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intro: collision

sejam bem-vindas à "afflatus"!
tenham uma boa leitura! <3

ABRIL DE 2018

     ACOMPANHANDO O TIQUE-TAQUE DO RELÓGIO pendurado acima de sua cabeça, Brooke batucava a ponta da caneta no caderno apoiado no colo. As pernas perfeitamente cruzadas exalavam elegância, contudo, a forma como seu pé se movia para frente e para trás denunciava seu nervosismo, sua ansiedade, seu tudo.

Uma mecha do cabelo castanho caiu sobre seus olhos, mas ela logo o afastou — agarrando o momento de distração para olhar as horas no relógio preso ao pulso. Por mais que em certas ocasiões, ocasiões como aquela, por exemplo, não houvesse para onde correr, ela detestava esperar. Principalmente porque sabia que Margot estava algumas portas à diante, sendo sedada para passar por um exame que exigia sua quietude — e ela não era uma cachorrinha nada quieta. 

Brooke descansou a mão com a caneta sobre o colo e usou os dedos da outra para massagear a ponte do nariz. Pela visão periférica pôde notar alguém sentando-se ao seu lado. Se não estivesse ali há tanto tempo ou então meio desconcentrada do caderno talvez não tivesse percebido que a pessoa sentada cerca de duas poltronas depois da sua era Lewis Hamilton. 

E há minutos ela vinha fingindo normalidade. Como se já não devesse estar acostumada a vê-lo na clínica. Brooke não era tão fã de Fórmula 1, mas sabia quem ele era, não tinha como não saber, e vez ou outra o via na recepção ou entrando na sala da Dra. Collins com dois buldogues — com certeza os bichinhos que andavam com ele pelo paddock. 

Sua mãe era apaixonada pelo esporte a motor e acompanhava a Mercedes desde os tempos de Brawn GP. Vira o garoto de Stevenage despontar no grid de uma forma impressionante, sendo campeão em seu segundo ano na categoria contra um piloto bicampeão, e ascender na equipe alemã sob a tutela de Niki Lauda. Brooke costumava escrever na mesa da sala enquanto a mãe assistia às corridas na companhia do pai.

Pouco depois de voltar a se concentrar no caderno, que continha não mais que vinte palavras escritas, ela ouviu alguém pigarrear. Em instinto de curiosidade, virou o rosto para a direita, a única direção onde havia uma pessoa. 

— Sempre que eu te vejo — Lewis começou a falar, abrindo um sorriso amistoso para Brooke. — você está com um caderno e uma caneta. Gosta de escrever? 

Ela franziu o cenho, mas devolveu o sorriso. De forma alguma estava esperando aquela pergunta. 

— Desculpa se pareci intrometido, eu… — o piloto tornou a falar, percebendo a confusão sobrevoando a cabeça da mulher.

— Não precisa de desculpar. É só que… as pessoas não costumam reparar muito nisso. Uma pessoa com um caderno e uma caneta costuma ser só… uma pessoa com um caderno e uma caneta? — riu e deu de ombros. — Mas, é, você está certo. Eu gosto de escrever. Sou escritora, na realidade. 

Lewis arregalou os olhos um pouco e concordou com um aceno de cabeça. Bom, não era o maior fã de livros e tal, mas gostava de ler algumas coisas de vez em quando. Além do mais, achava particularmente interessante a forma como os autores conseguiam ser criativos em suas obras. Desenvolver tramas, personagens e universos não é para qualquer um.

— E você tem algum livro publicado? — quis saber. 

Mais uma vez Brooke ficou confusa. No entanto, dessa vez esforçou-se para não deixar tão na cara que não estava entendendo o rumo daquela conversa. Não que acreditasse no que os filmes clichês diziam sobre atletas não gostarem de ler e coisas parecidas, mas não era exatamente esperado que Lewis Hamilton puxasse conversa com ela sobre… livros e escrita. 

— Ainda não. — Brooke respondeu com sinceridade. Seu coração apertou, mas ela conteve aquela sensação. — Mas estou trabalhando nisso. Ainda não consegui encontrar algo que valha a pena ser escrito e publicado.

Lewis arquejou, surpreso. Quis sair de onde estava e sentar mais perto dela, no entanto, decidiu que era melhor não. A mulher de cabelos longos que usava óculos redondos certamente chamou sua atenção — ela não era apenas bonita, exalava algo mais — mas talvez fosse melhor não se aproximar tanto. Aquela conversa já deveria estar sendo estranha o suficiente para ela.

— Ao meu ver — Brooke continuou —, nem todas as ideias são dignas de uma publicação, e eu quero que o que quer que eu escreva seja bom de verdade. 

— Que valha a pena seu esforço. 

— Exato! — aquiesceu e perpassou os olhos pelo caderno desgastado. Estava com ele há tantos anos. — Quero que compense o tempo que eu saí na rua com esse caderno e os olhares esquisitos que recebi.

Lewis deu uma risadinha. O que havia de estranho em uma pessoa escrevendo em um caderno? 

— Sempre vai haver alguém para achar esquisita e boba qualquer coisa que você faça. — recostando-se na cadeira, ele alargou um pouco mais o sorriso.

— É por isso que eu não paro de escrever. — Brooke piscou. Nesse instante, a porta de uma das salas do corredor à frente da recepção foi aberta, revelando uma mulher ruiva com um jaleco branco. Os olhos da escritora brilharam e ela se levantou ao ouvir seu nome ser chamado. Com cuidado guardou o caderno e a caneta na bolsa presa na lateral do corpo e virou-se para o piloto. Ele a estudava com afinco, embora com bastante discrição. — Foi um prazer te conhecer. Ou melhor, conversar com você, Lewis. — foi a vez dele de franzir o cenho e a dela de rir. — Ah, me chamo Brooke. Nos vemos por aí. 

Sem dar oportunidade para que Lewis a respondesse, Brooke deu as costas e foi ao encontro da veterinária. O exame tinha acabado e agora elas podiam ir pra casa. 

MAIO DE 2018

     MARGARET LOSEN ESTAVA TÃO ANIMADA que era como se nunca tivesse assistido a uma corrida em um autódromo. Mas sua agitação talvez se devesse a estar na companhia da filha; Brooke não gostava de lugares agitados, pessoas barulhentas e respirações batendo em seu pescoço — três das coisas que compunham a atmosfera de um paddock. 

Mas, por algum motivo, ela aceitara ir para Silverstone naquele domingo. Não sexta e sábado, apenas no domingo. 

Depois de muito andarem, tietarem alguns pilotos aqui e ali e visitarem as garagens das equipes que Margaret mais gostava, estavam paradas na frente da Mercedes. Os olhos da mulher brilhavam como pérolas recém saídas da concha. Poucas coisas no universo deixavam-na tão fascinada quanto a Fórmula 1 em seus bastidores. 

Brooke gostava de pensar que o que a mãe sentia pelo esporte era como o que ela sentia pela escrita. 

Com a mão, protegeu os olhos da luz solar. Não bastasse estar rodeada por tantas pessoas, pessoas as quais ela perscrutia na tentativa de decifrar quem realmente eram por trás dos sorrisos animados e das camisas da Mercedes — Será que sorriam tanto no dia a dia? Falavam tão alto e pareciam sóis ambulantes? Ou eram como as nuvens cinzentas que estavam sempre presentes no céu londrino? Quais eram seus traumas? O que as fez ser quem se tornaram? Ela gostava de pensar nessas coisas. Era uma forma de entender o mundo ao seu redor, ser mais realista no que escrevia. Porque até mesmo os contos de fada mais clichês precisam de uma dose de realidade. —, Lewis Hamilton estava alguns centímetros à sua frente, alternando a atenção entre sua mãe e outros torcedores. 

Brooke estava tão imersa no próprio universo que sequer foi capaz de resistir às puxadas de Margaret para que ela se aproximasse mais do box da equipe alemã. Quando seus olhos encontraram o do piloto, dezenas de perguntas atravessaram sua mente. Será que ela ainda se lembrava dela? Eles se viram algumas semanas atrás, ela tinha ido buscar alguns remédios para Margot e Lewis parecia ter ido em outra consulta com o cachorro, mas seu rosto não era exatamente memorável. A escritora tinha uma aparência comum: olhos claros, cabelo longo e meio loiro e a ausência de qualquer característica que a tornasse digna de ser lembrada. 

Uma rajada de vento cortou seu caminho, fazendo seu cabelo se esvoaçar e tampar sua visão. Assim que os fios voltaram ao lugar, encontrou o olhar do piloto sobre si. Ela abriu um sorriso trêmulo e ele retribuiu, voltando a distribuir autógrafos e fotos para a torcida. 

Uma ruga surgiu entre as sobrancelhas de Brooke quando o celular vibrou no bolso da calça. Escorregou a mão para dentro dele e tirou o aparelho daquele aperto, sendo espremida por um mercedista receoso de não conseguir uma foto. Brooke desbloqueou a tela e leu as mensagens que flutuavam no ecrã. 

— Mãe — esticou-se para mais perto da genitora, que agora segurava uma espécie de cartão para Lewis autografar. — Eu acho que vou precisar ir embora. 

Margaret franziu o cenho.

— Por que? — quis saber.

— A Dalmi. 

Aquele único nome foi capaz de fazer a mulher entender até o que não havia sido dito. Ela fez bico e abraçou a filha de lado, depositando um beijo em sua têmpora. Era uma verdadeira tristeza que Brooke não pudesse ficar para assistir a corrida. 

Lewis, que silenciosamente observava a cena em sua frente se desenrolar, percebeu que a escritora estava indo embora. Não sabia dizer se era do circuito ou da área dos boxes, mas nenhuma das opções o agradaram. Gostara de conversar com ela naquele dia e nas outras vezes que se encontraram já clínica veterinária.

Atentou-se à forma como ela digitava com rapidez ao celular e foi igualmente rápido ao tirar um cartão do bolso e anotar algo nele. Antes que Brooke fosse engolida pela torcida, Lewis tocou seu ombro e estendeu-lhe o cartão assim que ela se virou. 

Brooke arqueou as sobrancelhas. Não estava entendendo nada, mas ainda assim aceitou e foi se afastando. Ao estar distante o suficiente de toda aquela agitação, encarou o cartão que fora lhe dado pelo campeão da Mercedes. Nele havia um autógrafo que ela com certeza não pedira e… bom, um número.

Além da curta e direta frase:

"Não peguei seu número, mas te dei o meu :)"

─── ✦ ── ×✕× ── ✦ ───

olá, olá, olá, olá! como vocês estão?

essa shortfic foi escrita para o desafio do mês de julho da plataforma vizinha (sim, o spirit fanfics), e eu gostaria de ressaltar alguns pontos :)

1. "afflatus" terá apenas cinco capítulos, além disso, tem classificação de songfic e obra dramática. leiam cientes de que, talvez, as coisas não desenrolem da forma que vocês esperam.
2. certos acontecimentos descritos nos capítulos não farão par com a realidade. e como se trata de uma fanfic, as personalidades e ações retratadas aqui não tem ligação com a pessoa de lewis hamilton ou demais pessoas reais envolvidas.
4. essa fanfic terá um formato diferente. "ah, yas, como assim diferente?" bom, eu contarei apenas pedaços — os momentos mais importantes e cativantes — da história da brooke e do lewis; a narração não vai ser convencional, com toda a caminhada deles sendo detalhada ao longo do capítulos (até porque não dá pra contar toda uma história de amor em cinco capítulos, né?).
3. não é bem algo a se ressaltar, mas eu ficaria contente demais se vocês comentassem nos capítulos. para um autor, saber o que os leitores acham da sua obra é importante demais, então deixem seus comentários (por favorzinho)!

bom, é isso. o que vocês acharam do primeiro capítulo? espero que vocês tenham gostado e continuem acompanhando afflatus!

para as interessadas, eu tenho outra fanfic com o lewis disponível aqui no meu perfil. ela está em processo de reescrita e se chama nervous. lá vocês vão conhecer a história do nosso querido heptacampeão e da maravilhosa engenheira alira senna! eles são uns fofos, juro!

no mais, perdoem os erros ortográficos; os capítulos dessa shortfic não estão revisados!

me digam o que acharam, tá? e obrigada por lerem até aqui! nos vemos no próximo capítulo! <3

com amor,
yas.

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