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🌺Ludmilla Oliveira🌺
Arrumo meu notebook sobre minhas pernas e entro no Instagram vendo a primeira coisa que vejo, é um vídeo de Brunna segurando um violão, ela estava sentada em uma cama aparentemente toda branca e ao seu lado, Jasmine chorava.
Brunna sorri para a câmera e então começa dedilhar as cordas do violão. Jasmine parece não se importar e continua a chorar, até que Brunna a olha e seus lábios se mexem fazendo sua voz ser ouvida pela bebê e pela câmera. Brunna canta "ouvi dizer" do Melim e em segundos, o choro de Jasmine vai parando aos poucos até que ouço uma risadinha familiar e seus olhinhos param sobre a mãe.
O vídeo dura apenas trinta segundos mas é o suficiente para que me deixe com um sorrisinho bobo brincando em meus lábios, quando menos vejo eu já havia curtido e comentado naquele vídeo maravilhoso.
Entro em seu perfil e vejo uma foto de Jasmine que aparentava ter sido postada a poucas horas e não consigo conter meu sorriso derretido ao ver Jasmine .
Abro outra guia no navegador enquanto sentia meu coração quentinho por ver que Jasmine estava bem e começo a pesquisar um restaurante em São Paulo que não fosse tão movimentado por conta de Jasmine mas também não fosse um ambiente tedioso. Um restaurante que ficava no Brooklin Novo, um restaurante mineiro delicioso que provavelmente Brunna iria gostar — é o que eu espero.
Começo a pesquisar se havia algum lugar para poder apoiar o bebê conforto de Jasmine e sorrio ao ver os tipos de acentos que eram largos o suficiente para que o bebê conforto se encaixasse ali de forma segura.
Sinto meu celular vibrar sobre a cama e então o pego no mesmo instante vendo uma mensagem de Brunna.
Brunna, mãe Jasmine : A Jasmine quer agradecer a sua Doutora favorita por ter ajudado sua mãe desastrada a cuidar nela quando ela teve resfriado [foto]
Um sorriso suave surge em meus lábios ao ver a foto onde Jasmine estava de bruços e parecia tentar se apoiar nos bracinhos, com vários e vários brinquedos em sua volta, ela tinha em sua boca um sorriso pequeno e como sempre, seus lindos olhos castanhos brilhavam.
Ludmilla Oliveira: Oi princesa, fico feliz que você tenha melhorado. Você está linda hahaha
Ludmilla Oliveira: Peça a Jasmine para perguntar para a sua mãe se o nosso almoço ainda está de pé, porque eu estou quase fazendo uma reserva em um restaurante e não sei se ela voltou atrás, por favor :(
Brunna, mãe Jasmine : Meu Deus hahaha
Brunna, mãe Jasmine: Nosso almoço está de pé sim, não se preocupe.
Ludmilla Oliveira: Para quando posso fazer a reserva? Sábado que vem eu estarei de folga...
Brunna, mãe Jasmine : Sábado Jasmine irá completar quatro meses... Eu fiz planos para comemorar ela e eu.
Ludmilla Oliveira: Oh, posso reservar uma mesa para a outra semana.
Brunna, mãe Jasmine: Não, que isso Ludmilla. Pode reservar para esse sábado :)
Brunna, mãe Jasmine: É bom que Jasmine e eu não passamos um mêsversario dela somente nós duas.
Ludmilla Oliveira: Ótimo! Vou reservar uma mesa no Tempero da gerais para sábado. Espero que você goste da comida de lá, é deliciosa.
Brunna, mãe Jasmine: Comida mineira? Uai sô, é comigo mesmo! Oh trem bão.
Solto uma risada alta e então suspiro ao ver que Brunna havia trocado sua foto de perfil no whatsapp e agora era uma onde Jasmine estava em seus braços na frente de um espelho e Brunna beijava sua bochecha gorducha.
Ludmilla Oliveira: Espero ter acertado. E eu vi o seu vídeo no Instagram, eu entendi o porquê Jasmine fica toda boba quando você canta.
Brunna, mãe Jasmine: Uh, você viu? Céus, que vergonha. Eu esqueço que tem outras pessoas além da minha mãe me seguindo hahaha
Ludmilla Oliveira: Não entendo o motivo da vergonha, aquele vídeo está disputando o posto de primeiro lugar dos vídeos mais fofos do mundo com um de gatinho :)
Ludmilla Oliveira: Enfim, Jasmine continua bem?
Brunna, mãe Jasmine: Sim, ela está mais saudável do que nunca. Você acredita que ela começou a tentar bater as mãozinhas no móbiles que tem em seu berço? Eu fiquei toda boba quando ouvi ela rindo sozinha no quarto quando eu pegava algo para comer e depois que eu fui ver ela estava lá, tentando bater as mãozinhas nos leãozinhos.
Ludmilla Oliveira: Céus que fofura! Se prepara porque nesse novo mês que vem, ela pode começar a chutar hahaha
Brunna, mãe Jasmine: Ela está crescendo rápido demais :(
Ludmilla Oliveira: Calma, você ainda tem nove meses até que ela comece a andar por ai e começar a aprender a falar.
Meu relógio começa a apitar avisando que estava na hora de eu começar a me arrumar pois eu entraria no período da tarde no hospital e respiro fundo contendo um bocejo.
Ludmilla Oliveira: Terei que ir para o hospital, qualquer hora conversamos novamente :)
Ludmilla Oliveira: mande um beijo para a minha paciente favorita.
Sem esperar uma resposta, desligo a tela do meu celular e fecho o notebook que estava em meu colo, coloco os aparelhos eletrônicos de lado para poder tirar o pijama que eu usava e me arrumar para chegar no hospital em uma hora.
Nesse mês, desde a primeira consulta de Jasmine. Brunna e eu havíamos conversando apenas quatro vezes, eu confesso que havia gostado dela e etc... Eu ter a chamado para um almoço, não me faz uma mulher emocionada, ou faz?
Eu não sei, o que importava é que eu realmente estava interessada em Brunna e ela parecia não se sentir incomodada com isso já que eu com certeza deixava claro. Não que eu estivesse me aproximando dela usando Jasmine como um caminho, longe disso, eu realmente estava apaixonada por aquela bebê. Ela só foi responsável por Brunna e eu termos nos conhecido e nos tornado possíveis amigas.
- Relaxa Ludmilla, você é uma mulher de trinta e dois anos! Não comece a agir como uma adolescente. - murmuro para mim mesma depois de conseguir tirar o meu pijama e procurar alguma roupa para que eu use até chegar no hospital e colocar o uniforme.
Quando saio do meu apartamento e entro em meu carro, a música que Brunna havia cantado para Jasmine naquele vídeo fica em minha cabeça e vou a cantarolando por todo o trajeto estressante até o hospital.
Entro no enorme prédio repleto de vidros e vou para os armários, paro na frente do meu e coloco a combinação para o abrir e ver meu uniforme agora na cor rosa clara.
Aparentemente a direção do hospital acha que seria uma boa as pessoas da pediatria usar uma cor de uniforme por dia. Alguns dias eram azuis, outros vermelhos, outros rosas e outros laranjas. Eu havia gostado dessa ideia mesmo odiando com todas as minhas forças a cor laranja, eu ficava parecendo uma presidiária com um jaleco cheio de estrelinhas.
- Bom dia Ludmilla. - Felipe diz abrindo o armário ao meu lado e tira sua camisa branca exibindo o seu peitoral definido - Soube que uma grávida de quadrigêmeos deu entrada agora pouco. - fala com o olhar fixo dentro do seu armário quando eu tiro a minha calça para vestir a de cor rosa.
- Sério?
- Trinta semanas, a barriga dela está desse tamanho. - veste o seu uniforme azul claro e então coloca a mão dentro do mesmo simulando uma barriga de grávida - Ouvi a Hernandez dizendo que queria pegar essa paciente... Se você quiser para você, eu acho melhor se apressar. - avisa e eu sorrio.
- Obrigada Felipe, mas eu irei deixar a Hernandez pegar essa paciente. Estou com um três prematuros e um deles contraiu pneumonia, estou bem ocupada com eles. - entorto minha boca vestindo o meu jaleco.
- Oh certo, caso aparecer algum caso extraordinário eu te aviso. - toca meu ombro e eu sorrio agradecida.
- Você é um fofoqueiro, já te falaram isso? - pergunto pegando meus tênis esportivos e tiro minha bota para os calçar enquanto Felipe tirava sua calça ficando de cueca ali na minha frente.
- Dizem isso com frequência mas o que eu posso fazer. - da de ombros de uma forma divertida e eu rio - Estou atrasado, te vejo por ai. - fala vestindo sua calça com rapidez.
- Até. - aceno com a cabeça amarrando meus tênis e Felipe fecha a porta de seu armário antes de sair correndo para fora da sala me deixando sozinha.
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