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Capítulo 29

CAPÍTULO 29

Em algumas ocasiões nos sentimos perdidos. Como nas vezes em que pegamos um ônibus e não temos a certeza se está indo para o destino certo. Ou quando decidimos dizer para a pessoa que gostamos que somos desesperadas por ela e que a vida sem ela é cinzenta, em nosso cotidiano nos sentimos perdidos mas nada se compara em estar perdido de verdade.

- Pelo amor! Manaus? Amazonas? – Estava tentando refletir o quanto longe isso era mas sabia que era muito longe.

- Bom eu não conheço nenhum outro Manaus no Brasil, você conhece? – Nazareth soltou um risinho tentando abafar o clima.

Me senti tonta por um momento, tentei respirar fundo várias e várias vezes. Eu não conseguia sentir que estava tão distante de casa, o pouco de esperança que eu tinha de me encontrarem se evaporou.

Surpresa eu senti o abraço de Nazareth enquanto eu sentava no chão para me recuperar. Ela tinha um cheiro engraçado de uma mistura de produto de limpeza, quase sentia como uma mãe que conforta o filho.

- Vai ficar tudo bem querida, Deus é poderoso.

Não pude deixar de achar graça naquilo, uma mulher religiosa que trabalhava para um demônio, mas me contive. Era um caminho que não conseguia percorrer.

- É só você ter fé.

Eu tinha fé. Tinha fé no sentimento mais puro que um ser humano é capaz de ter, tinha fé nos laços que fazem com que as pessoas se tornem melhores, tinha fé no sorriso inocente de uma criança que vê o mundo como se fosse apenas um grande balão flutuando que apesar de ser tão frágil nunca vai estourar. Eu tinha fé no toque que faz você se sentir queimando e ao mesmo tempo frio. Na explosão de sentimentos quando se ganha um abraço verdadeiro. Eu tinha fé nessas coisas.

Depois de me recuperar comecei a criar hipóteses. De alguma forma fora da casa eu conseguia permanecer uma ligação com Rich. Lembrar disso fez com que meu coração apertasse no peito. Mas voltei a me concentrar. Eu sábia que não estava em um lugar invisível no mapa. Estava em Manaus ou que mesmo longe ainda era bom porque ainda tinha chances. Eu tinha que arranjar um jeito de sair e falar com Richard, dizer a onde estava.

Mas Manaus era grande e não tínhamos tempo para brincar de "procurar a Anne", precisava diminuir mais as alternativas. Lembrei que a Nazareth disse que morava por perto, em um apartamento. Isso já ajudava de certa forma.

Não sabia como era Manaus mas imaginava que era menos urbanizado do que os estados do Sul. Era isso, não tinha muitas informações mas esperava que isso adiantasse.

Nazareth afrouxou o abraço, em uma certa época ela poderia ser aquela pessoa que você cede seu lugar no ônibus, cogitei por um momento a ideia de despistar ela e correr para fora mas não conseguiria fazer isso, teria que ser no turno de outra pessoa. 

- Você vai ficar bem querida. Vou te fazer um chá.  

Me sentia feliz por ter Nazareth ao meu lado incrivelmente ela me dava uma certa segurança materna. 

Tentei respirar de forma tranquilizadora enquanto tomava o chá. Precisava de alguma forma mostrar desinteresse por que meu próximo passo seria uma pergunta que poderia entregar todo o jogo.

- E como estão seus filhos? - Tentei amenizar a situação, fingir que nada daquilo havia acontecido. 

- Ah! O Adam esta ótimo, entrou para um time de handebol, quase não fica em casa. Já o Alan esta namorando com uma menina da ala de psicologia na faculdade. 

- Espera, o nome deles é Adam e Alan? - Não pude deixar de rir. - Parece nome de dupla de desenho animado " vem brincar com Alan e Adam"

- Essa sempre foi minha real intenção! - Ela me acompanhou na risada, percebi que já podia jogar a isca. 

- Mas então, já conhece a nora?

- Ainda não, na minha próxima visita iremos sair para jantar.

- Uh! Jantar! Que chique.

- Que nada! Vai ser em um rodízio de pizza, aquelas crianças amam pizza!

- E você esta ansiosa? Sua folga é esse final de semana né?

- Ah, estou sim ela parece mesmo ser uma boa moça. Eu não sei ao certo. Com a Demy fora não posso seguir minha tabela tenho que esperar ela me dispensar. 

- Entendo. Espero que dê tudo certo, se precisar ajuda com algo sou uma pessoa completamente desocupada. - Sorri da forma mais simpática possível. Gostava mesmo dela mas meu nervosismo poderia me prejudicar no momento. 
Em algum momento nos próximos dias eu iria me arriscar como minha última jogada, tinha que torcer que conseguiria avisar ao Richard minha localização e torcer para que ele chegasse mais rápido do que Demy caso contrário provavelmente ela me mataria.
Só que a espera estava me matando, a adrenalina correndo solta na minha veia foi se perdendo aos poucos. Será que ela voltaria ? Eu precisava saber em que posição estava antes de fazer qualquer coisa não podia simplesmente sair correndo e torcer para que meu objetivo fosse completo. Mas passou-se dias e assim que completou uma semana sem que ela voltasse comecei a pensar em outras maneiras.
Estava tomando chá com Nazareth quando ela me contou que Demy havia atrasado o pagamento e algumas meninas estavam ficando intrigadas porque ela não dava noticias.
- Estão achando que ela não vai voltar - cochichou enquanto cortava um pedaço de bolo. - Isso nunca havia acontecido, algumas meninas estão dizendo que se até o fim da semana não tiverem noticias não vão voltar mais.
- Nossa, e o que pretende fazer?
- Eu não vou deixar a senhorita com aqueles guardas estranhos, capaz que eles nem de dão comida. Vou esperar até que tudo amenize.
Tinha uma gratidão inexplicável por aquela mulher, ela era diferente que todas, era grata pela bondade e acolhimento que ela me permitia receber.
De alguma forma aquilo havia me tranquilizado, se Demy não voltasse todos iriam embora, certo? Eu sairia também. Podia buscar ajuda e encontrar meu pai. Tudo ficaria bem, e eu poderia passar meus últimos dias com as pessoas que amo. As vezes tinha vontade de contar toda historia para Nazareth mas sabia que ela não acreditaria em mim.
O fim da semana não precisou chegar tudo aconteceu rapidamente em uma madrugada de quinta feira.
Nos últimos dias eu havia conseguido dormir bem sem a presença de Demy, conseguia relaxar e me deixar levar por um, dois sonhos bobos em uma noite. Agora em questão sonhava que Richard vinha me salvar. Ele me abraçava e finalmente a gente saia daquele lar de demônio mas em algum momento ele começava a ficar quente demais e então entrava em chamas e eu precisava me afastar. Sentia a agonia do seu olhar e via ele virando pó. Estava prestes a acordar assustada como sempre quando senti uma presença.
Estava bem do meu lado e eu sentia seus olhos em mim, tentei permanecer serena como se estivesse dormindo mas estava apreensiva demais, o medo tomou conta do meu corpo, ela tinha voltado? Precisava abrir os olhos e encarar as coisas.
Abri, e a adrenalina de descer uma montanha russa tomou conta do meu corpo. Quase não dava para ver os olhos, o cabelo estava maior que o normal e era percebível uma a barba rala. Meu coração voltou a bombear e o sangue correu pelas minhas veias podia sentir cada pêlo dos meus braços de arrepiando. Minha vontade era de sorrir até minha boca cansar mas as emoções se misturaram e as lágrimas vieram primeiro que o sorriso.
- Você estava tão linda dormindo que mesmo com toda saudade que estou sentindo foi difícil acorda-la. - E ele sorriu, e pude ver aquele sorriso de novo.
Ele veio me salvar e agora não era um sonho.

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