Ela vale a apena?
(CARLYN)
Atualmente,2018.
Me sinto como uma lata de lixo. Imunda e horrível. Não foi certo eu ter mentido para Shawn apenas para lhe machucar todavia não me arrependo, como eu já disse, sou orgulhosa e me nego a deixar ele pensar que me machucou mesmo tendo feito isso.
Quando soube que ele e minha prima se beijaram foi como se todo o medo em relação a ele voltasse de uma vez por todas, o medo que foi afastado por Charlie mas que continua existindo e facilmente regressou.
Ao descobrir o que aconteceu tive uma pequena amostra de como eu me sentiria caso me deixasse levar por essa coisa confusa que estava havendo entre nós. Tenho medo de me envolver com ele pois sei que se eu me permitir posso me apaixonar por ele facilmente e isso me assusta pois quando você se apaixona por alguém significa permitir que aquela pessoa tenha livre acesso para te machucar. Relacionamentos são ótimos, pelo menos o que tive com Gwen foi, todavia é inevitável não se magoar mesmo que não seja a intenção de nenhum dos dois e sinceramente prefiro estar bem longe de um relacionamento do que me deixar ter o coração partido.
Na maioria das vezes sou uma garota forte, mas não posso mentir pra mim mesma, saber que ele esteve com outra pessoa enquanto estava comigo me machucou. E sei que ele se sentiu da mesma forma ao me ver saindo do carro de Charlie, exceto que a "traição" não aconteceu, diferente dele e Karolina.
Estou cansada de ser machucada por ele. Cansada de me tornar tão vulnerável quando estou ao seu lado e amar isso. Mas preciso aguentar isso até março que é quando ele vai embora, as coisas vão voltar ao normal, sem precisar me preocupar com todo o drama.
Giro o pendrive em minhas mãos. Não sei ao certo se ele já abriu meu presente, nem sei ao menos se ele pretende abrir ou se jogou no primeiro lixeiro que apareceu em sua frente após sair da cozinha, eu teria jogado caso minhas palavras fossem ditas por ele. Shawn disse que confessa seus sentimentos em relação à mim na música que compôs e me conheço o bastante para saber que no momento que ele pronunciar as primeiras palavras irei desejar largar tudo e ir para Toronto atrás dele , não posso deixar meu coração falar mais alto, preciso o usar o cérebro pois ele sim é inteligente e sabe o que faz. Por fim, acabo decidindo deixar o pendrive dentro da minha bolsa, escutarei quando ele voltar para sua turnê em dois meses, ou seja...quando estiver bem longe de mim impossibilitando que eu faça algo que resultará em dois corações partidos.
"Eu estava tão preocupada em não perder a minha diversão do final do ano que acabei confundindo o que eu sentia" eu sou tão mentirosa mas ele pareceu acreditar em minhas mentiras pois na noite passada seu olhar culpado mudou para um decepcionado. Sabia que tratá-lo como um nada da mesma forma que ele me tratou quando foi embora, iria machucá-lo por isso disse isso. Ele nunca foi apenas uma diversão garantida que eu pretendia descartar, eu gostava de passar meu tempo com ele aos beijos e nunca o usei para ter apenas prazer. Claro que eu já estava acreditada que isso iria acabar quando ele for embora mas é o inevitável, não é como se de fato eu desejasse que ele fosse ou como se tivesse algum controle sob isso.
Tratei de mudar minha postura decaída quando Karolina passou pela porta do meu quarto. Jamais deixarei ela ver que estou mal desde a noite de Natal. Aparentemente, Shawn tem cumprido sua palavra de ficar longe de eu ao máximo possível para evitar conflitos pois desde o Natal ele tem estado em Toronto, em um dos cafés da manhã Karen disse que ele está dedicado em terminar uma música do seu próximo álbum antes do Ano Novo. Nos últimos três dias tenho tentado ao máximo estar na casa dos Mendes pois assim evito Karolina mas claramente isso não tem funcionado.
Me apressei a fechar minha bolsa enquanto ela caminhou até sua mala no chão.
—Sabe...espero não ter causado nenhum problema entre você e Shawn, nunca foi minha intenção.—seu tom falso soou fazendo um sorriso divertido ser posto em meus lábios.
—Foi exatamente a sua intenção.—exagerei na ironia ao dizer. Deixei minha bolsa em cima da cama e fiquei em pé indo em sua direção. Tudo o que preciso é resolver logo esse conflito entre eu e ela, odeio ter medo de vim para a minha própria casa por medo dela falar coisas que não deveria pra minha família apenas pra me provocar.
—Escute Karolina...—começo cruzando meus braços na frente do peito, logo ela se levanta ficando à minha frente esperando que eu diga algo.—Eu realmente não sei o que se passa em sua cabeça, não sei o que você pensa que eu e Shawn temos mas o que for...você está errada. Somos amigos então qualquer provação semelhante à da noite de Natal...não irá funcionar conosco.—minto na cara dura. Um sorriso meia-lua surge em seus lábios me levando a acreditar que ela não engoliu minhas palavras.
— Está me dizendo que é coincidência você ter saído da sala aquela noite justamente após eu ter dito que nos beijamos e então ele ir atrás de você no exato momento? E então nos últimos dias ele ter literalmente desaparecido de Pickering apenas para ficar longe de você?!
—Caso você não saiba ele tem trabalho a fazer em Toronto.
—Mas isso nunca te impediu de ir pra lá para vocês se "divertirem".—sorrio desacreditada , meu sangue fervendo de raiva todavia não demonstrarei.
—Você acredita no que dizer.—dou de ombros fazendo um beicinho.
—Nós duas sabemos que vocês estavam juntos até a noite de Natal, sinto muito por ter estragado o conto de fadas.
Suspiro irritada, nada que eu diga fará ela mudar de ideia então resolvo entrar em seu jogo de uma vez por todas.
—Então nós duas também sabemos qual das duas ele realmente quer.—sorrio me divertindo. Noto sua expressão se enrijecer o que me faz dar um passo em sua direção apenas para fazê-la se sentir intimidada.—Eu sei e você sabe qual de nós ele ama beijar, sabemos qual de nós ele passa a noite inteira sem dormir pensando, sabemos quem ele pensa quando está se masturbando, sabemos quem ele acaricia por de baixo da mesa e sabemos para quem as palavras sujas deles é dirigida.—sussurro próximo do seu ouvido apenas para lhe provocar, noto ela engolir em seco e logo me afasto dela com um sorriso no rosto sabendo que dessa vez saí por cima.
—Sinto muito essa pessoa não ser você.
Me retiro do quarto antes que ela possa encontrar palavras para prolongar a discussão. Solto um longo suspiro me sentindo péssima por isso. Odeio ter que discutir com alguém por homem, na maioria das vezes não faço isso pois acho perda de tempo mas Karolina realmente tem me deixado louca.
(SHAWN)
Quando canto o trecho "Eu sou bom em manter a distância. Eu sei que você é a sensação da qual sinto falta" minha concentração é totalmente perdida e meus pensamentos flutuam até chegar novamente em Carlyn. A música não é sobre ela mas automaticamente associo, obviamente não é sobre ela pois então estaria mentindo ao dizer que sou bom em manter distância da mesma o que sei que é a maior mentira. Estou a três dias sem vê-la mas isso não é porque quero, só estou me saindo bem em ficar longe dela pois resolvi ficar em Toronto até o Ano Novo, se eu estivesse em Pickering duvido muito que eu conseguisse me controlar para não ir até ela.
Diferente de Carlyn, eu não sou orgulhoso, mesmo ela tendo me machucado com suas palavras ainda quero bater em sua porta e pedir para conversarmos mas sei que ela não quer que eu faça isso e lhe darei o espaço que precisa.
Sei que ela não falou a verdade ao dizer que não gosta de mim e que jamais gostará, quando ela mais cedo admitiu naquela noite eu vi a verdade em seu olhar, ela realmente quis admitir que também tem sentimentos por mim e só desmentiu depois porque se sentiu traída. Conheço ela e sei que a mesma faz o possível para não deixar que as pessoas em sua volta pensem que lhe machucaram, saber que beijei Karolina lhe machucou mas ela não quer que eu saiba disso. Ela é ótima em disfarçar, provavelmente acreditaria em sua postura fria se não a conhecesse o suficiente para saber que desde pequena ela sempre fez isso quando alguém lhe machucava, ela disfarçava que havia sido afetada por orgulho e medo da pessoas terem pena dela.
Já eu sempre fui o contrário, sou uma pessoa vulnerável e sei disso, quando me machuco não disfarço pois as vezes dói mais fingir que não está sentindo do que de fato sentir. Nas únicas vezes que tento camuflar meus sentimentos é para ninguém se preocupar comigo, odeio quando as pessoas com quem me importo ficam perturbados por minha causa.
Agora sei que ela desmentiu que gosta de mim apenas para acobertar seus sentimentos mas no momento isso não impediu de me machucar, principalmente quando ela confessou que eu sou apenas uma diversão para a mesma, e continua me machucando. Toda vez que fecho meus olhos ela está em meus pensamentos assim como suas palavras impiedosas que foram jogadas contra meu rosto. Saber que ela disse tudo aquilo com a intenção de me machucar feriu-me. Porque não importa o quanto eu esteja bravo com ela, jamais faria algo para lhe machucar mesmo no passado já tendo feito isso, evolui muito como pessoa e me arrependo todos os dias por minhas atitudes do passado e jamais voltaria a cometer tais ações.
Carlyn quis me machucar porque eu a machuquei e compreendo isso mesmo que eu reagiria diferente. Provavelmente apenas me afastaria como quando pensei que ela e seu amigo haviam dormido juntos, estava com cabeça quente e apenas queria me manter longe dela pois sei que se ela viesse até mim iria perdoá-la facilmente mesmo se ela admitisse que de fato dormiu com Charlie. Tenho esse problema de não conseguir sentir raiva por muito tempo de uma pessoa.
—Cara...você saiu completamente do ritmo.—minha produtora musical, Teddy, diz do outro lado do vidro apertando o botão que permite que eu ouça sua voz na cabine de gravação.
Suspiro cansado, novamente meus pensamentos me levaram à ela fazendo com que meu corpo apenas entrasse no automático e cantasse a música sem me preocupar com o que de fato estou fazendo.
—Desculpa...podemos recomeçar?—falo passando a mão por meu cabelo na tentativa de os arrumar já que os fios estão caindo em meus olhos. Teddy confirma e então volta a apertar no painel de controle fazendo a batida da música reiniciar.
Volto a cantar a música ainda sem nome mas que provavelmente se chamará If I Can't Have You, disse para Geoff que o nome é sem originalidade já que apenas peguei a frase que uso no refrão, estou tentando pensar em um melhor nome mas me conheço para saber que quando for lançar a música acabarei por usar esse nome mesmo. Odeio em como essa letra se encaixa em Carlyn, os sentimentos expressados na letra que escrevi a um mês atrás é exatamente como me sinto em relação a ela nesse momento. A música já começa dizendo que não consigo escrever uma música sem ser sobre nela o que não é mentira já que ultimamente não tenho conseguido escrever absolutamente nada sem associar Carlyn com a letra e apenas melhorei quando compus uma música sobre ela e lhe entreguei em um pendrive. Há outra parte que diz que passo todas as noites lendo mensagens dela o que novamente é uma semelhança já que nas últimas três noites tenho feito exatamente isso e me controlando para não lhe mandar algo que fará eu me arrepender.
E então a parte que tem maior semelhança, na letra eu falo "É errado eu não querer só metade?Eu quero tudo de você, 100% comprometidos" e não poderia ser mais verdade, quando eu disse a ela que gosto da mesma e ela simplesmente fugiu foi quando percebi que ela não está 100% nisso como eu estou. Não posso lhe cobrar, gosto dela a muito tempo e já me acostumei com esse sentimento mas pra ela isso é tudo novo e não posso ansiar que ela esteja pronta pra um relacionamento comigo como eu estou.
Sentimentos não correspondido em si é uma merda principalmente quando você já teve os mesmos sentimentos pela mesma pessoa anos atrás. É como se meu coração não aprendesse. Mas uma lição que tive que aprender com o decorrer dos anos foi que o mundo não acaba se uma pessoa não sente o mesmo por você pois temos muitas pessoas em nossa volta que podem nos amar e podemos amá-las de volta se nos esforçarmos. Não estou dizendo que amor não correspondido não dói, claro que dói, na verdade considero uma das maiores dores pois você se sente inútil, como se não fosse suficiente mas na verdade você só não é suficiente para aquela pessoa mas em algum lugar do mundo alguém te acha suficiente e talvez ela também seja suficiente pra você. Talvez a pessoa esteja do seu lado e você não perceba.
Eu deveria ouvir meus próprios conselhos, deveria tentar de uma vez por todas superar Carlyn, o famoso "desencanar" como Brian costuma dizer. Mas sou teimoso e algo me diz que ela vale a pena insistir, talvez seja apenas meu ego se recusando a aceitar que ela não se sente da mesma forma que eu.
—Ok...Shawn, está tudo bem?—Scott pergunta atrás do vidro só então me fazendo perceber que errei a letra da música. Seu olhar está preocupado e noto Geoff sentado no sofá massageando as têmporas, sinto-me culpado por não estar conseguindo fazer isso e perdendo o tempo deles.
—Sim, desculpa...podemos tentar novamente?—pergunto determinado a afastar Carlyn dos meus pensamentos. Teddy confirma e então a música reinicia mais uma vez.
Escrevi If I Can't Have You (não creio que realmente irei nomear assim) para a Dua Lipa. Somos amigos e ela sempre elogiou minhas composições por isso disse que gostaria muito de lançar algo que eu escrevi mas ao terminar de escrever a música percebi que daria uma ótima canção pop e acabei decidindo que iria ficar com ela. Meu último álbum foi mais um trabalho de teste onde produzi músicas diferentes do que costumo lançar pois queria ver a reação dos meus fãs, a verdade é que gostei muito de lançar músicas mais agitadas e algumas com uma pegada rock romântico mas nenhuma delas foi de fato pop como meus dois primeiros álbuns. Percebi que seria legal lançar uma música depois de já começar a turnê, sinto falta de lançar músicas com uma presença mais forte do pop que é o que mais faz sucesso em rádios. Não sei ao certo se pretendo continuar com músicas mais voltada para o pop, penso eu que irei variar bastante em meus próximos álbuns. Estou numa vibe bastante balada romântica.
Balada romântica me fez lembrar da noite eu que sai com Brian e Carlyn para uma balada em Pickering, foi naquele final de semana que percebi a volta dos meus sentimentos por ela. A memória fez novamente eu perder o ritmo da música e em seguida trocar uma frase.
—Ok, não está dando certo...vamos parar!—Teddy decreta mexendo no painel e desligando de uma vez a música e o microfone. Suspiro saindo da cabine, não adianta discutir com Teddy, ela é a dona do local quando estamos produzindo e basicamente fazemos o que ela diz sem discutir.
Adentro no estúdio de música que há em meu apartamento e logo Geoff diz não sendo nenhum pouco sútil:
—Cara, você precisa se concentrar, não vamos terminar nunca a música se você continuar distraído desse jeito.—seu tom é irritado indicando que está sem paciência, de imediato me sinto mal.
—Vou pegar um copo de água.—informo antes de me retirar do estúdio desejando um local mais espaçoso para poder respirar melhor.
Assim que meus pés pisam na cozinha já sinto o ar alcançar com mais facilidade os meus pulmões. Na maioria das vezes uso a música para diferente tipos de situações sendo para expressar meus sentimentos, me sentir feliz ou para liberar minhas frustrações. No momento tenho feito o último e não sei ao certo se isso é bom, música sempre foi minha valve de escape mas também tenho medo de apenas expressar minhas frustrações através da música e me prender a isso sendo que o que eu deveria fazer é expressar diretamente para a fonte da minha frustração, ou seja, Carlyn.
—Ei...o que está havendo?—Teddy pairou ao meu lado passando sua mão por meu ombro na tentativa de me tranquilizar. Enquanto isso levo o copo de água até meus lábios.
—Não é nada.
—Você quer mentir pra mim?—ela arqueia a sobrancelha fazendo um sorriso escapar de mim. Não sei porque ainda tento ocultar meus sentimentos dela sendo que trabalho com a mesma a tanto tempo que ela me conhece como a palma de sua mão.—Vai, me conta o que está te atormentando.—ela se senta na baqueta alta ao lado do balcão e logo em seguida bate sua mão na baqueta ao lado da sua me fazendo sentar.
Apoio meu cotovelo no mármore do balcão logo em seguida apoiando meu rosto em minha mão. Suspiro pensando no que dizer para Teddy.
—Estou gostando de uma garota.—confesso. Seus lábios se entreabrem em surpresa, ela sabe tanto quanto eu que já faz um tempo que não gosto de alguém, desde Hailey.
—A música é sobre ela por isso está sendo difícil cantar?
—Não, não é. Mas a música está descrevendo tudo o que estou sentindo no momento, eu e ela discutimos então...está sendo difícil não pensar nela.—conto mantendo meu olhar nas presilhas rosas em seu cabelo.
—Sabe qual é a solução disso, por que não tenta conversar com ela para resolver a situação?
—Porque...ela não quer me ver e também não sei se quero vê-la. Fiz algo que lhe machucou e ela disse algo que me machucou.—torço os lábios sentindo a tristeza e frustração voltar a possuir meu corpo.
—Já pediu desculpas pelo que fez?
—Eu tentei mas ela estava preocupada de mais em deixar claro em como não gosta de mim para ouvir.—é a vez dela suspirar.
—Ela realmente não gosta?—noto seu olhar preocupado com a resposta.
—Gosta, admitiu pra mim mas logo em seguida desmentiu depois de ter descoberto a merda que fiz.
—Ela pensa que a machucou de propósito por isso desmentiu, não quer te dar o gostinho de ter a iludido.
—Eu sei, ela é orgulhosa de mais e durona.
—Ela vale a pena?—confirmei sem hesitar.
Carlyn e eu não somos compatíveis, não para estarmos em um relacionamento. Seríamos aquele tipo de casal que todos olhariam e iriam se questionar "por que eles estão juntos?" pois somos tão diferentes. Ela é orgulhosa pra porra e eu sou extremamente aberto com meus sentimentos, ela é reservada com sua vida e eu basicamente estou em baixo de um holofote onde todo o mundo observa, ela é inconsequente e apenas quer se divertir enquanto eu tento ao máximo seguir as regras para não causar problemas. Até eu mesmo julgaria nós dois que jamais daríamos certos como ela costuma deixar claro mas eu quero fazer das certo. Embora sejamos diferentes e com jeitos diferentes, ela é uma das únicas pessoas que faz com que eu me sinta eu mesmo em meu próprio corpo. Ela me faz feliz, sinto-me como se pudesse abraçar a porra do mundo quando estou ao seu lado.
—Acho que não daríamos certo como um casal mas só ela faz com que eu me sinta tão feliz...por mais idiota que isso soe. Somos diferentes e acho que as vezes acabamos nos machucando por conta dos nossos diferentes jeitos de agir.
—Não precisamos encaixar para dar certo. Quando duas pessoas são diferentes e se gostam ou elas se machucam muito ou elas se entendem de uma forma que nenhuma outra pessoa poderia fazer.—suspiro pensando em suas palavras, tremo de medo só em pensar na possibilidade de sermos aquele tipo de casal que apenas discutem e acabam se odiando.—Ela é certa pra você apenas em ser a única que te faz feliz. Não importa o quanto o outro seja diferente de nós, se nos faz feliz é o certo.—Teddy diz se levantando da baqueta.—Relaxe um pouco, quando estiver pronto voltamos.—ela deixa dois tapinhas em meu ombro antes de se retirar.
Fico por mais um bom tempo na cozinha pensando nas palavras que minha amiga me disse.
Carlyn vale a pena, sei disso.
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