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Capítulo 26

Passou se dias sem que eu visse a cara de Demi. Entrei em uma rotina monótona onde constituía em acordar, comer, tomar banho, comer, ler a tarde toda, comer e dormir. Estava enlouquecendo.
Nos primeiros dias de seu sumiço eu me mantive firme, ousei não comer, mas apos três dias sobreviver somente de agua não era possível, e apos uma semana estava tao entediada que comecei a aceitar tudo aquilo.
O cômodo em que estava era até mesmo agradável. Um quarto até mesmo grandioso com uma cama com lençóis de seda. Havia prateleiras com algumas coisas e um tapete. Próximo a cama ficava um baú a onde havia algumas roupas, e depois de um tempo uma montanha de livros foi se formando no canto do quarto.
Tinha um banheiro acessível, e me traziam refeições a cada duas horas, ninguém falava comigo.
Estava deitada tomando iniciativa para começar um novo livro quando a porta abriu sem cerimonia e eu escutei o estalar de salto alto no chão.
Demi vestia uma calça de couro, um top preto e óculos escuros. Segurava uma sacola roxa e sorriu quando a encarei sem boa vontade.
- Olá Donzela. - Não a respondi. Por dias planejava esse momento, iria xinga-la de todos os nomes possíveis, pularia em cima dela e a rasgaria com todas as minhas forças, tinha até deixado a unha crescer. Porem no exato momento que ela sorriu e retirou os óculos apenas suspirei e deixei que a falta de força de vontade me consumisse. - Espero que você tenha gostado dos meus aposentos. Desculpe a minha demora estava resolvendo umas coisinhas. E lhe trouxe presentes!
Ela lançou a sacola na cama próximo a mim e aguardou esperando que eu abrisse.
Nem cheguei perto da sacola.
A expressão de entusiasmo deixou seu rosto e então ela disse o mais calmo que conseguiu.
- Olha Anne quero que as coisas sejam agradáveis tanto para mim quanto para você.
- Esse já é um problema seu. - Quase não reconheci minha voz. Fazia tanto tempo que não falava que foi difícil dizer aquilo com um tom neutro.
Ela passou a mão pelo cabelo.
- Você era mais boazinha com o seu anjinho.
- Talvez pelo fato de que ele não me seqüestrava. Quero saber o que fez com as minhas amigas.
- Não tenho qualquer interesse nelas. O meu foco é você e no momento estou tentando ser boa aqui. Tem como você ajudar?
- Não! Não tem como! Fiquei dias aqui. Você é maluca! Acha que o quê? Faz logo o que você quer fazer comigo. Acabe logo com isso!
A expressão dela se fechou como se fosse um céu cheio de nuvens cinzentas. Quando finalmente falou sua voz parecia o começo de um trovão. Aquele tipo que faz você correr pra cama de seus pais e se esconder por lá.
- Olha aqui. Você vai abrir essa sacola querendo ou não e vai ficar por aqui o quanto de tempo que eu quiser. Acha que é difícil feri-la? Chega a ser clichê. Você não se importa consigo mesma? Ótimo. Existe dezenas de forma de lhe fazer o mal. Então abre a porcaria da sacola!
Ela jogou a sacola na minha direção e saiu a passos firmes.
Lagrimas de raiva ameaçaram a pular dos meus olhos. Mordi tao forte os lábios para segura-las que senti o sangue invadir a boca.
Um kit de maquiagem daquelas bem famosas, um conjunto de lingerie que quase me fez vomitar só de ver, um creme hidratante, e um caderno. Demorei para entender o que era aquele caderno ate que percebi que era um diário.
Esses era o conteúdo da sacola.
Em vários dias seguidos um colapso de desespero passava pelo meu corpo em certo momento, geralmente quando eu pensava muito e caia na real.
Ainda tentava constantemente entrar em contato com Richard mas nos últimos dias minha força de vontade havia se esgotado.
Fechei os olhos e me lembrei do beijo. Não acreditava que poderia morrer sem nunca ter lhe beijado realmente.
Toda vez que eu sentia que estava me faltando equilíbrio pensava nele. Naqueles dias meus pensamentos não se escorregaram um momento sequer até Davi. Era como se ele tivesse sido um personagem de um livro que no decorrer do tempo foi esquecido por não ser tao importante.
Mas havia outros dias que o surto era tao intenso que eu tinha que gritar. A dor emocional era tao aguda que eu me dava tapas para provar a mim mesma que ainda estava viva e que podia lutar.
Nao sei como ou o porquê mas em um desses dias apavorantes Demi apareceu no quarto e anunciou que eu iria sair dali por algumas horinhas.
- Vista uma roupa adequada. Não aguento mais vê-la assim como se fosse uma fruta podre.
Se retirou e eu fiquei encarando a porta com uma pequena euforia. Poderia estar a caminho do abatedouro que ainda sim eu ficaria feliz somente por poder sair dali.
Vesti-me com as roupas em que havia chegado. Não daria o gosto a Demi por usar de suas roupas, além quê a maioria era inadequadas e espalhafatosas.
Após uma hora a porta se abriu e sem cerimonia uma mulher com o semblante baixo entrou e anunciou que eu deveria acompanha-la.
Segui-a e fiquei surpresa ao constatar que não havia guardas do lado de fora como eu havia supeitado. Era um corredor com bastante iluminação porém sua cor vermelha o deixava ainda sim escurecido.
Era curto e logo chegamos ao seu final que se abria a vários caminhos. Soube imediatamente qual era a saída. Uma brisa suave arrepiou meus braços e a nostalgia que senti quase me fez desmaiar.
Queria poder correr para aquela área mas algo me dizia que não podia abusar ainda mais agora que estava tendo a oportunidade de sair daquele quarto.
Passamos por uma escada a onde senti vários aromas. O de maracujá se destacou por ser de longe um dos meus preferidos. Supostamente ali era a cozinha. Continuamos até pararmos enfrente a uma porta de correr. A moça que me acompanhava a abriu e fiquei surpresa. Ali estava uma tradicional mesa asiática com almofadas e tapetes para que a pessoa pudesse sentar.
Não havia nenhum alimento ainda disposto mas tinha muitos recipientes de diferentes cores/texturas/pinturas. Me peguei olhando para os hashis. Me lembrei de quando Davi havia me ensinado a usa-los e como ele tinha sido paciente. Quando eu perguntei como eu iria tomar o caldo com aqueles " pauzinhos " ele riu e pegou a tigela com as duas mãos e levou-a até a boca como se fosse uma xícara gigante.
Dispensei os pensamentos assim que a porta se abriu e Demi entrou.
Pela primeira vez ela vestia algo leve. Um blusão cinza e chinelos, o cabelo se mantinha preso mas a maquiagem continuava carregada.
- Sabia que você não usaria nada adequado mesmo então não me dei ao trabalho de me produzir também. - Ela retirou o calçado e se sentou. Ficou aguardando para que eu fizesse o mesmo. - Espero que você goste da culinária asiática. Eu pelo menos adoro. Sabia que em média eles ficam o dia todo cozinhando o alimento? Sério! Tem pessoas que não aguentam vinte minutos sem se estressar e ficar entediado na cozinha imagina horas! É magnifico como elas fazem disso uma arte.
- Por que não tem guardas por aqui? - Perguntei ignorando seus comentários. Precisa saber o maximo de informação para poder sair dali.
- Por que é minha casa e não sou exatamente famosa para ser perseguida por paparazzis. - Ela me avaliou antes de continuar - É minha casa, ninguém sai ou entra aqui sem eu saber.
Engoli em seco. Ainda tinha esperanças.
O assunto foi imediatamente interrompido quando houve uma fraca batida na porta e três mulheres com idade mediana entraram com duzias de prato e "barcas" com diferentes alimentos artesanais.
- Espero que você saiba comer de hashi. - Demi com facilidade e experiencia pegou um sushi e levou a boca.
Segurei o hashi entre os dedos me acostumando com seu peso. Fazia tempos que não usava um mas logo peguei a prática novamente.
Fingi-me concentrada na comida para que não tivesse que manter uma conversa constante com Demi. Sabia que ela estava me observando como se eu mesma fosse uma barca cheia se sushi, sashimi e salmão saborosos. Nao deixei-me intimidar.
Logo estava cheia e a porta retornou a se abrir.
Dessa vez só duas mulheres entraram e retiraram os pratos. Logo em seguida entrou mais duas com as sobremesas.
Como havia suspeitado tinha um musse de maracujá. De asiáticos as sobremesas não tinha nada.
- Esta lendo alguma coisa no momento? - Afirmei com a cabeça. Ler era a única coisa que tinha para fazer. - Deve ser cansativo. Quando retornar para o quarto lá vai ter uma surpresa para você.
Imaginei uma piramide de livros, ou talvez um amontoado de lingerie.
Por sorte Demi não estava disposta a manter um dialogo e logo tudo aquilo acabou. Na volta até o quarto retornei a sentir a brisa e com ela veio um pequeno calafrio que arrepiou os pêlos de meu braço. Nao sabia o que aquilo significava.
Quando entrei naquele cômodo que já estava se tornando insuportável, dei de cara com uma ampla TV que tomava parte da parede que ficava de frente para a cama. Havia também outros eletrônicos como DVD, Som, até um netBook sem acesso nenhum a internet. Obviamente.
Por um momento me deixei impressionar. Então me joguei na cama e mantive os olhos fechados firmemente pronta para acordar daquele pesadelo.

Olá! Saudades? Capítulo TRIMESTRAL da história hahahaha!
Se você ainda não leu o prólogo de Enigma, foi publicado e esta no meu perfil XD
OBRIGADA PRO SEREM TEM FIÉIS E AMORZINHOS <3

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