🦋-28-🦋
🌺Ludmilla Oliveira🌺
Termino de passar meu creme facial e guardo todos os frascos dentro da minha mala, arrumo minha camisola de ceda da cor preta e me viro vendo Brunna sentada na cama com um livro em mãos mas ela não prestava atenção no livro, e sim em mim.
- Do que é esse livro? - pergunto me aproximando da cama para então engatinhar até o seu lado.
- Uh? - me olha confusa e eu rio.
- O livro, Bru. - me sento ao seu lado e apoio meu queixo em seu ombro.
- Uma mulher que saiu de um universo e foi parar em um universo paralelo onde ela era casada com a sua chefe. - murmura desnorteada e eu rio.
- Parece interessante.
- É legal. - fecha o livro e o deixa sobre o móvel ao lado da cama - Céus, você realmente é cheirosa quando vai dormir. - se vira para mim e afunda seu rosto em meu pescoço.
- Eu disse. - sussurro sentindo seus braços passarem em volta do meu corpo e então me puxar ainda mais para si.
Brunna e eu ficamos em silêncio por vários segundos até que ela começa a se deitar e consequentemente me levando junto.
- Obrigada por ser tão boa com a minha filha. - murmura por fim.
- Eu a amo, Brunna. - digo no mesmo tom e afundo minhas mãos em seu cabelo já seco - Eu amo ela e você. Espero que eu deixe isso claro. - complemento e percebo que ela sorri.
Brunna afasta seu rosto do meu pescoço e me olha com os olhos marejados, então cola nossos lábios dando início a um beijo longo e que transmitia todo o seu sentimento.
- Por que está chorando? - pergunto ao me afastar e ver seus olhos cheios de lágrimas.
Brunna nega com a cabeça e então cola nossos lábios novamente. Seus braços me apertam ainda mais e minha mão que estava em seus cabelos descem por sua nuca até chegar em seus ombros onde eu os aperto com delicadeza.
- Eu tenho medo de acontecer de novo. - Brunna por fim diz quebrando o beijo e me olha - Não quero te perder. - murmura e eu sorrio.
- Você não vai, está bem? - beijo a ponta do seu nariz - Não se você não quiser. - Brunna afirma com a cabeça e então desvia seu olhar do meu.
- Desculpe, não queria ter essa insegurança. - morde o lábio e eu levo minha mão até seu rosto.
- Ei, eu compreendo. Eu sei que você tem medo que eu saia da sua vida como aconteceu mas eu não sou nem um pouco parecida com ele. - falo acariciando seu rosto.
- Eu sei. - murmura antes de selar nossos lábios e então começar a distribuir vários beijos por meu rosto - Obrigada por ser tão maravilhosa, Ludmilla.
Brunna e eu voltamos a ficar em silêncio e percebo que esse silêncio estava gerando um enorme incômodo para nós duas.
- Amor, você tinha dito que iria tocar violão para mim... Porque não toca agora? - pergunto quebrando o silêncio torturante e ela ergue seu rosto para me olhar e vejo que seus olhos já não estavam marejados.
- Claro. - abre um pequeno sorriso e deixa um beijo em minha bochecha antes de me soltar, ir até um violão azul com preto que estava pendurado na parede e então volta para a cama - Qual música você quer? Eu sei tocar várias. - pergunta cruzando as pernas e coloca o violão sobre elas. Eu puxo o travesseiro para a olhar melhor e sorrio.
- Uh, não sei? - digo com dúvida - Escolha uma você. - Brunna fica em silêncio por uns segundos até que ela começa a dedilhar as cordas do violão fazendo uma linda melodia chegar aos meus ouvidos.
Mordo meu lábio tentando reconhecer a música mas minha tentativa de descobrir foi falha. Mesmo eu conhecendo diversas músicas, dessa vez eu não sabia dizer qual o nome ou quem cantava.
Brunna fecha os olhos parecendo não fazer esforço algum para tocar aquela música no violão, ela balançava a cabeça de acordo com a música e eu sorrio. Um sorriso fechado aparece nos lábios de Brunna e fico com meus olhos fixados nas cordas do violão. Brunna mexia seus dedos com tanta facilidade que chegava até mesmo ser surpreendente pois eram movimentos rápidos e firmes. De fato, ela tinha uma enorme intimidade com o instrumento.
Eu confesso que esperava que Brunna fosse desse nível já que ela era professora de música, mas céus! Eu estava arrepiada.
Brunna termina a música e então abre os olhos lentamente, meus olhos se encontram com os dela e vejo que ela esperava alguma reação minha.
- Meu Deus! - me sento na cama em um pulo e ela ri - Você é talentosa demais, eu estou arrepiada. - aponto para o meu braço que estava arrepiado e ela ri envergonhada. - Eu só não aplaudo porque se não eu acordo a Jasmine mas... Meu Deus! - repito e Brunna coloca o violão sobre a cama.
- Sorte sua que eu instalei isolamento acústico aqui ou eu não teria tocado. - brinca.
- Sério Brunna, eu estou sem palavras para o seu talento. - pouso minhas mãos sobre meu colo - Que inferno Brunna, você não tem nenhum defeito. - bato as mãos no colchão e Brunna se ajoelha na cama para poder aproximar o seu rosto do meu.
- Você é muito bobona, sabia disso? - pergunta com seu rosto próximo ao meu.
- Sou boba por você, mulher! - exclamo e ela ri assim que eu a puxo pela cintura.
[...]
🌻Brunna Gonçalves🌻
Bato minha mão na cama irritada procurando o corpo de Ludmilla e abro os olhos confusa vendo que ela não estava ali. Olho em volta e vejo que ainda estava escuro, olho em direção da porta e pelas frestas vejo que a luz do corredor estava acesa.
Coço meus olhos e bocejo, olho para o relógio ao lado da cama e vejo que eram três e meia da manhã. Me sento na cama e calço meus chinelos antes de me levantar e abrir a porta.
A primeira coisa que eu vejo e a luz da cozinha e do corredor acesas. Franzo meu cenho e meus olhos param dentro do quarto de Jasmine onde Ludmila estava sentada na cadeira de amamentação com uma mamadeira na boca de Jasmine. Ludmilla parecia estar lutando contra o sono.
- Amor, não precisava acordar. - falo com minha voz sonolenta e chamo a atenção de Ludmilla.
- Desculpe, eu não sabia se podia dar leite para ela esse horário mas ela acordou com um pouco de febre por causa do dentinho e ela parecia estar querendo leite. - diz prontamente e me aproximo das duas.
- Ela está bem? - pergunto preocupada ao ouvir febre.
- Está sim. - sorri para mim e boceja - Eu passei uma pomada anestésica e massageei, parece ter aliviado o incomodo. - olha para Jasmine- Pode voltar a dormir.
- Ludmilla, você é quem tem que voltar a dormir. - acaricio seus cabelos bagunçados e ela volta a me olhar.
- Não, eu estou bem. Você precisa descansar... Eu cuido dela.
- Amor. - continuo a olhando e ela deixa seus ombros caírem.
- Brunna, eu gosto de fazer isso. - fala manhosa.
- Essa é a função da mãe, Lud. - beijo sua testa - Vai dormir, você está morrendo de sono.
- Ei, eu sou a tia legal dela então eu posso cuidar dela também. - continua em um tom manhoso e eu rio.
- Está dizendo que quer roubar a minha filha, Sra Oliveira? - pergunto e ela afirma com a cabeça.
- Quero.
- Certo, mas você tem que dormir. - peço e ela nega com a cabeça.
Mulher teimosa!
- Depois eu volto a dormir. - me olha - Mas se você quiser, pode ficar aqui com a gente... Não é Jas? - olha para Jasmine e a bebê sorri deixando um pouco de leite escorrer pelo canto de sua boca.
- Céus Ludmilla, eu te amo. - falo risonha e beijo novamente sua testa - Obrigada por estar cuidando dela.
- Eu te acordei? - pergunta de repente com uma carinha de preocupada.
- Senti a sua falta na cama.
- Uh, desculpe. - faz careta.
Eu me sento na poltrona perto da cadeira de amamentação e fico observando Ludmilla com Jasmine.
Eu achava lindo essa cumplicidade que elas pareciam ter. Mesmo Jasmine ainda sendo pequena, de longe dava para ver que elas tinham uma ligação um tanto quanto forte.
Claro, nem de longe chegava ao nível da minha ligação com Jasmine por eu passar bem mais tempo com ela mas ela e Ludmilla... Isso era incrível como mesmo com o pouco tempo que elas ficam juntas, elas criaram uma ligação parecida.
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