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Chuva e Vinho

"Então, pegue uma bebida para mim, amor
Vamos passar a noite acordados
Então me beije onde coloco
Minhas mãos sob suas bochechas"
-One Direction

Atualmente,2018.

—Você sente muita falta dele?—Shawn perguntou após Carlyn ter contado uma memória sua com seu irmão Apólo.

—Todos os dias.—ela sorriu triste e em seguida levou a taça de vinho até seus lábios dando uma tragada.—Em alguns dias dói mais, em outros a dor é tolerável mas ela sempre está aqui.

—Eu também sinto muita falta dele.—ela franziu a testa.

—Você sente?—Shawn confirmou fazendo ela voltar a beber o líquido vermelho pois não sabia o que responder mas Shawn soube que ela estava o julgando, seu silêncio confessava isso.

Nunca se passou pela cabeça de Carlyn que talvez Shawn sentisse a falta de Apólo, eles também era próximos, Shawn era mais próximo dele do que de Taila e o considerava com um irmão mais novo.

Quando Apólo faleceu pensou que Shawn ignoraria o trato deles de não se verem mais, iria simplesmente deixar a briga entre eles de lado e voltar para Pickering pois tanto a família Olsen como sua família precisavam dele. Carlyn sabia que embora Shawn houvesse lhe machucado ele ainda era o mesmo garoto que amava por isso iria comparecer ao enterro de Apólo porque o garotinho era como um de seus irmãos. Mas Shawn nunca apareceu, e no meio de tanta dor e angústia ela se apegou na esperança que talvez ele estivesse preso em sua agenda mas que iria para Pickering assim que possível mas uma semana se passou e então duas, e então um mês e o tempo de esperança se tornou um ano.

Carlyn ficou com raiva, muita raiva, até hoje não consegue acreditar que o rapaz não compareceu ao enterro de seu irmão.

Ela ergueu seu olhar para Shawn sentindo seus olhos marejarem ao lembra-se daquela época. Olhando para o rapaz em sua frente se perguntou como foi possível ela ter baixado a bola com o mesmo após toda a dor que ele lhe fez passar.

Onde eu estava com a minha cabeça? Ela se questionava, parecia que a mesma tinha esquecido todo o passado e resolvido seguir em frente como se Shawn fosse uma pessoa nova que acabou de conhecer mas agora ao lembrar de um dos momentos que mais o odiou não sabe como simplesmente consegue estar do lado dele bebendo vinho e fingindo que nada aconteceu.

—Eu preciso ir embora.—sua voz soou embargada pelo nó que se formou em sua garganta. Só queria ficar longe dele, o mais rápido possível. Olhando para ele agora só conseguia relembrar da mesma perguntando para Karen se ele viria ao enterro e a mãe do garoto abaixando o olhar como se dissesse "eu sinto muito".

—O que?—ele gaguejou ainda surpreso.
—Está chovendo. O que houve? Eu fiz algo de errado?

—Sim, você fez.—ela confirmou deixando a taça na mesinha e se levantando do sofá junto com a coberta que Shawn havia trazido para a mesma.
—Há muito tempo atrás.—ela jogou a coberta em cima dele sentindo a raiva tomar conta do seu corpo, na cabeça de Carlyn ele não poderia agir dessa forma todo prestativo com a mesma sendo que há anos atrás ele foi a pessoa que mais lhe deixou mal.

—Espere!—ele se levantou rapidamente quando ela tentou passar pela porta de vidro e entrou em sua frente segurando seu braço na tentativa de não deixá-la sair.—Tudo bem, você pode ir embora, se quiser eu te levo mas não antes de me explicar porquê quer ir embora do nada. Me diga o que eu fiz de errado para poder consertar. —a garota olhou nos olhos dele vendo a preocupação e desespero estampado mas só conseguia pensar em sair de perto dele, sentia seu peito ficar sem ar e a culpa de ter se reaproximando dele lhe dominar, simplesmente não podia fazer isso com Apólo.

—Eu simplesmente não posso. Eu e você...não podemos continuar com isso.—ela indicou o sofá e o vinho com a mão, Shawn percebeu o quanto ela se encontra agitada e retirou a mão de seu braço ao perceber que ela não se retiraria do local.

—O que? Por que?—perguntou ainda confuso, não via problema em eles estarem conversando enquanto bebiam.

—Quando Apólo morreu você não voltou para Pickering, não foi para o enterro dele e eu simplesmente não consigo esquecer isso.—sussurrou não querendo alterar seu tom pois assim acordaria Zoe.

—Carlyn...

—Deixa eu terminar.—ela ergueu a mão interrompendo ele, Shawn suavizou sua expressão deixando claro que ela poderia prosseguir.—Eu gosto de estar com você, eu realmente gosto por isso que decidi esquecer o passado mas algumas coisas...eu não consigo. Não consigo esquecer o fato que eu precisava de você, minha família e a sua família precisava e você não estava lá. Eu....Apólo morreu! Não foi um evento onde você poderia escolher ir ou não, foi a morte de alguém. E você simplesmente preferiu continuar com seu trabalho ao invés de voltar para Pickering por ele. Eu não consigo esquecer isso e continuar aqui com você...porque embora tenha doído o que você fez comigo quando foi embora, doeu mais o que você fez com Apólo.

—Carlyn...eu não sabia.—ele suspirou em pesar, a garota juntou suas sobrancelhas.—Quando fizemos o acordo de nos mantermos longe um do outro eu quis te excluir da minha vida porque...eu simplesmente não conseguia ter notícias sobre sua vida, saber o que estava acontecendo em sua vida me machucava porque eu só queria ter sua amizade de volta mas sabia que você nunca iria me perdoar. Então pedi a minha família que não me noticiasse sobre algo relacionado a você e eu sinto muito por isso. Nunca recebi uma ligação ou uma mensagem falando que Apólo tinha falecido, eu simplesmente não sabia o que tinha acontecido.— a testa dela enrugou-se em confusão e seus olhos e estreitaram.
—Só descobri que Apólo tinha morrido no final daquele ano quando fui passar o natal em Pickering e fui até sua casa para falar com ele e simplesmente não o encontrei.—o peito dele subia e descia com a memória, seus olhos brilhavam levemente.

—O que? Como...ninguém te disse?—ela perguntou horrorizada, Shawn negou e em seguida ela levou a mão até sua boca incrédula.

—Não posso culpar minha família por isso, eu pedi e eles simplesmente fizeram o que eu havia pedido. Mas na época eu fiquei uns dois meses sem conseguir olhar na cara deles. Sua mãe também ficou muito decepcionada comigo quando me viu.

—Ela sabia? Esse tempo todo? Ela sabia que você não foi porque ninguém havia te contado?—os lábios dela se entreabriam em choque quando Shawn confirmou mais uma vez. Não estava acreditando que esse tempo todo sua mãe tinha conhecimento que Shawn não havia comparecido ao enterro pelo fato de não saber do acontecido e não havia lhe contado.—Não acredito que ela deixou-me te odiar todos esses anos por você não ter comparecido ao enterro dele.

—Ela provavelmente deve ter tido uma boa razão para fazer isso.—disse não querendo que a garota tenha raiva de sua mãe pois conhece Rosie o bastante para saber que não faria algo assim sem uma boa razão.

Carlyn suspirou passando as mãos nos fios de seu cabelo enquanto ela olhou para o teto sentindo-se totalmente atordoada e confusa. Ela podia finalmente riscar um dos motivos de o odiar de sua lista, foi um item à menos para perdoá-lo. Estava sentindo-se culpada por ter odiado tanto alguém por todos esses anos por algo que ele não merecia. Não podia culpá-lo por pedir aos seus familiares para não lhe noticiar sobre sua vida já que havia pedido a mesma coisa para os pais dele e sua mãe.

—Ainda quer ir embora?—ele perguntou cautelosamente. Carlyn desviou o olhar do teto para ele. Não, ela não queria.

—Não.—Shawn sorriu minimamente com a resposta e juntos regressaram para o sofá onde antes estavam.

—Você está com frio? Quer que eu aumente o calor da lareira?—ele perguntou vendo a mesma puxar o cobertor para cima do seu corpo novamente. Carlyn negou pegando a taça de vinho e bebendo pois o nó em sua garanta ainda se encontrava presente.

Seus pensamentos ainda rodeavam na época em que Apólo faleceu e em como odiou Shawn nos meses seguintes por ele não estar lá. Ambos ficaram em silêncio por alguns minutos apenas ouvindo o barulho da chuva, da lareira elétrica e dos lábios de ambos ingerindo o vinho. Shawn remexia em seus dedos desconfortável não gostando do silêncio mas sabia que Carlyn estava processando a última descoberta portanto necessitava do silêncio para por seus pensamentos em ordem. Shawn também se encontrava confuso, não sabia que ela guardava rancor por conta disso, ele pensava que ela sabia que ele não compareceu devido não ter conhecimento do que havia acontecido com Apólo.

—Sinto muito por ter te odiado por isso.—ela disse por fim depois de um longo tempo em silêncio, Shawn suspirou de alívio.

—Tudo bem.

—Depois que você soube, por que não tentou conversar comigo?

—Não queria te relembrar da morte dele depois de quase um ano, você já deveria ter aceitado o que tinha acontecido com ele enquanto eu...estava entrando no luto, não queria te fazer passar por tudo de novo. Além de que não sabia se você gostaria de me ver, se iria piorar a situação ou não.

—Não iria piorar a situação.—confessou apoiando sua cabeça no estofado do sofá para olhá-lo. Visualizou um pequeno sorriso surgir no canto dos lábios dele enquanto o mesmo mantinha seu olhar na chuva, era um sorriso triste.

—Poderia ter mudado tudo, não é?

—Sim. Quando você não compareceu ao enterro...eu me apeguei na ideia de você voltar para Pickering em algum momento. Às vezes penso que o que não me fez enlouquecer quando Apólo morreu foi aquela esperança que eu tinha de te ver novamente. Então...sim, se você tivesse me procurado teríamos...

—Evitado muita coisa. Porra...se eu tivesse te procurado você teria me perdoado por ir embora?—ele virou sua cabeça na direção dela para olhá-la.

—Eu não sei. Na época, eu só queria ter você lá. E ainda era um pouco idiota.—Shawn riu sentindo um pouco o clima tenso diminuir.—Eu era idiota o suficiente para esquecer toda a dor que você me fez sentir porque apenas queria ter você de volta.

—Quando isso transformou-se em ódio?

—Quando eu percebi que não poderia continuar com a esperança de você voltar por Apólo, quando eu percebi que você não iria voltar eu resolvi de fato te excluir da minha vida pois até então no fundo eu sabia que apenas bastava você bater na minha porta que iria te perdoar por tudo.

—Então...

—Depois disso, passei a te odiar e uma vez que te odiei passou-se a ser impossível conseguir te perdoar.

—Você ainda me odeia?—a voz dele falhou brevemente quando perguntou por conta de sua insegurança.

—Não mais porém...não consigo te perdoar pelo que fez com nossa amizade e só serei capaz quando souber o motivo pelo qual foi embora e agiu daquela forma, está disposto a me contar?—ela perguntou esperançosa.

—Se eu te contar talvez perca a sua atual amizade.—ele pressionou os lábios e deu de ombros deixando uma Carlyn mais confusa ainda.

—Só me responda algo: quando eu descobrir o motivo, vou me arrepender por estar te dando uma nova chance?

—Espero que não. Quer dizer...talvez sim porque vai me achar um grande idiota covarde.—ele abaixou o olhar com vergonha.

—Ok.

Um dos seus maiores defeitos era o medo do que aconteceria. O medo é algo impossível de nos livrarmos porém não podemos deixá-lo controlar nossas ações, o medo não pode afetar nossas atitudes e Shawn nunca soube como controlá-lo.  É um dos defeitos que ainda carrega consigo, talvez ainda não tenha contato para Carlyn o motivo de ter se afastado dela justamente por conta dele, o medo do que ela vai pensar, do que ela faria, o medo de perdê-la pela segunda vez. Não sabe se será capaz de aguentar tê-la fora de sua vida mais uma vez. Ele não sabe o que aguarda o futuro para os dois e nem ao menos consegue imaginar mas apenas se apegou à esperança dela continuar em sua vida. Ao mesmo tempo que odeia tê-la por perto. Ter esse sentimento em seu coração que apenas cresce quando está com ela por perto e odeia se sentir assim.

—Você não está com frio?—ela perguntou curiosa e ele logo negou.

Shawn continua com a mesma roupa do show. Apenas uma calça jeans e uma camisa branca de mangas compridas que marca bastante seus braços musculosos e no cabelo há um boné cinza que ela achou adorável. Por mais que a camisa seja de mangas compridas ela ainda é de uma malha fina tanto que dar pra notar levemente a pele dele por de baixo talvez também por conta dela ser branca. Carlyn levou seu olhar até a gola em formato de V de botões reparando que os três primeiros botões possibilita a visão do inicio do peitoral dele e de seu colar. Ela levou sua mão até o pingente do local o pegando entre os dedos para analisar.

—É uma medalha de São Cristóvão.—ele explicou ignorando o fato de ter sentido sua pele arrepiar-se com os dedos dela entrando em contacto com sua pele.—Tem a oração dos viajantes atrás.—ele acrescentou quando ela girou o pingente olhando a parte de trás.—Minha avó me presenteou, segundo ela é pra me proteger nas viagens.

—Ela é um amor de pessoa, faz tempo que não a vejo.—a morena sorriu ainda tocando o pingente com seu dedo.

—A última vez que a vi foi há uns três meses atrás quando fui em Portugal a trabalho, mas sempre falo com ela por FaceTime, ela está aprendendo a mexer.—o rapaz riu lembrando da última ligação que tiveram no qual ele não conseguia vê-la mas sim a televisão por conta da câmera estar na câmera traseira e ela simplesmente não sabia como mudar.

Carlyn largou o colar dele e se moveu na direção da mesinha de centro pegando a taça de vinho e em seguida levando até seus lábios. Shawn acompanhou o movimento com o olhar. Vendo como ela se encontra bonita nesta noite, ela sempre está perfeita mas nesta noite a mesma se encontra no ápice de sua beleza ou talvez seja apenas o álcool das cervejas que ele tomou no show como efeito. O rosto dela de perfil é simplesmente impecável e os lábios avermelhados dela por conta do vinho em volta da taça são além de desejáveis. Shawn desceu seu olhar para o pescoço descoberto da garota devido ao seu cabelo estar preso, o que inclusive Shawn concluiu que a deixa intensamente sexy. Suas bochechas rosadas por conta do frio lhe dando uma aparência angelical embora toda sua postura seja além de lascivo. Suas pernas ocultadas pela calça jeans dobradas de forma charmosa em cima do sofá embora não estejam visíveis por conta do cobertor, sua barriga exposta e de seus seios erguidos consequência do sutiã e topper justo.

Ela olhou para Shawn por cima da taça e encontrou o mesmo lhe fitando ao mesmo tempo que presenciou ele umedecendo os lábios com sua língua o que foi simplesmente erótico demais. Carlyn de imediato voltou o olhar para a mesinha de centro continuando a beber o vinho mas disfarçadamente deixou um sorrisinho escapar dos seus lábios.

—Você está muito bonita esta noite.—as palavras escaparam dos lábios do garoto ao mesmo tempo que o braço dele escorregou para o apoiou do sofá logo atrás das costas da mesma.

Carlyn sentiu seu coração parar de bater por breves segundos e então voltar a bater de novo. Abaixou o olhar sentindo suas bochechas esquentarem e sorriu de lado de uma forma fosse possível ele ver e fazê-lo sorrir também e em seguida corar por ter de fato dito em voz alta que ela se encontra bonita.
O coração dela passou a subir e descer de nervosismo por conta da tensão que se instalou e após alguns segundos criou coragem para olhá-lo mesmo sabendo que está corando. Olhou bem para o rosto dele, merda você também está muito bonito, pensou mas não chegou a dizer pois diferente dele não tinha álcool em seu organismo para ajudá-la a criar coragem.

—Apenas esta noite?—ela perguntou brincando enquanto um sorrisinho sem mostrar os dentes surgiu em seus lábios. Shawn riu baixinho abaixando o olhar mas não por muito tempo.

—Todos os dias, chega a ser irritante.—ele disse fazendo a mesma corar. Carlyn tentou evitar o sorriso enorme que surgiu em seu rosto mas foi praticamente impossível e a mesma desviou o olhar ainda sorrindo como se não o olhar talvez fizesse com que ele não visualizasse seu sorriso e a forma que ela ficou sem graça.

—Então nesse caso eu tenho que agradecer.—sussurrou mantendo sua voz suave o que Shawn considerou sexy para caramba.

Deus, estamos flertando?

Ela questionou-se pois o tom de ambos era de duas pessoas flertando principalmente com o clima instalado.

O coração de Carlyn começou a bater rapidamente quando sentiu o movimento do sofá indicando que Shawn havia se aproximado da mesma e de fato havia, teve essa hipótese confirmada quando sentiu o joelho dele tocar o seu por de baixo da coberta.

—Você também está muito bonito.—ela disse erguendo seu olhar para olhá-lo. No segundo seguinte gritou consigo mesma não acreditando que havia dito em voz alta.

—Obrigada, demorei bastante tempo para ficar assim.—ele brincou lhe fazendo rir, Shawn botou um enorme sorriso nos lábios ao vê-la rindo e em como os olhos dela ficaram pequenos e adoráveis. Carlyn sabia que ele deve ter gastado no máximo cinco minutos para vestir aquela calça e a camiseta e isso apenas torna a situação pior pois bastou poucos segundos para ficar incrivelmente atraente como se não precisasse de esforços.

Mas pelo jeito não tempo o suficiente para arrumar o cabelo.—ela disse para descontrair referente ao boné e foi a vez do mesmo rir. Embora houvesse um clima de brincadeira, a tensão sexual ainda estava presente no ambiente.

—Tem razão, estava com preguiça de arrumar. Está péssimo.—franziu o nariz em uma careta que Carlyn considerou muito fofa.

Ela sabe que poderia cair de amor por ele caso se permitisse pois o mesmo é simplesmente adorável e atraente além de sentir-se extremante confortável na presença do mesmo.

—Eu duvido muito.—ela disse se movendo no sofá fazendo com que não houvesse mais espaço entre eles e mal perceberam quando os dois lugares que tinha entre eles foi preenchido.—Posso?—perguntou referente ao boné e o rapaz confirmou perdido nos detalhes do rosto dela tão próximo.

Carlyn retirou o boné dele com calma depositando em cima do cobertor em suas pernas e voltou seu olhar para o cabelo dele afim de analisá-lo. Não estava ruim, diferente do que costumava ver mas não ruim. Os cachos não estavam definidos pela falta de gel que Mendes usa para definir. Carlyn concluiu que o cabelo está com a exata aparência como se ele tivesse acabado de acordar principalmente por conta de ter o boné amassando até então e isso lhe deixa com uma aparência cativante. A garota levou sua mão até o cabelo dele onde começou a pentear os fios com seus dedos o jogando para trás como ele costuma estar e foi inevitável Shawn não olhar para os lábios dela tão próximos na altura dos seu nariz por ela ter ficado de joelhos no sofá para mexer em seu cabelo.

Shawn sentia seu estômago embrulhar e sabe que são as merdas das famosas borboletas. Acabou por fechar os olhos apenas para desejar que essa sensação de nervosismo e ansiedade fosse embora todavia Carlyn pensou que fosse por conta do carinho em seu cabelo e vê-lo fechando os olhos apenas o tornou mais atraente principalmente por conta de sua cabeça estar levemente jogada para trás expondo seu maxilar bem desenhado, Carlyn realmente tem uma atração por maxilar e o dele é sem dúvida um dos mais atraentes que já viu.

Shawn voltou a abrir seus olhos quando Carlyn parou de mexer em seus cabelos e assim que fez isso encontrou a mesma apenas olhando para ele, estava olhando para seu maxilar e o pomo-de-adão em seu pescoço mas assim que ele abriu os olhos ela subiu o olhar para os lábios do garoto e em seguida para seus olhos castanhos com pouca iluminação.

Shawn umedeceu seus lábios com a língua os sentindo extremamente secos pelo nervosismo e se questionou se deveria de fato fazer o que sentia vontade no momento. Ela ainda se encontrava apoiada nos joelhos fazendo com que estivesse pouca coisa mais alta do que ele e não pensou direito quando retirou sua mão do encosto do sofá levando para a cintura dela, Carlyn arrepiou-se ao ter a mão dele contra sua pele exposta principalmente por ser a mão com os anéis metálicos. O rapaz pensou que ela gritaria perguntando o que estava fazendo ou o empurraria para longe todavia não fugiu do toque e sua reação voltou a se repetir quando as costas dele abandonaram o estofado ficando mais próximo dela ao ponto de ter seus rostos a centímetros de distância e posteriormente levou sua outra mão até o rosto dela ainda com seu olhar preso entre olhar em seus olhos castanhos escuros ou os lábios avermelhados por conta do frio e do vinho.

Carlyn aparentava estar mais nervosa do que ele pois seu peito subia e descia embora todo o restante do seu corpo continuasse congelado sem saber ao certo o que fazer, sabia que deveria afastá-lo principalmente quando Shawn segurou seu rosto com a palma de sua mão mas seu corpo não respondia ao seu cérebro. Shawn estava se aproximando e ela não estava afastando.

Ambos sentiram a respiração descompensada um do outro contra os rostos. Carlyn decidiu que entregaria a situação nas mãos de Mendes e ele se questionava se deveria prosseguir com o caminho até os lábios dela e finalmente prová-los talvez para sentir uma única vez o sentimento sendo correspondido ou se deveria se afastar ainda enquanto era possível. Claro que teriam que lidar com a situação de quase terem se beijado mas seria melhor do que lidar com a situação de ter acontecido o beijo.

Por favor, me pare agora. Shawn pensou quando os narizes de ambos se acariciaram. Decidiu que contaria até 5 caso contrário preencheria o pequeno espaço entre eles.

5.4.3.2.1.

Carlyn não mexeu um músculo e então Shawn ergueu sua cabeça na direção dela fazendo com que de uma vez por todas seus lábios fossem pressionados contra o de Carlyn. Escutaram a respiração dos dois sendo interrompidas de uma vez ao mesmo tempo em que fecharam os olhos automaticamente. O polegar do rapaz fez pressão na bochecha de Carlyn assim que seus lábios juntaram-se aos dela em um selinho.

O contato foi breve e durou exatos 6 segundos pois logo Shawn se afastou sentiu-se atordoado por ter de fato feito aquilo. Ao Carlyn abrir os olhos encontrou o rapaz como se tivesse acabado de cometer um crime mas mesmo assim visualizou as pupilas de seus olhos dilatadas deixando claro o quanto se sente atraído pela mesma.

—Eu...eu sinto muito..—ele começou a pedir desculpas assim que os lábios deles quebraram o contato e retirou sua mão do rosto dela assim com sua mão na cintura da garota.

Carlyn se encontrava com seu peito subindo e descendo em nervosismo e nem ao menos prestou atenção nas palavras dele pois sua atenção estava presa nos lábios agora avermelhados dele. Sua mente gritava "FAÇA ISSO" e então ela fez. Levou suas duas mãos até o rosto dele o segurando e guiou seu rosto na direção do dele. Bastou apenas 5 segundos para pressionar seus lábios entreabertos nos dele. Shawn foi pego de surpreso tanto que demorou mais do que ela para fechar seus olhos mas assim que percebeu o que estava acontecendo voltou a deitar suas costas no estofado atrás de seu corpo trazendo Carlyn junto. Mendes levou sua mão de volta até a cintura fina da garota e a puxou em sua direção fazendo com que ambos mexessem seus lábios transformando o selinho em um real beijo. Carlyn entreabriu seus lábios lhe dando passagem e ficou feliz quando ele percebeu o que era pra fazer, Shawn introduziu sua língua na boca da garota fazendo ambos soltarem um gemido baixinho, logo em seguida ela introduziu sua língua na boca dele e ele recuou a sua fazendo as duas se encontrarem e começarem uma dança sensual enquanto isso Carlyn desceu uma de suas mãos para o pescoço dele o segurando firme.

Em um ato ousado, Shawn levou sua mão até a coxa da garota agradecendo pela coberta ter sido retirada por ela quando a mesma ficou de joelhos para mexer em seu cabelo e então puxou a perna dela em sua direção fazendo Carlyn passar sua perna direita para o outro lado do corpo dele ao mesmo tempo que Shawn puxou mais sua cintura na direção de seu corpo lhe auxiliando para então a morena estar sentada em seu colo apoiando suas pernas no sofá.

Carlyn sentiu o meio de suas pernas formigarem e seu ventre se contrair quando Shawn segurou com as duas mãos sua cintura e início de suas costas. Ter as grandes mãos dele apertando sua pele descoberta lhe deixou extremante excitada e em resposta levou uma de suas mãos para os cabelos dele penetrando a raiz enquanto a outra que estava no pescoço apenas se moveu mais para a nuca dele. Shawn suspirou com ela puxando de forma sensual seu cabelo e mordiscou o lábios inferior da garota fazendo com que fosse a vez dela suspirar.

Carlyn sentia todo seu corpo febril e sabia que ele estava no mesmo estado pois as mãos quente dele tocavam sua cintura. O beijo estava literalmente de tirar o fôlego e o sabor de vinho misturado deixava tudo apenas mais maravilhoso mas Carlyn teve a realidade lhe puxando de volta quando sentiu a ereção dele em baixo do seu corpo. Se não parasse aquilo enquanto tinha tempo ambos iam se arrepender pro resto da vida.

—É melhor eu ir dormir.—ela disse com a voz falha assim que puxou seus lábios dos dele.

—Sim, com certeza.—ele disse ainda com as mãos na cintura dela e tentando estabilizar sua respiração. Concordou mesmo que a única coisa que quisesse no momento era voltar a beijá-la.

Carlyn levantou-se do colo dele em um pulo e saiu na direção da porta de vidro em passos apressados deixando um Shawn jogado no sofá com a respiração descontrolada e uma ereção no meio de suas pernas.

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