faz um beicinho brincando fazendo o queixo de Carlyn tremer por conta do choro.—Eu não vou sair com uma garota como você, não faz meu tipo, e sinceramente meu amor...acho difícil você ser o tipo de algum garoto dessa escola, ou até mesmo de uma garota. É só olhar pra você.

Carlyn não esperou mais nenhum segundo para ouvir o que ele dizia pois aquilo estava lhe machucando como facas jogadas em sua garganta e se apressou para passar pela grande porta da escola correndo para o mais longe daquela escola. Ignorou todos os olhares direcionados à ela que corria e tinha o rosto vermelho inundados de lágrimas. A garota só queria o conforto de sua cama.

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