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39.5: 서른 아홉. 다섯

Deem suporte a fanfic, votem e comentem. Boa leitura!

três meses depois. é, isso mesmo. bom, comentem por favor, isso vai me incentivar a continuar. o próximo capítulo é definitivamente o último.

Addict 39.5

ー Eu desaguei no mar ー contou ela. ー Perdida por tanto tempo, eu procurei saída em todas as esquinas, em todas as vielas, e quando pensei ter encontrado a resposta, demorei a tê-la em minhas mãos. No fim, então, nem era isso... então eu continuei, de visão turva e sem ar no peito, meus pés cansados continuaram, vezes sem lembrar meu próprio nome, vezes sem saber onde estava. Eu caí na água, eu afundei por um tempo, carregada pela correnteza impiedosa, eu passei por pessoas, mas não tive ajuda, batendo contra as pedras, o pulmão já não funcionava mais. Foram muitas as vezes que me considerei morta, mesmo que meu fraco coração ainda batesse, foram muitas as vezes que eu olhei em volta e me senti um fantasma. Um fantasma. Sem presença, sem lembrança, na memória de ninguém... era assim que eu me sentia. Foi assim que eu vivi. Questionando minha existência, tentei me preencher com o material, mas o que me faltava sempre foi algo que eu não poderia comprar. Eu queria me sentir especial, eu procurei em cada uma das pessoas algo que fizesse eu me sentir importante, essencial, gigante*. Ninguém me deu o que eu queria... porque aquela água que sufocava meus pulmões saía em minhas palavras tristes, deixando frias as pessoas que tentavam me esquentar. Voltei às minhas raízes, na tentativa de recuperar aquilo que me fazia bem... mas não, o que passou não volta. Tudo que foi, não pode voltar a ser o mesmo. Afogada, eu afundei, e afundei, eu deitei meu corpo sobre as areia e pedras cortantes no fundo, eu fui engolida pelas algas que cresceram com o tempo... eu deixei de existir, na vida e na memória. Pensei ser meu fim. Mas sabe, te dizem que quando sua vida está por um triz você precisa agarrar-se a qualquer oportunidade, mínima que seja, de sobrevivência. Depois de muito tempo houve um sopro de ar no meu peito, um sopro forte e puro, que me deu forças para se desvencilhar daquelas algas e nadar pra superfície mais uma vez, então, pondo em minha cabeça que essa era a única chance que eu tinha, que se eu não me agarrasse a essa tentativa, tudo ficaria pior, e cada vez mais difícil, eu nadei o quanto eu podia... antes de finalmente chegar ao mar. Foi no barco de um pescador que eu bati, e ele me resgatou.

Sem expor nenhuma palavra, Jimin olhou em volta devagar, procurando reação no olhar daqueles que, assim como ele, participavam daquela despedida.

Daeswon, a garota que lia a própria carta, escrita á mão, dobrou o papel então, os olhando com timidez. ー Eu espero que tenham entendido a metáfora... eu só não queria ser tão crua... o sopro foi a volta do meu irmão para a Coreia e o pescador o Dr. Kim, que me ensinou a me conhecer. Desculpe se foi muito vergonh

Dra. Jui a interrompeu, pondo um sorriso no rosto. ー Não há com o que se desculpar, são seus sentimentos e você os pôs de forma linda. Eu estou orgulhosa de ti.

Daeswon estava indo embora, ela conseguira reagir bem ao tratamento, e estava pronta para voltar a sociedade, depois de bons meses e grandes crises. Jimin nunca conversou com ela, mas era visível que ela era mais estável que os outros, considerando que Park chegara há pouco tempo. Estava feliz por ela, e queria ir junto.

Vê-la bem lhe dava inveja, queria ficar bem também.

Dra. Jui perguntou então: ー Algo que queira dizer aos seus colegas antes da sua despedida?

Daeswon sorriu por um instante, dizendo: ー Quando não se sentirem presos aqui, saibam que vocês também estão melhorando... hm, eu desejo melhora a todos vocês. De verdade.

Algumas pessoas se levantaram então, indo na direção dela, a abraçaram, e prestigiaram. Um ou outro só giraram os olhos, rumando a saída da sala. Jimin ficou, mas não teve coragem de fazer nada, apenas permaneceu na ponta do sofá, com um sorriso educado no rosto.

Não sabia bem como se sentir, não sentia nada ruim, e no entanto, não sentia coisas boas o suficiente para ir até ela e lhe dizer algo. Respirou fundo então, se sentindo mais aliviado quando Dra. Jui e alguns colegas da paciente começaram a acompanhá-la até a saída. Virando o rosto na direção de uma janela, a assistiu fazer o caminho de pedras até o portão de saída, sendo recebida por algumas pessoas. Se imaginou fazendo o mesmo, encontrando Jungkook no portão, a avó também, talvez até Bellatrix. Quem sabe... seria bom quando esse dia chegasse.

Depois que Daeswon saiu, a rotina voltou a ser a mesma. Jimin desenhava flores e lia, lia principalmente histórias de fantasia, que Jungkook lhe trazia toda a semana. Tentou ler livros mais realistas, mas não lhe fez bem, então tornou á uma série que envolvia até dragões, intercalando com livros sobre botânica. Passava o dia assim, sem ver as horas passarem.

Era chamado para jogar, volêi, damas, cartas, o que tinha, mas não costumava aceitar, porque não era o tipo que conseguia pensar tão rápido (descobriu isso sobre si), e com os livros, tudo era calmamente construído, se não entendesse, podia voltar e ler de novo. Era calmo e silencioso, lhe dava tempo para pensar.

Sua relação com Dr. Kim melhorou. Porque Jimin sempre via uma chateação no olhar de Jungkook quando não conseguia lidar bem com a distância, então procurou se distrair e não reclamar mais sobre a separação que Dr. Kim impôs aos dois. Assim, toda vez que Jungkook vinha, ao invés de brigarem, Jimin recebia carinhos e se sentia bem.

A distância lhe irritava, irritava sim, mas... a engoliu para não ver Jungkook magoado.
Ouviu um zilhão de vezes que não devia fazer as coisas apenas por Jungkook, mas no fim era um pouco inevitável, quando sentia que apenas tinha ele no mundo, e que qualquer mudança, se não para ele, seria totalmente inútil. Não era certo pensar assim, ele repetia na mente, toda vez, porque já tinha consciência disso... só era difícil pôr em prática. Muito dificil.

Porque Jimin era desses que até podia dizer com todas as palavras onde estava o erro, o que precisava mudar, o que não estava bem. Mas mais que isso, era o tipo que dificilmente mudava seus comportamentos, ora por se sentir incapaz, ora por sentir insegurança. ora por se sentir ok apenas assim, ora por desistência.

Em sua cabeça era totalmente complicado fazer algo por si, pois... bom, não se sentia digno de esforço. Só sentia forças quando pensava em Jeon, em como o rapaz dizia sonhar com os dois vivendo uma vida tranquila.

Queria uma vida tranquila com Jungkook.
Dr. Kim dizia que por hora esse era um bom estímulo.

Era engraçado porque qualquer atitude, não importava o incentivo, acabava sendo bem vinda quando se tratava de Jimin, desde que ele era o tipo que só esperava o tempo passar.

Por Deus, enfermeira Duri quase deu pulos de felicidade quando Jimin aceitou participar de uma partida de vôlei, causando olhar de surpresa nos outros pacientes. Mesmo envergonhado, passou aquela tarde inteira jogando.

Hoje, no entanto, não era um bom dia, porque a saída de Daeswon o deixou invejado demais, e consequentemente constrangido, chateado. Também queria ir pra casa.

Enfermeira Duri pareceu perceber, já que um tempo depois de sua visita para chamá-lo para alguma atividade, Dr. Kim apareceu, o chamando na porta, porque descobriram que Jimin se sentia mais "em casa" quando não entravam em seu quarto. Então, caminhando devagar até a porta, Jimin murmurou um "oi", sem olhar diretamente nos olhos do doutor.

ー Olá, Jimin ー ele respondeu, e usando uma voz cuidadosa, disse: ー Não devia ficar chateado por não poder ir embora agora. Um dia, vai ser seu dia... você está indo bem. Você não é um caso perdido, como acha que é... não, você tem o mundo e a vida inteira ainda.

Chateado, questionou: ー Como eu faço pra ficar bem logo, doutor?

Dr. Kim abriu um sorriso pequeno, porque às vezes Jimin parecia uma criança impaciente e emburrada. ー Não é simples. Mas, talvez... se começasse parando de ver apenas o lado ruim das coisas, hm. Se não gosta daqui, porque não me diz como poderíamos melhorar? O que gostaria de fazer? O que gosta de comer? Por que não faz um amigo? Ficar sozinho é tão ruim...

ー É mesmo... ー concordou, inconsciente de que havia o dito em voz alta. ー Eu não sei do que eu gosto...

ー Pensa um pouco, depois diga a enfermeira Duri ー sugeriu. ー Faremos o que estiver ao nosso alcance, ok?

ー Tá... ー foi um fio de voz.

O observando por um segundo, Dr. Kim disse: ー Tenta, de verdade, Tentar até conseguir vai ser sua passagem para fora daqui.
Assentindo levemente, Jimin encostou a porta quando ele saiu.

E um dia depois, tendo um desses acessos super ansiosos, Jimin sentiu uma vontade imensa de ficar bem. Frustrado, abdou de um lado e para o outro, pensando em mil coisas, sem conseguir pensar muito bem em nenhuma dessas coisas.

Quase doía, quase explodia. Queria ir pra fora, não com uma fuga, mas por decisão de Dr. Kim. Sabe? Ficou nervoso, procurando uma forma de ser melhor e ficar melhor, ser considerado alguém bom, e viver tão normalmente quanto as outras pessoas.

Sabe?

Mas não achou uma resposta. Não uma resposta urgente, como a que queria, a que sentia que necessitava. Uma resposta certeira, e eficaz.

Se olhou no reflexo da janela, sentia vontade de pintar o cabelo de loiro e vestir algo bonito, sair, passear, dançar, dançar pra Jungkook, e transar. Muito.

A urgência dentro do peito quase transbordou, quase resultou em das séries de surtos que tivera durante os meses ali. E as cenas eram bem características, tanto que enfermeira Duri precisou observá-lo por apenas um tempo para saber que ele estava ansioso. Porque Jimin não era difícil de entender, não era um paciente difícil de compreender. Difícil de lidar? É, aí as coisas complicavam.

ー Eu tô bem! ー disse à ela, enquanto ela se colocava na porta. Sorriu, de forma verdadeira e vazia. ー Duri... eu... tô bem!

ー Mesmo? ー questionou. ー Que tal ir caminhar, então? Jogar algo...

ー Ah ー reclamou, puxando as pernas para cima da cama, mexendo no cabelo. ー Não quero... eu cansei disso... eu quero outra coisa...

ー O quê?

ー Não sei ー murmurou, mais para si do que para ela. ー Não sei... eu não me sinto tão bem fazendo essas coisas.

ー O Dr. Kim disse para pensar em algo que gostasse de fazer. ー disse suavemente. ー Hm... você está sempre desenhando. Quer pintar? Gostaria de poder pintar? Com tintas e tudo mais?

A olhou, pensando. Mas... ー Não... eu não gosto tanto assim de desenhar.

ー Entendo ー respondeu. ー Bom... me diga o que mais gosta de fazer aqui.

ー Ler ー essa era fácil. ー Mas eu cansei dessas vitórias de vampiros e bruxas... eu queria mais livros sobre flores. Jungkook disse que pediu uns na internet, mas ainda não chegaram...

ー Gosta tanto assim de flores? ー questionou, vendo o rapaz assentir. ー Por quê?

ー Hm... ー soltou, pondo uma mecha de cabelo (que crescera um bocado) atrás na orelha. ー Minha mãe... ela gostava. Vivia plantando... no início são so sementinhas ou raízes, mas quando você as planta no lugar certo, e cuida da terra, elas crescem aos poucos... e a cada dia ficam mais bonitas... quando morrem, ainda são agradáveis, porque seu perfume rescende.

E desviou o olhar, um pouco embaraçado. Começava a falar disso e virava um bobo, todo poético e profundo.

ー Continue falando ー pediu ela, sorrindo sutilmente.

ー Ah... ー soltou. ー Sabe... você precisa de paciência e cuidado. Delicadeza. Paciência para esperar que ela cresça, e cuidado, pra que ela cresça... você sabe que fez um bom trabalho quando elas crescem de forma bonita. Você sabe quando uma florzinha fica linda, é porque você foi bom com ela. Eu gosto disso.

Enfermeira Duri sorriu de forma mais clara agora. ー É uma forma bonita de pensar.

ー Obrigado... ー murmurou, incerto.

ー Eu preciso ir... ー disse ela. ー Mas não fique trancado no quarto, ah, venha. Venha assistir o filme que está passando, ou ajudar os outros à enfeitar o salão para o Chuseok.

ー Já é setembro? ー questionou, assustado.

ー Sim, Jimin ー sorriu.

Woah, Jimin nem vira o tempo passar. ー Mas enfermeira Duri... dá última vez que Jungkook veio ele ainda ia fazer aniversário.

ー Ele não vem há duas semanas ー disse ela.

ー Oh, é mesmo... ele tinha testes... ー lembrou, e suspirando, olhou na direção da janela, para fora. Nem vira os dias passarem.

ー Quer que o Dr. Kim autorize uma visita de Jungkook para breve? ー perguntou.

E sinceramente, respondeu simplesmente: ー Não. Ele vem quando estiver livre.

E se levantou, soltando um suspiro. ー Vou ajudar na decoração para o Chuseok.

Em silêncio, enfermeira Duri assentiu, o vendo sair, e fazendo as contas, percebeu que fazia um mês que Jimin não pedia para que Jungkook viesse visitá-lo fora de data. Sorriu, seguindo logo atrás dele.

Naquele mesmo dia, comemorando a confraternização entre os pacientes, as cuidadoras pediram que cada um deles escrevessem em um papiro as três coisas que mais queria para o futuro.

Tentando manter uma caligrafia bonita, Jimin escreveu, sem pensar muito: ficar bem, ficar com Jungkook, recomeçar.

Ouvia Jechan (um rapaz dali, com mais ou menos a mesma idade que ele) falar sobre a faculdade que fazia, qual tivera que trancar, sobre como a rotina era cansativa, mas que sem ela, se sentia vazio, sobre como era gostoso estudar até tarde, porque estava dando seu melhor para algo. E o ouvindo, sentiu vontade de entrar na faculdade também.

Sorriu sozinho, pensando em como poderia ser. Pensou em si como um daqueles jovens com mochilas nas costas logo bem cedo no metrô, cansados. Era estranho, mas gostava de se imaginar assim. Estudando, dando seu melhor para algo, e então trabalhando.

Fechou os olhos no meio da ceia, pensando em como Bellatrix o receberia toda alegre no fim do dia, pensando em como conversaria sobre como foi seu dia com Jungkook, reclamar de alguma coisa, e comemorar um aumento no salário. Imaginou? Ser só... alguém comum. Uma vez na vida.

Uma garota no outro lado da mesa já falava sobre como queria fugir de tudo, de qualquer rotina, de sua cidade natal, da família, e viver sem roteiro. Jimin riu baixinho, porque era engraçado como as pessoas queriam coisas diferentes.

Enquanto uns queriam distância da família, um senhor dali, queria só a visita da filha, qual não via há anos. Eles meio que julgavam um ao outro, mas "Ty", um rapaz com sequelas dos longos anos usando drogas, com sua voz lenta, disse: ー É ok... sabe? É ok. Querer fugir, ficar... ficar longe, perto... se a felicidade fosse a mesma pra todo mundo... ninguém estaria aqui agora... entende, meu...?

Jimin não tinha certeza se entendera, mas assentiu, querendo parecer inteligente. Digo, era ok, certo?

Voltando a comer, continuou sem falar, como sempre, preferindo ouvir, porque sempre parecia que o que os outros tinham a dizer era bem mais interessante.

E como aquele podia ser considerado um dia bom, após a confraternização acabar, quase todos ali tiveram acesso a seus celulares, por uma noite. E Jimin, agradecendo a enfermeira, esperou deixar o banho para que se aprumasse na cama, primeiramente abrindo algumas fotos de Jungkook que mantinha na galeria. Podia imaginá-lo rodeado de sua família, comemorando, e pensou se devia mesmo ligar, pois ele podia estar ocupado, podia estar cansado. Engraçado, se lhe dessem esse celular há um tempo atrás, a primeira coisa que faria, sem pensar duas vezes, seria encher o número de Jeon de ligações.

Mas não o fez dessa vez. Procurou o número da avó, mas também temendo atrapalhá-la, apenas mandou uma mensagem, desejando uma boa noite e uma boa festa. Ela nunca viera vê-lo na casa de repouso ainda, mas ligou algumas vezes, perguntando sobre como estava, e prometendo sempre coisas como "a vó tá enrolada aqui, mas assim que der tempo, vai te visitar, e se tiver um dinheirinho, a vó leva um presentinho, tá bom meu filho?", o que Jimin adorava ouvir, mesmo sabendo que ela não tinha tanto dinheiro assim para ficar viajando, aguardava o dia que ela poderia vir.

Inerte aos pensamentos, demorou um pouco a perceber que o celular tocava, que Jungkook ligava, e parecendo um bobo apaixonado que era notado pelo crush da escola, mordeu o lábio, ficando um pouco ansioso, e limpou a garganta antes de atender. ー Jungkook...?

Ouvindo sua respiração um pouco pesada no outro lado, se sentiu quente quando ouviu sua voz levemente rouca surgir no outro lado. ー Amor... te vi online... liguei...

E tinha um tom estranho. Não parecia mal, mas não parecia normal. ー Jungkook... está tudo bem? Sua voz parece estranha.

Rindo fraco, ele soltou um gemido sonolento antes de responder. ー Eu bebi um pouquinho... bem pouquinho...

ー Ya... ou seu "pouquinho" foi muito ou você é um fracote pra bebida... ー disse-lhe, interessado com o fato de Jeon estar embriagado, porque raramente acontecia.

ー Foi bem pouquinho... meu tio me convenceu a dar um golinho... ー contou Jungkook. ー Se pareço bêbado é porque seu amor me deixa chapado... é sim, você me deixa bêbado.

Rindo, Jimin sentiu o rosto ganhar calor. ー E a culpa é minha?

ー Sim, porque você me deixa doidinho... doooidinho... hm, meu Jimin me deixa louco... ー murmurou quase sozinho.

ー Aish, devia ir dormir, Jungkook ー disse ao mais velho. ー Não está dizendo nada com nada.

ー Eu queria dormir com você, queria que estivesse comigo, na nossa cama, hm... queria que estivesse aqui pra me seduzir e me deixar duro. ー soltou.

Deixando os olhos quase saltarem do rosto, Jimin se encolheu todo na cama, abrindo a boca em incredulidade. ー Jungkook..!

ー Saudade do seu cheiro, do seu cheiro gostoso, e da sua pele macia, da sua boca, desse teu corpo, e sua voz me chamando pra fazer amor, dizendo que me ama... ー continuou a murmurar, suspirando ao fim. ー Quando você volta, babe?

Ficando em silêncio, Jimin não soube respondê-lo. Mas como se algo crescesse em si, focou o olhar no armário em frente, levando a mente a outro lugar. Tinha que voltar, tinha que melhorar, pra visitar sua avó, porque ela não tinha dinheiro para vir pra sua cidade, porque Jungkook estava sozinho e manhoso, porque tinha uma vida fora dali, porque queria muito mais do que o que já teve, e passar por essa etapa seria uma vitória, a primeira de sua vida.

ー Em breve, amor ー respondeu á Jeon. ー Eu volto logo.

ー E vai passear comigo? Vai deixar eu te apresentar aos meus amigos, para que todos vejam como eu tenho sorte? Vamos viajar juntos? E vamos deixar todos saberem que vamos casar, e que você e eu vamos nos amar pra sempre? ー e Deus, aquele Jungkook bêbado continuou a falar, enchendo Jungkook se frases genuínas e apaixonadas, carentes e bobas, encantando a Jimin mesmo sem estar sóbrio. Era engraçado e meigo, um pouco atrapalhado e vergonhoso, mas Jimin nunca pensou em como Jungkook ficava aberto quando bebia.

Jungkook mesmo só foi calar sua boca uma hora depois, mas Jimin não se importaria nenhum pouco se ele quisesse continuar a falar por mais quantas horas quisesse, se fosse para gracejá-lo como fizera durante o tempo todo que estiveram em ligação, ambos frustrados com a distância. E o deixando com um "em breve eu vou estar em casa", Jimin, com muito pesar, guardou o aparelho na gaveta, se deitando para dormir. E claro que o sono não foi algo imediato, já que sua cabecinha fervente ainda quis ficar cerca de meia hora reproduzindo as falas bêbadas de Jeon, apaixonado e com saudade. Entretanto, quando o sono veio, foi gostoso, estava leve.

E foi no dia seguinte que ao terminar o café da manhã, ouvindo um senhor, sr. Fu, contar coisas como: ー É muito difícil envelhecer, meu filho... e vai parecer engraçado, mas é estranho quando as pessoas pensam que você está morto quando acaba cochilando no sofá. Antes de pensar que você está apenas dormindo, elas creem que você bateu as botas.

Jimin segurou o riso, crendo que seria desrespeitoso, e o senhor continuou: ー Eu não estou dizendo que meus netos, em plenos seus 23 anos, viessem dar atenção para um velho como eu, não, eu sei que a juventude é egoísta, ah, eu fui jovem também... eu só queria que esperassem mais de mim além de minha morte, mesmo eu sendo um idoso agora, não significa que eu deva apenas esperar a morte. Não concorda?
De verdade, Park concordava, e assentiu, logo o ouvindo dizer: ー Durante todo o tempo que eu estive bem, ninguém vinha me ver, sabe, Jimin... mas naquele dia, em que eu desmaiei em casa e no hospital me disseram que por um pouco eu não morri, e que mais, devia me preocupar muito mais dali em diante, meus filhos e netos apareceram. Eu fiquei feliz em vê-los, mas... minha filha disse "eu te amo" apenas dois minutos antes de meu filho entrar com um advogado, pedindo para que eu assinasse um seguro de vida. Depois eu assinei, todos que estavam ali me dando atenção, de repente se lembraram de compromissos que tinham naquele horário.
Sem ter o que dizer, Jimin apenas o olhou nos olhos, quando o próprio senhor se calou, se guardando um pouco, parecendo pensar.

Abaixou a cabeça depois de um tempo, pensando sobre tudo que Sr. Fu queria dizer, antes que ele dissesse:ー No futuro, assine seu seguro de vida antes de estar quase morto, assim não precisará ter a decepção de ver sua família procurá-lo só para garantir o dinheiro. É humilhante.

Jimin assentiu, um pouco incerto, e enquanto sr. Fu se levantava, e antes de sair, ele disse: ー Depois ninguém sabe porque é que a gente fica louco, né Jimin?

Riu fraco, concordando, e acenou quando o velho rumou os quartos. Permanecendo ali, teve um pouco para pensar por um tempo, antes de enfermeira Duri se aproximar, chamando sua atenção. ー Tudo bem, Jimin?

ー Sim ー assentiu, e era verdade, apesar de Sr. Fu deixá-lo com algo para pensar um pouco.

ー Bom ー sorriu. ー Me acompanhe.

Confuso, ele se levantou. ー O que houve?

ー Venha ー ela chamou, preferindo guardar segredo, e Jimin a acompanhou, um pouco inseguro, mas não questionou mais, mesmo curioso com o que ela queria. A acompanhando para o exterior da casa, seguiram por um caminho de pedras, entre as árvores, e estranhou quando pararam bem próximo á um jardineiro. Se curvando, cumprimentou o hyung.

ー Jimin, esse é o sr. Bae, ele é jardineiro daqui, e atualmente a gente só têm o gramado e as árvores, mas nosso diretor decidiu então que seria bom começar um jardim. Reunindo isso a sua vontade de trabalhar com flores, sr. Kim teve a ideia de fazer disso uma nova atividade aqui da casa. Por enquanto você foi quem mostrou interesse, mas eu sei de alguns pacientes aqui dentro que possam se interessar também. Então, basicamente vocês ajudariam no cuidado do jardim, acompanhando o sr. Bae nas tarefas, aprendendo sobre jardinagem... Isso claro, se você aceitar. O que acha?

Surpreso e envergonhado, Jimin se encolheu um tanto ao lado de enfermeira Duri, descendo o olhar pelo macacão do senhor e então para suas luvas sujas de terra, e as ferramentas reunidas em uma caixa.

A memória da mãe veio a mente de forma sutil. Lembrou de como ela guardava um desses macacões atrás da porta, como toda vez que ela terminava de trabalhar no quintal, elas entrava dentro de casa sem se importar com as pegadas de terra que deixava no assoalho. O cheiro de mato, de terra molhada, as cores variadas que a mulher fazia crescer mesmo em meio a escuridão daquela casa.

Se ela conseguia, Jimin também era capaz?

Engolindo um pouco em seco, mirou a enfermeira, que esperava sua resposta com paciencia. ー Não precisa decidir agor...

ー Quero ー a interrompeu. ー Desculpe... eu quero. Eu gostaria de tentar...

Abrindo um sorriso gentil, ela olhou para sr. Bae então, fez "sim" com a cabeça. ー Quando acha que podemos começar, sr. Bae?

ー Assim que ele estiver pronto, vou estar aqui a semana toda. ー informou.

ー Posso começar hoje? ー questionou.

ー Hoje não dá, Jimin. ー ela disse. ー Precisamos providenciar algumas coisas antes...

Aquelas coisas eram ferramentas revestidas de borracha, Jimin descobriu dias depois. E foi estranho por um momento, perceber que mesmo que quisesse se sentir livre, não podia sequer usar ferramentas normais, porque eles viam um risco nisso. Enfiado num macacão duas vezes maior que seu corpo, analisava o alicate encoberto por um silicone, assim como a pazinha, e coisas como a tesoura, não podia nem usar, ficavam com sr. Bae. De certa forma ficou emburrado.

Assoprando a franja para longe dos olhos, que já estava grande demais, acompanhou o hyung pelo gramado, levando sua caixinha de ferramentas em uma mão e ramos de plantas na outra, enquanto uma alça do macacão insistia em escorregar de seu ombro. Logo atrás vinha uma senhora, que também ficara muito animada com o projeto, e mais uma vez a pessoa mais compatível com Jimin acabou sendo uma senhora de mais de 60 anos, certamente não se entenderia com pessoas da sua idade, a não ser que estivessem ambos chapados.

ー Primeiramente, algum de vocês sabe me dizer qual o melhor solo para plantar petúnias? ー questionou sr. Bae.

Jimin levantou a mão, ansioso para responder. E sr. Bae apontou: ー Diga Jimin.

ー Terra preta! ー respondeu, alto demais. ー Certo?

ー Exato, Jimin ー sorriu o senhor, e Jimin abriu um sorriso metido enquanto as bochechas avermelhavam-se um tanto. ー Agora me digam, onde melhor ficariam petúnias nesse jardim?

Jimin logo respondeu: ー Elas ficam graciosas quando organizadas em filas retas e longas. Então, ficariam boas a beira das estradinhas? Seguindo os muros?

Sr. Bae riu um pouco. ー É uma boa opção.

ー Mesmo? ー se surpreendeu. ー Woah...

E por toda aquela manhã, a cada vez que sr. Bae informava sobre algo, Jimin emendava com um complemento, se tornando aos poucos um aluno chato de galocha, dos mais contentes possíveis.

Seguindo o jardineiro profissional, Jimin não desgrudou os olhos de seus movimentos, de como abria buracos na terra, que apalpava o local antes de começar a trabalhar ali, e como enterrava as sementes com naturalidade, quase sem contar, sem perder muito tempo.

Poxa, quando chegou a vez de Jimin tentar, ele abriu logo um buraco cheio de pedras.
E só na quinta tentativa encontrou um bom local, terra fofa e úmida, e com muito cuidado despejou ali sementinhas de petúnia, e as tapou muito bem, seguindo uma linhas com essas, e ao terminar, regou pouco, pois as chuvas eram frequentes nesta estação. Um pouco enciumado, teve de se contentar com somente isso, porque sr. Bae disse então que era vez da sra. Yeon tentar, e ah, logo de primeira ela encontrou um bom lugar, que até minhocas tinha. Mas no fim, quando sr. Bae o elogiou, aquela inveja passou e voltou todo contente para o quarto.

Durantes dias seguidos, parou em frente a janela, mirando o lugar onde plantaram, procurando qualquer mudança, mínima que fosse, e um tom diferente de verde que surgia já se tornava suficiente para fazê-lo se sentir como um expert no assunto. Devorando um novo livro voltado para folhagens para vasos, nem teve tempo para pensar em outras coisas, porque sentia que todo o jardim estava sob sua responsabilidade agora, e se o plano era fazer um jardim, então precisava fazer seu melhor e deixar aquele lugar lindo.

Consequentemente, estava calmo e concentrado quando foi conversar com sr. Kim, dizendo logo de início: ー Eu estive pensando, doutor... é uma tarefa muito especial ser capaz de fazer algo nascer, não é? Como plantas, flores... não?

ー É sim, Jimin ー sorriu.

ー Se eu conseguir fazer crescer um jardim... então quer dizer que eu fui bom, né? Que eu fiz direitinho... ー continuou.

ー Sim... mas você sabe que só de tentar, já é algo muito bom, certo? Você está se dedicando e isso é o mais importante... ー disse ele.

ー Mas se eu tiver sucesso, ninguém poderá dizer que eu não sou bom em nada. ー argumentou.

Sr. Kim riu sutilmente. ー Pessoas que dizem esse tipo de coisa, pra qualquer pessoa, certamente não entendem de nada. Não pode se importar com isso...

Jimin se silenciou por um momento, antes de perguntar: ー Mesmo? Mas... mas se eu não for bom em nada mesmo?

ー Isso não existe. Mesmo alguns dos maiores gênios do mundo demoraram a descobrir no que eram bons, mesmo alguns deles se perderam um pouco, tiveram dificuldade para aprender, e inseguranças na hora de tentar algo novo. ー explicou. ー Acredite, todo mundo é bom em algo... e honestamente, você só precisa gostar, Jimin. Mesmo que essas flores não cresçam, é válido desde que você goste de tentar.

E como nas histórias que as fases boas ou dramáticas são melhores detalhadas que as ruins, Jimin não viu o tempo passar depois que parou de dar atenção ao tempo.

Não conte os minutos e horas passarão em segundos.

Há três meses de estar ali há um ano, Jimin acordou numa manhã de quinta feira, e precisava admitir que não estava cem por cento. Mas fitando o lado mais escuro de seu quarto, Jimin sabia que cem por cento era uma meta contínua mas nunca alcançável, qual ninguém no mundo jamais conseguira atingir.

Pondo os pés no assoalho frio, deu uma respirada clara, mirando a janela agora, e suas bordas, repletas de vasinhos. Se levantou e foi até lá, apanhando o regador pequenino, molhou as poucos as mudinhas que ali criava. E então olhou pra fora, a névoa fraca cobrindo a tudo com graciosidade, logo ia embora, pois por trás das árvores lá longe, o sol vinha, aos poucos tingindo de amarelo o horizonte, mas abaixou o olhar, para as muitas manchinhas coloridas que se espalhavam pelo gramado.

Essas flores haviam florescido há uma semana atrás, posteriores ao plantio anterior, que não vingara muito bem, por falta de nutrientes na Terra, por causa do tempo seco que enfrentaram.

Jimin percebeu depois daquilo que para algo florescer, seu solo precisava estar bem tratado.

Sorriu, e apanhando sua câmera (que Jungkook trouxera um dia desses), focou a lente, e tirou uma fotografia do jardim. E sem afastar a câmera do rosto, girou em torno de si, observando o quarto através da lente, uma última vez.

Abaixando a câmera, subiu o olhar para a mala disposta em cima da mesa. Suspirou, e rumou o armário, apanhando a única muda de roupas restante ali, e a vestiu, trocando pelos pijamas. E terminando de guardar tudo, arrumou a cama, porque enfermeira Duri sempre dizia que era mais fácil de pensar quando tudo material estava arrumado, limpo, e por isso passou a arrumar a cama sempre que se levantava. Um tempo atrás, Sr. Kim pediu que sempre tentasse acordar cedo, pois o ar da manhã era o mais gostoso, porque à noite, era melhor que sua cabeça estivesse descansando, assim, nunca se preocuparia com sombras estranhas se formando na madrugada.

Aprendendo a confiar, uns meses atrás, Jimin se sentiu firme o suficiente para contar toda sua história à alguns pacientes, desde o que se lembrava, de pequenininho. Do que lembrava da mãe, do pai, de como eles eram consigo, e um com o outro, do que viu, ouviu, sentiu. Contou sobre a adolescência, e todas as coisas erradas que fez, porque o certo nunca parecera certo para si, desde que nunca tivera nada pra provar a alguém, nunca tivera alguém para orgulhar, se preocupar. E sobre as vezes que quase morrera, que quase vivera, mas fora derrubado. E o golpe que sofrera de Jungkook, sobre aquele plano sujo de pessoas interesseiras.

Sr. Kim chamou Jungkook um dia, porque Jimin queria conversar sobre aquilo. E abrindo o coração, com os olhos meio aguados, Jimin olhou nos dele, e falou sobre tudo o que sentia. Sobre ainda sentir quanto aquilo, sobre ainda estar um tanto magoado, sobre sempre se lembrar, mas sobre amá-lo. Jungkook entendeu aí que aquele assunto não havia morrido, e que isso não significava que Jimin não o amava, não queria dizer que não confiava nele, que não era como se ele não confiasse mais em si. Só que, Jimin não havia esquecido.

Bom, naqueles dias, Jimin foi honesto com todos e consigo. Teve sim um tempo ruim depois de se expor, porque lembrar das memórias sempre fora algo perigoso.

Sr. Kim dizia que memórias eram só memórias, e que assim que Jimin parasse de vê-las como algo que poderia acontecer de novo a qualquer momento, elas se tornariam só história.

E naquela manhã mesmo, naquela última manhã, ainda sentia medo, ainda temia o futuro por causa do passado. Mas tudo era uma caminhada, longa ou curta, fácil ou difícil, só a fazendo para saber.

Respirou fundo, dizendo a si mesmo: ー Só continue, Jimin.

Lembrando-se de Sr. Kim dizer "No fim dessa estrada, Jimin, você pode encontrar prazer ou dor. Você nunca vai saber antes se chegar lá. Mas se ficar parado, com medo do que irá encontrar, pode ter certeza, não é prazer que terá. A dor sempre procura quem não tenta."

ー A dor sempre procura quem não tenta ー murmurou. Jogando uma mochila nas costas, puxou a mala de cima da mesa, e a levando em uma mão, usou a livre para apanhar seu vaso de plantinha favorito, abarrotado de mudinhas verdes.

Na porta, enfermeira Duri lhe deu um sorriso, o acompanhando pelo longo corredor. ー Lembre-se, Jimin... ー disse ela. ー Está tudo bem se as coisas não ficarem tão bem dessa vez. Você só começou, ok?

Assentiu, um pouco nervoso. E ela continuou: ー Mas eu acredito em você. Hm, é um menino muito inteligente, e sabe o que é o certo, tem vontade de melhorar... você está indo muito bem, Park. Estou orgulhosa.

Parando no caminho, Jimin a olhou, e com um pouco de indiscrição, a abraçou. ー Obrigado, noona.

Rindo fraco, ela devolveu o abraço, ficando na pontinha dos pés para alcançá-lo bem. ー Vai ficar tudo bem.

Dando um último sorriso à mulher, antes de seguir o caminho. E chegando ao salão, onde alguns pacientes o esperavam, Jimin se sentiu um pouco ansioso, até Sr. Kim se aproximar, o trazendo ao centro, ficou ao seu lado. ー Park Jimin está indo embora hoje, pessoal. Depois de nove meses, nosso amigo está estável para voltar pra casa, e seu tratamento agora passa para o mundo exterior, aplicando todos seus ensinamentos na própria vida.

Alguns colegas, a maioria senhores e senhoras, que Jimin fizera nesse tempo ali, lhe deram sorrisos verdadeiros, e Jimin sentiu o coração esquentar um pouco. Sr. Kim também lhe entregou um sorriso. ー Como sempre que um amigo deixa a casa, após completar o período, Jimin também vai ler algo que escreveu. Assim que quiser, Park...

Jimin assentiu, tirando um papel meio amassado do bolso, o desdobrou, dando uma relida no início, antes de puxar o ar, começando a dizer: ー Eu não sou bom escrevendo... então... ah...

Voltando o olhar a primeira palavra, limpou a garganta antes de começar. ー Me sinto bem em tentar, pela primeira vez na minha vida. Me sinto bem em me sentir forte pra procurar uma saída, me sinto vivo só de levantar de manhã e saber que meu dia não é uma incerteza ruim. Me sinto bem em sentir vontade de comer antes de sentir vontade de me drogar. De oito pílulas, pra seis, e então quatro, até o momento, que só preciso de uma. ー e adicionou: ー Não é fácil... ainda sinto vontade de mais as vezes... mas... eu consigo dosar agora. ー e tornou ao texto. ー Eu sei que não vai ser um mar de rosas só porque estou bem pra ir embora, até porque, rosas tem espinhos, então, mesmo que eu mergulhasse nesse mar, eu ainda teria que lidar com problemas. Nada é absoluto, certo? Felicidade se escreve com todas as letras, mas não se sente a todo momento, é uma barra que nunca fica cheia. Então, quando as coisas não estiverem bem... eu preciso só lembrar que isso faz parte. ー e os olhou. ー E eu não sei se é agora que minha vida vai pra frente, mas é agora que começa a minha tentativa. Aos 25 anos ou aos 70, tudo recomeça quando você percebe que está vivo. E nós estamos vivos. Nós estamos vivos.

Jimin trabalhou na cabeça e coração que não podia mais depender de Jungkook para se sentir bem, que eles eram sim duas partes à parte, que eram duas pessoas diferentes, com uma vida cada.

Mas por Deus, quando Jimin pôde encontrá-lo para fora daqueles portões, o rosto se encheu de lágrimas, e abraçou o namorado com tanta força que merda, só queria que ele entendesse que o amava, e contava com ele para seguir em frente.

ー Eu estou com você ー disse Jeon, beijando seu rosto.

E Jimin o olhou nos olhos, repetindo: ー E eu estou com você.

Indo embora dali, Jimin manteve na mente: estava vivo.







//thats it.

vocês podem me encontrar atualizando fanfic na história killjoy, em parceria com a mafe, os convido a vir ler, é uma história bem interessante. está no meu perfil :)

perdão pela demora (pela 685856 vez), eu não posso me forçar a escrever. enfim.

obrigada pelo voto e pelo comentário!

você aí que não votou e nem comentou, deus vai cobrar

feliz dia da mulher (qual vive oprimida pelo machismo e taxada de vagabunda por qualquer ato fora do recomendado pela sociedade de bem)

feliz aniversário pro meu miau miau

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