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29: 스물 아홉

Deem suporte à fanfic, votem e comentem, boa leitura!

Ps: conteúdo um pouco sensível.

Ps2: leiam as notas finais.

addict > 29

É que Jungkook cresceu em meio a gritos e lágrimas.

Ele devia ter 5 ou 6 anos quando seu pai, um jovem de 25 anos, começou a ver coisas. O pequeno via o rapaz falar e brigar com as sombras, nunca entendeu, e no começo era engraçado, seu pai falava sozinho, "que doidinho!" ele pensava.

Mas Jungkook cresceu, cresceu sem poder brincar com as outras crianças (estas tinham medo), cresceu sem amigos, cresceu focado nos estudos (era o que restava), cresceu em meio a bagunça, cresceu vendo a mãe chorar frustrada.

E quando ele cresceu, ele entendeu o que seu pai queria quando cortava os pulsos, quando cresceu entendeu porque sua mãe trancava a porta do quarto deles antes de dormir, entendeu porque ela fumava duas carteiras de cigarro por dia, entendeu porque ela vivia cheirando a álcool, entendeu porque ela saía com outros homens (ela procurava carinho).

Ele tinha 12 anos quando se escondeu atrás das cortinas e se encolheu o máximo que podia, enquanto seu pai esmurrava a porta de casa.

- Tem medo do seu pai, Jungkookie?! - o homem gritava, tentando derrubar a porta. - Quer morar com seus tios?! Não gosta do seu pai, garoto?!

Jungkook chorava, tanto que seu estômago todo doía, e a pressão na cabeça era grande, o levando a ficar tonto.

- Abra a porta, Jungkook! Abra! Deixe o pai te dar um abraço. - o homem fazia seus punhos sangrarem enquanto desferia socos na madeira grossa. - O pai não vai te machucar! Venha cá, eu vou te mostrar o outro lado... L-lembra de quando nós íamos a praia...? Lembra, Jungkook?! Venha aqui, antes que eles levem o pai, eles estão vindo, rápido!

Naquele dia Jungkook correu por cinco quadras, com seu pai atrás, ele chegou em casa com os pulmões queimando, e apenas por um milagre conseguiu trancar a porta. E o garoto ouviu a tudo aquilo até que os médicos chegassem e levassem o homem.

Foi naquela noite que os médicos também precisaram olhá-lo, pois o garoto realmente paralisou. Foi naquela noite que Jungkook ficou preso dentro do próprio corpo pela primeira vez.

Em seguida, vieram os remédios para ansiedade, as consultas com os psicólogos. Jungkook não gostava daquela rotina.

Seu pai voltou seis meses depois, estável, tomando seus comprimidos regularmente. E por dois meses tudo ficou sob controle, aparentemente, já que Jungkook continuava a permanecer todas as noites acordado, temendo que o homem pudesse atacá-los.

Mas o homem entrou numa mania de pegar coisas na rua, de trazer lixo para dentro de casa. E a mãe dos meninos já não tinha disposição para limpar, o enfraquecimento devido à AIDS já dava sinais, então, restava à Jungkook tentar arrumar tudo.

Ele levava todo o lixo pra fora, ele esfregava panos com desinfetante pela casa toda, mas no dia seguinte o pai aparecia com mais coisas, deixando tudo podre.

Jungkook tornava a limpar e lavar, não suportando o cheiro, a imagem. E isso se repetia dias após dias, Jungkook passava horas no quarto estudando, e então o resto das horas limpando cada cantinho, e depois virava a madrugada sem pregar os olhos, com a audição atenta à todos os ruídos.

Ele se tornou um jovem paranóico, atento até mesmo as batidas das asas das borboletas. Piscadas não passavam despercebidas, nem mãos trêmulas, ou tons de vozes. Tudo estava sob o olhar e audição de Jungkook, ninguém podia forçar um sorriso ou tentar mentir, pois ele via tudo.

Tudo. Tudo tinha que estar nos conformes, depois que seu pai se matou, ele não podia deixar que as coisas voltassem a ser como eram, nem mesmo por um minuto.

Não pise nas linhas.

Você contou mesmo todas as placas que haviam de um ponto ao outro?

Você viu que bagunça no quintal daquela mulher?

Cortaram o bolo errado.

Puseram colheres junto das facas.

Você trouxe mesmo as chaves, carteira e telefone? Nesta ordem exata? Chaves, carteira e telefone?

Carro vermelho, carro vermelho, carro vermelho, droga!, um carro branco!

Datas separadas por barras e não por pontos, ponha 2009 e não 09.

Olhe para os dois lados da rua três vezes, você não quer ser atropelado.

Você pisou na linha, volte lá e recomece a andar.

Você deixou gotas de água naquele prato, o enxugue mais uma vez.

O chão não está tão brilhante, passe o pano mais uma vez.

Gire a chave três vezes apenas... você girou quatro! Faça de novo.

Caneta preta para textos, caneta vermelha para os números das questões, azul para enunciados. Não, não, você usou azul para textos, arranque a folha e reescreva.

Lave a mão, já se passaram meia hora desde a última vez.

Sexo é bom, mas é nojento. Ela está suando, o cabelo dela está bagunçado, você está suando, vocês precisam tomar banho, ficar assim não é bom.

Arroz primeiro, jamais ponha outro condimento antes do arroz.

A louça está na pia já faz cinco minutos, logo as moscas começaram a rondar, lave logo!

Seu pai deixou tudo sujo, e fede, limpe antes que não seja mais possível.

Ele não ligou quando foi eleito o melhor aluno da cidade, ele não conseguiu se importar quando a avó faleceu, ele não se sensibilizou quando o vizinho perdeu a família em um acidente, ele não pensou na dor que causaria ao aceitar trabalhar para aquela editora.

Ainda em silêncio na sala daquela casa, com Jimin em sua frente, de cabeça baixa, Jungkook olhou a sua volta e viu tudo completamente bagunçado, e seu peito se encheu de dor, havia algo beliscando suas orelhas com força.

- Fecha os olhos! Não olha! - disse a si mesmo, levando as mãos aos olhos, os tapando, e chamando a atenção de Park. - Você bem, você bem.

É "está"!

- Está! - gritou, corrigindo-se, sentindo as lágrimas voltarem. - Você já superou isso, Jungkook, você não precisa mais contar nada.

Jungkook havia feito um tratamento de três anos, ele precisava estar bem.

Jimin não entendia, e nem poderia, ele só olhava com hesitação, temendo o comportamento do homem. - O que foi, Jungkook?

- N-nada... - tentou respirar fundo. - Ele... Parece que ele passou por aqui.

Ele se referia a bagunça na casa, parecia que seu pai havia estado ali. Era idêntico.

Jungkook lembrou dos sons que ouvira a infância inteira, ele lembrou dos surtos, das tentativas de suicídio. Aquilo era um inferno.

- O senhor escreveu "0612" pela casa toda. O que significa? - o doutor perguntara.

- Arte, morte! Morte, morte! - o homem dizia. - Se jogar lá de cima... A marca que vai ficar no chão. É arte!

Jungkook lembrava-se perfeitamente de cenas como estas, quais eram comuns e não deviam ser comuns.

Ele respirou com dificuldade, ele afundou as unhas curtas na pele dos braços, fechando os olhos com muita força. Ele fez tudo errado.

Aquilo estava o consumindo. Ele não devia ter usado Jimin, não devia ter se vendido, ele não devia. Ele precisava se importar, ele não podia ser tão mau, não podia.

Ele se sentia tão ruim, tão desprezível.

Vendo o estado de Jungkook, Jimin olhou em volta, analisando tudo o que havia feito, ele não conseguia compreender completamente, mas sabia que aquilo deixava Jungkook mal, e agora isso o fazia se sentir horrível.

Devagar, ele engatinhou até perto do rapaz. - D-desculpa...

Jungkook só piorou após aquilo, porque não, Jimin não precisava pedir desculpas por nada, merda! O que Jeon fazia parecer?

- Não... não é isso. - tentou dizer, mas com a vista já escurecendo. - Essa bagunça... as coisas fora do lugar... É como se ele tivesse voltado...

- ... Seu pai? - Jimin arriscou, de alguma forma detestando ver o mais velho ali daquela forma.

- Ele... Ele vinha e sujava tudo, Jimin. - disse, mas tentando controlar o suor frio. - ... todos os dias.

Jimin ouviu, e se assustou, somando ao desconforto por Jungkook estar daquele jeito, pálido, fraco, respirando com tanta dificuldade.

- Calma - pediu, levando uma mão ao ombro do rapaz, não sabendo como agir.

Jungkook fechou os olhos mais uma vez, não podia ver sua casa naquele estado, mas tantas outras imagens vinham em sua mente. Ele socou as próprias coxas, não acreditando que aquilo estava acontecendo de novo, depois de tanto tempo.

Medo de quê? Ele tentou pensar. Medo da... da bagunça. Medo do que ela trazia. Sujeira não é uma boa coisa.

- Só não olhe - pediu à si mesmo. E respire fundo, oito vezes. Oito ou sete? Agora ele não se lembra.

Jimin então reconheceu a crise, reconheceu os trejeitos, a forma como Jungkook tentava respirar. E o que os médicos faziam mesmo? Ele não se lembrava muito bem, toda vez que ocorria com outros pacientes das clínicas, ele tentava se afastar.

Para Jungkook, era como se ele tivesse voltado à ter 13 anos, e seu pai estava gritando no andar de cima. A bagunça ali era típica dele.

E Jungkook tinha tanto medo.

Jimin, sem muita certeza, e tentando não chorar por conta do nervosismo, puxou Jeon para entre suas pernas, o fazendo encostar as costas em seu peito, e usou um braço para abraçá-lo, enquanto a outra mão pousava em seu rosto, fazendo carinhos desajeitados em sua bochecha e orelha. - Não fique assim... É... Não precisa ter medo, Jungkook. Só respire.

Jungkook, mesmo sem acreditar que Jimin ainda podia cuidar dele mesmo depois de tudo, só conseguiu deitar a cabeça em seu peito e tentar respirar fundo. Ele fez como costumava, inalou e segurou o ar, devagar.

E tente pensar em coisas boas!

O que é bom na vida de Jungkook? Apenas Jimin. Mas ele estragou isso também.

É que a coisa cresceu no meio de mentiras, não podia dar certo.

Sentindo uma inquietação de Jeon, Jimin puxou uma de suas mãos e passou os dedos pela palma. - Já reparou nas linhas da sua mão, hm?

- N... não. - respondeu, começando mais uma sequência de inalação.

- ... Você sabe tocar piano? - questionou, usando os dedos de Jungkook como teclado.

- Não... - disse, tentando relaxar os músculos do corpo, os tensionando e soltando.

Era vivida a sensação horrenda de que à qualquer momento seu pai poderia aparecer ali, com um gato morto nas mãos.

Jimin não era bom em ajudar, ele não se sentia capaz, mas tentou. Se bem se lembrava, precisava distrair Jungkook. - Hm... Três vezes sete?

Jungkook não precisava pensar para responder, a única coisa em que precisava pensar era em como Jimin ainda podia ser daquele jeito. - Vinte e um.

- Oito vezes oito?

- Sessenta e quatro.

- Quatro vezes seis, mais vinte e dois?

- Quarenta e seis...

Jimin pensou em mais, tentou lembrar do que aprendera na escola, enquanto ainda sentia Jungkook muito tenso. - Oh... raiz de 256, por decomposição...?

- Decomposição, por números primos... começando por dois... 256 menos a metade... 128, 64, 32, 16, 8, 4, 2... quatro pares de dois... dois elevado a quarta potência... 16. A raiz é 16.

- Muito bom - Jimin acariciou sua mão e braço. - O que te deixa calmo, Jungkook?

Ele não podia mentir. - Você.

Jimin fechou os olhos e suspirou, tentando deixar tudo aquilo de lado por um momento. Ele moveu a cabeça de Jungkook, para que este olhasse para cima. - Olhe pra mim.

Jungkook abriu os olhos, lentamente, tendo não a visão feia de sua casa, mas sim o belo rosto de Jimin. Park abriu um sorriso discreto, usando suas mãos para acariciar os ombros dele. - Eu sou bonito?

- Muito - Jungkook respondeu calmamente, sentindo o corpo relaxar um tanto, e a respiração aos poucos voltar ao normal.

- O que você gosta em mim? - Jimin perguntou, sentindo o coração trincar, mas não sendo capaz de deixar Jungkook sofrer.

E... Realmente, ele notou que sua presença, seu toque, era o que acalmava Jungkook mesmo. E ele ainda não sabia o que pensar, mas nunca vira Jeon daquela forma, sentia que suas lágrimas não eram falsas.

- Gosto da sua pele - Jungkook levou as mãos aos braços dele, sentindo a textura. - Gosto da sua voz. Eu amo quando você me diz coisas carinhosas... Eu amo te abraçar, amo cozinhar pra você e te ver sorrir.

Jeon dizia tudo distraidamente, e Jimin não podia ouvir a tudo aquilo sem sentir vontade de chorar. - Amo sua doçura, e como sempre se arruma impecavelmente pra me ver, amo como tenta ser melhor...

- Amo como você canta musiquinhas, como cruza os braços quando está bravo, amo como se esfrega em mim como um gato quando quer atenção, amo a cor da sua boca, amo beijá-la, amo te dar presentes, amo como você se distrai quando vê flores, amo...

Jimin segurou suas lágrimas ao máximo, exatamente até que Jungkook caísse no sono, e então deixou elas escaparem.

Ele amava Jungkook, e sua cabeça dizia que ele não podia mais amar.



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espero que tenham gostado do capitulo! foi pequeno, eu sei, mas foi só pra mostrar essa outra parte da história.

bom, lembrem-se de votar, não é?

agora, eu vou agradecer pelos 50 mil votos quea fanfic recebeu! isso é tipo omg this is awesome!

eu preparei umas coisinhas pra fic, mas tudo simples, não tem muito o que fazer, e tipo, nada é suficiente pra agradecer todo o apoio que vocês dão pra história.

hashtag gratidão

bom, esse aqui é um desabafozinho meu, que fiz durante uma das aulas, quem conseguir ler, boa

esse é um desenho meio ruim, que eu humildemente fiz pra vocês, essa seria uma leitora lendo addict hehe

E A PARTE MAIS LEGAL! lembram-se do lindo fmv feito pra addict?? Então, depois daqui, a umaCatete chegou em mim e falou "posso fazer um vídeo também?" E EU FALEI LÓGICO

TA AQUI, LINDÃO


E NÃO CUSTA NADA VER ESSE AQUI DE NOVO, PORQUE TAMBEM É LINDO


qualquer um que quiser fazer qualquer homenagem a fic, a qualquer uma das minhas fics, eu aceito de braços abertos!

É ISSO AÍ! meus agradecimentos mais uma vez por todo o carinho de vocês com addict, e vamos seguir firme na luta que é lidar com essa história! <3

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