21: 이십일
Deem suporte à fanfic, votem e comentem. Boa leitura!
- Como você está, Jimin? - JJ perguntava ao telefone.
Jimin, do outro, sentado na cama, com Trix no colo, sorriu ao ouvir a voz do amigo.
- Bem - havia certa sinceridade em sua voz. - Estou tranquilo nos últimos dias.
- Tem motivo? - JJ perguntou.
- Uh... - Jimin suspirou, pensando no caso. - Tem sim. O Jungkook.
- Ele está sendo bom pra você?
- Sim. Muito muito bom. - Jimin sorriu, fechando os olhos, ao lembrar do rapaz.
- De que forma?
- Ele me levou para passear no dia do meu aniversário... Que foi há três dias atrás. - Jimin contou. - E então, todo dia ele vem aqui e me dá um beijo antes de sair.
- Você gosta disso.
- Eu amo! - Jimin riu, deitando-se. - Amo ser especial pra alguém. Principalmente para ele.
- Você já confia nele?
- Depende... - Jimin suspirou. - Não muito.
- Não acha que pode contar sua história para ele ainda?
Jimin desviou o olhar para a janela, fitando parte da casa de Jungkook, pensando sobre certos fatos de seu passado.
- Talvez não - Jimin se sentiu horrível por dizer aquilo, sentiu-se ingrato. - Eu não gosto de falar sobre isso com as pessoas... Eu não falo sobre isso com ninguém. Só com você.
- Não acha que ele é confiável? Ele não merece sua confiança? Ou acha que ele não compreenderia sua história?
Porra, uma única questão já preenchia todo o cérebro de Jimin, e o ar ficava mais denso.
- Não sei - Jimin sentiu-se burro. - Eu só não quero encher os ouvidos dele com minhas asneiras. Não quero estragar o que temos, e não quero que ele se assuste. - o rapaz abraçou Bellatrix. - Não quero também que ele saiba tudo sobre mim, antes de eu ter certeza que ele não vai me deixar.
- Eu compreendo. Você precisa estar confortável para falar sobre este assunto.
- Eu só me sinto confortável com você, JJ - Jimin bufou, irritado consigo mesmo.
- Mas é importante você se abrir com outras pessoas.
- Eu tenho você - Jimin sorriu, desejando que o terapeuta pudesse ver seu sorriso.
- Jimin - JJ respirou fundo, e isso assustou o mais novo. - Não quero que se preocupe. Mas eu não vou estar aqui para sempre. Você sabe, não é?
Jimin ouviu o que jamais gostaria de ouvir, e o que tinha certeza que ouviria um dia.
Ele sabia que em algum momento teria que quebrar o contato com o psicólogo, que à qualquer momento algo poderia acontecer e os afastar. Tinha total noção disso.
- M-mas por enquanto você está aqui - Jimin ignorou o sentimento ruim que aquele assunto trazia.
- Eu não vou pôr pressão - o homem dizia, com a voz tranquila. - Há coisas sobre você que nem mesmo eu sei ainda.
Sim, haviam coisas que nem JJ sabia.
- Você tem irmãos, Jimin?
Oh.
Jimin demorou cerca de cinco minutos para pigarrear. Seus olhos fixaram-se em uma mancha qualquer na parede de seu quarto, enquanto sua mente flutuava, e lembranças opacas de sua infância piscavam em sua frente.
- Eu... - Jimin assoprou. - Eu perguntava por que a barriga dela estava tão grande. E ela dizia que estava comendo demais.
Jimin viu a imagem da mãe, grávida, tão bela, mas infeliz.
- Eu descobri que havia um nenem na barriga dela - Jimin contou. - Eu vi na escola. E eu fiquei feliz, porque iria ganhar um irmão ou irmã.
- Sim.
- Eu entrei na internet, na biblioteca... Eu assisti vídeos de como as mamães faziam pra tirar o bebê de lá de dentro. - o jovem dizia, enquanto acariciava a pelagem de sua cadelinha. - Eu vi que elas ficavam com o bebê dentro da barriga por nove meses, e à partir de quando a barriga começava a aparecer... Eu pesquisei tudo. Eu queria ajudar ela à cuidar do nenem.
Jimin ouviu os gritos de sua mãe.
- Um dia ela começou a chorar e gritar, e eu achei que ela estivesse cortando os pulsos de novo. - Jimin piscou, lentamente. - Mas ela estava dando a luz. Só que, ainda não tinha dado os nove meses... Ainda faltavam sessenta dias.
- E então, Jimin?
- Eu não entendi na hora - Park fez uma careta. - Porque nos vídeos os bebês sempre choravam. - ele suspirou. - Mas o nenem que saiu da minha mãe não chorou.
Um longo momento de silêncio passou, com um Jimin alheio à tempo e espaço, perdido nas memórias.
- E ele enterrou o bebê no quintal de casa, quando chegou - Jimin fechou os olhos, com força. - Não, JJ, eu não tenho irmãos.
- Você pensa muito sobre isso?
Jimin ignorou a pergunta.
- Você está na rua? Eu ouço sons de buzina. - Jimin perguntou, mudando bruscamente de assunto.
- Estou dirigindo. Voltando para casa.
- Eu sempre te imagino em um quarto escuro com uma única luminária e um bloco de notas - Jimin confessou. - JJ?
- Sim.
- Por que você não atende pessoalmente? - Jimin fez a pergunta que há tempos queria fazer. - Por que somente por telefone?
Ele perguntou, mas estava receoso, com medo de estar sendo intrometido demais.
- Me sinto mais confortável - ele respondeu. - Eu não... Não consigo controlar muito o que digo quando estou cara a cara com um paciente. Pessoalmente, eu só atendo crianças, em escolas.
- Uh... Você precisa procurar um psicólogo. - Jimin zombou.
- Eu sei - JJ riu. - Eu realmente preciso.
- JJ, eu... - Jimin foi interrompido por batidas na porta de casa. - Espera, tem gente na porta.
- Quem é?
- Eu não sei - Jimin tirou Bellatrix de seu colo e rumou as escadas. - O Jungkook que não é, pois ele saiu.
- Cuidado, por favor - JJ pediu.
- Tudo bem - Jimin ia desligar a ligação, mas paralisou ao ver quem estava na porta. - Hani?
- Boa tarde, sua vadia - a mulher rosnou.
- Jimin? - JJ perguntou, com perceptível preocupação, após ouvir o que fora dito ali.
- Preciso desligar, JJ - Jimin avisou, e encerrou a ligação. - Que faz aqui, Hani?
- Oh - ela sorriu. - Veja só, Jungkook parou de falar comigo.
- E daí? - Jimin queria bater com a porta na cara daquela garota.
- Eu vi vocês dois juntos - Hani parecia conter-se para não explodir de ódio. - O que você fez?
- Como assim? - Jimin estava começando a ficar nervoso.
- Como você o infectou? - a mulher deu um passo à frente. - Como você fez para ele virar viado?
Jimin acenou a cabeça em negativa, tentando evitar que a mulher continuasse a falar daquela forma.
Aquelo tom, aquelas palavras, tudo feria o psicológico de Jimin.
- Você deu sua bunda pra ele? Ah sim, foi isso! Essa é a única tática de vocês gays nojentos, vocês aproveitam que os homens são uns safados, e vocês oferecem a bunda é eles, porque sabem que moças recatadas não fazem esse tipo de coisa!
Jimin não sabia nem como responder àquele monte de ofensas. Seus nervos tremiam, aquele tipo de coisa deixava Jimin sob pressão, seu cérebro parava de raciocinar aos poucos.
Aquele tipo de coisa afetava demais o emocional de Jimin. Ele já ouvira coisas do tipo centenas de vezes, mas continuava doloroso.
- Nós íamos casar! - ela gritou, furiosa. - Mais um pouco e ele viria que eu sou a mulher pra ele. Mulher! Fêmea! Viria que eu sou a parceira ideal pra ele, porque a família dele me adora, porque eu não sou uma vagabunda, eu vou a igreja e eu cuido da casa!
- Vai embora - Jimin pediu, juntando o máximo de foco para não desmanchar em lágrimas. - Vai embora, por favor.
- Você fez isso! - ela se aproximou mais um pouco dele, chorando de ódio. - Você estragou o Jungkook, você levou ele para o caminho dos sujos, você levou ele para o caminho do demônio! Sua bicha nojenta, pecador imundo!
- Pare com isso, e vá embora - Jimin pediu, se controlando para não correr dali.
- Eu me preparei o máximo - Hani grunhiu, chorando. - Eu evitei drogas, álcool, festas, eu evitei me perder no caminho do diabo. Eu aprendi a limpar e cozinhar, eu fiz tudo certo! Eu fiz como meus pais me ensinaram, eu sou uma moça ideal para casar. E quando eu escolhi um bom marido pra mim, você o roubou!
- Eu não roubei nada - Jimin sentia as pálpebras tremerem, e seu coração bater rápido. - Sai daqui, por favor!
- Vocês, seguidores de Satã só pensam em desviar as boas pessoas do caminho certo! - ela empurrou Jimin. - Vocês são sujos, podres, sem pudor, sem decência! Vocês estão aqui somente para arruinar a fé dos outros!
- Eu não preciso ouvir esse tipo de coisa! - Jimin tentou empurrá-la para fora de sua casa, e nisso Hani pegou um porta retrato da parede e atingiu a cabeça de Jimin, fazendo-o cambalear para trás.
Park estava tonto, sentindo uma dor imensa na cabeça, quando viu Hani correr em sua direção com uma bengala encontrada na varanda da casa.
- Morra Park Jimin, morra, porque gays nojentos não merecem viver! - ela acertou as costelas de Jimin com a bengala pesada, levando-o a cair no chão, agonizando de dor. - Era para o Jungkook ser meu, seu verme!
Jimin se encolheu no chão de sua sala, com as costelas latejando de dor, e agora as pernas queimando por conta dos seguintes golpes de Hani.
O rapaz fechou os olhos, com força, quando Hani se afastou e correu para fora, de onde vinha Jungkook, acompanhado dos pais da mulher.
A mente de Jimin lhe trouxe as memórias de como fora agredido na adolescência.
Ele tinha 14 anos quando foi mandado à um internato católico, onde foi pego de mãos dadas com outro menino, onde foi espancado pelo padre, e onde foi submetido à humilhação em frente à todos os garotos do internato.
- Minha filha, o que você fez? - uma voz masculina perguntara.
- Jimin! - Jungkook passou apressado pela entrada da casa, ajoelhando-se em seguida ao lado de Park. - Jimin, você está me ouvindo?
- Jungkook - Jimin o chamou, chorando.
Jeon não o tocou, por medo de que Hani tivesse quebrado alguma parte de seu corpo.
- Hani, você é doente! - Jungkook rugiu, indo em direção à mulher e os pais dela. - A filha de vocês é uma demente! Tirem ela daqui!
- Não fale assim dela! - a mãe defendeu Hani. - Ela te ama.
- Ela espancou o Park Jimin com uma porra de uma bengala! - Jungkook estava possesso, e atirou a bengana contra o muro com tanta força que o objeto se partiu em vários pedaços. - Levem essa desgraçada pra longe!
- Não teria feito isso, se você não tivesse me trocado por ele! - Hani o respondeu, agarrada à mãe.
- Te trocado por ele? - Jungkook precisou se segurar para não rir. - Eu e você não temos nada, garota! Nós nunca fomos mais que vizinhos!
- Meça suas palavras, rapaz - o pai dele mandou.
- Ah, vão pra casa do caralho - Jungkook explodiu. - Levem essa filha de vocês para um manicômio, ou para o inferno, eu não me importo. Sumam daqui!
- Você mudou tanto, Jeon - a senhora o olhava chocada.
- Vão embora - Jungkook ordenou. - E deixem essa imbecil longe do Jimin, senão eu vou denunciá-la à polícia, eu juro! Levem essa garota para se tratar!
- Vamos. A Hani não devia ter vindo aqui. - o homem guiou as mulheres. - E você, Jungkook, eu achei que fosse um bom rapaz. Mas no fundo você é como o seu pai, sujo e indecente.
- Vão embora e não ousem voltar aqui - Jungkook deu-lhes as costas e voltou para dentro da casa de Jimin.
Jimin, no caso, chorava, caído no chão, sentindo o corpo todo arder com a dor.
- Você acha que quebrou alguma coisa? - Jungkook fechou a porta e agachou-se até o outro. - Eu vou chamar uma ambulância.
- Não - Jimin pediu, entre soluços. - Não precisa... Não quebrou...
- Vamos para o hospital - Jungkook ajudou-o a se levantar, ouvindo-o gemer por conta das fraturas.
- Não - Jimin tentou secar as lágrimas. - Eu não gosto de hospitais. Eu estou bem.
- Então, venha, amor - Jungkook deu suporte para que Jimin pudesse andar e subir as escadas, praticamente carregando o seu corpo.
Jungkook deitou Jimin na cama, e afastou Bellatrix, quando a cadela pulou sobre o estômago de seu dono. Jimin se encolheu, desajeitadamente na cama, chorando baixinho.
- Espere aqui, eu vou buscar umas coisas - Jungkook beijou a bochecha de Jimin e o deixou na cama.
Jimin só queria desaparecer, honestamente, deixar de existir, porque uma vida de tantas dores não poderia valer à pena.
Que direito alguém tinha de fazer o que Hani fez?
E por que Jimin tinha que aceitar uma coisa dessas? Por que ele tinha que sair como o ruim da história?
Por que estas pessoas cruéis apareciam em sua vida? Por que de dez pessoas nove eram más? Até quando seria condenado por sua sexualidade?
Seu corpo doía, doía como nas vezes que fora maltratado pelas crianças da escola ou orfanatos, por simplesmente gostar de meninos.
Não parecia justo.
Ser arrastado até a mata e ser amarrado em uma árvore, enquanto as meninas fingiam ser bruxas, e fingiam invocar Satanás através de seu corpo, não era engraçado.
Ele ouviu os passos de Jungkook, e sentiu vergonha, vergonha de estar naquele estado em frente ao rapaz. Fraco, vulnerável, constrangido. De novo.
- Jimin - Jungkook chamou-o, entrando no quarto. - Eu trouxe remédio.
- Jungkook - Jimin o puxou pela camisa, trazendo-o para pertinho. - Me ajuda, por favor.
- Tome - Jungkook ofereceu a pílula para dores físicas, junto de uma garrafa de água. - Por favor, Jimin.
- Eu não quero esse - Jimin empurrou a mão de Jungkook que segurava o comprimido. - Eu preciso de outro.
- Não, Jimin, não - Jungkook suspirou. - Tome este, por favor. Você está machucado.
- Mas, Jungkook... - Jimin chorou, com a dor física se misturando com a dor emocional. Por fim, aceitou o remédio de Jeon e o engoliu.
- Onde foi que ela te acertou? - perguntou Jungkook, ajudando Jimin a se livrar da camisa que usava.
Logo de cara a mancha escura pôde ser vista nas costelas da direita de Jimin, a área inchada. Jimin apontou os lugares, com o dedo, primeiro a cabeça, então as costelas, e aí as coxas.
- Me perdoe - Jungkook pediu. - Ela veio aqui por minha causa.
- Não - Jimin fez uma careta de dor quando tentou se sentar na cama. - Não é culpa sua... Ela é doida.
- Eu não queria que fosse assim - Jungkook aproximou seu rosto do de Jimin. - Você não merece essa dor.
Jimin permaneceu em silêncio, abaixou a cabeça, e sentiu Jungkook beijar sua testa.
- Vamos cuidar de você - o mais velho se levantou. - Venha tomar um banho.
- Mas está doendo - Jimin choramingou.
- Vai ser rápido - Jungkook o convenceu, o ajudou à se levantar, e carregou-o até o banheiro, onde colocou-o debaixo da ducha e o ajudou à se lavar, com cuidado para não pressionar as áreas machucadas.
Jimin sentiu o corpo relaxar debaixo da água morna, mas também sentiu as dores gritarem em seus músculos e ossos. Jungkook o ajudou à lavar as pernas e costas, e sim, era um pouco constrangedor estar nu em sua frente, mas este não era o foco.
- Você vai se sentir melhor - Jungkook abriu um sorriso, tentando tranquilizar Jimin, enquanto o encaminhava para o quarto, enrolado em uma toalha. - Já que não quer ir ao hospital.
- Hospitais parecem clínicas de reabilitação - Jimin resmungou, parando no meio do quarto, para que Jungkook pudesse secá-lo.
- Eu entendo - Jungkook lhe deu beijo na bochecha. - Está com febre?
- Um pouco - Jimin disse, com a voz fraca. - Os hematomas ardem.
- A dor vai passar - Jungkook disse, passando a toalha pelo corpo do mais novo, com suavidade. Entregou outro comprimido para Jimin, um para febre desta vez. - Vai ficar tudo bem.
- Vai? - Jimin sentia os olhos quentes, com vontade de chorar novamente. - Vai mesmo?
- Eu vou tentar, Jimin - Jungkook parou em sua frente e segurou seu rosto. - Eu vou tentar fazer você ficar bem.
Jungkook plantou um beijo nos lábios de Jimin, e o abraçou, delicadamente, para não pressionar seus ferimentos.
- Aqui, vista - Jeon ajudou Jimin à vestir um shorts, e então, o guiou até a cama. - Tem certeza que não quer ir ao hospital?
- Sim - Jimin sentia-se uma criança birrenta, mas de fato, odiava hospitais. - Você pode ir para casa. Já fez demais por mim.
- Você não vai se livrar de mim - Jungkook sorriu, e beijou as costas da mão de Jimin, levando-o à sorrir também. - Você é bonito demais para ficar tão triste.
Jimin não lhe deu um resposta, apenas desviou o olhar, envergonhado. Jungkook pegou o gel analgésico que trouxera de casa, e espalhou um pouco sobre o hematoma nas costelas de Jimin.
- É gelado - Jimin comentou. - Vai ajudar à sarar?
- Sim - Jungkook lhe respondeu. - A gente faz uma massagem com esse tipo de gel, e aí ele diminui um pouco a dor.
Jimin sorriu, mesmo devastado por dentro, e fechou os olhos, para tentar não gritar de dor, quando Jungkook pressionou um tanto a área ferida e inchada. Haviam manchas compridas e muito escuras nas partes atingidas, com o formato semelhante ao da bengala que Hani usara.
A desgraçada viera com aquela bengala, planejara agredir Jimin antes mesmo de encontrá-lo.
- Dói muito - Jimin sussurrou, sentindo poças de lágrimas se formarem em seus olhos.
Os machucados doíam, e sua mente doía, ambos tanto quanto seu coração.
- Me desculpe, Jimin, de verdade - Jungkook pediu, massageando com cautela a região agredida. - Não queria que nada disso tivesse acontecido.
- Não é sua culpa, eu já disse - Jimin enxugou as lágrimas com os punhos, tentando se manter firme. - Fique tranquilo.
Jungkook preferiu não responder, pois a culpa o consumia de forma dolorosa. De qualquer forma, continuou com a massagem, ouvindo o choro baixinho de Jimin, choro que não podia ser controlado, e no fundo, um choro preciso.
Ele passou a massagem para os hematomas da perna, e quis quebrar o pescoço de Hani por ela feito aquilo, por ter deixado manchas tão horrendas no corpo bonito de Jimin. Óbvio que as consequências emocionais e físicas eram tremendamente piores que as consequências estéticas, mas ainda era revoltante ver as coxas tão belas serem marcadas por um tom de roxo tão escuro.
- Acho que terminei - Jungkook se levantou da cama e foi lavar as mãos, voltando em seguida. - Se sente melhor? Fisicamente dizendo.
- Um pouquinho - Jimin respondeu, suspirando ao sentir as dores, ainda muito fortes, se acalmarem por uns momentos. - Jungkook, eu posso te pedir uma coisa?
- Claro - Jungkook se ajoelhou ao lado da cama. - Diga.
- Você pode... - Jimin fechou os olhos, constrangido com o que iria pedir. - Pode me trancar aqui? Pode levar a chave das portas com você? Pode também levar o meu dinheiro?
Ele viu os olhos de Jungkook saltarem, discretamente, antes do rapaz gaguejar.
- C-como? - ele perguntou.
- Quando for embora - Jimin sentiu as bochechas queimarem. - Pega o meu dinheiro, tranca a porta e leva a chave com você. Por favor.
- Pra que? - Jungkook tinha uma idéia, mas ele, como ser humano, não conseguiu agir com discrição naquele momento. - Por quê?
- Eu não confio em mim - Jimin tentou evitar mais lágrimas. - Tenho medo de ir atrás de drogas.
- Eu não preciso fazer isso - Jungkook segurou sua mão. - Você consegue.
Jimin não conseguiria, ambos sabiam.
- Por favor, Jungkook-ah - Jimin puxou-o para mais perto, e beijou seus lábios. - Faça isso por mim.
Nem um dos dois gostaria de ter que fazer aquilo, era meio desesperador e definitivamente drástico. Mas era indiscutivelmente preciso.
- Por mim, eu passaria a noite com você, babe - Jungkook beijou-o também. - Mas eu preciso ver umas coisas do trabalho... Então, tudo bem, eu levo o dinheiro e as chaves.
- Obrigado - Jimin deu-lhe um abraço, ignorando a dor nas costelas. - Muito obrigado.
- É o mínimo - disse Jungkook, beijando a cabeça de Park. - Se precisar de mim, grite meu nome.
- Pode deixar - Jimin suspirou, um tantinho aliviado, e desfez o abraço com o homem. Bellatrix entrou no quarto e se deitou ao lado da cama dele, em sua almofada. - Obrigado por cuidar de mim.
- Talvez eu tenha nascido pra isso - Jungkook sorriu, e deu um último beijo em Jimin. - Cuide bem dele, Bellatrix.
// que lixo de att
gostaria de ter descrevido esse capítulo melhor, mas eu tentei mexer nele e não deu grande diferença. mas acho que dá oro gasto, sei lá.
addict atingiu 100 mil visualizações, isso é fantástico!!
cada capítulo da fic pega tipo 3k de visualização, e eu não entendo muito isso, não sei se vocês voltam a abrir o capítulo duas mil vezes ou se tem mais gente lendo do que votando, enfim, vocês votam se quiserem, ta na consciência de cada um.
votem e comentem se acham que a fic merece
ou
ó mestres do wattpad, dariam-me a honra de receber um voto nesta humilde fanfic que vocês me cobram tanto para atualizar, fanfic qual eu não recebo nem 1 real para escrever, e perco de sair para foder gostoso com o crush só pra atualizar? agradecida
pra quem é novo aqui em addict, olá, meu nome é gabriela. se você não me conhece @swagay, oi, eu tenho mais fanfis no perfil, caso esteja interessado.
meu twitter é @namjowl caso queriam falar comigo ou citar addict
jungkook aceitou que é um babyboy, eLE USOU UMA CHOKER, EU TO AAAAA
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