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1.3 - ... direção

2562 Words

O dia enfim havia chego e como meu irmão profetizou eu estava com vontade de vomitar desde que acordei.

― Tudo parece estar perfeito não? ― Sua voz serpentinosa e doce me faz arrepiar.

Me viro deparando com esse homem que faz meu coração dançar valsa com os demais órgãos.

Minhas tias tinham apelidos derivados de estrelas por causa da mania maldosa de meu pai de as chamar de estrelas cadentes; e meus tios até o que não falamos sobre tinha um apelido derivado de meteoros; tudo para manter esta temática espacial acima de todos que meus pais adoravam ostentar.

E com isso me pegava imaginando que apelido daria a ele, como se algum dia eu pudesse assumir nossa relação ao ponto de fazer isso.

Talvez algo referente a um cometa, pois eu tinha vontade de fechar meus olhos e fazer pedidos, ou poderia cair destruindo tudo. O misto de um sonho e o pesadelo que me afligia.

― Como planejado. ― Correspondo caminhando até ele.

Não sou como minha irmã e entendo vagamente sobre os não humanos, mas o que sei é que ele é mestiço sendo metade Monster e metade Selkie e por isso ele tinha essa aparência e comportamento tão diferente. Sabe aquelas pessoas enérgicas, que "precisam" desesperadamente gastar energia se não surtam? Ele é exatamente assim.

Minha irmã dizia que sua violência exacerbada era algo da raça Selkie e que o fato de ser mestiço com um Beta agravou tal detalhe, mas eu não entendo nada disso nem para concordar ou discordar.

― "Tudo" mesmo? ― Me pergunta ao erguer uma sobrancelha de forma safada e eu já engulo seco.

Como em todos estes anos ele ainda não levava a sério o perigo que era sermos descobertos?

― Falta um detalhe. ― Murmuro sério olhando em volta procurando por uma pessoa em especial.

A festa de coroação mal havia começado e os convidados se aglomeravam no salão, agitados como o esperado; famintos pela minha chegada, mal esperando para começar suas bajulações tentando me convencer de coisas que já haviam desistido com meus pais.

Eu seria o que chama de peixe novo...

Até parece.

Eu não era nenhum garoto ingênuo fácil de ludibriar, não fui escolhido à toa; só tinha um problema a resolver:

Logicamente iriam exigir que eu tivesse herdeiros, entretanto isso não era algo que me parecia ser possível. Só a ideia de ser obrigado a me deitar com uma mulher me dava nojo. Eu não gostava e pronto, não dava para forçar.

Eu sei que tinham homens que conseguiam, outros até que chegavam a gostar. Mas como este não era o meu caso, pensei em um plano:

A pouco menos de um ano, um dos nobres que vivem dentro dos terrenos do castelo veio em pânico pedir socorro a meus pais. Ele revelou descobrir que sua única filha estava a se engraçar com um dos soldados.

Não podia julgar a garota, o cara era um pecado.

Mas para um nobre como ele isso foi à gota d'água e ele enviou a menina a um convento exilado. Ele não se irritou por ela se entregar a um homem antes de se casar, isso era exigência da coroa; mas sim por se envolver com um simples soldado, sendo que ela era de uma casta mais elevada.

Minha ideia era simples: me casaria com ela e a deixaria em paz com seu soldado. O único problema continuaria sendo gerar herdeiros meus, mas por sorte o meu parceiro era um não humano e ele tinha seus contatos nas profundezas do oceano que poderiam resolver isso de uma vez.

Como não entendo nada de magia, deixei esse assunto por conta dele enquanto eu cuidaria da parte burocrática do plano.

Sempre fui o mais quieto e estudioso dos irmãos e passar o resto da vida enfurnado atrás de uma mesa com a mente cheia de burocracias e problemas sociais me parecia uma boa vida. Da mesma forma que meus irmãos viam tranquilidade em se embrenhar em aventuras perigosas com grande risco de vida eu me via em paz nesta vida aparentemente estressante.

E em falar de irmãos guerreiros Etnecserc vinha em minha direção com seu semblante sério de sempre.

Trajava um lindo vestido branco com detalhes em azul escuro, que exibia toda sua feminilidade latente deixando todos admirados como sempre; ela com toda certeza herdou toda a imponência de nossa mãe.

― Creio que hoje estará muito ocupado. Podemos marcar uma reunião para amanhã? ― Pergunta séria e cordial como se fosse um nobre e não minha irmã mais velha. ― É um assunto que creio ser melhor tratar com seriedade.

― O que é isso? Somos irmãos não? Pode me dizer qualquer coisa a qualquer hora. ― Sorrio, mas ela me olha tão séria que ele se desfez. ― Juro que estou levando este título a sério. Eu só não quero mudar nossa relação, juro que não irei dar privilégios a ninguém por ser família ou amigos. ― Pontuo sério e ela suspirou rendida.

― Será um rei gentil. Me preocupo se dará conta de manter esse coração bondoso e puro. ― Diz seria me encarando. Eu tinha toda noção das guerras que nos circundavam e de como era estressante manter a paz com os aliados. Mas não iria me corromper por isso.

― Fácil. Só não me deixar corromper. ― Pontuo firme e ela sorri. ― Eu tenho as mesmas noções que você, estou ciente de tudo e da nossa realidade. Mas darei um jeito de fazer as coisas a meu modo. ― Disse e senti que ela queria me abraçar forte, mas se conteve por estarmos em meio a minha festa de coroação.

― O que preciso te dizer... é algo muito grave. E estou lhe confiando isso justamente por saber que tem este coração bom e que agirá diferente de nossos pais. Então estou me aproveitando de sermos irmãos. ― Confessa pesarosa ao se recostar a uma pilastra. ― É que... eu estou grávida. ― Ela completou convicta e firme, não parecia tímida ou envergonhada pelo relato. Era um fato que já tinha pensado e analisado friamente e estava apenas a me comunicar e não pedir ajuda.

Fiquei sem saber o que dizer ou como reagir.

Milhares de pensamentos se passaram em minha mente, muitos deles eram voltados à pergunta: "Quem é o pai?" e os demais a como resolver este problema.

― Sei que fui prometida ao príncipe das fadas. Mas... eu já estava em uma relação há muito tempo. E tenho certeza de que Los também não quer ser prometido à princesa Algeriah, ele já ama outra pessoa assim como eu. Como rei... pode nos libertar destes compromissos antiquados?

― Você mesma falou para eu não ser... Unf. ― Bufo pensativo. ― Sim eu concordo que obrigar casamentos é algo que eu pretendo extirpar deste reinado e pode começar assim que eu por esta coroa. ― Digo ao olhar o manto vermelho escaldante que encobria a peça mantendo seu mistério. ― Mas qual será seu plano? ― Pergunto preocupado e ela me sorri tranquila.

― Não tem com o que se preocupar. Viveremos muito bem e poderá conhecer seu sobrinho ou sobrinha com tranqüilidade. Apenas tive de manter segredo pois... O pai e a mãe tem mentes muito fechadas.

― Ele também é um não humano? ― Pergunto banhado em curiosidade.

― Também? ― Diz com certo nojo demonstrando realmente não ser o caso dela. ― Quem está com uma relação com "um deles"? ― Me pergunta preocupada e bem enojada com tal ideia.

― Eu imagino que Los. Tem algum humano lá fora? ― Embromo com cara de criança honesta e ela ri da minha cara, caindo como um patinho.

― Claro que tem. Mas pelo que ouvi de nosso tio eles são muito diferentes. ― Pontua séria olhando para o céu. ― O reino deles tem nome de cidades, as carroças são nojentas e emanam fumaça como fogueiras fedorentas e o céu deles é cinza por causa disso tudo. ― Pontua lembrando dos detalhes das histórias de nosso amado tio Aventureiro. ― Eles tem melhor educação e todos sabem ler e escrever, também tem melhores remédios que os salvam das nossas doenças. Mas... eles criam doenças piores e mais perigosas com seus alimentos e modo de vida. A maioria dos líderes são gordos e o povo se acumula em lixo, pois não há espaço para tanta gente; alem de ter fome e roubos serem naturalizados.

― Parece um lugar horrível.

― O tio diz que é um lugar diferente. Que é bom que como rei, você vá conhecer ao menos uma vez, para entender o erro deles e seus lados bons. ― Ela diz convicta tentando me convencer a deixar as muralhas, mas isso era suicídio para alguém como eu.

Eu não precisava ir desde que me contassem o que precisava saber. Eu sei que faz diferença ver com meus próprios olhos, mas o risco era alto demais.

― Só com seu relato encontrei um erro. Se a medicina é tão boa ao ponto de a mortalidade diminuir tanto e eles precisam de mais espaço e comida para uma população crescente... Eu não vi nada sobre um controle de natalidade. ― Pontuo pensativo.

― De fato será um bom rei, tem a capacidade de analisar cada detalhe que para mim foge. ― Sorri ao acariciar meu rosto. E sair em direção a nosso tio, que mais uma vez estava a cortejar nossa mãe.

Este lugar me deixava curioso.

O mundo depois do muro.

Como eles lidavam com os monstros?

A festa continuava e eu fiquei pensando nisso.

O mundo fora da muralha deveria ser fantástico, cheio de tantas coisas a se ver e descobrir. Mas como rei meu dever não estava lá fora em aventuras; eu deveria fazer deste lugar um ótimo reino para que o povo cresça bem feliz e forte. Seria muito bom ter este conhecimento a mais, mas medir os riscos e os pontos era importante.

Meus pais e avô achavam perigoso perder a identidade do reino e nossa cultura. Mas meu ponto nem era este, e sim cair nos pecados dos outros povos. A ganância e a preguiça parecia ser o maior mal destes reinos denominados de cidades; e eu não queria este mal por aqui.

Muita coisa fácil fazia um povo acomodado. Ser um rei é como ser o pai de um povo inteiro, se mimar de mais ele não saberá se virar e não dará valor ao que tem.

O momento enfim chegou.

Respirei fundo ouvindo o riso zombeiro de Avon esperando que eu passasse mal de nervoso, e o olhar de força e positividade de Los. Etnecserc me ajudava a ajeitar a gigantesca capa que ganhara de presente e atar a espada de lâmina negra tão opulenta a minha cintura.

Aquilo não combinava nada comigo, me dava um ar de imponência e força que eu definitivamente não possuía.

Gelei e quase tive um colapso nervoso ao ver Etnaugnim vir junto "dele" como se fossem bons amigos. De fato ela deve ter ido contar o que sabia, pois atrás dos dois podia perceber a penumbra que era aquele gárgula que a acompanhava desde crianças.

― Um "amigo" pode dar uma força que não esperamos. ― Diz ao sorrir para mim como se aprovasse nossa relação e um quentinho aperta na minha alma.

De fato este reino era contra a homossexualidade, porem pareciam encrencar apenas com a masculina uma vez que as damas morriam de amores por Etnecserc e tal fato era tratado como algo divertido ou até mesmo um fetiche.

Ver duas mulheres juntas era algo tranquilo como se fosse uma fase que toda garota passa em algum momento, mas se um homem tivesse algo com outro era uma atrocidade.

Este povo era... Unf!

Eu queria tanto transformar este reino como o outro, mas eu não podia; por um simples e lógico motivo: aqui era a concentração de pessoas preconceituosas de todos os três reinos, ou seja, nos demais as pessoas podiam viver livremente sem sofrerem nem mesmo com maus olhares; todos que não gostavam vinham morar aqui. Então pelo bem destas pessoas este reino concentrava toda essa toxicidade.

Caminhei até o grande palanque construído para este dia sentindo o peso da capa vermelha me puxar para trás, e o peso da espada me dragar para baixo. Até pareciam metáforas de como a minha vida seria. Mas segui firme e elegante até o ponto em que seria visto por todo o reino.

Olhei para baixo como se me pusessem como um Deus acima de todo meu povo, com aquele palanque de madeira e vidro.

Seus trajes sujos de trabalho duro me davam orgulho, ninguém era obrigado a se vestir de uma forma específica para tal momento além da família real. Era um povo trabalhador e educado; me olhava com olhos apreensivos e desembainhei minha nova espada seguindo os passos do ritual de coroação; me arrependendo por não ter treinado tal movimento durante a semana que tive pois o peso dela parecia que iria arrancar meu braço; mas me mantive firme para não assustar o povo e aparentar que seu novo rei era fraco.

Meu pai parou do meu lado direito e minha mãe no esquerdo.

O comando era dela e não dele e por conta disso seria ela a pôr a coroa em minha cabeça, simbolizando essa passagem de poder.

Tirou o manto sobre a coroa e a exibiu reluzente a todos.

Ela era translúcida como a água límpida de uma cascata; suas pontas ornadas a pedrarias e jóias pareciam gotas e definitivamente muito bela.

A mudança da coroa significava a mudança de um comando, que tudo mudaria e que nem mesmo este ornamento seria passado, tudo teria de ser novo.

Respirei fundo quando senti ela por o objeto tão cobiçado em minha cabeça.

Imaginei que seria de um peso tremendo como era a de minha mãe, mas não. Era leve como uma coroa de flores, mais leve até. Mal o sentia sobre mim.

Seria esse o significado de meu reinado de agora em diante?

Sim eu planejava ser transparente como as águas límpidas do rio que cortava os sete reinos, e esperava que o peso da coroa fosse mesmo tão leve quanto o de sua representação material.

oOoOoOo — PS:

Anos se passaram e minha querida irmã se mostrou mais do que uma boa pessoa, uma poderosa aliada; não apenas para o reino mas para minha vida íntima.

Graças a ela pude ter um filho junto de meu amado.

Ele por ser um tritão tinha seus conhecimentos, entretanto esconder a magia de olhos curiosos e cheios de julgamento era imensamente importante.

Estava mais nervoso do que no dia de meu casamento com a princesa "foda-se" escolhida para me dar herdeiros e fazer uma uniao dos reinos. Ele havia ido buscar o ovo que iríamos fecundar juntos e minha querida irmã fez o favor de encobrir tudo anunciando seu casamento com um feérico e criando o maior alvoroço.

Enquanto o ovo germina, ela manteve as atenções sobre si e sua relação que para todos era profana e a criança pode nascer em paz. Sendo criado como filho apenas dele, enquanto o herdeiro ao trono era criado por mim, assim como seu irmão, o filho do homem por quem minha rainha era realmente apaixonada.

Tínhamos isso em comum.

Nossos segredos.

Bem, o relato do irmão do meio acabou. Espero que tenha gostado dele, ele irá aparecer no dos irmãos, afinal é o Rei assim como eles apareceram no dele.

Cada irmão tem seu jeitinho de narrar e ver o mundo.  S2 Bjs

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