🦋-31-🦋
🌻Brunna Gonçalves🌻
- Ludmilla, eu nunca mais vou sair com você. - falo cutucando a costela da minha mais nova namorada.
- Por que? - me olha parando na entrada do bar.
- As porções desse bar devem custar mais do que meu rim. - sussurro e Ludmilla ri negando com a cabeça.
- Está enganada, amor. - entrelaça sua mão na minha e me puxa para dentro do bar. Ludmilla começa a olhar em volta e vejo um homem com a mão erguida tentando chamar a atenção de Ludmilla.
- Acho que encontrei o pessoal que você está procurando. - digo e Ludmilla olha na direção que eu olhava, ela sorri abertamente e me puxa para a mesa onde havia sete lugares porém apenas três preenchidos.
- Ludmilla! - um homem com os cabelos bagunçados e uma camisa rosa claro se levanta e abraça Ludmilla- Brunna , estou certo? - me olha com um enorme sorriso e eu afirmo com a cabeça. - Sou Felipe. - solta Ludmilla e beija minha bochecha.
- É um prazer te conhecer. - sorrio.
- Essa é Brunna. - Ludmilla diz para o outro homem e a outra mulher sentados um pouco a frente. - Minha namorada. - sorri abertamente - Essa é Letícia e Hugo. - aponta para cada um.
- Eu pensava que quando Ludmilla dizia estar saindo com alguém tão bonita era uma invenção da cabeça dela para não precisar dar um outro fora no Hugo. - Letícia diz antes de dar um gole na garrafa de cerveja.
- Ei! - Hugo da um tapa no ombro da mulher e eu rio vendo Ludmilla puxar uma cadeira para que eu me sente - Eu nunca dei em cima dela.
- Quando eu entrei no hospital... - Ludmilla diz no mesmo tom implicante e se senta ao meu lado pousando sua mão sobre minha coxa.
- Vocês são uns sem noção por fazer essa brincadeira na frente da Brunna e não explicar o básico para ela. - Felipe diz se sentando ao lado de Hugo e o olho esperando explicar - Deixe-me explicar, a uns anos atrás quando a Ludmilla entrou no hospital, Hugo deu em cima dela descaradamente na frente do refeitório mas três meses depois ele percebeu que era gay e nega até a morte que deu em cima dela. - aponta para Ludmilla e eu volto a rir.
- Uma brincadeira interna entre a gente. - Letícia diz dando de ombros.
- Sem problemas, não dando em cima da minha mulher agora, não teremos problemas. - digo de uma falsa forma possessiva e beijo a bochecha de Ludmilla fazendo todos rirem.
- Gostei dela, não é uma louca ciumenta. - Hugo diz mexendo com a cabeça.
- Boa noite pessoal, chegamos. - viro minha cabeça em direção a voz que se aproximava de nós e vejo uma linda mulher alta com cabelos encaracolados castanhos e logo atrás dela uma negra belíssima com um rabo de cavalo no topo de sua cabeça e um enorme sorriso nos lábios.
- Kássia! - Ludmilla se levanta e envolve a mulher com um rabo de cavalo em um abraço e beija seu rosto - Patrícia cuidou bem de você? - pergunta com a voz fina como fazia com Jasmine segurando o rosto da mulher que ri e afirma com a cabeça, a outra da um tapa em seu braço.
- Uh, creio que sim. - a mulher diz com um forte sotaque e percebo que aquela era Kássia e a outra seria Patrícia.
- Quanta gente bonita por aqui. - Patty diz olhando para todos na mesa depois de receber um abraço de Ludmilla e por fim para seus olhos sobre mim - Você deve ser a famosa Brunna. - se aproxima de mim e eu me levanto.
- Sim, sou. - sorrio e ela beija minha bochecha.
- Sou Patrícia, a melhor pessoa que você pode conhecer. - diz em um falso tom esnobe e eu rio.
- Kássia, essa é Brunna. - Ludmilla fala por fim chamando a minha atenção.
- Olá Brunna, prazer. - Kássia se inclina e beija a minha bochecha.
- O prazer é todo meu, Kássia. - sorrio gentilmente.
Depois que todos são apresentados, nós sentamos nos devidos lugares e começamos a conversar — e jogar conversa fora — e nos conhecermos.
A todo instante Ludmilla fazia questão de colocar sua mão sobre a minha coxa ou deixar um beijo carinhoso na minha têmpora. Os amigos de Ludmilla sempre estavam fazendo brincadeiras respeitosas entre eles e até mesmo Patrícia, que pela recente apresentação, creio eu que eles não se conheciam, acabou entrando no meio das brincadeiras.
[…]
Todos já estávamos no bar, todo mundo já havia sido apresentado — mesmo a maioria se conhecendo —, a maioria já estava mais alterado devido as várias latinhas de cervejas ingeridas. Na mesa havia várias porções de batata frita que haviam vindo junto com o lanche que havíamos pedido.
- Pessoal, eu quero comunicar uma coisa! - Ludmilla diz se levantando da cadeira e pega sua cerveja que estava sobre a mesa onde havia sete pessoas. Felipe, Kássia , Patrícia , Letícia, Hugo, Ludmilla e eu. Todos médicos, menos Patty que era advogada.
- Fale mulher! - Patty diz risonha.
- Eu queria comunicar oficialmente que eu estou namorando essa deusa ao meu lado.- me olha e eu rio vendo que ela já estava um pouco embriagada.
Em segundos, um coral de gritos e assobios é ouvida saindo daquela mesa e eu rio assim que Ludmilla segura meu rosto e sela nossos lábios.
- Acabou para você, Hugo. - Letícia diz de forma divertida para o homem com barba a minha frente.
- Acabou nada, eu estou tão bem quanto a Ludmilla. - diz segurando o rosto de Felipe e o beija fazendo todos gritarem e assobiarem novamente.
Ninguém a nossa volta parecia estar se importando com a bagunça da mesa, uns até pareciam gostar e até mesmo ajudavam na gritaria. Aquele clima estava divertido.
- Amor, bebe um pouquinho. - Ludmilla oferece sua garrafa - Você pode beber uma garrafa, você só não vai poder amamentar pelas próximas seis horas. - explica se sentando ao meu lado - Você tem leite guardado, não é?
- Sim. - afirmo com a cabeça e Ludmilla sorri - Tem certeza?
- Absoluta, não é porque estou um pouco embriagada que perdi meus conhecimentos. - brinca e eu pego a garrafa de cerveja de sua mão, dou um enorme gole e engulo suspirando ao sentir o gosto de cerveja em minha boca.
- Kássia, ei. - Patty cutuca a mulher que estava ao seu lado e atrai a atenção da mesma - Fala: o rato roeu a roupa do rei de Roma. - diz e Kássia franze o cenho.
Depois de várias tentativas e gargalhadas de todos da mesa, Kássia consegue dizer com seu sotaque forte e bebe um pouco da cerveja que estava a sua frente enquanto segurava uma risada.
- Brunna, você e Ludmilla se conhecem a quanto tempo? - Kássia pergunta me olhando.
- Não sei... - franzo o cenho.
- Jasmine tinha três meses quando nos conhecemos. - Ludmilla fala com uma outra garrafa em suas mãos e me pergunto onde ela havia conseguido.
- Quase dois meses. - respondo.
- Por que quer saber, Kássia? - Ludmilla prontamente pergunta.
- Porque ela quer pedir uma mulher que ela conheceu hoje em namoro. - Felipe diz olhando para Kássia e todos a olhamos no mesmo instante.
- Patrícia, quer namorar comigo? - se vira para Patty demonstrando o quanto embriagada ela estava e todos riem.
- Você acha que eu sou tão fácil quanto essa ai? - aponta para Ludmilla e a mesma passa o braço em volta de meu corpo. Eu rio e dou um gole na bebida que eu tinha em minhas mãos - Pois achou certo, eu sou. - afirma com a cabeça fazendo Ludmilla se engasgar com a cerveja e começar a rir junto com todos da mesa.
- Realmente, suas amigas são divertidas. - sussurro no ouvido de Ludmilla e ela sorri de lado antes de me olhar.
- Gente, eu quero ir no karaokê, alguém quer ir comigo? - Letícia diz se levantando e olha para Ludmilla e eu. Eu nego com a cabeça e Ludmilla faz o mesmo, em seguida ela olha para Patty que vira o resto de cerveja em seu colo e se levanta.
- Vem namorada de bar. - Patty diz chamando Kássia que ri se levantando e as três se aproximam do palco.
- Isso não vai prestar. - Felipe fala rindo e Hugo pega seu celular demonstrando que iria filmar.
- Amor, vem comigo. - Ludmilla diz segurando a minha mão e se levanta, olho para os dois homens que pareciam estar entretidos com as três mulheres levemente embriagadas subindo no palco para notar a nossa saída.
Ludmilla me puxa para uma sacada onde eu deduzia ser para fumantes.
- O que foi? - pergunto e Ludmilla se aproxima cautelosamente de mim até segurar a minha cintura de forma firme até estar com seu rosto próximo ao meu.
- Nem nos beijamos como você havia dito no uber. - sorri de lado e pincela minha bochecha com a ponta do seu nariz.
- Não selamos nosso namoro então? - brinco e Ludmilla deposita um beijo longo em minha bochecha.
- Não. - começa a distribuir beijos lentos pela minha bochecha até meu maxilar e eu olho em volta vendo se havia alguém. Sorrio ao ver que estavamos sozinhas e levo minha mão até seus ombros que estavam a mostra por causa do vestido.
- Poderíamos... - suspiro ao sentir Ludmilla colar nossos lábios e sua língua passar por meus lábios.
Aperto o ombro de Ludmilla e separo meus lábios para dar entrada para sua língua. Me arrepio ao sentir sua língua aveludada tocar a minha e sentir o gosto da cerveja que ela bebia a poucos instante.
Sem conseguir me conter, levo uma mão até sua nuca e a outra eu desço pela lateral de seu corpo até chegar em sua cintura. Sinto Ludmilla suspirar e em seguida mordiscar a ponta de minha língua.
Antes mesmo que o beijo continue, ouço Patrícia desafinar bruscamente cantando e me afasto de Ludmilla rindo, encosto minha testa em seu ombro e Ludmilla também começa a rir quando Letícia também desafina.
- Elas são péssimas. - murmuro risonha e Ludmilla afirma com a cabeça levando uma mão até minha nuca e acaricia ali. Eu sabia que esse ato era um pedido dela para que eu a olhasse e assim eu faço.
Ludmilla me olha com um pequeno sorriso e aproxima seu rosto do meu novamente para dar continuidade ao beijo mas novamente ele é interrompido com uma tosse indicando que havia alguém ali. Me afasto de Ludmilla e olho em direção a tosse vendo uma mulher mais velha do que nós duas acendendo um cigarro e olhando para frente.
- Vamos entrar? - Ludmilla sussurra e eu afirmo com a cabeça, ela se afasta de mim e entrelaça nossas mãos para podermos voltar para dentro do bar.
Assim que nós sentamos, rimos de Felipe vaiando as meninas e Patty manda o dedo do meio para o homem que ri antes de nos olhar, mais especificamente olhar nossas bocas e soltar uma risada baixa antes de voltar a olhar as mulheres que saíam do palco e andavam até nós.
- Gostaram? - Kássia pergunta se sentando logo após Patty.
- Foi ótimo. - aplaudo e todos explodem em uma gargalhada.
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