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A maratona seria domingo, mas eu terminei os capítulos(para maratona) antes, então vamos começar hoje! 😎✌🏽
🔴01/10🔴
🌺Ludmilla Oliveira🌺
Duas semanas haviam se passado desde o ocorrido com Brunna. Desde então, ela e eu trocamos poucas mensagens e não nós vimos. Eu sabia que ela estava ocupada, havia visto um pôster no Instagram do Imperium Art que eles estavam organizando uma apresentação com diversos professores e Brunna estava inclusa no meio com sua turma de adolescentes. Isso parecia estar tomando bastante do seu tempo. Eu também não estava muito atrás, estava tendo uma epidemia de sarampo e a área pediátrica estava cheia de bebês, crianças e até mesmo adolescentes de pais anti-vacinas.
Uma atitude um tanto quanto burra vindo dos pais, sarampo poderia ser facilmente ser evitada, apenas tomando uma simples vacina que era gratuita.
- Ludmilla, oi! - viro minha cabeça e vejo Felipe parando ao meu lado sorridente como sempre.
- Oi, precisa de algo? - pergunto gentilmente.
- Ficou sabendo que uma nova cardiologista estadunidense vai vir para cá? - seguro minha risada com o jeitinho fofoqueiro de Felipe.
- Não fiquei sabendo de nada. - nego com a cabeça tentando me recordar se havia ouvido alguém falar sobre uma estadunidense aqui - Qual o nome? Talvez eu conheça... Eu conheço vários médicos de fora.
- Ela tem um nome diferente. - aperta os lábios - Acho que é Kássia... Kássia! Kássia Marvila. - o encaro surpreso.
- Kássia Marvila?!
- Sim, conhece?
- Óbvio! Eu a conheci a uns anos atrás quando viajei para fora. - digo sorridente - Ela é uma grande cardiologista.
- Ouvi dizerem que ela quase ganhando um prêmio, não sei se é verdade. - cruza os braços.
- Ela ganhou um prêmio. - o corrijo - Só não lembro sobre o que era... Enfim, que dia ela vêm?
- Acho que ela será apresentada hoje.
- Obrigada Felipe, você é melhor do que um jornal. - brinco tocando seu braço e ele sorri.
- Eu sei. - faz bico e em seguida faz um sinal de paz e amor com a mão me fazendo rir.
- Eu tenho que ir, te vejo por ai.
[...]
- Ludmilla? É você? - ouço uma voz familiar com um sotaque forte atrás de mim, me viro vendo Kássia já uniformizada e com um enorme sorriso.
- Kássia! - falo e me aproximo para a envolver em um abraço apertado. - Quanto tempo não nós vemos!
- Faz muito tempo. - ri retribuindo o abraço na mesma força - Ouvi comentarem de uma tal Oliveira pediatra e só pensei: "só pode ser a Ludmilla." - se afasta e a olho vendo-a com seu lindo cabelo cacheado.
Sorrio ao ver que ela finalmente havia aceitado seus cachos. Quando a conheci, Kássia odiava seu cabelo e sempre o alisava.
- O lado bom de ter um nome diferente é esse. - brinco.
- Fiquei tão aliviada quando descobri que tinha alguém que eu conhecia por aqui...
- Quando você chegou?
- A dois dias.
- Por que você não me procurou? Eu poderia ter te apresentado de uma maneira menos formal para o pessoal daqui.
- Eu pensei que você estava em outro estado ou até em outro país e também, eu acabei sendo assaltada em Miami e acabei perdendo alguns contatos. - revira os olhos.
- Agora você sabe que eu estou aqui... Nós podemos sair qualquer dia para ir em algum bar, posso levar algumas amigas e um pessoal do hospital para você conhecer mais pessoas. - sugiro e vejo os olhos de Kássia brilharem.
Eu sabia que Kássia ainda era como na época que a conheci, ela é uma ótima cardiologista e boa médica com seus pacientes porém no requisito de fazer amizade, Kássia tinha uma enorme dificuldades para isso. Ela facilmente se sentia deslocada.
- Eu adoraria. - junta as sobrancelhas e eu sorrio.
- Vamos no sábado?
- Claro! - entrelaça seus dedos na frente do corpo.
- Eu aproveito e vou tentar levar algumas amigas de fora. - me refiro ao hospital e Kássia sorri ainda mais.
- Obrigada, Lud. - toca meu ombro - E você sabe para qual lado fica a emergência? - levanta deu dedo indicador.
- Segue esse corredor e vira a direita. - explico e ela afirma com a cabeça.
- Obrigada. Depois nós marcamos melhor essa saída...
- Claro, antes de ir embora, me procure para pegar o meu número. - Kássia afirma com a cabeça antes de andar apressadamente até a emergência.
Atendo vários bebês, crianças e adolescentes até que chega a hora de eu ir embora, antes de ir me trocar, vou para a ala das encubadoras, checo todos os bebês para ter certeza que eles estavam bem. Eu não deixo de sorrir ao ver Caleb, um pediatra recém formado, sentado em uma poltrona sem sua camisa com um recém nascido sobre seu peito.
- Tudo bem ai? - pergunto chamando sua atenção e ele me olha.
- Tudo. - afirma com a cabeça - Ele estava agitado e a temperatura corporal estava caindo. - murmura olhando para o frágil bebê ligado a um cilindro de oxigênio e outras maquinas deitado em seu peito - Eu lembrei de quando eu era só um residente e a minha superior disse que isso acalma eles. - me olha com um sorriso de canto.
- Tem razão, eles tem uma reação positiva com esse contato. - sorrio - Vim checar os bebês antes de ir embora... Você vai ficar plantão hoje?
- Uhum, troquei de plantão com a Hernandez. - sorri assim que o bebê coloca sua pequena mãozinha sobre seu dedo.
- Tenha um bom plantão e se acontecer algo, pode me ligar. - Caleb afirma com a cabeça - Boa noite, Caleb.
- Boa noite, Oliveira. - acena com a cabeça.
Dou uma última olhada em alguns bebês, saio da ala das encubadoras e vou para a minha sala onde ficava os armários, me troco rapidamente e acabo esbarrando com Kássia na saída, troco nossos números como eu havia sugerido e então me permito caminhar pelo enorme hospital para então chegar na saída, vou até meu carro que estava estacionado perto do hospital, destravo a porta e entro.
Encosto minha cabeça no banco e bocejo, apoio minhas mãos no volante e começo a me mexer fazendo minhas costas, pescoço e joelhos relaxarem. Dou partida no carro e então saio do estacionamento indo em direção ao shopping para comer alguma coisa.
Enquanto andava pelos corredores do shopping, me deparo com várias roupinhas de bebê e sorrio vendo um macacão, do tipo que Jasmine sempre estava usando, de panda. O macacão tinha as mangas e as pernas na cor preta, apenas nos pés que havia uma patinha de animal na cor branca, na barriga também era branca e na touca havia duas orelhas pretas, um focinho pequeno e olhos pretos.
Esboço um sorriso ao imaginar Jasmine vestindo aquilo e imediatamente adentro a loja, compro aquele macacão que provavelmente demoraria um pouco para ela usar já que era para bebês de cinco meses. Não me controlo e acabo comprando uma fralda personalizada de girafas.
Tenho absoluta certeza que saí daquela loja radiante por imaginar Jasmine usando ou o macacão ou a fralda. Ela ficaria tão adorável. E ainda eu teria uma desculpa para ir até o apartamento de Brunna para a ver.
Esqueço-me até de comer alguma coisa, saio em disparada do shopping e coloco minhas compras no banco traseiro, me sento no banco do motorista e pego meu celular. Digito o número de Brunna sabendo que se eu mandasse mensagem, ela me responderia dentro de trinta minutos a uma hora.
"Ludmilla? Oi!" Brunna atende e percebo que ela parecia surpresa pela minha ligação repentina.
"Oi, linda! Você está no seu apartamento?"
"Estou sim, por quê? Aconteceu algo?"
"Estou indo ai, eu passei pelo shopping e acabei comprando uma coisinha para Jasmine. Irei passar no seu apartamento para entregar."
"Ludmilla, não precisava."
"Shhhh, não estou dando para você. Estou dando para a Jasmine." finjo estar brava e Brunna ri do outro lado da ligação.
"Certo, estarei a sua espera." Percebo que a mulher sorria.
"Vou tentar chegar o mais rápido o possível."
"Venha com cuidado."
"Irei... Beijo, linda." Mando um beijo antes de encerrar a ligação.
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