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Desabafo com uma estranha

(CARLYN)

Nunca pensei que um local fechado seria o mais favorável para minhas vias nasais absorver o ar ao invés de um local aberto e com bastante árvores em volta, era onde eu deveria estar nesse exato momento.

Puxo o ar respirando fundo e assim sinto meus batimentos cardíacos se acalmarem, não como deveriam estarem mas é o máximo que minha sanidade consegue fazer no momento.

Hoje é domingo, e temos a tradição de juntar a família Mendes e Olsen para um almoço no quintal de uma das casas e hoje ficou de ser na minha, principalmente por esse motivo pensei que Shawn optaria por não vir ao almoço. Primeiro porque estamos nos evitando como o diabo foge da cruz e segundo porque é na minha casa então, ou seja, onde eu estou. Mas vejo que estava enganada.

Eu ainda não havia ido até o quintal pois estava no meu quarto terminando um modelo de terno para um cliente do ateliê então todos acabaram começando o almoço sem mim, depois que desci minha mãe pediu que eu fizesse uma salada então acabei enrolando dentro da casa.

Mas Aaliyah surgiu se oferecendo para terminar a salada e que eu deveria ir almoçar com o restante da família, assim fiz. Não cheguei a pisar pra fora da casa pois no momento em que abri a porta do quintal vi Shawn colocando um pedaço de carne em seu prato e corri de volta pra dentro da casa, mais rápido do que pensei ser capaz de correr.

E aqui estou eu, me sentindo uma idiota por estar me escondendo dentro da minha própria casa. Se ele optou por estar aqui, então já estava ciente que eu estaria, o que me diz que ele está bem tranquilo com esse reencontro e talvez ele realmente esteja indo bem na missão de esquecer seus sentimentos por mim. Mas eu não estou e não posso vê-lo, não consigo.

Fico sentada no sofá, tentando controlar tanto minha respiração quanto minhas emoções, uma vez ou outra levo minha mão até meu rosto quando uma lágrima escapa dos meus olhos mas limpo tão rápido que é como se nunca tivesse existido. Estou tão cansada de chorar, desde que ele terminou comigo é como se eu tivesse me tornando numa nuvem carregada. Não aguento mais sentir essa saudade no meu peito.

—Ah...você ainda está aqui.—ouço a voz de Aaliyah, logo em viro em sua direção encontrando ela saindo da cozinha com a salada em mãos e indo na direção da porta dos fundos.

—Pois é.—sorrio ou pelo menos faço uma tentativa, logo em seguida viro meu rosto limpando uma lágrima que cai.

Sei o que Aaliyah está fazendo e isso torna apenas pior.

—Olha...eu te amo mas você poderia apenas...não fazer isso?—imploro ainda sem olhá-la, ouço ela suspirar e então a mesma se senta ao meu lado.

—Desculpa, apenas pensei que se vocês se encontrassem logo poderiam se resolver de uma vez por todas.

—As coisas são complicadas.

—Nada é complicado, vocês que complicam tudo, que merda.—lhe olho apenas para certificar se ela aparenta estar tão irritada quanto sua voz soa e sim, ela está.—Eu só...estou cansada de ver duas pessoas que se gostam não fazerem nada para ficarem juntas.

—Nem sempre precisamos fazer algo para ficarmos juntos, talvez apenas deveríamos deixar as coisas acontecerem sozinhas.

—Agora é essa a desculpa que está usando para não ir falar com ele?

—Não é uma desculpa!

—Quer saber? você está sendo uma grande idiota.—ela diz pra minha surpresa, a garota deixa a travessa com a salada no sofá e se levanta ficando em minha frente.—Você sempre teve essa coisa de sentar e esperar que seus problemas fossem embora ao invés de resolvê-los, mas adivinha? isso não funciona e eu não quero dizer isso pra você mas alguém precisa...se você não resolver logo essa situação com ele, não irão resolver nunca porque daqui alguns dias pode ser tarde demais.

—Eu sei que você está tentando ajudar mas você não entende.—sussurro tentando estar calma nessa discussão com ela.

—Talvez não mas eu tenho olhos e tudo o que tenho visto é você de coração partido e ele fingindo não estar de coração partido enquanto todos sabem que ele mal consegue se manter em pé com isso.

Desvio meu olhar para meus pés enquanto sinto meu rosto sendo molhado por outra lágrima, logo limpo.

—Eu não posso falar com ele, não ainda.

—Então o que você está esperando?

Suspiro deixando a sala em um silêncio por alguns segundos antes de responder.

—Eu sei que fazia bem à ele mas percebi que também fazia mal, não intencionalmente mas acabou acontecendo. Porque durante esse tempo ele pensou que eu não estava apaixonada e é doloroso você estar em um relacionamento onde se esforça a cada segundo para a outra pessoa retribuir de volta mas isso não acontece, e é desgastante. E agora...estou pronta pra dar tudo de mim.

—Ainda não consigo entender.

—Eu quero que ele tenha um tempo antes que eu vá falar com ele, quero que ele volte a ver como seria sua vida sem mim nela e então quando eu for atrás dele, ela consiga tomar a decisão de como será melhor sua vida, comigo nela ou não. Se eu for atrás dele agora, ele ainda estará machucado e se há alguma chance de voltarmos, creio que ambos merecemos um relacionamento sem feridas.

—Mas e se...

—Ele não quiser voltar por conta da minha demora?—pergunto imaginando que essa seja sua dúvida.

—Sim.

—Tenho certeza que ele entenderá quando eu explicar, e se mesmo assim não quiser me dar outra chance, então...acho que apenas não era pra acontecer.—sorrio murcho dando de ombros.

—Eu queria que vocês não tivessem passando por isso, vocês são tão melhores quando estão juntos.

—Eu sei...mas havia essa parte do nosso relacionamento que precisava e precisa ser resolvida. Duas pessoas podem se fazerem intensamente bem e ainda sim se machucarem, eu o machuquei, com toda essa incerteza.

—Não se sinta mal, você nunca teve a intenção de machucar ele.

—Mas fui egoísta, em nenhum momento pensei que pudesse machucar ele com esse silêncio sobre amá-lo ou não.

—Hum...olha, se você quiser, eu posso inventar alguma desculpa e você não precisaria ir até o quintal, pode ficar no seu quarto até terminar.

—Não...está na hora de encará-lo.—me levanto do sofá levando a salada junto comigo, Aaliyah tenta pegar mas não permito.—Preciso de algo pra fazer quando chegar lá, se não o clima ficará pior.—explico me dirigindo na direção da porta dos fundos o que a faz rir.

Enquanto atravesso o quintal na direção da mesa cumprida com todos sentados respiro fundo fechando os olhos mas então percebo que não é uma boa ideia pois eu poderia facilmente tropeçar e cair, o que deixaria o momento mais embaraçoso do que já vai ser. Abro meus olhos fixando minha atenção no espaço vazio em cima da mesa que há ao lado da vasilha com molho, colocarei a salada ali. Consigo perceber as pessoas em volta da mesa mas ao mesmo tempo estão embaçados pois resolvo focar apenas em algo como se minha vida dependesse de posicionar a travessa em cima da mesa.

Péssima ideia. Péssima ideia. Merda. Merda.

Shawn está em pé ao lado da mesa na única região onde a travessa cabe, mas percebo isso tarde demais. Eu poderia dar a volta na mesa mas ao me afastar ele estaria na minha frente ao invés do meu lado, as duas situações são péssimas. Viro-me pra Aaliyah, preparada pra lhe dar a travessa e deixar que ela faça o serviço mas a mesma está se encaminhando para um acento. Pisco duas vezes e então estou posicionando a salada na mesa de madeira.

As batidas do meu coração é interrompida ao mesmo tempo que sinto minha respiração parar, eu não consigo respirar. Eu poderia virar as costas pra ele e dar a volta na mesa mas esse lado protetor meu não é escutado, quando vejo já estou me virando pra ele.

Vejo o tecido branco cobrindo seu abdômen, subo meu olhar vendo o tecido justo em seu peitoral por ser mais largo esse região, meu olhar vai subindo e então vejo seu pescoço onde percebo se mover em um claro engolir de seco. Minha respiração só volta quando finalmente chego em seu rosto, ele está olhando diretamente pra mim e nunca pensei que seria tão bom mas ao mesmo tempo tão torturante ver seus olhos tão de perto novamente. Eu poderia estender sutilmente a mão que ela já roçaria em seu maxilar como eu costumava fazer de tão próximos que estamos. Me pergunto se ele gostaria também de tocar em alguma parte minha se não estivesse segurando o prato no ar.

Não sei ao certo o que se passa em sua cabeça. Shawn sempre foi muito fácil de se ler, através de suas expressões, mas olhando agora para seus olhos não consigo decifrá-lo, tudo o que vejo é ele mexer os lábios e piscar em uma ação de nervosismo. Como se ele soubesse que eu estivesse implorando por uma reação, ele enruga levemente a testa, e a percorrida que seu olhar dar por todo meu rosto me leva a crer que ele está também procurando algum vestígio de como encontro-me sentindo.

Bem...eu estou com saudade mas ao mesmo tempo magoada. Magoada por saber que o machuquei, em saber que não fiz ele se sentir totalmente amado como eu me sentia quando estava com ele. Mas também magoada pela forma que ele terminou, não magoada por ele ter terminado mas sim pela forma que ele fez isso, não me dando a oportunidade de expressar também meus sentimentos. Tudo o que ele precisava ter feito era pedir pra mim ter sido sincera sobre meus sentimentos, caso contrário me deixaria. Ao invés disso ele decidiu terminar de uma vez por todas sem buscar saber o meu lado, tirando conclusões precipitadas.

Respiro fundo ao mesmo tempo que ele, ambos percebendo que não podemos ficar pra sempre presos nessa bolha.

—Hum...hey.—ele diz, sua voz quase não sai, vejo ele engolir em seco.

—Oi.—minha voz sai tão fraca quanto a dele.

Espero ele se sentar ou voltar a se servir mas não faz e eu também não vou me sentar, simplesmente não consigo fazer nada a não ser olhá-lo. Seus cílios batem lentamente e ele dar uma respirada tão cansada que juro que vai finalmente quebrar o contato visual mas ele continua me olhando. Uma parte minha implora pra ele me olhar pra sempre, continuar me olhando como se eu fosse a única pessoa no local pois senti tanta falta disso mas ao mesmo tempo quero apenas que ele quebre isso para eu finalmente ser capaz de respirar pois meu corpo basicamente não tem senso de sobrevivência e por ele eu morreria sem respirar pois ainda não não mandaria a informação pra me mexer.

—Olha! essa salada parece tão gostosa, como você fez ela querida?—nossos olhares finalmente são desviados para a mulher do outro lado da mesa, Karen sorri forçadamente assim como sua frase soou.

—Hum...—pigarreio testando minha voz.—Aaliyah que fez, na verdade.—finalmente consigo mover meu corpo para o acento mais longe de onde estamos, presumo que seja onde Shawn está sentado.

Vejo Manuel coçar a nuca parecendo tão desconfortável quanto nós, Karen aborda Aaliyah com perguntas de como ela fez a salada numa tentativa falha de deixar o quintal num silêncio desconfortável. Minha mãe sentada ao meu lado leva sua mão até a minha e aperta me lançando seu típico sorriso de mãe como se quem dissesse "você foi bem".

—Ok...isso não foi nada estranho.—Taila ironiza do outro lado da mesa, sei que sua intenção não era fazer todos ouvirem mas é inevitável.

Não a culpo, está apenas falando a verdade.

Será um longo almoço.

(...)

(SHAWN)

Não olhá-la durante todo o almoço foi uma das coisas mais difíceis pelo qual passei nos últimos dias e falhei miseravelmente. Passei todo a refeição tentando me concentrar no que minha família dizia ou até mesmo em minha comida mas embora eu não estivesse lhe olhando fixamente, meus pensamentos e minha atenção giravam em torno dela. Foi difícil até mesmo de comer com ela por perto, eu sentia esse caroço em minha garganta que me fazia querer vomitar toda vez que eu forçava algo e minhas mãos tremiam de nervosismo.

Durante a refeição, nosso pais e irmãs até fizeram um ótimo trabalho em preencher o silêncio pois nós dois mal falávamos mas ainda sim foi um almoço desconfortável, todos pareciam olhar entre nós dois como se estivessem checando.

Ao decorrer do almoço, eu me certificava dela estar concentrada em comer pra que eu pudesse lhe olhar, de alguma forma matar a saudade que sinto. Houve um momento em que Taila começou a contar uma história engraçada que deixou todos animados e com os olhos presos nela, inclusive Carlyn, o que eu logo aproveitei para lhe observar. Fiquei durante quase um minuto lhe olhando, ela estava rindo quando desviou o olhar de Taila para mim e automaticamente seu riso cessou, era pra eu ter desviado o olhar no momento em que fui pego mas simplesmente não consegui. Ela me olhava de volta e eu conseguia sentir a saudade também sendo transmitida através do seu olhar, Carlyn pareceu ficar nervosa de uma forma que não aguentava pois bruscamente se levantou da mesa e disse que precisava terminar um terno que estava fazendo, foi questão de segundos pra ele correr para dentro de sua casa.

O clima ficou estranho quando ela saiu, como se todos já soubessem que era minha culpa, me olharam perguntando o que havia acontecido, não consegui fazer nada além de me levantar e dizer que precisava voltar para Toronto.

Então...é, acho difícil nossa família voltar a estarem juntos com nós dois no meio.

—Cara, vamos sair.—Brian anuncia passando pela porta do meu apartamento, logo atrás vem Jon e Matt, invadindo totalmente minha casa. Por que mesmo eu dei a chave pra ele?

—O que?

Honestamente, não estou muito afim de sair do meu apartamento mesmo que seja uma sexta à noite. E também porque estou vestido com uma calça de pijama e moletom e eu precisaria tomar um banho e me arrumar, o que também não estou disposto a fazer, estou a quase duas horas lutando contra ir até a cozinha para preparar algo pra jantar mesmo estando morrendo de fome.

—Você ouviu ele, você precisa sair desse fossa.—Matt vai até o interruptor da sala ligando a luz e logo uma dor de cabeça me atinge por já ter me acostumado com o escuro.

—Desculpa por vocês terem feito todo esse trajeto até aqui mas não estou afim.—digo batendo meus dedos contra o violão que está em meu colo.

—Exato e como seus amigos, é o nosso dever te obrigar a sair mesmo não estando afim.

—Desculpa caras mas não tem como eu ir, Alessia está vindo pra cá.

Alessia se encontra em Toronto e daqui dois dias ela já voltará para Brampton, sua cidade natal, para ficar alguns dias com sua família antes de termos que viajarmos para Amsterdã onde ocorrerá o primeiro show da minha turnê que ela fará a abertura. Eu falei com ela sobre a música que recentemente escrevi e gostaria que fizéssemos uma parceria, então logo combinamos dela vir até meu apartamento para compormos a parte que ela cantaria até porque como será um dueto, a parte dele precisa ser uma resposta ao que eu canto e não consigo entrar na cabeça de Carlyn para escrever essa parte, então Alessia irá me ajudar a escrever uma resposta mesmo que não seja a realidade. Eu só acho que inventar a forma que a Carlyn se sente partindo de mim não é algo que eu seja capaz de fazer.

—Que merda.—Jon resmunga se jogando no sofá ao meu lado, logo Brian faz o mesmo se sentando do meu outro lado percebendo que eles fizeram uma viajem perdida vindo até meu apartamento.

Alessia escolhe justo esse momento para me mandar uma mensagem avisando que não terá como vim essa noite mas que irá vim amanhã depois do almoço. Meu celular está em minha coxa então quando a tela brilha com suas palavras, me apresso em desligar a tela mas já é tarde demais pois Brian viu.

—Ótimo, ela não irá vim, levante!—o mesmo se levanta do sofá.

—Eu não quero sair.

—Mas você precisa. Sabemos que é horrível passar por um término mas você irá começar a turnê em alguns dias e não sabemos qual será a próxima vez que iremos te ver.—Matt diz referindo a ele e o Jon.

—Não podemos passar um tempo juntos aqui no apartamento?—torço os lábios.

—Aqui vai a verdade, não queremos sair pra passar um tempo com você mas sim para te ajudarmos a esquecer a Carlyn.—o ruivo diz logo a real.

Eu poderia até me ofender com ele sugerindo ajuda pra eu esquecer minha ex namorada mas é exatamente o que tenho tentado fazer nos últimos dias, o que não tenho tido muito sucesso.

—Não esquecer...esquecer, não queremos acelerar esse processo até porque é impossível esquecer alguém pelo qual você está apaixonado. Apenas queremos te distrair pelas próximas horas, você só precisa parar de pensar nela por um tempo e ver que nem tudo é ficar dentro de um apartamento no escuro compondo sobre ela.—Jon que é mais empático com a situação diz.

Suspiro alto me deixando ser vencido e levanto-me indo na direção do meu quarto para tomar um banho o que faz todos eles gritarem em comemoração. Eles tem razão, talvez tudo o que eu precise no momento é me divertir com meus amigos e beber algumas cervejas para tirar ela da minha cabeça, nem que seja por apenas algumas horas.

(...)

No momento em que entramos no bar, sinto vontade de dar meia volta e correr para meu apartamento.

Eles escolheram justamente o meu bar favorito em Toronto que é basicamente como nossa segunda casa de tanto que frequentamos aqui, sei que foi uma tentativa de me animar mas não funciona muito. Principalmente quando o primeira pensamento que surge é a memória da primeira vez que trouxe Carlyn aqui dizendo que é o melhor bar de Toronto, eu fiz todo um tour pelo local com ela e no final daquela noite demos vários amassos contra a mesa de sinuca.

Dessa vez, a música alta que o DJ administra não me anima tanto quanto costuma, na verdade, toda essa música e esse jogo de luz me incomoda no momento em que adentramos.

—Eu amo esse lugar.—Jon grita sorrindo enquanto olha em volta do local.

Faço o mesmo, vendo que hoje está tão bem frequentado quanto nas noites anteriores. Enquanto passamos, algumas pessoas batem em meu ombro como se fôssemos amigos a séculos mas nunca vi essas pessoas, isso não me impede de sorrir em suas direções como se eu os conhecesse. Jon e Brian vão diretamente para a mesa de sinuca enquanto eu e Matt nos dirigimos até o bar.

—Olha quem temos aqui.—Louis, um homem mexicano que é dono do bar diz vindo até nós. Logo sorrio me sentindo mais animado ao vê-lo, quando estou em Toronto venho tanto aqui que acabei fazendo amizade com o homem.

—E aí cara, como está?—o abraço brevemente por cima do balcão e ele logo faz o mesmo com Matt.

—O mesmo de sempre...apenas trabalhando, inclusive...minha avó conseguiu o visto de visitante.—ele conta animadamente o que logo em faz sorrir, realmente feliz por ele. Da última vez que estive aqui, Louis me contou que sua vó estava tentando conseguir o visto para vim lhe ver, fico feliz que não tenha sido tão complicado pra ela conseguir, felizmente Canadá não é rígido com imigrantes como o país do lado.

—Sério? isso é ótimo, ela vai ficar por muito tempo?

—Ainda não sabemos, ela vai passar algumas semanas pra ver se gosta e então talvez venha morar comigo de uma vez por todas.—sorrio feliz por ele, Louis é muito apegado a sua vó pois é o único familiar que tem já que nunca se casou ou teve filhos.—Então...são apenas vocês hoje ou as chicas vieram?—ele indica Brian e Jon com a cabeça.

Engulo em seco pois a última vez que vim aqui apresentei Carlyn como minha namorada mas honestamente não estou no humor de explicar que terminamos. Matt parece perceber minha tensão pois toma a frente.

—Não...hoje é a noite apenas dos garotos.

—Bem, se for assim, então precisam aproveitarem, a mais forte?—ele sorri travesso, Matt dar de ombros.

Não demora muito pra Louis sair e voltar com uma garrafa de algum tipo de bebida, ele coloca em dois pequenos copos pra mim e no momento que viro sinto uma queimação fora do normal em minha garganta fazendo com que eu faça uma careta pela amargura.

—Mais uma?

—Eu vou ficar apenas com a cerveja mesmo.—digo pois o que menos quero é optar pelo lado da bebida na tentativa de esquecer meus problemas e não posso ficar de ressaca amanhã, preciso estar bem para compor com Alessia.

Louis volta com duas cervejas, uma pra mim e outra para Jon que sei que ele prefere também e trás uma garrafa de tequila e dois copos para Matt e Brian.

Por um tempo, jogo sinuca com os rapazes e até dou umas boas gargalhadas nesse momento pois é simplesmente hilário ver a competitvidade de Brian. Depois danço um pouco ou pelo menos tento e por fim vou para o canto do bar ficando um pouco atrás da mesa de sinuca e me sento numa cadeira começando a mexer no celular.

Cheguei ao fundo do posso, é oficial. Estou num bar com bebidas e música agitada em volta mas opto por ficar no escuro mexendo no celular enquanto olho as fotos que há na minha galeria com minha ex namorada. Isso me faz lembrar da publicação com uma sequência de fotos dela que Andrew fez, como forma de eu me pronunciar sobre os boatos de estarmos namorando ou não. Apaguei assim que terminamos pois não havia motivo para manter a publicão e vejo que agora meus fãs já estão especulando sobre o possível fim do nosso relacionamento.

Estou prestes a voltar a ver as fotos que tiramos juntos quando sinto a presença de alguém do meu lado me fazendo erguer o olhar na direção do corpo encostado na parede logo ao meu lado. Há uma mulher loira com um sorriso convidativo ao lado do meu corpo e piscando seus longos cílios em minha direção, torço meus lábios e franzo a testa em confusão pois não a conheço.

—Oi?—sai mais uma pergunta do que um cumprimento, ela parece gostar da minha confusão pois ri baixinho.

—Você é um fofo, me chamo Betty.—ela oferece sua mão, logo olho vendo suas unhas compridas pintadas de vermelho.

—Prazer, Shawn.—aperto sua mão.

—Então...—sua mão segue para meu ombro onde percorre suas unhas em um ato de flerte.

Não vou mentir e dizer que a mulher não é bonita, porque estaria mentindo. Seus cabelos são compridos em uma tonalidade de loiro pintado, lábios bem preenchidos que deve atrair muitos homens em sua volta e olhos azuis marcantes mas depois que me viciei nos castanhos de Carlyn, parece que todos os olhos de outra cor perderam a graça pra mim. Seu corpo é repleto de curvas e tenho quase certeza que seus seios são devido a algum procedimento estético. Ela é bastante atraente mas quando suas unhas percorrem meu braço, não sinto nada.

—Seu amigo...—ela diz de forma arrastada enquanto indica Brian com a cabeça, olho na direção vendo Brian que ergue o copo em minha direção como cumprimento.—...me disse que você está passando por um término doloroso e que precisa ser distraído.—sua voz se torna cada vez mais arrastada, sinto vontade de pedir a ela pra falar normalmente pois isso não está me excitando.

—Ah...é claro que ele disse.—sorrio desacreditado, típico de Briar encontrar uma garota pra jogar em cima de mim ou na minha cama, para ser mais específico.

—Então...você vai me deixar te distrair?—ela soa como uma atriz pornô.

—Sinto muito mas...não é necessário.—tenho sorrir gentilmente pra ela, a mulher pisca confusa.

—Ok, então... você terminou com ela ou ele terminou?

—Eu terminei.—sua confusão parece aumentar enquanto ela recolhe a mão do meu braço.

—Então você não está com o coração partido, qual é o problema então?

—Só porque eu terminei não significa que eu não tenha saído machucado.

—Ok, isso é realmente confuso.—ela diz se acomodando no acento ao lado.

Suspiro fundo me preparando para contar a história já que ela parece estar esperando ouvir.

(...)

—Deixa eu ver se eu entendi.—ela me interrompe parecendo incrédula.—Você basicamente terminou com a garota que está apaixonado desde os 16 anos por...

—Desde os 15, talvez 13, sou apaixonado por ela a muito tempo mas acho que só vim perceber aos 15.—interrompo lhe explicando.

—Ok, você terminou com a garota que está apaixonado desde os 15 anos porque simplesmente concluiu sozinho que ela não sente o mesmo?

—Ela nunca disse de volta!—me defendo, Betty pisca incrédula.

—Meu Deus...você é um idiota. Quer dizer que você disse que é apaixonado por ela no momento em que percebeu isso?—ela cruza os braços arqueando a sobrancelha em desafio.

—Não...quando éramos amigos eu nunca disse então acho que demorou...—torço os lábios fazendo as contas.—6 anos para dizer.

—Ah meu Deus! isso está tão errado, não sei por onde começar.—ela arranca a cerveja das minhas mãos levando até seus lábios e bebendo.—Você foi extremamente errado em terminar com ela dessa forma, você não sabe se ela é apaixonada por você, não dizemos tudo o que sentimentos, você diz?

—Não.

—Exato! eu conheço esse tipo de garota...ela quer evitar sentir.

—Ela é assim e mesmo que eu a ame, não é o que eu quero lidar no momento, sinto a necessidade de ter alguém que não tenha medo de me amar.

—E você não está errado, mas deveria ter conversado com ela como você se sentia.

—Eu só estava com medo de que se eu permitisse que ela falasse, iria esquecer para o que estava ali e iria continuar com ela sem pensar duas vezes.

—Deus...você é péssimo com mulheres.

—Eu sei.

—Por que não vai atrás dela?

—Porque se eu for é como se eu estivesse deixando de lado o fato deu querer alguém que esteja disposta a me amar e estivesse aceitando de volta apenas metade dela.

—Isso é tão confuso.

—E eu também entrarei em turnê em alguns dias e simplesmente não podia ir viajar com aquela incerteza de que ela não se sente como eu me sinto, de qualquer forma iríamos acabar terminando.

—Sabe...—ela suspira com um pequeno sorriso nos seus lábios.—Eu acho que o que vocês tem ou tinham é algo muito incrível. Não estou sendo convencida mas cara...olha pra mim, você me rejeitou mesmo estando fora de um relacionamento apenas levando em consideração os seus sentimentos.—gargalho alto.—E vai por mim, já fiquei com muitos idiotas que tinham acabado de sair de um relacionamento e estavam com o coração partido mas não impediriam eles de tentarem entrarem em minhas calças.—ela faz uma pausa para beber da minha cerveja que a essa altura nem é mais minha.—Ou seja, você realmente ama essa garota e pelo que você me falou sobre ela, não duvido que ela sinta o mesmo, ela parece ser apenas o tipo de garota que não sai gritando isso então eu acho que você fez errado em terminar sem conversar com ela, e você deveria ir atrás dela.

—Eu não sei...

—Você tem alguma foto dela? preciso de um rosto pra imaginar nas histórias que você está me contando.

Pego meu celular do bolso e abro a última foto que tirei dela que foi na viajem para Miami. Dou meu celular para Betty que começa a analisar a foto que tirei. A foto mostra Carlyn trajando um vestido simples na cor preta que marca todo seu corpo e deixa suas pernas expostas, ela estava com as costas apoiada nas paredes do elevador e há um sorriso animado em seu rosto, ela passa para o lado vendo outra foto no mesmo local mas agora ela está mais próxima pois no momento ela se encontrava me abraçando pela cintura enquanto eu tirava a foto do alto.

—Porra...ela é gostosa.

—Ela é.—sorrio vendo a foto junto com ela.

—Caralho...só uma curiosidade, ela fica com mulheres também?—ela pisca inocentemente, gargalho tirando o celular de sua mão em um ato ciumento já que ele não para de secar Carlyn.

—Ela fica.

—Seria muito errado eu pedir o número dela? você sabe...já que o lance de te distrair não funcionou, poderia funcionar com ela.

—Ah claro.—ironizo.—Vai tirando o cavalinho da chuva.—ela gargalha.

A mulher estava prestes a me responder quando vejo Brian do outro lado da mesa de sinuca fazendo um gesto pra mim ir até ele, logo peço com licença indo até o mesmo que me olha incrédulo quando chego.

—O que diabos você pensa que está fazendo?

—Como assim?

—Eu mandei a...Bella ou Bethany, não sei...para você ficar com ela, está demorando demais no papo, parta pra ação, vocês estão tipo a uma hora conversando.

Estou prestes a responder quando Betty para ao nosso lado me olhando.

—Estou indo buscar uma cerveja pra mim mas quando voltar quero que você me conte sobre a vez em que disse que estava apaixonado por ela.—sorrio confirmando vejo ela sair mas logo paro vendo o olhar de reprovação no rosto de Brian.

—Por favor...me diga que ela não está se referindo a Carlyn.—ele respira fundo.

—Ela é uma ótima ouvinte.—estreio os ombros.

—Inacreditável, eu te mando a garota pra você transar com ela e ao invés de estar investindo na última hora, você estava falando sobre a sua ex?

—Cara... eu sei que você tem ótimas intenções mas o que menos preciso no momento é dormir com desconhecidas pra esquecer Carlyn.

—Mas esse era o plano. Você terminou com ela pra esquecê-la, juro pra você...eu apoio vocês dois então se você me dissesse que quer voltar, eu moveria montanhas pra ajudar isso a acontecer mas como você disse que quer esquecê-la, estou movendo montanhas pra fazer isso.

—Eu não preciso de ajuda pra esquecê-la, apenas preciso esperar isso acontecer naturalmente. Ao invés de me apoiar fazer a coisas que você sabe que não faz parte de mim, por que apenas não fica do meu lado como meu amigo, defendendo o que acredita ao invés do que acha que eu preciso?

—Se eu for defender o que acredito, não ajudará muito.—franzo as sobrancelhas.

—E o que você acredita?

—Que não deveria ter terminado com ela.—suspiro.

—E por isso resolve empurrar mulheres pra cima de mim?

—Pensei que era o que você precisava.

—Bem...não é.

—Eu sei...desculpa. Fui idiota em pensar que você dormiria com alguém ainda estando apaixonado pela desaforada.—sorrio pela forma que ele cita Carlyn.

—Você nem tenta disfarçar que gosta dela.—provoco, ele revira os olhos.

—Detesto ela mas sei que ela te faz bem então apoio vocês.

—Você adora ela, sua boca não vai cair se admitir.—implico com ele.

—Ok...ela é legalzinha.—finalmente admite me fazendo gargalhar.

Logo Betty surge me fazendo voltar para os acentos de antes o que me faz passar o resto da noite contando meus momentos com Carlyn, o que por incrível que pareça me faz sentir melhor.

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Ain gente, está tão perto do final e não estou preparada para dizer tchau a eles dois

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