26.0
Meus saltos ecoavam contra o piso de madeira do corredor do Hotel. Eu tinha um drink vermelho na minha mão e os saltos na minha outra mão, jogados casualmente, por cima do meu ombro.
O ponto eletrônico estava escondido na minha orelha com uma mecha grossa de cabelo solto. Eu andava olhando a janela de vista panorâmica para meia Nova York. O objetivo? Conseguir ver o reflexo dos quatro homens que começaram a me seguir assim que eu fui falar com o gerente do evento.
Continuei seguindo o mordomo que me levava para uma sala na administração do Hotel. Rebecca e Hope estavam esperando o meu sinal para se aproximarem.
A batida da música que vinha do Saguão ressonava nas paredes e eu confesso que estava tão nervosa que não conseguia relaxar o suficiente para me sentir confortável.
-Senhorita...? - O mordomo parou em frente a uma porta alta e grossa, de madeira. - Desculpe, qual era seu nome mesmo?
Dei um pequeno sorriso, bebendo um gole do drink para engolir o bolo na garganta.
-Barnes. - Fiz uma pausa. - Sou A representante das indústrias Stark, senhor.
-Eu gostei desse nome. - A voz de Bucky soou no meu ouvido e eu soltei um pequeno sorriso.
-Oh, claro! Aguarde um minutinho? Vou ver se o Senhor Hector pode recebê-la agora.
-Fala do dinheiro. - Tchalla pediu.
-Avise a ele que há uma mala enorme com o valor dobrado dos diamantes esperando para ser usada lá embaixo, com os meus assistentes, querido!
O mordomo assentiu. Encostei na parede e esperei. Os quatro homens pararam há uns dez metros de mim, conversando entre si, mas me encarando. Fingi não ver e continuei concentrada em olhar para a pedra de gelo que derretia na minha taça.
-Eu acho que preciso de mais gelo... - Comentei.
-Conta dois segundos.
Mal ouvi a voz de Hope, observei todas as câmeras do corredor virando para o lado oposto. Também ouvi algumas pancadas e o som seco de corpos caindo no chão.
Ergui meu olhar e encarei Hope com uma estaca de gelo do tamanho de uma espada na mão. Ela assentiu e Rebecca prestou continência, enquanto erguia os homens no ar. Correspondi.
-Eu estou mandando Visão e Wanda para ajudar a Hope e a Rebecca. Sam e Bucky acabaram de entrar na festa. Shuri detectou um suspeito importante. Um tal de Batroc. Conhecem?
-Não. - Metade de nós respondeu.
-Sim. - Bucky, Sam e Wanda falaram juntos e os meninos continuaram. - Foquem aí que a gente já está quase pegando ele.
-Você está quasr pegando ele. - Sam retucou. - Me recuso a entrar no banheiro e ter que desmaiar o cara com o piupiu para fora!
-É sério?!
Desliguei momentaneamente o ponto no meu ouvido quando Sam e Bucky iniciaram uma discussão. Contei até trinta e o religuei. Só haviam as vozes de Wanda e Hope discutindo que haviam muitas pessoas na parte de trás do Hotel e não dava para levar até a van.
Peter Parker avisou que já estava chegando e que resolveria o problema com um charuto "Primavera". Eu não entendi o que ele quis dizer, mas aparentemente, era engraçado, já que Sam e Shuri riram.
-Senhorita Barnes? - Ajeitei minha postura e assenti.
-Sim?
-O Senhor Hector irá recebê-la agora, Senhorita.
-Já não era sem tempo!
Revirei os olhos e passei pelo mordomo, entregando minha taça na mão dele. Bati na porta e ouvi uma voz com um sotaque forte gritar "Entre!".
-Cuidado, Amber. Demora para responder. - Tchalla pediu. - Seja irônica e tenta dar uma volta de 360 quando entrar.
Assenti, ajeitando o broche de flor com uma câmera no meu decote.
-Qual meu objetivo mesmo, Tchalla? - Sussurrei, andando o pequeno corredor escuro que dava para outra porta.
-Enrolar esse homem ao máximo para invadirmos e pegarmos os diamantes sem os capangas dele. É simples, Amber.
Eu não achava tão simples e estava tremendo quando coloquei a mão na maçaneta. Respirei fundo e deixei meu corpo esquentar o suficiente para eu me sentir mais confortável e menoa enjoada.
O fogo era a minha casa.
Abri a porta. O homem do outro lado da mesa, próximo a uma janela panorâmica, era alto e gordo, além de velho e ter sofrer de calvície.
Abriu um sorriso enquanto, claramente me comeu com os olhos assim que entrei. Dei uma volta pela sala, como Tchalla pediu.
-Uau! Eu achava que escritórios eram sem graça...
-O meu não. - O sotaque dele era bem forte. Talvez alemão.
Andei até ele e estendi a mão, forçando simpatia. Claro qur esfriando ela antes, óbvio...
-Sou a Senhorita Barnes, secretária de vendas e compras do senhor Stark. Ele tem sérios interesses na compra desses diamantes, Senhor Hector. E está disposto a pagar o dobro do que eles valem.
Ele recostou na cadeira e pegou um charuto na mesa. Me ofereceu um, mas neguei. Esperei ele acender.
-Eu posso dar uma olhada na quantia, eu imagino.
-Claro, Senhor.
Levei a mão aos meus seios e tirei a carta de dentro do vestido. Sedução básica. Homens não podiam ver uma "vadia" gostosa de vestido desde mil noventos e bolinha...
Estiquei para ele, tocando a mão grossa do homem e piscando por um momento.
Enquanto ele abria o envelope, depois de me analisar descaradamente, acabei levando um susto quando Wanda deu um grito e eu ouvi sons de pancadaria. Tchalla abafou os sons pedindo para eu não sair da personagem, que eles já iam resolver o problema.
Respirei fundo, esfregando minhas mãos no tecido do vestido. Ouvi Bucky pedindo ajuda de Sam, parecendo abafado. Ouvi o som do que pareceu um chute. E ouvi Bucky soltaro ar.
-Podia ter feito isso antes, não acha?
-Eu estava ocupado tentando não morrer esfaqueado!
-Está tudo bem, Senhorita?
Levei um susto e voltei para a sala, mentalmente falando.
-Aqui está um pouco quente. - Comentei passando a mão pelo pescoço. - Então, se interessou pela proposta, Senhor Hector?
Ele levou alguns segundos para responder. E deu um sorriso.
-É uma proposta muito boa. De verdade. Mas o que faria o Homem de Ferro se interessar por esses diamantes de ouro?
Esperei Tchalla me ajudar.
-Eu não faço perguntas. Apenas respondo as ordens, Senhor.- Fingi pegar a carta. - Mas se não interessa ao senhor, então eu aviso ao Senhor Stark...
-Oh, não, querida! - Ele puxou a carta de volta e sorriu. - Interessa. E interessa muito! Eu apenas estou levando em consideração alguns pontos. Quer dizer, fazer a venda do museu para o Senhor Stark vai chamar muita atenção, não concorda?
Acenei que sim, trocando o peso das pernas e dobrando uma por cima do joelho. Mais sons de gritos no meu ponto. Mais uma vez, Tchalla garantindo que não tinha com o que se preocupar.
- Tem mais uma coisa antes que eu avise aos antigos possíveis compradores que, à menos que achem uma proposta tão boa quanto essa, o negócio com o Senhor Stark está fechado.
-Sou toda ouvidos. - Respondi, me inclinando para frente na mesa.
-Cadê o dinheiro? Preciso de uma garantia, sabe?
Dei um sorriso.
-Diz que ficou com o seua assistente e vai chamar ele. - Tchalla pediu.
-Como era uma mala bem grande e o senhor Stark não gosta de perder dinheiro, deixei no carro com o meu assistente. - Expliquei, ouvindo Tchalla Arfar. - Está tudo bem?
-Claro! - Tchalla respondeu, ao mesmo tempo que o Senhor Hector concordava e dizia que foi bem inteligente.
Pedi licença e fiz a "ligação". Esperei puxando qualquer assunto relacionado à administração do Hotel e até tentei entrar no assunto sobre os outros compradores, mas eles tinham "pedido restrição absoluta".
Rhodes avisou na escuta que já estava chegando perto da sala. Em dois minutos, a porta foi aberta e Rhodes entrou, segurando a maleta de dinheiro.
-Ah, querido! O Senhor Hector precisava acreditar na veracidade do dinheiro antes de tentar fimar algum negócio. Muito obrigada!
-Imagina! - Rhodes passou por mim e apoiou a mala na mesa com um impacto. - Só espero que vocês façam negócio porque essa belezinha é pesada....
Ele abriu a mala, expondo várias notas amarradas por elásticos em bolinhos. Os olhos de Hector chegaram a brilhar observando a quantidade de dinheiro.
Mas antes de termos alguma resposta, o mordomo bateu na porta e entrou novamente, indo direto a Hector.
-Rhodes, Amber... - Ouvi a voz cansada d Tchalla no ponto. -Não entrem em pânico! Eles nos descobriram.
Rhodes e eu trocamos um olhar. Voltei a preparar minhas mãos.
-Se eles tentarem atacar vocês, vocês atacam. O Cofre está àtras do quadro de fazendinha e eu já descobri a senha.
A fala de Tchalla foi interrompida pela voz de Sam.
-Bucky?! Que droga! Alguém viu o Bucky? Perdemos o contato...
-Como assim vocês perderam o contato?! - Rebecca reclamou.
Hector nos encarou, sério. Sustentei o olhar dele, enquanto O Mordomo mexeu no bolso interno do paletó.
O brilho de uma arma prateada surgiu. Rhodes atirou primeiro em um movimento rápido. Caí no chão, ouvindo o mordomo gemer de dor. Pus minhas mãos em volta da mesa e gritei para Rhodes se afastar, formando um círculo de fogo.
Levantei do chão e fiz um chicote com a corda que Rhodes jogou para mim.
-Vocês, Vingadores... - Hector abriu a gaveta da mesa. - Sempre se metendo onde não são chamados! Mas isso vai ser resolvido agora!
Ele apontou uma segunda arma para Rhodes. Agi por instinto quando taquei o chicote de fogo no pulso dele. Hector berrou, arregalando os olhos e se debatendo.
Pulei por cima da mesa e dei um chute nos países baixo dele, vendo o homem cair sentado na cadeira, berrando.
Encarei Rhodes que estava tentando recolher o dinheiro que eu empurrei para fora da mesa, ao mesmo tempo que olhava por cima do ombro para verificar se estava vindo alguém.
-A gente mata ele?
-Sei lá! - Rhodes deu de ombros. - Contanto que a gente saia rápido daqui...
-Pode ir indo. -Cruzei o círculo de fogo e retirei o quadro da parede, vendo um cofre. - Eu alcanço vocês!
-Você está ligada que isso aqui, vai fazer o alarme de incêndio disparar, não é?
Virei para ele e neguei, sorrindo.
-Eu desliguei no registro geral, Rhodes! Ninguém vai apagar meu fogo!
-Nem o Bucky?
Revirei os olhos e voltei a chamar Tchalla que apareceu, ofegante. Eu escutava o som de luta corporal e me perguntava como o pessoal da festa não tinha ido embora ainda.
Coloquei a combinação e puxei o saquinho de pano de dentro da minha cinta-liga, enfiando todos os diamantes amarelos. Ao todo, eram 32 e eles eram mais pesados do que achei possível.
Rhodes me ajudou a guardar os diamantes na maleta e mandei ele voar para fora de lá correndo.
Sam avisou que era para ele dar a maleta para o Peter e para o Peter entregar para ele no alto de algum prédio.
Observei ele voar e tentei correr para os andares debaixo, mas alguma coisa embolou no meu pé e eu torci o tornozelo, caindo em um ângulo estranho.
Olhei ao redor, no corredor. Não havia ninguém. No entanto, havia uma corda esticada de um lado ao outro, onde eu tropecei.
Tirei meus saltos e arregalei os olhos, reparando como meu tornozelo direito inchou e estava meio... Torto.
Puxei a barra do vestido e rasguei um bom pedaço, ficando com metade das coxas de fora. Amarrei meu tornozelo como deu, mesmo com dor.
Levei minha mão à orelha, para chamar ajuda, já que eu não consegui pisar em cima e caí de novo. Lágrimas chegavam a cair dos meus olhos. Mas não achei meu ponto. Comecei a procurar ao meu redor e achei perto de uma porta.
Emgatinhei até lá, mas na hora em que eu ia colocar a mão nele, uma bota pesada, estilo militar, pisou em cima, o quebrando.
Ergui meu olhar, respirando fundo e encarei Rumlow. Eu não tive reação quando ele abaixou na minha frente e segurou meu queixo.
-Oi, Gatinha. Eu posso brincar com Esse fogo também ou só seu namoradinho babaca pode?
Ooie, Pessoal! ❤
Cheguei com o capítulo que inicia nosso drama/sofrimento/tristeza 💔
E eu espero que vocês não tentem me matar até a terceira parte! Ah, e vocês lembram que eu disse que teríamos quatro capitulos nessa semana? Vocês preferem que seja hoje, quinta, sexta e sábado ou hoje, quinta, sábado e domigo?
Enfim, espero que tenham gostado! Quinta eu estou de volta com outro capítulo! ❤
Até lá!
Beijos! 💋💋
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