🦋-14-🦋
🌻Brunna Gonçalves🌻
Arrumo meu seio dentro do sutiã e faço Jasmine arrotar antes de a colocar em seu berço para poder dormir. Sorrio ao ver a respiração de Jasmine indo diminuindo até que ela dormisse por completo. Arrumo o mosqueteiro sobre o berço e ligo o ar condicionado para que ela não sinta calor, ligo também o umidificador de ar e dou uma última olhada na bebê antes de sair de seu quarto.
Ouço meu celular notificar que havia chego uma mensagem e vou em busca do aparelho. O acho sobre o sofá e o pego vendo que era Ludmilla.
Ludmilla Oliveira: Acabei de chegar em casa :)
Brunna Gonçalves: Oii, foi tudo bem? Acabei de colocar Jasmine para dormir.
Ludmilla Oliveira: Eu peguei um pouco de trânsito mas ocorreu tudo bem.
Ludmilla Oliveira: Tadinha, ela deveria estar cansada.
Brunna Gonçalves: Sim, ela mamou e foi o tempo de eu a fazer arrotar, colocar ela no berço e ela dormir hahaha
Ludmilla Oliveira: Ai meu Deus que judiação.
Ludmilla Oliveira: Mudando de assunto, eu realmente gostei de passar um tempo com Jasmine e você. Fico feliz que você tenha aceitado.
Brunna Gonçalves: Da próxima vez vou te levar em um lugar que vende uma comida maravilhosa.
Brunna Gonçalves: Na verdade é uma lanchonete mas espero que você não se importe hahaha
Ludmilla Oliveira: Lanche? Amo????
Ludmilla Oliveira: Sou uma pessoa fácil de agradar, ok.
Brunna Gonçalves: Menos mal, assim a nossa amizade flui com mais facilidade hahaha
Ludmilla Oliveira: Verdade.
Ludmilla Oliveira: Vou resolver alguns problemas, até a próxima <3
Brunna Gonçalves: Até :)
Mordo meu lábio lendo a palavra "amizade".
- Mandou mal Brunna, mandou mal. - resmungo jogando meu celular no outro lado do sofá.
[…]
"Ludmilla Oliveira marcou você em uma foto"
Franzo o cenho confusa ao receber tal notificação. Nós não tínhamos tirado foto juntas.
Quando abro a notificação do Instagram, vejo uma foto de Jasmine com Ludmilla. Jasmine estava com a chupeta azul bebê na boca, a câmera parecia estar bem próxima de Jasmine e Ludmilla aparecia no fundo com um sorriso nos lábios.
"Tem coisa mais gostosa do que almoçar com a bebê mais linda do mundo?
Obs: se a mãe dela mandar eu apagar, nós fingimos que eu não postei essa foto :)"
Um enorme sorriso aparece em meus lábios e nego com a cabeça. Eu curto e comento na foto que havia aquecido meu coração e então percebo.
Aquela foto havia desestabilizado mais alguma coisa dentro de mim.
Fico encarando aquela foto com mais atenção e percebo o carinho que Ludmilla olhava para Jasmine. Era evidente naquela foto, seus olhos castanhos brilhavam como duas estrelas, os olhinhos de Jasmine também brilhavam olhando para a tela do celular.
Naquele momento eu sinto um arrepio percorre meu corpo. Esse arrepio se junta com a sensação que eu havia sentido quando Ludmilla chocou seus lábios contra a minha bochecha fazendo meu corpo entrar em êxtase por uns minutos.
Um choro alto e estridente me tira da imensidão dos pensamentos, rapidamente me coloco de pé e vou para o quarto de Jasmine que já não tinha o ar condicionado ligado. Jasmine olhava para os lados enquanto chorava mostrando que estava me procurando.
- Oi amor, a mamãe chegou. - minha voz sai suave abaixando a grade do berço para poder pegar Jasmine no colo.
O choro de Jasmine fica ainda mais alto assim que a pego e reconheço o choro. Era choro de fome.
Vou até a cadeira de amamentação e apresso para colocar meu seio para fora, Jasmine o procura no mesmo instante e o suga com força me fazendo sentir uma dorzinha que aos poucos ia sumindo.
Acaricio a bochecha de Jasmine que estava molhada por algumas lágrimas que haviam escorrido. Suspiro assim que ela segura a barra da minha blusa e fica a segurando com força.
- Desculpa a mamãe, ela perdeu a noção do tempo. - peço e Jasmine me olha atenta - Não vai mais acontecer, tudo bem? - a bebê não esboça nenhuma reação, apenas suga o meu peito com menos força e eu sorrio.
🌺Ludmilla Oliveira🌺
- Ludmilla, você está em casa? - ouço a voz de Patty gritando da sala e em seguida um barulho de chaves.
- Estou aqui Patrícia. - respondo terminando de preparar uma deliciosa lasanha para o jantar.
- Que cheirinho bom. - vejo a minha amiga de cabelos castanhos, um corpo exuberante, um lindo sorriso e sua familiar roupa social com uma bolsa preta.
- Não sabia que você iria vir aqui hoje. - me aproximo dela, abraço e deixo um beijo em sua bochecha.
- Você não dá sinal de vida a uma semana, resolvi vir aqui para ver se você estava viva. - ri se afastando e coloca a bolsa sobre o balcão.
- Desculpe ter sumido, estava ocupada com o trabalho. - explico voltando para perto da pia e pego a travessa de vidro para a levar no forno.
- Eu vi o seu último post, de quem é aquela bebê? - pergunta e reviro os olhos sabendo o que veria logo a seguir.
- É uma paciente. - me limito a dizer.
- Desde quando você almoça com pacientes e suas mães? - abro o forno e deixo a travessa ali dentro antes de me virar para Patty - Não me diga que está acontecendo a mesma coisa que aconteceu com a Daniela.
- Não, a Daniela foi um caso isolado. Nem me lembre disso. - faço careta - Brunna e eu estamos virando amigas, isso consequentemente me faz sair com as duas. - dou de ombros e Patrícia afasta um dos bancos que ficava ao arredor do balcão para se sentar.
- Mas então, me diga. - entrelaça os dedos sobre o balcão - Ela é bonita?
- Uh, sim. - dou de ombros como quem não se importava e então Patrícia fica me encarando por longos segundos - Tudo bem, ela é linda. - falo cedendo e ela ri.
- Ela é casada?
- Não. - nego com a cabeça e seu sorriso cresce ainda mais - Não começa Patrícia Cristina!
- Eu nem ao menos iria dizer algo. - solta uma risadinha que entregava o quanto ela estava se segurando para não ser tão Patrícia.
- Nós fomos almoçar juntas hoje. Eu a busquei no apartamento dela e fomos juntas para o Tempero da Gerais. - explico.
- Onde ela mora?
- Você por acaso vai assaltar a casa dela ou quer ter algo com ela? - questiono pelas diversas perguntas.
- Tudo bem, desculpa. - pausa - Mas para você ir buscar, no mínimo deve morar por aqui porque você é pão dura quando se trata de gasolina.
- Ela mora na zona norte. - murmuro sabendo que eu estava dando ainda mais corda para ela.
- Oh meu Deus, você está afim dela. - fala boquiaberta e eu rio.
- Como você está? - mudo de assunto antes que mais perguntas venham.
- Em um inferno particular. Você acredita que o meu cliente sumiu do mapa? - revira os olhos levando as mãos até suas têmporas e as massageia - Quando eu encontrar esse homem, eu vou o matar com minhas próprias mãos.
- Abandone o caso. - tento ajudar a advogada e ela nega com a cabeça.
- Não vou, não ainda. - suspira frustrada - Se ele não aparecer em duas semanas eu vou abandonar... Como eu posso ser advogada de um cara que sumiu sem deixar rastros?
- Ainda bem que eu trabalho com criança. - murmuro.
- Sorte sua. - diz no mesmo tom e então volta a entrelaçar as mãos sobre o balcão.
- E como está com o William?
- Outro inferno, nós brigamos pela segunda vez em uma única semana. - revira os olhos - Acho que nós já estamos chegando no fim. Não tem mais caminhos.
- Uh, sinto muito. - aperto os lábios - Já conversaram?
- Não dá, sempre acabamos discutindo. Então ele vai para a casa dele e eu fico soltando fogo pelas narinas.
- Se precisar conversar, você sabe que estou aqui. - toco sua mão e ela sorri agradecida.
- Bom, o que você está fazendo aqui? O cheiro está delicioso... Vou me convidar para ficar. - estica o pescoço para olhar em direção a pia.
- Estou fazendo lasanha de carne. Aquela que você adora. - sorrio fazendo a advogada sorrir.
- Eu deveria ter começado a namorar com você. - fala quebrando o toque de nossas mãos e se põe de pé - Um mulherão desses e ainda sabe cozinhar. Estaria feita para o resto da minha vida. - gesticula com as mãos e eu gargalho.
- Azar seu que não deu em cima de mim na faculdade.
- Céus, Ludmilla . - tomba a cabeça para o lado e gargalha.
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