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40: 사십, 결정적인

Deem suporte a fanfic, votem e comentem. Boa leitura!


O que você sabe sobre você?

No fim, quem é você?

E as coisas que você tem certeza. Tem certeza sobre elas?

Você está bem? Completamente?

Você está mal? Completamente?

E tudo sobre o que você reclama. O futuro pode te provar que no passado você deveria estar agradecendo por isso. Cuidado com o que você reclama. Mas reclame.

Sua dor é maior? Quem disse?

Sua dor não vale nada? Quem disse?

Quem é você pra dizer algo?

Por que você não poderia dizer? Quem dita o quê?

Você sente tudo isso de verdade?

Você tem certeza que não sente mais aquelas coisas?

Você superou? Mesmo?

Você quer superar? Não está tornando tudo difícil de propósito?

Do que você tem medo?

Do que você realmente tem medo?

Você ama? Até quando?

Você não ama? Não minta.

E suas mentiras? Quem sabe delas?

Já contou a verdade pra você mesmo?

Quem é você?


Addict > Capítulo 40, final.

Latidos soavam pela casa, enquanto borboletas cercavam o prato de frutas deixadas na janela. O verão chegou.

Depois de tanto tempo, Jimin sentiu o sol, sentiu o calor. Se sentiu aquecido e protegido, mesmo quando estava sozinho.

Com um sorriso direcionado ao rapaz na porta, não disse nada, apenas o assistindo depositar sobre a mesa um vaso cheio de flores, colhidas no quintal. E quando o sorriso fora devolvido, sentiu que o verão seria quente como nunca.

Gostava dali, daquela casa, da comida no jantar, de fazer carinho em Bellatrix, e de Jeon Jungkook. Gostava ainda mais de como se sentia ali.

Quando as memórias ruins vinham, descia as escadas e se sentava em frente a lareira, até que se sentisse quente. Era o que fazia quando esfriava por dentro. As vezes, quando o frio era muito, procurava Jungkook, porque o calor dele era vívido, era fogo que podia tocar sem se queimar. Às vezes não tinha forças por si só... no fim, isso parecia impossível. Mas na maior parte do tempo, tentava se segurar nas cordas com a própria força.

Acho que tudo bem pedir ajuda. Tudo bem precisar de companhia.

Por um tempo Jimin temeu voltar ao que era antigamente, antes de só perceber que quando tinha medo, não conseguia aproveitar nem os momentos bons. Você não pode deixar de andar na rua por medo de ser atropelado.

Abrindo o coração, tentava tirar a insegurança da cabeça e caminhar com mais confiança, ir a encontros com Jungkook, jantar em lugares cheios, ficar sozinho em casa, conversar sobre o que lhe atormentava. Pra seguir em frente você precisa aceitar o que aconteceu e não esquecer. Você precisa lidar com isso. Mesmo que doa pra sempre.

Como perder uma mãe sendo tão jovem. Saber que sua vida nem começou e aquela mulher, tão grande, não estará lá por mais tempo, nunca mais. Seus filhos não vão ter avó, seus parceiros não terão sogra, você não terá mãe. Quem esquece?

E passar os melhores anos de sua vida em um completo inferno. As pessoas da sua idade estão viajando e estudando, começando vidas, enquanto você pensa na morte. Todo segundo conta e você já perdeu tantos anos. Parece que acabou, certo?

Amar e se decepcionar. Acontece o tempo todo, mas você não consegue acreditar ainda. Corações são frágeis, tão delicados e você o expôs ao perigo. Você se sente errado porque alguém errou. Por que o amor é assim?

Jimin só percebeu que já temera o bastante, e que já pensara demais, ao ponto de querer arrancar a própria cabeça. Isso cansa. Ter medo cansa, mágoa machuca, rancor te amarga. Ele precisou pensar em tudo uma última vez e aceitar de vez o que aconteceu, cada detalhe, porque o que é passado não muda, só o que pode mudar ainda é o futuro. Cansado de viver como vivia, procurou olhar pra frente, mesmo com os olhos cheios d'água.

Mesmo que os fantasmas ainda flutuassem por aí, e causassem alguns arrepios, tentou manter em mente que não havia com o que se preocupar.

Soltando um suspiro, Jimin se levantou de onde estava, e caminhou até a mesa, os pés descalços contra o assoalho, e se sentando, sorriu para Jungkook. O mais rumou a pia, lavando as mãos bonitas, antes de abrir o forno, retirando de dentro a forma pequena repleta de frango e vegetais, e a pôs sobre a mesa. Jimin sorriu, porque dessa vez Jeon nem se preocupou em sujar a mesa com gordura. ー Pus cenouras, como você disse que gosta.

Jimin assentiu, mais interessados em Jungkook do que a comida. Gostava de como estava o cabelo dele agora, crescido, com ondas, o deixava menos sério. ー E se estiver ruim?

ー Se culpe ー Jeon respondeu. ー Você quem me beijava enquanto eu tentava me concentrar na hora de fazer.

ー Mas eu não resisto! ー se defendeu.

ー Foi lavar as mãos? ー questionou, enquanto arrumava os pratos.

ー Estão limpas ー as mostrou.

ー Você estava fazendo carinho na Bellatrix ー argumentou, procurando um pedaço de frango bom para o namorado.

ー Ela é limpinha ー murmurou.

Jungkook então o olhou. ー Não me culpe quando aparecer perebas na sua boca.

ー O perebento aqui é você ー riu.

ー Era alergia! ー Jeon quase se irritou, enquanto o menor gargalhava.

Jimin não disse mais nada, preferindo sorrir, antes de apanhar o prato, começando a comer. E ah, Jungkook nunca falhava na hora de fazer comida.

Almoçando com gosto, sentia o sorriso crescer mais e mais a cada vez que Jungkook escolhia mais vegetais para pôr em seu prato, ele parecia saber exatamente o que Jimin gostava. Querendo imitar o maior, apanhou na forma algo que nem sabia o que era, pondo no prato de Jungkook.

ー Obrigada pela folha de louro, babe ー Jungkook sorriu falso. ー Pena que não é feita pra comer.

ー Oh ー mirou a folhinha. ー Por que pôs na comida, então?

ー Porque é tempero ー respondeu. ー Mas não tem gosto de nada depois de cozida.

ー Ah ー soltou. ー Mas aí você tinha que ter me avisado!

ー Louro é tempero, tem tomilho ー e apanhou um pedacinho com os chopsticks. ー Tem cardamomo, anis... alecrim. ー disse a apanhou outro tempero. ー Alho. ー e o comeu. ー Te mostro da próxima vez.

Jimin não respondeu, apenas o ouvindo falar e o assistindo gesticular e apontar. No fim, assentiu, sabendo que nunca iria aprender nada sobre isso. Que bom que tinha Jungkook.

Pelo resto da tarde, deitou no sofá e assistiu Jungkook estudar. Ele ficava bonito concentrado, e então com a ponta da caneta na queixo, os olhos redondinhos indo de lá pra cá, ocupados.

Achava o rapaz um guerreiro por ter disposição pra estudar no sábado. Jimin só ia tornar a estudar na segunda feira, quando sua professora de jardinagem lhe desse novas lições. Gostava de estudar, apesar de tudo. No futuro, queria montar jardins imensos, com todo tipo de flor e plantas. Sua professora disse que ele seria um "designer de jardim", no início, ele nem sabia que isso existia, e não era muito de pensar no futuro, mas mesmo sem perceber, tomava esse rumo, sinceramente, nem sabia bem como entrou nesse curso, mas agora até tinha trabalhos pra fazer, imprimir páginas e tudo, como na escola, de verdade!

ー Você não tinha um livro pra resumir? ー questionou Jungkook, sem tirar os olhos na própria apostila.

Jimin, leso pelo sol no corpo, o olhou devagar. ー Não é pra essa semana.

ー Pensei que fosse pro dia 17 ー disse.

ー É, tá longe ainda... ー murmurou.

ー Hoje é 15, Jimin ー avisou.

Com os olhos saltando do rosto, Jimin se levantou em um pulo. ー Mentira!

Rindo fraco, Jungkook apontou para a data no canto da TV, e confirmando, Jimin deixou o queixo cair no chão. ー São 300 páginas, Jungkook-ah!

ー É, mas dia 17 ainda tá longe, né? ー disse, com um sorriso frouxo nos lábios.

À noite, ele não desgrudou os olhos do livro, o lendo até enquanto jantava, e então enquanto Jungkook o beijava nos ombros. Até que adormecesse com as páginas nos rosto.

Mas esse foi só um dia na vida dos dois, que com o tempo tomou forma. Com o tempo Jimin começou a acordar as 6 horas, e pegar o metrô, com uma bolsa nas costas, fones nos ouvidos. Enquanto algumas pessoas detestavam aquela rotina, Jimin precisava admitir que, amava pegar um metrô lotado e ter trabalho pra fazer, amava se sentir ocupado, e responsável por alguma coisa. Vai entender...

Sua vida molda o que te dá prazer.

Com o tempo então, Jimin sentiu que aquela vida era boa e realista, sentiu que assim tinha forças para que tudo que pudesse acontecer.

Desacreditou de tudo isso quando um tempo depois fortes crises atacaram, e ele faltou ao trabalho por dias, sentindo que de alguma forma, aquilo tudo ainda estava vivo, com medo de que perdesse tudo o que conseguiu. As coisas então ficaram bagunçados em sua cabeça por um tempo, recusando a ajuda de Jungkook, porque tinha medo que ele se decepcionasse. Isso veio e foi embora, então voltou e foi embora de novo.

Quase como um lembrete de que, ele nunca seria de ferro. Ninguém era.

Então, a vida pareceu realmente uma montanha russa. Quando as coisas entravam nos eixos, vinham ventos que as desestabilizavam.

Como quando Jungkook teve uma briga feia com o irmão, os dois não se falavam há um ano, depois que o garoto deixou a casa de recuperação. Aquilo mexeu com Jungkook, porque aquele era seu irmão, e o garoto estava crescendo distante, mantendo aquela mágoa no peito.

E isso não se resolveu, Jimin não sabia nem dizer quando fora a última vez que os irmãos se falaram. Parecia uma ferida bem grande, uma rachadura na família. Algo que só o tempo diria.

O irmão mais novo só aceitou a aproximação de Jungkook por um dia, no dia do funeral de sua mãe, quando a Jeon não conseguiu mais se manter viva. Jimin se lembrava de ter ido levar bolo para a sogra um mês antes de ela vir a falecer, ele gostava dela, mesmo sem poder conhecê-la de fato. Aquele foi um dia escuro, sem vida, mas sem surpresa nos olhares, ela era uma mulher doente e por muito tempo as pessoas contaram os dias de vida dela. Algumas coisas simplesmente são como são.

Foi uma época difícil, porque Jungkook, apesar de saber que isso aconteceria, não pareceu realmente preparado. Não parecia algo fácil de lidar.

Por noites seguidas, no lado direito da cama, Jimin ouviu o namorado chorar de madrugada, algo doloroso de ouvir, porque a dor era visível no rapaz, na forma como ele gritava em silêncio, como tentava engolir o choro, como apertava o travesseiro, como tremia e então acordava no dia seguinte com os olhos inchados e olheiras escuras.

Foram tempos sem alegria. E Jimin regularmente se olhava no espelho, dizendo a si mesmo: fique forte, Jungkook precisa de você.

Sim, os dias voltaram a ter cor quando Jeon se formou alguns meses depois, e mesmo que o sorriso do rapaz não fosse o mais radiante do lugar, havia nele uma aura mais iluminada, como se ele realmente acreditasse que era hora de continuar.

As coisas com o irmão não se resolveram, e a mania por limpeza nunca foi realmente embora, mas ele era feliz no jornalismo, e feliz em levar Bellatrix pra caminhar com Jimin, e ouvir o menor falar do trabalho dele, feliz em encontrar o assoalho sempre sujo de terra que o namorado trazia, feliz em encontrar a família no fim de semana e ouvir as primas brigarem, feliz em ver que o irmão estava bem na faculdade e com a nova namorada, feliz em ter suas matérias publicadas em bons sites, feliz em dormir e acordar todo dia com a mesma pessoa.

Jimin nunca se tornou um diamante lapidado, nunca conseguiu atingir o nirvana, nunca foi a pessoa mais estável, nunca foi capaz de ser mesmo seguro. Mas ele tinha seus momentos. Ele fazia bons jardins, mas não era bom em geometria, então algumas coisas ficavam tortas. Ele chorou quando um cliente odiou o seu trabalho, chorou um rio, por horas, quis desistir até. Não importou no fim, quando outro cliente lhe pagou uma fortuna por restaurar o velho jardim da casa, lembrava de ver o senhor chorar de emoção, dizendo que parecia que sua vozinha havia feito aquilo. Jimin esqueceu totalmente do cliente que não gostara de seu trabalho, quando pegou o dinheiro e foi pra um motel 5 estrelas com Jungkook.

Quando seu primo voltou da França, dizendo que a casa onde a mãe de Jimin havia crescido seria vendida, muita coisa voltou a sua cabeça, e ele pediu que Jungkook o levasse até lá. Era um sentimento estranho, subir as escadas que sua mãe subira, e entrar no quarto que ela dormia, mesmo que todos os móveis já estivessem extraviados, sentiu como se estivesse em 1990 enquanto esteve lá, nas paredes ainda havia as marcas de onde a jovem Park devia colar seus pôsteres, e algumas escritas fracas, como "James Dean rocks" e "eu não sei a onde vou a partir daqui, mas prometo que não será entediante - David Bowie". Sentiu que era um lugar grande demais para uma menina apenas, e que talvez, por isso, ela tivesse se encantado com experiências mais modestas. Todo mundo tem alguma insatisfação, e então o oposto.

Quando a casa foi vendida, Jimin pegou sua parte e doou tudo para a caridade, se sentindo mal só de ver o montante de números na conta, percebeu mais uma vez que não queria nada daquilo.

Mas isso foi só mais uma coisa, das inconstantes que aconteceram, as vezes seguidas, às vezes de surpresa, às vezes já esperadas. Bobas, importantes, sem graça, empolgantes, chocantes, previsíveis, fáceis, difíceis, tranquilas, estressantes.

Jimin se acostumou ao fato de que tempos perfeitos eram temporários. Mas ainda valiam a pena. Não trocaria por nada.

Não trocaria a normalidade, a rotina, os baques, as noites em que Jungkook só queria dormir, a terra debaixo das unhas, os latidos de Bellatrix, as moças dando em cima de Jeon, os meses com muitas contas, as lembranças ruins, as expectativas não atingidas, por nada.

Porque tinha isso, mas também tinha, os sonhos realizados, as boas surpresas, as noites em que ele e Jungkook faziam amor, as belas flores crescendo, os pulos de Bellatrix, os olhares de Jeon só pra si, a satisfação de comprar algo com o próprio dinheiro, as lembranças boas, as coisas que iam além de suas expectativas.

Jimin não trocaria uma vírgula.

Se o passado fosse diferente, então, nada seria assim agora. Parece uma decisão difícil, mas um urso não aguentaria as ferroadas das abelhas se o mel não fosse bom.

No fim, tudo está onde deveria estar.

Fim.

CÁPSULA DO TEMPO DE PARK JIMIN E JEON JUNGKOOK

Prometi á você, que abriríamos essa carta quando você estivesse bem. Suponho que se está lendo isso, então temos uma avanço... é o que eu espero, meu amor. O seu bem. Desde que estamos vivos, e lutamos tanto por isso, não é justo aceitar uma realidade mediana. Seus sonhos precisam ser incríveis, porque você já viveu muito da parte ruim, porque se estamos vivos depois de tudo, é porque podemos ser eternos, porque mesmo após explodirmos, brilharemos para sempre, como estrelas. Espero que seja capaz de se amar agora, porque só assim, será capaz de se sentir amado pelos outros. Desejo que tenha encontrado algo que gosta, e que esteja fazendo isso com todo seu coração, espero ver o brilho em seus olhos, o amor em sua voz, porque eu sei que você consegue. Espero nunca mais ter mentido pra você, que todas as minhas palavras sejam sinceras, e que acredite nelas, porque é seu direito, não acreditar em mim, depois de tudo. Espero ter provado meu amor, e que não reste dúvidas sobre ele, que você como ele é grande dentro de mim. E eu desejo que você tenha aprendido a confiar em si, a acreditar na sua força, que pode encarar o mundo sem mim... mas que apesar disso, você saiba que quem mexer com você, está mexendo comigo, e que pode me chamar quando precisar. Serei sempre sua guarda real, mesmo quando você vestir sua armadura e for pra guerra sozinho, eu estarei aqui. Enquanto escrevo, não sei do futuro, se estamos juntos, se estamos ok... mas sei que meu amor te acompanha. Amor, me diga, você está bem?

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