REVISADO

( Oie amores passando pra falar sobre ⚠️Alerta De Gatilho⚠️ nesse capítulo ok? )

― Mas eu preciso encontrar uma maneira de tirar o Miguel da minha vida ― digo, colocando o pano na mesinha ao lado, sentindo o peso da decisão.

― Você ainda gosta dele? ― Nick pergunta, e eu coloco uma das minhas mãos sobre o peito dele, buscando um conforto que sei que não deveria.

― Isso dói? ― indago, ignorando a pergunta, enquanto a tensão no ar se intensifica.

― Bastante... ― ele responde, e, impulsivamente, desço mais a minha mão, explorando o que sinto por ele.

― E aqui? ― pergunto, mantendo o olhar fixo no dele, mas logo me abaixo na altura do abdômen e desço mais a minha mão ― Ou aqui? ― Ele ri, o som leve quebrando a tensão.

― O que você tá fazendo? ― ele pergunta, a risada misturada com um toque de curiosidade.

― Preciso checar a sensibilidade. Pode haver algum nervo danificado ― digo, passando a mão pelo corpo dele, tentando misturar o cuidado com a provocação.

― Não sei... mas o calor das suas mãos não deve ser bom pro inchaço ― ele comenta, e eu rio, prestes a me afastar, mas ele segura minhas mãos, colocando-as de volta sobre o peito dele.

― E você parece mais inchado... ― digo, me aproximando, sentindo a eletricidade entre nós. Abaixo minha cabeça e beijo o peito dele com cuidado, descendo os beijos para os machucados, observando como ele joga a cabeça para trás, perdido no momento.

― Você tá passando dos limites, maninha... ― ele diz, segurando-se na cadeira, e não consigo conter o riso. Me aproximo dos lábios dele, quase encostando.

― Isso é um jogo muito provocativo... ― mordo os lábios, desafiando-o.

― Você quer que eu pare? ― pergunto, a respiração entrecortada, enquanto ele suspira, a luta interna evidente em seu olhar.

― Você consegue resistir? ― ele responde, um sorriso brincando em seus lábios, e eu o sigo, o coração acelerado.

― Por que nós mulheres nos atraímos pelos malvados? Vocês são tão convencidos... ― digo, dando um beijo suave no peito dele ― mentirosos... ― beijo o outro lado ― e violentos! ― concluo, aproximando-me dos lábios dele e beijando-o com intensidade.

― Você tá enganada! ― ele diz, o olhar fixo no meu.

― Eu não sou assim! ― ele afirma, e, antes que eu possa responder, seus lábios encontram os meus. Mas somos interrompidos por Miguel.

― Addison! ― escuto Miguel me chamar, e o calor do momento se dissipa instantaneamente. Me afasto, vendo Miguel entrar com duas taças e uma garrafa de algo. Levanto-me rapidamente, sentindo a adrenalina.

― Aí, você tá bem? ― ele pergunta a Nick, que se levanta, vestindo a blusa com um olhar desafiador.

― É, eu ouvi, mas eu que levei as pancadas! ― Nick diz, passando por Miguel enquanto abotoa a camisa.

― Valeu, eu tô bem! ― digo, me virando para Miguel. Um silêncio tenso paira entre nós.

― Ehh... ― começo, hesitando, antes de olhar bem nos olhos dele ― Você queria que eu te perdoasse... só se você não disser nada... por favor! ― peço, a voz firme mas cheia de fragilidade.

Miguel abaixa a cabeça, e, sem mais palavras, saio de lá, deixando ele sozinho, enquanto o peso do que aconteceu fica pairando no ar.

Chego no quarto da Noah e bato na porta. Ouço um “entre” e, ao abrir, vejo seu olhar surpreso.

― Ah, você! ― ela diz, e um sorriso fraco surge em meu rosto enquanto fecho a porta atrás de mim. ― Está tudo bem? O que aconteceu?

― Nada, só estou percebendo que, desde que chegamos aqui, temos estado distantes ― digo, caminhando até a cama dela.

― Eu também percebi isso, mas pensei que você não quisesse conversar após o desentendimento que tivemos ― ela responde, sua voz carregada de preocupação.

― Noah, você é minha irmã mais nova e eu te amo. Daria minha vida por você. Você é minha calmaria no meio da tempestade, e sempre vou te perdoar. Mesmo que faça a coisa mais estúpida da sua vida, eu estarei aqui ― digo, sentindo meu coração apertar. Ela sorri, um sorriso tímido, e me abraça com força.

― Você pode dormir aqui esta noite? Assistir a um filme e conversar sobre você e o Nick? ― sugere, com um brilho travesso nos olhos. Fico surpresa com a menção do Nick e ela ri ao ver minha reação.

― E... eu... e o N... Nick? ― gaguejo, tentando processar. ― Como assim...?

― Ah, qual é? Só nossa mãe pra não perceber os olhares que vocês trocam e as encaradas que o Nick te dá quando você não está olhando ― ela diz, rindo. Meu coração acelera. Ele fica me encarando sempre? ― Fora que eu vi vocês se beijando lá na varanda. Para ser sincera, eu shippo vocês! Vocês combinam! ― ela exclama, e um sorriso involuntário surge em meu rosto.

― E você? O que aconteceu com o Dan ou o Mário? ― pergunto, interessada. Ela respira fundo, parecendo hesitar por um momento.

― Eu e o Dan seremos apenas amigos. Conversamos e resolvemos tudo, mas o que ele fez foi errado... ― ela diz, forçando um sorriso. ― Já o Mário, eu gosto dele. Gosto da maneira como ele me trata e se preocupa comigo... ― diz, seu sorriso se iluminando.

― Humm, tá apaixonada! ― digo, provocando-a, e ela ri, os olhos brilhando.

― Ah, ele é gentil, fofo, simpático... ― ela responde, parecendo boba de felicidade, e não consigo evitar rir com ela.

― Sim... ele realmente é! ― concordo, e, enquanto o clima leve continua, lembro-me da dor de cabeça que me acompanhava. ― Você tem algum remédio pra dor de cabeça? ― pergunto.

― Ah, sim, está dentro da gaveta! ― ela diz, apontando. Sorrio em agradecimento e decido me levantar. ― Vou ligar a TV ― ela fala, levantando-se da cama.

Vou até a pequena escrivaninha, mas, ao abrir a gaveta, meu sorriso desaparece ao encontrar uma foto. É eu, Noah e aquele homem que eu costumava chamar de pai. Nesse instante, um flashback doloroso se abate sobre mim, me arrastando para o passado...

⚠️Alerta De Gatilho⚠️

FLASHBACK ON

Eu estava brincando no jardim e Noah pintando seus desenhos no quarto e a nossa mãe tinha ido comprar algumas comidas....

Vejo meu pai se aproxima e me puxar pelo o braço, eu já sabia o que ia acontecer, ia acontecer aquilo de novo, eu tentava relutar contra seu aperto mais era em vão...

― Não papai, por favor! ― ela pedia chorando, o corpo dela todo dia estava totalmente dolorido do fato de ele abusar ela sempre pra satisfazer ele

― Cala a boca sua vadiazinha estúpida ― ele diz jogando ela no chão

― Por Favor papai! ― ela pedi se encolhendo no canto do quarto escuro que ele tinha jogado ela

― Garota você tem que prestar pra alguma coisa, além de atrasar minha vida ― ele diz abrindo o cinto do sua calça enquanto eu chorava no canto do quarto...

FLASHBACK OFF

Sinto uma lágrima escorregar pelo meu rosto e a limpo imediatamente, tentando apagar as memórias que me atormentam. A dor é tão intensa que parece atravessar meu ser. Até hoje, consigo sentir a mão dele passando por todo meu corpo, deixando um rastro de medo e inquietude que me acompanha como uma sombra.

― Addison! ― escuto Noah me chamar, e sua voz me puxa de volta à realidade. ― Achou? ― Ela se aproxima, sua expressão preocupada.

― Sim, eu achei! ― respondo, limpando rapidamente os olhos para não deixar que ela perceba minha vulnerabilidade.

― Você tá bem? ― ela pergunta, o olhar penetrante e solidário.

― Sim, eu só preciso de um banho. Estou bem cansada... ― minto, embora a verdade seja que me sinto exausta, não só fisicamente, mas emocionalmente. Respiro fundo, tentando reunir forças para continuar. ― Podemos deixar o filme pra outro dia?

― Ah, claro, tudo bem ― ela diz, e a compreensão em sua voz me acalma um pouco. Quando estou prestes a sair do quarto, ela me chama novamente.

― Ei! ― sua voz é suave, mas firme, e me viro, sentindo um nó se formar na garganta. ― Independente do que você tá sentindo, eu tô aqui, ok? Não adianta eu estar com você nos momentos bons e felizes se, nos tristes, você sofre sozinha... ― suas palavras são um abraço caloroso que me envolve.

Agradeço mentalmente por ter uma irmã tão forte e carinhosa. Um sorriso fraco surge em meus lábios, mas não é suficiente para esconder a tempestade que ainda se forma dentro de mim. Assinto, consciente de que preciso ser honesta, mas o medo de abrir meu coração me impede de falar.

― Saio do quarto, os pés pesados, como se cada passo me levasse de volta a memórias que preferiria esquecer. Enquanto caminho pelo corredor, as paredes parecem se fechar ao meu redor, cada sombra sussurrando os ecos do passado. Não posso permitir que isso me consuma, mas a batalha interna é exaustiva.

― No fundo, sei que Noah está certa. Não posso me isolar. Ao mesmo tempo, a ideia de abrir meu coração, de expor as feridas que ainda sangram, é aterrorizante. Não quero que ela veja minha fraqueza.

― Ao chegar ao meu quarto, me tranco. O silêncio me envolve e, em meio a ele, as memórias continuam a me assombrar. Olho para o espelho e vejo a imagem de uma garota perdida, lutando contra fantasmas que a puxam para baixo. É um ciclo vicioso: a dor que não consigo esquecer e o desejo de seguir em frente. A luta é constante, e cada dia é um novo desafio.

― Decido que preciso de um banho quente, algo que possa me trazer um pouco de conforto. Enquanto a água escorre pelo meu corpo, sinto as lágrimas voltarem, mas desta vez, deixo-as fluir. A água quente se mistura com minha dor, criando um momento de purificação. É um pequeno alívio, um lembrete de que, mesmo em meio à tempestade, ainda posso encontrar uma centelha de esperança.

― Quando saio do banheiro, respiro profundamente, sentindo-me um pouco mais leve. Não tenho todas as respostas, mas sei que, com Noah ao meu lado, a jornada será mais suportável. Posso não estar pronta para compartilhar meus medos agora, mas, aos poucos, espero encontrar a força para abrir meu coração. A vida continua, e eu também preciso continuar.

CONTINUA...

UMA COISINHA ANTES DE SURTOS ATRÁS DE SURTOS KKKKKKKKKK

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DESSE CAPÍTULO...

A MIMHA BEBÊ JA SOFREU TANTO QUE NÃO SABE A QUEM RECORRER...

ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO 😘😘😘