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Capítulo 19

Acordei por conta de uma dor insuportável nos meus pés. Era começo de manha. Caminhei até a sala esperando encontrar Richard mas ele já havia ido embora sem deixar vestígio algum de ter dormido no sofá.

Tomei um banho e fiquei assistindo televisão até dar a hora de ir a escola, porem acabei adormecendo.

Acordei horas depois com o barulho na porta de entrada, pulei de susto quando Richard entrou sem cerimonia.

- O que você esta fazendo aqui???- Praticamente o amaldiçoei por não sair da minha cola.

Provavelmente eu estava com a cara inchada, descabelada e minha vestimenta não me ajudava para parecer no minimo apresentável, mas não liguei, não ligava mais para o que o Richard pensava de mim, o que achava de mim, o que queria de mim.

- Você deve esta com fome. - Ele não se importou em me responder, percebi de imediato que ele carregava três sacolas de supermercado. Percebendo minha curiosidade ele me respondeu. - Vi que não tinha muitas coisas na geladeira e decidi fazer umas compras.

- Hm, demorou esse tempo todo fazendo compras ? - Perguntei, desconfiada.

Ele deu de ombros e se dirigiu até a cozinha.

- Vou fazer algo para comer.

E nisso se passou 20 minutos, cansada de esperar fui ver como meu pai estava.

Na porta do quarto já escutei o barulho de sua respiração tranquila, estava dormindo. Havia tomado os compridos necessários e a garrafa de agua que permanecia no seu quarto estava praticamente vazia. Me sentei ao seu lado estudando-o. Ele parecia detonado. Os cortes já tinha cicatrizado e só faltava retirar os gesso para que por fim ele pudesse ter uma vida ... Normal. Pelo menos artificialmente normal.

Fui até o guarda roupa a onde ficava todas as peças de roupa da minha mãe. Nao havíamos nem considerado a ideia de um dia doar aquelas roupas pois deixar as coisas como se ela tivesse ali ainda acalmava tanto a mim, tanto ao meu pai.

O guarda roupa tinha um leve cheiro de mofo por conta da sua falta de uso e estava empoeirado. Passei os dedos pelos tecidos lembrando dela com cada umas daquelas roupas em diferentes ocasiões. Abri as gavetas e fui relembrando das coisas até que senti uma pontada de dor quando minha unha ficou pressa em uma entrada da madeira e quebrou.

Toquei novamente na entrada e a levantei. Era como uma parte secreta da gaveta e lá havia 3 papeis. Reconheci de imediato a letra corrida de minha mãe. Curiosa me retirei do quarto e fui novamente para sala.

Lacalizei a primeira parte daquilo que parecia ser relatos e comecei a ler silenciosamente.

" Não sei o que esta acontecendo. Hoje acordei sentindo uma respiração quente no meu pescoço, de início achei que fosse Anne, mas ao me virar na cama tomei un susto que fez meu coração parar e minha respiração sumir. Sera um fantasma? PenseiMas até mesmo meus pensamentos eram desconcertantes, fiquei em silêncio com medo do que podia acontecer e estava acontecendo até que Pedro abriu os olhos.
Olhos tao vívidos e belos que tocava a minha alma. Nao aguentei e me lancei para fora da cama correndo para o banheiro. Aquilo tudo poderia ser uma visão repentina da tristeza, um sonho, Pedro estava morto.
Depois de um tempo no banheiro me recuperando sai e caminhei novamente até o quarto. Como eu imaginava, não havia ninguém ali.
Desci aliviada e assombrada ao mesmo tempo, escutei o barulho vindo da cozinha. Deveria ser Anne preparando seu café.
Anne e eu estávamos nos recuperando pelo choque de perder alguem que amamos e eu queria urgentemente ser uma mãe melhor, poder abraça- e dar carinho mas isso acontecia no meu íntimo, não conseguia de jeito algum me expressar de forma direta com Anne. Parecíamos duas irmas briguentas, mas eu amo-a tanto. Me odeio por não dar lhe tanta atenção, por não ser sua amiga, por fazer isso conosco.
Então me dirigi até a cozinha pronta para ser gentil. Mas novamente aquela sensação de ossos quebrando me abateu. Ele estava ali. E eu teria corrido caso Anne não chegasse atrás de mim e com toda naturalidade corresse para os braços do pai e contente o perguntasse o que teria no café da manha.
Em choque, fiquei ali observando. O que estava acontecendo? Era um sonho? Ou aquela era a realidade e o acidente nunca ocorrerá? Nao sei mais, estou tao confusa. Por isso decidi escrever pra no fim saber qual é a minha realidade.
Pedro esta aqui, e tudo está acontecendo como era antes. É assustador, mas de alguma forma não comentei nada com ele, nem ao menos dirigi a palavra pra ele. E isso é fácil pois depois do nascimento de Anne nosso relacionamento ficou complicado, mesmo eu o amando tanto.
Estou com medo, parece que vou dar passos em falsos ...."

- A comida esta pron ... - Richard estava parado na entrada da cozinha segurando dois pratos. Me avaliou cuidadosamente. - O que houve?

Só nesse momento percebi que estava chorando.

- Nada. Eu ... - Mas ele já estava na minha frente, equilibrando os dois pratos e segurando umas das anotações. Ele ficou en silencio durante 30 segundos. Mantive meu olhar no chão até ele me entregar o papel e colocar os pratos ao meu lado. Foi até a porta e então disse.

- Vou ter que sair, tenta comer ok? - Só então fui olhar o conteúdo do meu prato.

Havia peixe grelhado, arroz, batata cozida, quiabo, frango e hambúrguer. No outro tinha salada fresca. Todos as minhas comidas preferidas unidas.

- Como você sabe que eu gosto de tudo isso? - Ele novamente deu de ombros já saindo - Ei! Meu pai precisa comer também!

- Sim, deixei o prato dele no microondas.

- Ele não come peixe ...

- Eu sei, fritei bacon. - Fiquei pasma, encarando-o. Como ele sabia de tudo aquilo? - Ah, a proposito retire o bolo do forno daqui dez minutos.

E saiu.

Fiquei ali ainda pasma. Comi tudo. Richard conseguia ser incrível fazer tudo aquilo em tao pouco tempo e ainda sim deixar tudo tao delicioso.

Fui ate a cozinha, peguei o prato com praticamente o mesmo conteúdo que tinha no meu e desliguei o forno. Abri o mesmo sentindo o cheiro delicioso de milho, ele havia feito meu bolo preferido.

Depois de deixar meu pai comendo e desviar o foco de todas as perguntas do como eu havia feito tudo aquilo fui até meu quarto segurando os papeis.

Recomecei a ler.
" Estou quase ... Tranquila. Rick tem me ajudando bastante nessa coisa toda. se passou três meses desde que descobri o que estava acontecendo comigo, com a minha vida, e ainda sim, estou tranquila.
Estou falando mais com Anne, e tentando ser uma esposa melhor para Pedro. Mesmo que ele por conta própria esteja se afastando, ainda não entendo o por que mas acho que ficamos tanto tempo afastados que virou uma rotina. Eu preciso mudar isso.
Rick é um ótimo amigo, ele me aconselha, me conforta e ajuda. Fico quase feliz por isso ter acontecido e eu ter lhe conhecido mesmo que ele tenha me falado que quando tudo isso acabar não me lembrarei dele. Estou bastante otimista. Vou salvar Pedro, vou me salvar. "

Senti os olhos de Richard em mim.

- Preciso falar com você.

Olhei-o, ele passava a mao furtivamente nos cabelos. 

Coloquei os papeis delicadamente na cama necessitando poder ler o último pois tinha certeza que o último era aquele que revelaria algo. Nao sabia qual era a relação que Richard tinha com a morte da minha mãe mas certamente as respostas estavam naquele papel.

Desci as escadas atrás de Richard passando pelo quarto do meu pai, ele já havia voltado a dormir.

- Conversei com Luke, ele vai dar uma trégua. - Me comunicou quando chegamos no fim da escada.

- Vai? - Perguntei espantada.

- Sim, durante as próximas semanas. Ele disse que tem uma nova coisa para se preocupar e vai ficar ausente. Você tem que começar a trabalhar nisso.

Um peso enorme saiu de cima das minhas costas e percebi que depois da notícias conseguia respirar mais tranquilamente.

Depois de um silencio constrangedor, disse.

- Só isso? - Ele concordou - Ok ... Irei subir.

Ele parou um pouco ansioso e quase falou algo, mas então ele passou as maos no cabelo e concordou.

Quando cheguei ao quarto notei logo de cara que os papeis havia sumido. Desci furiosamente.

- Cadê aqueles papeis?? - Richard pareceu meio espantado mas em segundo recuperou a postura.

- Nao os peguei, estive com você, lembra?

- Richard não brinca comigo! - Quase gritei. Havia percebido como ele havia olhado meio desorientado para os papeis.

- Nao os peguei! Aqueles relatos não devia nem existir! Essa é a lei, talvez eles tenham sumidos de repente por que era isso que tinha que acontecer. - Percebi pela sua postura que alguma parte daquilo era verdade.

- Você não queria que eu o lesse! Tem algo lá que você quer me esconder, o que é? Você é mais que suspeito Richard!

- Eu não peguei - Ele disse pausadamente. - Estava aqui com você o tempo todo. Juro que não peguei.

Era a primeira vez que ele jurava algo.

Tentei respirar fundo e refletir. Realmente Richard não tinha saido da minha vista, e ele nem ao menos tinha poderes ou coisa do tipo, então ... Quem teria pegado?

Talvez ele tivesse sumido mesmo. Perceberam a falha no "sistema" e decidiram concertar. Xinguei mentalmente a minha falta de sorte. Tive vontade de chorar de raiva.

Se Richard pelo menos me contasse a verdade sobre a minha mãe, mas não podia confiar muito em suas palavras. Ele me encarava e eu sabia que ele conseguia ler meus pensamentos.

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