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🌺Ludmilla Oliveira🌺

- Vem Jas, pegue. - Brunna diz sentada a menos de um metro de distância de sua filha que tentava a todo custo pegar o objeto que sua mãe tinha em mãos.

- Vai amor, você consegue. - a encorajo e ela faz um enorme bico nos lábios vendo que não conseguia - Jas. - a chamo e ela me olha - Vai amor, você consegue. - encorajo e Brunna faz o mesmo.

Jasmine bate as mãozinhas no chão e então fica de quatro, se equilibra e então pela primeira vez. Jasmine engatinha.

- Ela engatinhou! - Brunna exclama animada se levantando para pegar Jasmine no colo.

- Ela conseguiu! Meu Deus! - falo com a mesma animação e Brunna começa a pular com Jasmine em seus braços, eu faço o mesmo e a bebê grita animada pela a nossa animação.

- Meu amor, parabéns! - Brunna diz abraço Jasmine que ri abrindo suas mãos e as juntando fazendo movimento de palmas.

- Parabéns princesinha! - beijo sua bochechas e ela ri ainda mais.

- Vamos tentar de novo! - exclama e eu afirmo com a cabeça.

Dessa vez, eu estímulo Jasmine a engatinhar até mim e novamente ocorre uma festa quando ela consegue chegar até mim. Jasmine ficava ainda mais animada quando nós fazíamos bagunça com ela, ela gritava e batia palmas já que agora havia aprendido a fazer esse movimento.

Passo minha mão por seus cabelos que haviam aumentado consideravelmente de quantidade e ela se senta a minha frente, bate palmas e eu faço o mesmo antes de a encher de beijos e Brunna se aproximar para fazer o mesmo.

Jasmine agora estava com oito meses.

Ela conseguia ficar em pé no berço ou apoiada nas coisas porém só agora veio a engatinhar. Nós estávamos no apartamento de Brunna , eu tinha acabado de sair do hospital, ainda estava com minha roupa social.

- Eu já volto. - Brunna avisa ao ouvir batidas na porta antes de se levantar do chão e eu afirmo com a cabeça.

- Jas, fala mamãe. - minha filha direciona sua atenção para mim e eu sorrio - Mamãe. - falo lentamente e ela ri olhando para a minha boca antes de balbuciar "mama" e eu rio tombando a cabeça para trás.

Jasmine começa a balbuciar alto "mamama" e a bater as mãos no chão, em seguida Jasmine pega um brinquedo e joga fazendo barulho e eu rio.

- Está bem, vamos chamar a mamãe. - me levanto e a pego no colo - Chama a mamãe. Oh mamãe. - falo e Jasmine bate a mãozinha em minha clavícula começando a dizer as sílabas que normalmente fazia.

Ao sair do quarto de Jasmine, me deparo com um casal mais velho sentados no sofá e Brunna de costas para mim. Eu franzo o cenho.

- Boa tarde? - digo em um tom duvidoso e a mulher me analisa por vários segundos até que Brunna me olha.

- Oh Ludmilla. - sorri nervosa e me olha - Venha aqui. - pede e eu me aproximo, Brunna pega Jasmine no colo e então olha para os dois mais velhos que me olhavam com curiosidade - Esses são meus pais, Mirian e Jorge. - aponta para cada um dos presentes ali e eu sorrio.

- É um prazer conhecer vocês. - me aproximo dos dois e beijo a bochecha de cada.

- O prazer é nosso, Ludmilla. - a mulher sorri assim que eu me afasto.

- Vocês deviam ter avisado que estavam vindo... - fala Brunna com Jasmine em seus braços que parecia estar mais tímida com seus avós ali.

- Eu estava com saudade de você, minha fia. - o homem de levanta sorridente e percebo seu sotaque que normalmente se encontrava no interior.

- Oh pai, eu também estava com saudades do senhor. - Brunna sorri.

- Deixe-me segurar minha neta. - Mirian estende os braços. Eu arregalo os olhos ao pensar em quantas bactérias deveria ter em sua mão vinda da rua.

- A Senhora lavou a mão? - deixo escapar e os quatro me olham.

- Como? - levanta a sobrancelha.

- A Ludmilla é pediatra, mãe. - Brunna explica - E você não lavou a mão, Senhora Gonçalves. - brinca e Mirian abre um enorme sorriso ao ouvir que eu era médica.

- Vamos lavar a mão, querido. - da leves tapinhas nas costas de seu marido e vai em direção ao banheiro. O homem brinca com Jasmine e em seguida segue sua esposa.

- Você não disse que eles viriam. - falo baixo podendo demonstrar meu nervosismo por finalmente conhecer os pais de minha namorada.

- Eu não sabia que eles viriam. - responde no mesmo tom.

- Eles sabem que você está namorando comigo?

- Ainda não. - mordo meu lábio - Vou aproveitar para te apresentar como minha namorada se eles ficarem para o almoço, tudo bem? - afirmo com a cabeça e sorri - Ludmilla, meus pais sabem que eu também gosto de mulheres e aceitam bem. - me tranquiliza e eu afirmo com a cabeça.

- Mãos lavadas, Senhora Ludmilla. - Jorge brinca levantando as mãos ao entrar novamente na sala e eu rio antes que ele se aproxima de Brunna e pega Jasmine no colo - Oi netinha, quanto tempo. - balança Jasmine em seu colo e a bebê o olha com curiosidade para por fim, soltar um sorriso enorme.

- Estou morrendo de saudade da minha netinha favorita. - Minha sogra se aproxima do marido e segura as mãozinhas gordas de Jasmine que ri assim que a Gonçalves mais velha beija seu braço.

- Vocês vão ficar para o almoço? - Brunna pergunta e os dois a olham.

- Se não for incomodo, abelhinha. - seu pai fala o apelido fofo e eu rio baixo atraindo o olhar divertido de Jorge.

- Então vocês vão almoçar com nós. - me dou a liberdade de dizer e meus sogros me olham sorridentes.

- Lud, vem me ajudar na cozinha? - pede e eu afirmo com a cabeça.

- Com licença. - peço e mando um beijo para Jasmine que tenta repetir o ato arrancando risada de nós quatro.

[…]

- A comida está deliciosa como sempre, abelhinha. - Jorge fala.

- Realmente, você só melhora. - Mirian elogia e o sorriso de Brunna cresce.

- Eu nem tenho mais elogios para a comida da filha de vocês. - falo diretamente para meus sogros - Quem eu devo parabenizar por ensinar essas receitas deliciosas? - brinco e Jorge levanta a mão.

- Meu pai me ensinou tudo o que eu sei fazer, amor. - Brunna diz deixando escapar o apelido e os dois me olham aparentemente surpresos.

- Amor? - perguntam juntos e eu prendo minha respiração.

Brunna sorri e me olha, eu retribuo o olhar e engulo seco. A única coisa que tira o meu nervosismo é ver Jasmine se lambuzando enquanto comia a sopa de feijão que eu havia feito mas logo volto a realidade.

- Acho que depois de quase cinco meses já está na hora de eu contar. - Brunna diz não demonstrando nervosismo ou insegurança. Apenas animação - Pai, mãe... Ludmilla e eu estamos namorando. - segura a minha mão sobre a mesa e me forço a olhar para meus sogros que ainda tinham uma expressão surpresa no rosto.

Nós ficamos em silêncio por poucos segundos, menos Jasmine que brincava com a colher ou balbuciava. Jorge pega o copo a sua frente com água gelada e da um gole para então nos olhar novamente.

- Ao menos não é um homem que não presta. - diz por fim fazendo Brunna rir e eu soltar a minha respiração.

- Espero que dessa vez seja para valer, filha. - Mirian fala logo atrás me deixando ainda mais calma.

- Dessa vez é para valer, mãe. - Brunna me olha e com sincronia, eu também a olho vendo que seus olhos brilhavam - E Ludmilla meio que adotou a Jasmine. - seus olhos vão para Jasmine que estava na cadeira de alimentação e estava ocupada demais se sujando para prestar atenção em algo.

- Como? - o homem franzi o cenho confuso.

- Significa que Jasmine tem o meu sobrenome, Senhor Jorge . - explico solenemente sentindo Brunna entrelaçar nossas mãos.

- Jasmine não tem um pai mas em compensação tem duas mães aparentemente maravilhosas. - Mirian diz sorridente.

- Mais do que maravilhosa. - Brunna beija a minha mão e eu sorrio.

- Antes de lhe aceitar na família... - Jorge chama a minha atenção e o olho - Qual time você torce? Só para saber se minha filha realmente tem bom gosto. - estreita os olhos em minha direção fazendo as duas mulheres falarem em uníssono "a não" e rirem.

- Flamengo. - o sorriso de Jorge morre e ele olha para Brunna.

- Abelhinha, tem minha total desaprovação, termine com essa mulher agora. - finge estar irritado e todas riem até que Brunna solta minha mão para voltar a comer.

- Meu pai é botafoguense. - Brunna explica e eu finjo uma careta. Percebo que Jasmine estava me olhando no momento que ela gargalha alto e bate as mãos no prato antes de levá-las até sua boca.

- Sabia que essa família tinha que ter um defeito. - nego com a cabeça e Brunna da um tapa no meu braço - Ai. - a olho e o casal a nossa frente ri.

- Sou botafoguense, me respeite.

- Senhora Gonçalves, diga que não é botafoguense...

- Eu não gosto de futebol, querida. - nega com a cabeça.

- Então agora você é flamenguista para apoiar a sua nova nora, que tal? - me inclino sobre a mesa e minha sogra afirma com a cabeça rindo recebendo olhares de desaprovação de seu marido e filha.

- Jasmine vai ser botafoguense. - Brunna diz com o nariz empinado. Aquele foi o motivo de meu sogro, Brunna e eu entrarmos em uma discussão sobre se ela seria flamenguista ou botafoguense.

O que resultou em nós três rindo no final do almoço, já mais familiarizados uns com os outros.

Jasmine solta gritinhos e mexe as perninhas gordas assim que a tiro da cadeira, faço careta assim que Jasmine tira seu babador e limpa seu rosto com um pano. Eu aviso que iria dar banho nela e deixo meus sogros com minha namorada na sala.

Ao terminar de banhar minha filha e a trocar, vou para a cozinha para dar um pouco mais da sopa de feijão que havia feito porque era evidente que ela não tinha comido muito, apenas havia feito lambança. Com muito esforço, consigo a fazer comer uma boa quantidade sem sujar sua roupa ou rosto, apenas o babador.

- Acabamos. - comemoro colocando o prato e a colher na mesa já retirada e bato palmas fazendo Jasmine rir e repetir o ato. - Está ficando mocinha, meu amor. - afino minha voz me inclinando sobre a cadeira de alimentação e beijo sua bochecha - Agora vamos com a mamãe. - retiro seu babador e deixo sobre a mesa, a tiro da cadeira e beijo sua bochecha - Chama a mamãe, Jas. Oh mamãe. - minha voz fica suave e Jasmine começa a balbuciar "mama" alto e eu rio entrando na sala.

A primeira pessoa a pedir para segurar Jasmine é meu sogro. Eu percebi que ele era um avó tão babão quanto eu por Jasmine. Afinal, quem não séria com essa bebê linda?

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