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Apens Uma Gaveta

(SHAWN)

Me sirvo com um copo de água para hidratar meu corpo, é a primeira coisa que faço logo após acordar. Abro a porta de correr do meu apartamento que dar para a parte externa apenas para observar como está o dia, no mesmo instante a baixa temperatura me atinge fazendo com que minha pele se arrepie por conta de estar usando apenas uma calça moletom. Estamos no início de fevereiro então a temperatura costuma ser bastante baixa nessa época do ano além da neve que cobre todas as ruas da cidade.
Fecho a porta e me dirijo de volta para meu quarto enquanto checo minhas redes sociais, envio uma música que escrevi recentemente para Teddy pois ela ficou de alterar alguns versos e tentar produzir algo por cima.

Escrevi essa música dois dias depois que Carlyn e eu tivemos nossa primeira discussão, percebi que todas as últimas músicas que compus são sobre ela então tenho certeza que meu quarto álbum vai acabar sendo todo para Carlyn.

Eu não quero escrever apenas o lado bonito do nosso relacionamento, sobre como estou apaixonado e o quanto ela me faz bem. Quero contar como eu me sentia no começo, como foi me reaproximar dela e perceber que ainda não havia lhe superado. Como foi aquela zona de limbo onde ficamos indecisos entre nos entregamos ao desejo que sentíamos um pelo outro e o medo de mergulharmos de cabeça nisso. E também quero contar o lado feio de todo relacionamento, de como me senti em nossa discussão. Imagino uma batida mais agitada para essa música pois não quero que as pessoas pensem que uma discussão signifique o fim de tudo e um ritmo lento traria muita dramaticidade, quero transmitir que é normal um casal discutir sobre algo e ainda sim superarem isso e ficarem juntos.

Entro também no meu Twitter apenas para curtir algumas postagens dos meus fãs mas não faço isso com muitos pois tudo sobre o que falam na minha tela é sobre o print da live da Aaliyah onde eu e Carlyn estávamos prestes a nos beijar, muitos defendem a tese de que a foto não é grande coisa até porque a live foi encerrada antes que meus lábios encontrassem os dela mas outros afirmam que "apenas amigos" não ficam tão próximos assim. Como só estão falando sobre isso, não tem muito o que curtir. Preciso dar a eles o que falarem pois toda essa análise e teorias do meu relacionamento já está enfadado.

Acabo por postar um tweet dizendo que amo eles e sigo para checar minhas mensagens onde tem uma mensagem da minha mãe dizendo que ela, Rosie, Aaliyah e Taila estão fazendo compras aqui em Toronto e que esperam almoçar comigo e Carlyn. A mensagem é de horas atrás então falta menos de duas horas para o horário do almoço, respondo de volta pedindo a localização do restaurante onde iremos almoçar.

Guardo o celular em meu bolso ao passar pela porta do quarto e assim que ergo o olhar sorrio vendo a imagem que tenho no momento. Apoio meu corpo no batente da porta para observá-la enquanto a mesma não nota a minha presença.

Carlyn está deitada com a barriga para cima em minha cama trajando apenas um conjunto de lingerie cinza e com um livro em mãos, inclino-me levemente para ler o título do exemplar que ela segura, Cronologia da Moda do NJ Stevenson, com certeza é alguma leitura obrigatória de sua faculdade. O lençol branco enrola toda a extensão de suas pernas e vai até uma parte do quadril mas ainda consigo ver um pedaço de sua calcinha de renda.

—Você vai ficar aí me vigiando por quanto tempo?—sua voz soa me fazendo quase pular do meu lugar, ela não desvia o olhar do livro em nenhum momento.

—Até eu cansar de te olhar então...vai demorar um tempo.

Ela inclina o rosto de uma forma que seus olhos não sejam mais ocultado pelo livro e então um sorriso sapeca surge em seus lábios, a mesma fecha o livro o deixando em cima do travesseiro e se ajoelha na cama me olhando com aquele olhar que brilha em malícia.

—Posso tirar uma foto sua, agora?

Assim?—ela olha para seu próprio corpo apenas coberto pelo sutiã e a calcinha.

—Só quero guardar esse momento porque você está linda pra caralho assim.—ela sorri e então apenas confirma.

Fico realmente feliz em ela confiar em mim para ter fotos suas seminua, ela sabe que jamais iria compartilhar algo assim com ninguém e Andrew já garantiu a muito tempo atrás de deixar meu celular seguro, livre de hackers que devem tentar invadir meu celular todos os dias. E mesmo se eu fosse o tipo de idiota que posta seminude da namorada após um término ou uma discussão, não seria estupido de fazer isso até porque ela também tem algumas fotos quentes minha. Algumas eu enviei em conversas intensas que tivemos e outras ela mesma tirou. Quando eu estava cozinhando apenas de cueca, ou quando após fazermos sexos ficamos enrolando na cama e ela subiu em cima de mim e acabou tirando uma foto minha. Pego meu celular e capturo duas fotos seguidas.

—Agora vem aqui.

Logo estou na borda da cama e ela se encontra em pé em cima da cama fazendo com que fique bem mais alta do que eu, seus braços entrelaçam em meu pescoço enquanto a seguro pela cintura.

—Sua mãe e a minha estão aqui em Toronto, querem almoçar com nós dois.

—Que horas são?

—Ainda falta umas duas horas para precisarmos ir, temos tempo para enrolar mais um pouco na cama.

—Hum...gosto disso.—sorrio quando ela penetra seus dedos em meu cabelo.

—Você gosta, huh?

—Yah.

—E você quer gastar o tempo que temos como?—digo maliciosamente levando meus lábios até seu pescoço.

—Posso deixar você escolher.

—Eu escolho? Já vou avisando que minhas ideias são ótimas.

—Então vamos ouvi-las.—a mesma suspira logo em seguida ao sentir os beijos molhados em sua pele do pescoço.

—Eu poderia te virar nessa mesma posição e comer você por trás.—sussurro em seu ouvido pois é algo que até eu tenho vergonha de dizer alto demais, não costumo dizer tais coisas mas Carlyn liberta o meu eu mais bárbaro.

—Você fica tão fofo quando diz essas sacanagens.—gargalho pois é inevitável.

Fofo?

—Sim.

—Não acho que isso seja possível, associar à fofo o que acabei de dizer.

—O que você acabou de dizer?—retiro meu rosto do seu pescoço e arqueio minha sobrancelha em sua direção, ela está jogando comigo?

—Você me ouviu.

—Agora quero que você repita.

—Por que?

—Porque gosto de te ouvir dizendo essas coisas.

—Essas coisas o que?—é a minha vez de jogar a pergunta pra ela mas diferente de mim, Carlyn consegue dizer sem pudor.

—Sobre me comer.

—Ok.

—Você ainda não repetiu o que você disse.—ela está zombando de mim e já estou sentindo minhas bochechas esquentarem.

—Não é necessário, você acabou de dizer.

Carlyn inclina seu corpo pra trás me usando de apoio e explode em uma gargalhada, seu sorriso é a coisa mais linda de se ver pois sua expressão que vem acompanhada é incrível, seu nariz fica franzido assim como seus olhos que se enrugam. A risada dela é escandalosa, o tipo de risada que te contagia para fazer o mesmo.

—Seu sorrio ainda vai me matar.

—Você acaba de confirmar meu ponto. Você diz frases pervertidas com dificuldade pois você tem vergonha de dizer e é por isso que é fofo. Igual agora que você está corando.—reviro meus olhos quando ela aperta minha bochecha em implicância.

—Eu posso dizer várias frases pervertidas sem corar.—meu tom sai emburrado, bem infantil da minha parte. Minha namorada arqueia sua sobrancelha em desafio.

—Me diga duas.

Agora?

—Sim, agora.

Vejamos...

—Estou na espera.

—Eu não consigo, não consigo pensar em nada agora.—suspiro derrotado e não demora muito para ouvir sua risada.

—Você tem uma mulher seminua em sua frente e não consegue pensar em nada?

—Não quero soar tosco.

—Eu que decido isso.

—Adoro a sensação da sua boca na minha pele e amo quando sua buceta envolve meu pau.—digo as duas primeiras verdades que surge em minha cabeça, primeiro vejo os lábios de Carlyn se contraírem e então ela solta a gargalhada que prendia me fazendo suspirar, ela leva sua mão até a boca para abafar a risada mas logo desiste de fazer isso.

—Desculpa amor.

—Então foi tosco?

—Na verdade, não. Se você tivesse dito isso em outro momento teria sido quente mas como estou brincando com você acabou sendo engraçado.

—Você é cruel.

Basta segundos para eu lhe empurrar contra o colchão fazendo com que nós dois rolássemos entre o lençol, ela gargalhada alto enquanto faço cócegas em sua barriga como forma de me vingar. Depois de um minuto afasto minha mão de sua cintura e me apoio no braço para observar melhor ela, que está tentando estabilizar sua respiração.

—Você me deixou sem fôlego.

—Não da forma que eu gostaria.—digo com malícia, ela me olha surpresa e então sorri.

—Uh...isso foi quente.

—Eu te falei sobre os shows da próxima semana?—mudo de assunto.

—Na verdade, não.

—Terei que viajar na quarta para Los Angeles para uma reunião sobre a turnê, depois voarei para Sacramento na sexta para um show e sábado para São Francisco onde terei um show e depois um evento, aquele que falei pra você mês passado.

—Certo...—ela franze a sobrancelha provavelmente pensando no mesmo que eu.

—E o dia dos namorados é nessa quinta e estarei em Los Angeles então pensei que você poderia voar até mim, não na quinta pois sei que você tem aula. Mas você disse que tentaria ir comigo no evento do domingo então talvez você possa tentar ir na sexta à tarde para chegar no sábado e ir ao show, voltaríamos na manhã da segunda.—digo meus planos pra ela pois no domingo será uma correria e não sei se teríamos tempo de aproveitarmos juntos.—Mas apenas se você conseguir ou quiser.—acrescento logo, não quero interferir em seus estudos para fazer um capricho meu.

—Eu não sei, como eu havia dito, preciso consultar meus professores para ver se não há nada de importante na segunda mas acho que consigo ir. Mas sério...vamos passar o dia dos namorados longe um do outro?—ela faz um biquinho, peço desculpas com o olhar enquanto acaricio a lateral do seu rosto com meus dedos.

—Eu sinto muito...sei que é o seu primeiro dia dos namorados estando com alguém e realmente gostaria que pudéssemos fazer algo.

—Tudo bem, não se preocupe com isso, é o seu trabalho e não quero interferir nele. Sem mencionar que é apenas uma data, podemos comemorar o fato de namorarmos em qualquer data que escolhermos então...pra mim está ótimo comemorarmos no sábado.

—Você é perfeita, sabia disso né?

—Já estou sabendo.—ela dar de ombros convencida, sorrio.

Me aproximo dela para em fim juntarmos nossos lábios. Nos beijamos e tocamos carícias por alguns minutos sem parar até que ela se afaste de mim dizendo que precisa ir trocar de roupa para irmos almoçar com nossas mães.

(...)

—Você precisa começar a deixar algumas roupas aqui.—lhe digo logo após ela deslizar para dentro de seu jeans azul e começar a vestir o topper que ela usou no dia anterior.

—Eu não sei...gosto de pegar emprestado suas roupas.—ela sorri de forma sapeca enquanto alinha seu cabelo na frente do espelho.

—E eu não me importo com isso mas posso separar algumas gavetas pra você, seria mais fácil.

Percebo que não deveria ter dito isso pois vejo o corpo de Carlyn parar ao ouvir o que eu disse e ela me lança um sorriso murcho através do espelho, logo em seguida voltando a ordenar seu cabelo em silêncio. Praguejo baixinho pois estou acelerado demais e nem havia percebido.

Já faz um tempo que parei de tentar não me apaixonar por ela, apenas me entreguei à esse sentimento e tenho certeza que também é nítido para ela que estou apaixonado pela mesma e pensei que estava tudo bem mas talvez seja melhor desacelerar um pouco. Uma simples gaveta pode significar muita coisa.

—Desculpe, eu...

—Está tudo bem, Shawn.

—Não, eu...

Tento encontrar as palavras enquanto encaro meus pés e minhas mãos apoiadas em meu joelho começam a soar levemente, não quero que fique um clima estranho entre nós porque eu sugeri algo que ela pensa ser muito cedo para fazermos. Não percebo ela se aproximando mas logo noto o colchão se afundando ao meu lado e sinto sua mão se entrelaçar com a minha fazendo com que eu olhasse para nossas mãos juntas.

—Não precisa se culpar por ter me oferecido algumas de suas gavetas, você apenas está seguindo a lógica. Nem me lembro qual foi a última vez que dormi em minha casa então faz sentido você me oferecer um espaço para minhas coisas.—ela diz apoiando seu rosto em meu ombro e sinto seu nariz puxar o aroma do meu pescoço.

—Mas você se incomodou com isso então me desculpe por ter feito você se sentido assim.—ela deixa um beijo carinhoso em meu pescoço.

—Não foi incômodo, eu apenas...não sei, acho que é um grande avanço embora seja algo simples como uma gaveta.

—Sim, eu sei.

—E talvez você pense que é o único inseguro do nosso relacionamento mas as vezes eu também fico insegura.

—Tudo bem. Você quer desacelerar um pouco? Acha que as coisas estão indo rápidas demais?

—Eu não sei mas acho que eu deveria passar umas noites em minha casa, você sabe...—sinto ambos os corpos tensos.

—Sim, eu sei.—na verdade, eu não sei.

—Pode ser bobo, mas eu posso pensar sobre o lance da gaveta?—sorrio apertando sua mão.

—Claro, a decisão é sua, não pense que ficarei chateado com isso...é apenas um desacordo, nem sempre vamos concordar com o outro.

—Exato.

Meu rosto é movido em sua direção através de sua mão em meu queixo e quando seu nariz se enrosca com o meu, fecho meus olhos esperando pelo contato. Seu lábio beija o meu de forma sútil e quase não sinto o toque mas então separo meus lábios fazendo os delas se encaixarem entre eles, o selinho frouxo demora por no máximo seis segundos e então quando sinto minha respiração pesar levo minha mão até seu pescoço a deixando na nuca e entreabro meus lábios para se moverem contra os dela.

Penso eu, que as vezes, beijar em um relacionamento é a parte mais importante pois quando as palavras querem escorregar para fora dos meus lábios mas não consigo dizê-las, basta juntar meus lábios ao dela e digo tudo o que sinto pela mesma e sei que ela sente isso. Outra forma é olhar em meus olhos, quando ela se afasta da minha boca, tenho certeza que meus olhos brilham lhe admirando. Basta ela me olhar nos olhos e terá o conhecimento do quanto sou apaixonado por ela.

—Vamos, já estamos atrasados.—digo me levantando da cama e deixando um beijo em sua testa.

Respondo a mensagem de minha mãe que diz que já estão no restaurante, digo que em dez minuto chegamos pois o local não fica tão longe assim do meu prédio. Quando entramos no elevador, encosto meu corpo em uma das paredes e logo Carlyn me abraça pela cintura apoiando seu rosto em meu peitoral, levo minha mão até seu cabelo o acariciando enquanto observo ela fazer uma ação simples como respirar contra meu peitoral de olhos fechados, suas mãos se movem em toda a extensão das minhas costas acariciando e é impossível não sorrir, amo esses momentos simples mas cheio de cumplicidade.

—O que é isso que você fez em seu olho?

Carlyn tem o fim de seus olhos levemente puxado para cima como os olhos de um felino, seu olhar marcante é uma de suas características mas bonita e hoje ela intensificou isso. Há uma espécie de delineado em seu olho mas não é do tipo que costumo ver os que as garotas fazem, ele não é preto e também nem tão visível de tão pequeno e delicado que é, o truque de maquiagem some atrás de seus cílios cumpridos fazendo com que pareça realmente ser o olho dela.

—É um delineado.

—Delineado costuma ser preto e bem visível que é um.—ela ri achando graça enquanto olha pra mim.

—É que eu fiz com uma sombra marrom então não fica tão marcado.

—Oh, interessante. Eu gostei, realmente, você ficou muito gata.—ela sorri com seu olhar dizendo mais do que aparenta, não é apenas um olhar, é a da mesma forma que eu lhe olho quando percebo o quanto adoro ela.

—Você é tão aleatório.

Sorrio e não respondo pois a porta do elevador abre em outro andar e uma mulher de no máximo trinta anos entra me cumprimentando com um aceno de cabeça mas não faz para Carlyn por ela estar de costas para a porta. Minha namorada não se afasta do meu corpo e mal percebo quando um sorrisinho brota em meus lábios, podemos não estar do mesmo lado da moeda no quesito dela passar todas as noites em meu apartamento mas saber que ela não se importa mais se as pessoas vão nos ver juntos, já é um grande avanço.

Saímos do elevador e ficamos no hall do prédio enrolando por uns cinco minutos pois Carlyn recebe uma ligação de Zoe e enquanto ela fala com sua amiga aproveito para ir até o porteiro do prédio e falar sobre um acontecimento que ocorreu na semana passada. Explico a situação que uma garota bateu na porta do meu apartamento, as intenções da garota eram boas pois ela apenas queria uma foto mas ela invadiu totalmente a minha privacidade. Converso com o homem como diabos não sei que ela conseguiu subir para meu apartamento pois moro na cobertura e pra subir até lá o elevador pede uma chave em específico, foi um dos motivos pelo qual comprei ele. O Senhor Jason pede mil desculpas e diz que vai investigar o ocorrido, esclareço que não quero que a garota sofra nenhuma consequência, apenas que não quero que se repita novamente.

Quando agradeço ele, me afasto do balcão e vou até Carlyn que já terminou a ligação. Entrelaço minha mão desocupada na sua pois a outra está segurando a sacola com a peça de roupa suja que Carlyn usou alguns dias atrás e acabou deixando aqui.

Enquanto caminhamos na direção do meu carro que deixei do outro lado da rua, franzo minhas sobrancelhas em surpresa ao surgir um homem em nossa frente segurando uma câmera gigante. Primeiro fico surpresa pela aparição pois quando estou em Toronto, raramente sofro com paparazzis atrás de mim, isso é mais comum em Los Angeles ou New York, depois fico confuso pelo que ele está fazendo aqui pois nunca apareceu paparazzi no prédio onde moro.

—Ei Shawn!—ele diz caminhando junto com nós.

—Bom dia, cara.—respondo não querendo mostrar a minha frustração, até porque ele está fazendo seu trabalho embora inclua invadir minha privacidade.

—Você poderia responder algumas perguntas?

—Estou atrasado, sinto muito.—aperto minha mão em volta da de Carlyn começando a andar mais apressado em direção ao carro.

—Vocês dois estão namorando?

Sorrio desacreditado por ele ter perguntado mesmo assim, não sei porque estou surpreso, eles raramente vão embora quando peço para irem. Não respondo sua pergunta e Carlyn continua de cabeça baixa enquanto o homem caminha a nossa frente tirando fotos sem parar, o som é agonizante.

—Então vocês dois são apenas amigos?

Não respondo também.

—Tem circulado uma foto de vocês se beijando e...—o corto antes que ele termine seu pensamento.

—Não estávamos nos beijando nas fotos.

—Mas vocês fazem isso em outros momentos?—sorrio irônico na direção de Carlyn e ela sorri também tão incrédula como eu.—Vocês já estão morando juntos?

—Cara, realmente precisamos ir.—digo quando ele dá uma parada ficando em nossa frente mas logo volta a andar de costas de uma forma que consiga tirar fotos nossas de frente.

—Shawn, por que ela e não uma famosa?

Suspiro frustrado me irritando.

—Terá músicas sobre o relacionamento de vocês no seu próximo álbum?

Ele nem imagina quantas.

—Vocês tem passado muito tempo juntos, o que gostam de fazer?

—Gostamos de poder andar na rua tranquilamente.—respondo, dessa vez não me importando se estou sendo irônico com ele.

—Oh...ok,tenham um bom dia.—ela começa a se afastar finalmente percebendo que não vai conseguir muita coisa de nós.

—Pra você também, cara.—o desejo finalmente alcançando o carro e abrindo minha porta enquanto Carlyn corre para o outro lado.

No momento em que as duas portas são fechadas, solto um suspiro frustrado.

—Sinto muito por isso.

—Não se preocupe, não é sua culpa. Ele pode fazer isso? Te esperar na frente do seu apartamento?

—Poder não pode mas não é contra a lei porque ele estava além da calçada do prédio, então não está invadindo a propriedade de ninguém.

—Isso é uma merda.

—Sim, normalmente eles não me seguem aqui em Toronto, é realmente muito difícil acontecer e quando acontece eles tiram as fotos de longe.

Ela concorda em silêncio e logo ligo o carro, Carlyn coloca uma música no rádio e não demora muito para esquecermos o inconveniente.

(...)

—Finalmente, nem me lembrava mais como era seu rosto.—a mãe diz Carlyn diz enquanto lhe abraça, vejo minha namorada revirar os olhos enquanto retribui o abraço.

—Não seja tão dramática, mãe.

—E eu estou mentindo? Estou Taila?—rio enquanto abraço minha irmã e minha mãe logo após ter feito o mesmo com Taila.

—Me deixe fora dessas.

Drama.—Carlyn cantarola.

—O rapazinho aqui basicamente te sequestrou, tenho o direito de reclamar.—ela diz quando chego próximo dela, gargalho e logo em seguida abraço Rosie, a mesma retribui o abraço me apertando forte, sorrio pois o abraço dela sempre foi um dos melhores.

—Agora estamos culpando meu filho?—minha mãe diz enquanto todos voltam a se sentarem, eu e Carlyn sentamos lado a lado nas duas cadeiras disponíveis.

—Vocês já pediram?

—Sim.

—O que você vai querer?—pergunto para Carlyn passando meu braço pelas suas costas apoiando na cadeira dela.

—Não sei, vou olhar o cardápio.

Como só tem um cardápio, eu e Carlyn começamos a ler enquanto ela segura e nossas mães e irmãs ingressam em uma conversa sobre um vestido que Taila comprou após sua mãe insistir muito.

—Você já decidiu? Vou chamar o garçom.—ela diz e apenas confirmo.

Minha garota pede um hambúrguer vegano, uma salada de folhas e um suco de maçã verde e couve. Nunca experimentei o tal suco então acabo pedindo a mesma bebida assim como Aaliyah que resolve acrescentar o suco em seu pedido, e para comer peço um salmão com molho de mostarda e bordo.

—Desde quando você passou a ser vegana?—minha mãe pergunta para Carlyn.

—Não sou, mas parei de comer carne e estou diminuindo o frango mas ainda como derivados.

—Batata frita maior e melhor.—Taila responde comendo suas batatas, Carlyn sorri e pega uma levando até sua boca.

—Aos quarenta, quando você estiver morrendo não saberá o motivo.—ironizo.

—Do que adianta comer comida saudável se não me faz feliz?

—Comer comida saudáveis é hábito.—digo.

—Ugh, vocês são aqueles casais nojentos que só comem vegetais.—minha irmã torce o nariz, rio assim como o restante.

—Seremos um casal que irá viver até depois dos quarenta.—Carlyn dar de ombros levando outra batata até sua boca.

—E somos felizes.—acrescento.

—Own, vocês são umas graças.—minha mãe diz do nada usando aquela voz que ela só usa pra falar com bebês.

—Eu definitivamente já perdi a conta de quantas vezes você disse isso.—Aaliayh diz.

—É que estou tão feliz que eles estão finalmente juntos.

—Sim, sempre soube que acabariam juntos.—Rosie diz fazendo com que minhas bochechas esquentem de vergonha.

—Isso não te impediu de apostar que não estávamos juntos.—minha namorada rebate.

—Touché.

—Não pode me culpar, quando você recebeu aquelas flores do rapaz que conheceu em uma boate, eu descartei a hipótese.

—Você recebeu flores de um cara que conheceu em uma boate?—pergunto me virando para Carlyn arqueando minhas sobrancelhas, ela havia me dito que nunca havia recebido flores. Sua resposta é rir se apoiando em meu ombro.

—O cara era você, suas rosas azuis.

—Espera...aquelas rosas eram do Shawn?—a mãe dela pergunta parecendo chocada, Carlyn dar de ombros inocentemente.—Não acredito que mentiu pra mim.

—Eu desconfiava.—Taila diz.

—Mas sério, rosas? Tão criativo.—minha irmã ironiza.

—Eu não sabia que tipo de flor ela gostava então tentei a clássica.

—E eu adorei.—minha garota diz sorrindo pra mim e em seguida beija minha bochecha.

—Acho que se um cara me desse uma rosa eu jogaria fora e diria a ele pra ser mais surpreendente.—Taila diz, gargalho pois é bem a cara dela.

—Acho que você jogaria no lixo qualquer tipo de presente romântico, afinal...você tem coração mesmo ou são apenas boatos?—ela me lança o dedo do meio em resposta a minha implicância enquanto Carlyn começa a rir do meu lado.

—Romance é para os fracos.

—Você ainda vai se apaixonar perdidamente e ficará igual uma boba, será lindo de se ver.—sorrio irônico pra ela.

—Se isso acontecer, peço que me matem.

—Não diga besteira, se apaixonar é muito bonito.—Rosie diz.

—E sua última paixão deu muito certo, não é?—contraio uma risada com minha mão pois é pesado até mesmo para Taila dizer.

—Garota desaforada, eu te criei pra isso? Pode não ter acabado muito bem mas se você está aí se entupindo de gordura é graças a essa paixão.

—Acho que você deveria arrumar um namorado.—Aaliayh sugere.

—Eu concordo, depois do Bailey você não se envolveu com ninguém.—minha mãe diz.

Elas começam a tentar convencer Rosie a voltar a procurar pretendentes e como não tenho muito uma opinião sobre isso, e duvido que ela levaria minha opinião em conta nesse assunto, fico quieto apenas ouvindo a conversa delas. Carlyn também não opina muito, a única coisa que ela diz é que a mesma está bastante em forma e bonita para procurar um namorado quando Rosie se rebaixou dizendo que não era mais jovem.

—Eu te desafio a colocar essas batatas em seu nariz.—digo para Carlyn cutucando seu rosto com duas batatas que peguei do prato de Taila, ela ri e então arqueia a sobrancelha.

—Eu não vou fazer isso, é nojento.

—Garota fresca.

—Sou mesmo. Eu te desafio a por essas batatas em seu nariz.

—Eu não, há pessoas em volta, se sair foto serei visto com o cantor bobão.—ela gargalhada jogando sua cabeça em meu ombro.

—Você é bobo e não há nada de errado em mostrar isso para o mundo.—sorrio igual um idiota de suas palavras, ela leva sua mão até meu rosto percorrendo seu indicador pela linha do meu maxilar.—E é um dos motivos pelo qual eu gosto de você.—ela sussurra para nossa família não escutar.

—Você faz muito bem pra mim, sabia? Talvez você nem perceba mais tem me ajudado muito com toda a minha insegurança.

—Fico feliz em ouvir isso porque acho um absurdo você se sentir inseguro quanto é a pessoa mais incrível do mundo.

—Hum...eu sou a pessoa mais incrível do mundo?—sorrio presunçosamente enquanto ela sorri vindo cada vez mais em minha direção.

—Sim, você é.

Nossos narizes se tocam em um beijo de esquimó e dessa vez não verifico em volta pois sei que não há tantas pessoas assim mas o que me deixa inseguro é o fato de nossa mesa está ao ar livre. De qualquer forma, afasto esse pensamento apoiando minha testa na dela e entreabro meus lábios avançando em sua direção mas antes que nossas bocas pudessem se juntar duas batatas voam entre nós, cada uma batendo em nossos rostos. Nos afastamos apenas para olhar na direção encontrando uma Taila com um olhar divertido.

—Caso você não tenha percebido, estávamos tendo um momento aqui.—minha namorada protesta gesticulando entre eu e ela, Taila abre um sorriso.

—Eu sei, mas caso vocês não queiram que o mundo fique sabendo disso é melhor tomarem cuidado. —lhe olho confuso não entendo do que ela está falando, sei que tem pessoas em nossa volta mas todos parecem não ter notado a minha presença.

—Do que você está falando?—Carlyn pergunta.

—Há um homem fotografando vocês, do outro lado da rua.

Carlyn vira seu rosto na direção onde o suposto paparazzi está enquanto eu não perco meu tempo fazendo isso, eles gostam quando olhamos para as câmeras e não quero facilitar seu trabalho.

—Logo ele cansa e vai embora.

Taila concorda e volta a conversar com elas, enquanto minha namorada volta seu olhar sapeca pra mim pegando duas batatas do prato e empurrando em minha direção.

—Vai.

—O que?

—No nariz.

—Não, tem alguém fotografando.

—Você está de costas, ele não vai conseguir fotografar nada.—suspiro me dando por vencido.

Pego as duas batatas e coloco dentro do meu nariz rindo por estar realmente fazendo isso. É bom estar com ela pois é nesses momentos onde esqueço toda a pressão do mundo em cima de mim para sempre ser perfeito pois caso contrário eles irão me "cancelar". Passo muito tempo preso em minha mente e julgando a mim mesmo o tempo todo então é bom não se levar a sério à todo instante. Carlyn pega outras duas e posiciona atrás dos seus lábios superiores como se fosse dentes de vampiro, gargalho alto fazendo ela fazer o mesmo mas não é uma boa ideia pois as batatas caiem de seus lábios.

—Deus...vocês são duas crianças.—Aaliyah diz chamando a atenção das demais para nós. O olhar da minha mãe é confuso me fazendo retirar as batatas do nariz me sentindo constrangido, só ela mesmo pra me fazer sentir como uma criança de dez anos levando sermão da mãe.

—E nojentos.—minha mãe acrescenta.

—Deixem eles, estão se divertindo.—Rosie diz.

Sorrio pois realmente estava.

(...)

Automaticamente acabo abrindo meus olhos mas como o quarto está escuro, nem ao menos percebo que fiz isso. Quando noto minha ação involuntária, solto um longo suspiro e me viro de lado na cama, fecho meus olhos porém mais uma vez acabo os abrindo sem que eu perceba. Solto outro suspiro e dessa vez é tão alto que temo que os outros andares tenha escutado, minha camisa parece estar pinicando minha pele o que me irrita ou talvez eu só esteja estressado por não conseguir dormir e qualquer coisa faz com que meu nível de irritação aumente. Arranco a camisa do meu corpo e me embrulho com o edredom, deitando novamente com a barriga pra cima, fecho meus olhos enquanto repouso minhas mãos em meu abdômen.

Tento pensar em composições futuras que pretendo fazer, isso sempre me adormece. Nunca falei sobre isso para ninguém pois temo que alguém pense "você é louco que até dormindo pensa no trabalho" mas na verdade, pra mim, é bastante relaxante pois assim começo a criar histórias como um filme em minha mente e encaixo frases de músicas sobre aquilo que imagino, pode ser tolo mas na verdade é bem divertido. Todavia, ultimamente eu não tenho criado essas histórias em minha mente para dormir, eu até tento no momento que deito minha cabeça no travesseiro mas de alguma forma minha mente sempre viaja até Carlyn e assim fico lembrando dos nossos momentos juntos ou criando momentos que poderíamos viver, até que eu durmo sem perceber.

Meu olhar vai para o criado-mudo ao lado da cama e visualizo meu celular carregando, penso em mandar uma mensagem para minha namorada, conversar um pouco com ela por mensagens ou ligação, se for ligação tenho certeza que conseguirei dormir depois de alguns minutos. Chego até em esticar meu braço na direção do aparelho mas então paro sacudindo a cabeça me auto repreendendo, ela está dormindo nesse horário. Além de que eu apenas desacostumei em dormir sozinho.

Normalmente, a única coisa que não me permite dormir é a ansiedade mas dessa vez não me sinto ansioso, apenas...estranho, algo está faltando. Tenho certeza que é porque me acostumei a dormir agarrado à Carlyn, Brian provavelmente riria como louco se eu contasse que não consigo pegar no sono por causa dela.

Estou acostumado a dormir com meu braço apoiado em algo, normalmente meu braço fica em volta da cintura de Carlyn quando dormimos de conchinha ou então fica abraçando ela pelos ombros quando ela dorme contra meu peito. Pego um dos travesseiros o ajustando na frente do meu corpo enquanto deito-me de lado, passo os braços pelo objeto como se fosse o corpo de alguém, talvez a sensação me ajude. Quase soco o travesseiro, minutos depois após continuar acordado. Estou extremamente com sono, passei a tarde inteira caminhando atrás de cinco mulheres fazendo compras então estou além de cansado, o problema é não conseguir me concentrar em dormir.

Ouço a campainha soar por todo o apartamento e logo olho na direção da minha porta, estico meu braço pegando meu celular e checo o horário vendo que são quase meia-noite. Enquanto caminho pelo corredor, na direção de sala, franzo as sobrancelhas em confusão, penso que até pode ser o Senhor Jason mas se teve alguma solução no caso da garota que bateu em minha porta alguns dias atrás, ele não me diria a essa hora. E se algo de ruim aconteceu com a minha família? Não, eles teriam me ligado desesperadamente. Talvez seja Carlyn mas não há motivo para vir até meu apartamento nesse horário. Ou talvez seja Brian, ele costuma bater na minha porta nos horários mais inoportunos após uma noite de bebida.

Destranco a porta dando de cara com uma Carlyn com a feição sonolenta, meu olhar cai mais para baixo notando que ela segura uma mochila.

—Eu...se você ainda quiser, eu gostaria de guardar essas coisas em uma de suas gavetas.—tento não sorrir mas é inevitável, ela percebe minha alegria pois logo acrescenta—Mas é apenas uma gaveta.

—Ok, apenas uma gaveta.

—Unicamente uma.

—É o necessário.—pego sua mão lhe puxando para dentro do meu apartamento.

—Hum...eu preciso voltar, para Picketing, quero dizer.

Ela parece meio perdida e nervosa, é raro as vezes em que ela fica assim e confesso que é extremamente adorável vê-la nessa situação, não escondo que estou me divertindo pois o sorriso em meu rosto é gigantesco enquanto retiro a mochila de seus ombros a pondo em cima do sofá. Me aproximo mais dela que mexe freneticamente no tecido de sua calça jeans preta.

—Então...você viajou durante meia hora no meio da noite para vim até o meu apartamento apenas entregar a mochila com suas coisas enquanto poderia ter feito isso amanhã?—meu tom soa divertido enquanto me aproximo em passos lentos em sua direção.

—Tecnicamente, foram quinze minutos pois não havia trânsito.

—Você poderia ter feito isso depois do seu trabalho, você sempre passa aqui.—junto nossos corpos e levo minhas mãos até seu pescoço introduzindo meus dedos na raiz do seu cabelo.

—Não queria esperar.

—Uhum, apenas por esse motivo?

—Sim.

—Sabe o que eu acho?

—O que?

—Que você é uma péssima mentirosa.—ela revira os olhos em implicância mas vejo um sorrisinho se formando no canto dos seus lábios.

—Não conseguia dormir.—ela finalmente admite.

—Ótimo.

Ótimo?

—Sim, porque assim você não teria vindo até aqui e eu também não conseguia dormir.

—Você poderia ter ido até minha casa.

—Não faria isso. Você que pediu para ficarmos umas noites sem dormirmos juntos e eu não poderia desrespeitar essa sua decisão, estaria invadindo seu espaço.—ela sorri enquanto seu corpo se aproxima mais do meu, nossas testas de juntam.

—E agradeço por ter feito isso, ter respeitado meu tempo e tudo mais...realmente significa pra mim.—sorrio.

—Você já jantou?

—Sim.

—Então apenas quer ir dormir ou quer comer algo ou tomar banho?

—Dormir, já fiz as outras duas coisas.

—Ótimo pois estou caindo de sono.

Carlyn se dirige na direção do corredor dos quartos enquanto eu vou atrás da mesma, acabo lhe abraçando no meio do caminho enquanto beijo seu rosto e acabamos indo dessa forma.

—Apenas para você não ser pega de surpresa, você irá encontrar um travesseiro na cama que eu estava abraçado mas em minha defesa o único objetivo dele era te substituir então não fique com ciúmes.

Ouço sua gargalhada preencher o corredor enquanto sua cabeça cai para trás contra meu ombro, abraço mais ainda sua cintura e sorrio ao ouvir a risada dela, é provavelmente um dos meus sons favoritos. Reviro meus olhos, não acredito que acabei de pensar nisso, daqui a pouco estarei comparando os olhos dela à elementos da natureza.

—Como você foi capaz de fazer isso?

—Eu precisava da companhia de alguém!

—Mas me substituir assim tão facilmente?

—Eu sinto muito amor...

—Apenas me responda algo, ela significou algo?—contraio meus lábios para não rir perante ao nosso teatro.

—Isso é tão feio de sua parte, alterando o gênero do pobre travesseiro, é o travesseiro e não a travesseira.

—Agora você está tentando se fazer de vítima quando o infiel aqui foi você.

—Você vai me perdoar, sabe que vai.—deixo um beijo em seu pescoço enquanto passamos pela porta do meu quarto.

—Sinto muito querido mas temo que nosso relacionamento não será capaz de sobreviver a essa traição.—afrouxo meus braços em volta de sua cintura fazendo ela girar seu corpo ficando de frente e entrelaçar seus braços em volta do meu pescoço.

Nosso relacionamento, estamos em um relacionamento.—testo as duas palavras, minha namorada me olha confusa e sei que estou sendo estranho mas as vezes parece que ainda não caiu a ficha que realmente estamos fazendo isso pois não parece que faz tanto tempo que nos reencontramos no início de dezembro e agora se passaram apenas dois meses, as coisas mudam muito rápido.

—O que foi?

—Não é nada, é que pra mim ainda é difícil de acreditar que realmente estamos juntos.

—O mesmo, tenho a sensação de que a qualquer momento irei acordar e perceber que isso é um sonho extremamente maluco mas um sonho que não quero acordar nunca.—sorrio juntando nossos lábios em um beijo simples.

—Vá trocar de roupa para dormimos.

—Eu vou ir buscar minha mochila.

—Pode usar minha camisa.—digo indo até a cama e pegando a camisa que retirei minutos atrás.

—Qual o sentido de ter trazido aquelas roupas para no final acabar vestindo as suas?

Dou de ombros mesmo que ela não possa ver pois está passando seus dois moletons e sua camisa de mangas cumpridas por cima da cabeça.

—Você pode usar as que trouxe quando for para a universidade. Quanto a noite...você usa as minhas ou nada.—ela me olha com deboche devido a minha frase com malícia.

—Bem que você adoraria.—a mesma retira a calça ficando apenas de lingerie e então retira seu sutiã, logo jogo pra ela minha camisa pois não quero que ela passe muito tempo exposta ao ar gelado.

—Eles costumam machucar?—pergunto referente ao sutiã que ela pôs junto com suas roupas. Já ouvi minha irmã bravejando pela casa dos meus pais falando sobre odiar essa peça de roupa mas nunca perguntei se eles machucam, não costumo ter amigas mulheres tão próximas pra perguntar sobre isso e na época em que eu namorava Lauren ainda não tinha tido essa curiosidade.

—Normalmente não, mas eles incomodam por isso todas as mulheres se livram deles na primeira oportunidade.

—Deve ser horrível.

—Você acaba se acostumando.

Não demora muito para desligarmos a luz do quarto e logo estarmos deitados de conchinha, aconchego meu rosto em seu pescoço puxando todo seu aroma e acabo sorrindo pelo conforto. Estou me tornando viciado nela, é a única explicação pra isso.

Que nada, estou apenas apaixonado e é assim que pessoas tolas apaixonadas se sentem e não há nada o que fazer para mudar.

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