19: 열 아홉
Deem suporte à fanfic, votem e comentem. Boa leitura!
Jimin se levantou, sentindo o corpo dolorido.
Mas estava aliviado. Era como se várias toneladas de peso tivessem sido tiradas de seus ombros, e de uma uma forma maravilhosa.
Jungkook era bom no sexo, de uma forma que Jimin jamais vira. Não, ele não era o deus da foda, mas era intenso, e bastante energético, parecia disposto a levar tudo de Jimin.
E sim, a situação era a mais ridícula possível: Jimin nunca fizera um sexo tão bom, e sentia como se fosse especial.
Jungkook dormia, de forma calma, com a respiração leve e calculada, sereno, celeste. Com a cabeça sobre o peito de Jimin, abraçando-o, os dois corpos ainda nus, as peles sujas por conta do sexo, e a conexão ainda forte.
O sol surgia, de forma tímida, por trás das casas altas, iluminando, aos poucos, a sala bem organizada da casa de Jungkook. A luz do sol estava há poucos passos de atingir o corpo bonito do mais velho, e quando o fizesse, Jimin teria, novamente, a certeza de que estava, completamente, ferrado.
Há alguns dias atrás, podia jurar que jamais, nem em sonhos, teria Jeon Jungkook, que o cara era um hetero perfeito, que casaria com uma boa moça, mas agora era diferente. Bem diferente.
Jungkook se assumiu para Jimin, disse, com todas as letras, que era gay. Ele disse também, sem pular nenhuma palavra, que gostava dele. Jungkook usou o corpo, músculo por músculo, para foder Jimin.
Eles fizeram promessas.
E Jimin acreditava nelas.
Como seria, então? O que Jungkook faria depois de acordar?
Jimin não tinha coragem para ficar e descobrir, então, antes do sol tocar a pele do belo homem, ele, com muito cuidado, se desvinculou de Jungkook, e saiu do sofá.
Após deixar Jungkook, imediatamente sentiu frio, poderia ser o fato de que estava completamente nu, mas também acreditava que era a distância entre ele e o homem.
Jimin buscou as roupas, no chão, e as vestiu, sentindo a camisa grudar em seu corpo sujo. Ele não sabia onde estavam suas próprias roupas, Jungkook havia tirado-as de seu corpo, após chegarem da boate, então, Jimin ainda vestia o pijama do mais velho.
O rapaz respirou fundo, espreguiçando o corpo. Ele fitou, uma última vez, o corpo de Jungkook, tão belo e relaxado. Era terrivelmente apaixonado por aquela figura, e sabia que qualquer golpe dele, agora, o desmancharia inteiro.
Procurou pela chave na calça do outro, e então abriu a porta, deixando o lugar. Correu para a sua casa, com medo de que alguém o visse saindo da casa de Jungkook, pegou, rapidamente, a chave reserva, que ficava dentro de uma bota de chuva, e foi para dentro.
Foi, realmente, bom pisar em seu lar. Depois de dois dias fora de casa, passando por coisas nada agradáveis, tudo o que ele queria, era dormir na própria cama.
- Bellatrix - chamou, sentindo-se, inteiramente, culpado por deixar a cadela -quase- à Deus dará.
Digo, a cachorrinha sabia muito bem como virar o pacote de ração, e já era acostumada a tomar água que pingava do chuveiro. Mas Jimin não podia deixá-la tão sozinha.
E ela veio, descendo as escadas de forma rápida, tropeçando nas próprias pelancas. Ela chorou e fez uma festa ao ver Jimin, e aquilo era de partir o coração.
- Perdoe o papai - Jimin pediu, enquanto a abraçava. - Me perdoe, por favor.
Jimin se sentiu um merda, pois não estava apto nem à cuidar de um animalzinho.
Ele passou longos minutos acariciando a cadela, e então, procurou por produtos de limpeza, para dar um jeito na sujeira que Bellatrix fez perto do banheiro.
Depois de tudo limpo, Jimin tomou um banho. E fora um dos banho mais relaxantes de sua vida, estava realmente cansado. Seu corpo pedia por descanso, mesmo que tivesse dormido o dia todo, na casa de Jungkook, aquilo era só uma consequência das drogas, então, ele ainda não tinha dormido de verdade.
Durante o banho, todas as dores vieram. As dores físicas e as dores emocionais.
Jungkook o magoou muito ao ir falar com Hani, após ter lhe dado aquele beijo na festa. Tanto, que fez Jimin ceder ao Paxil, e na falta do antidepressivo, à cocaina.
Jimin caiu nas mãos de Adolf, e céus, a lembrança era amarga demais, era repugnante demais.
Jimin se lembrou de uma coisa que Jungkook dissera, à noite, após dar à Jimin o seu terceiro orgasmo.
"Não acredito que aquele homem tocou sua pele. Não acredito que mãos tão cretinas tocaram um corpo tão puro. Jimin, não deixe ninguém, além de mim, te tocar novamente."
Adolf era um pesadelo, que o próprio Jimin procurou.
Jimin ainda se sentia podre, mesmo após o banho, mesmo após a purificação do corpo de Jungkook sobre o seu. Jimin pertenceu à Jungkook, somente à ele, as marcas estavam em seu pescoço, peito e costas, vermelhas e roxas. Jungkook não sentiu nojo.
Jimin gostaria de ser como as cobras, e poder trocar de pele. Mas mesmo assim, ainda estaria sujo.
Jimin tinha um passado todo, nebuloso, podre, caindo aos pedaços.
A infância conturbada, a história da própria mãe, o assassinato da jovem mulher, a adolescência vivida entre orfanatos, clínicas psiquiátricas, bocas de fumo e raves, a maioridade prejudicada pelos antigos acontecimentos.
A saudade da mãe, os laudos dos psiquiatras, o preconceito por ser gay, as drogas, os amores de mentira, o medo, a solidão, a vergonha.
Jimin sentia sua casca rachar um tantinho à mais todo dia. Ele se sentia um cara fraco, ele se via como um covarde, ele nem ao menos se considerava homem -ainda era um moleque, ao seu ver-, se julgava um tolo.
Jimin era uma vergonha. Ele se sentia assim. Não sabia lidar com as merdas da vida, mesmo que já carregasse tudo há mais de dez anos, ele não acreditava que podia segurar tudo só com duas mãos.
Ele desligou a ducha, sentindo os membros vibrarem de cansaço, clamando por uma cama. E Jimin foi, após se secar e vestir uma cueca, ela se jogou na cama, sem tempo para mais nada, seus olhos fecharam com o peso.
Acordar, com as lambidas de Bellatrix, era muito melhor que acordar com os gritos de um despertador. Jimin sorriu ao mover o corpo e se pegar bem melhor que antes.
Ele se sentou na cama e bocejou, assistindo o céu começar a ficar escuro, enquanto no relógio dava seis horas da noite. Jimin se levantou e vestiu uma calça moletom, passou pela janela e se deparou com Jungkook, no quarto da casa dele, arrumando os quadros na parede, quadros que já estavam perfeitamente postos.
Jimin saiu dali, temendo que Jungkook o visse, e desceu as escadas. Precisava encontrar seu telefone, precisava ligar para JJ.
Ele achou um celular perdido no quarto imundo da boate podre, mas Jungkook o jogou fora, por algum motivo estranhamente desconhecido.
Jimin revirou a sala, procurou por baixo dos sofás, atrás da televisão, dentro das gavetas, no banheiro, debaixo dos móveis da cozinha. Nem sinal.
Ao abrir a geladeira, para pegar água, encontrou a merda do telefone no mesmo recipiente que o queijo e o presunto. Jimin nem tentou entender, apenas notou o quão vencidas algumas de suas comidas estavam, e então pegou o aparelho.
Após secar o celular, que agora tinha cheiro de presunto, Jimin discou o número do psicólogo. Ele tinha o contato na lista, mas apenas discava, por ter o código de cor na cabecinha.
Precisava contar tudo à JJ. Precisava de respostas, e precisava de conselhos.
- Atenda, JJ - pediu, sentando-se sobre o balcão da cozinha.
- Olá, Jimin - a voz, no outro lado, respondeu.
Jimin sorriu, seu peito se desmanchando em alívio. Perder JJ ainda era um de seus piores medos.
Porém, agora vinha uma parte ruim: contar tudo à ele, ter que sentir vergonha. Não podia esconder nada de JJ.
- Me desculpa - Jimin pediu, de cabeça baixa, constrangido. - Por favor.
- Quantas vezes terei que dizer que você não precisa se desculpar? - JJ lhe disse, com a voz firme e pacífica. - Estou aqui pra te apoiar, não para julgar.
- Mas eu sou um fraco, JJ - Jimin suspirou, aceitando sua medíocre realidade. - Eu não consigo me controlar. Eu nunca consigo.
- Jimin, só me explique o que aconteceu - JJ pediu.
Afinal, o que aconteceu?
Jimin precisou buscar no fundo da memória, uma possível explicação para o seu surto.
- Ele me beijou três dias atrás - Jimin disse, não querendo recapitular, exatamente, tudo. - No dia seguinte, eu o vi com uma garota, e ela o beijou.
- Foi esse o motivo para você ir até aquela boate? - perguntou JJ, sem expressar nada na voz.
- Não e sim - Jimin, no lugar de JJ, não conseguiria se compreender. - Eu fui procurar Paxil, mas eu não pude comprar, então, apareceu um cara, com uma proposta, sobre deitar com um homem, por cocaina.
Oh, era doloroso dizer aquilo, mesmo que fosse libertador, era, definitivamente, doloroso.
- Ver o Jungkook com a Hani, só me fez ver o quanto as pessoas já me fizeram de bobo - Jimin lhe confidenciou. - Eu fiquei muito triste. - um bico começava a se formar em seus lábios, enquanto seus olhos marejavam. - Porque nunca sou eu o esperto, o canalha, o fodão. Eu sou sempre o idiota, o enganado, a merda do ingênuo.
- Você precisou aliviar a dor - JJ supôs. - E nisso, até aceitou ficar com alguém por drogas.
A história conseguia ser pior, contada pela voz de JJ.
- Foi - Jimin confirmou. - Foi horrível, JJ, foi um dos piores momentos da minha vida. Eu não sei o que teria acontecido comigo, se a ong não tivesse ligado para o Jungkook, e ele não fosse me buscar.
- Perdão - pediu JJ. - Por termos revelado sua privacidade à alguém. Nós, geralmente, pedimos o apoio de familiares, mas você não tem nenhum. E é de suma importância, que nossos pacientes fiquem seguros, independente do que for preciso para alcançarmos tal meta.
Jimin detestava quando JJ falava de maneira tão formal. Mas no fundo, estava agradecido pela ong ter chamado Jungkook.
- Aconteceram mais coisas, com o Jungkook - Jimin deu continuidade.
- Você se sente confortável para falar sobre isso? - JJ o questionou, fazendo Jimin pensar sobre o caso, por alguns segundos.
- Acho que sim - Jimin deu de ombros. - Preciso de conselhos.
- Tudo bem - JJ lhe deu "permissão". - Prossiga.
- Nós discutimos, na casa dele, ontem - Jimin contou. - Eu acho que nós nos acertamos, mas tem coisas que ele disse, que ainda estão na minha cabeça.
- Que coisas?
- Ele disse que eu não aceito que as pessoas se importem comigo - Jimin disse, lembrando-se de algumas palavras duras do homem. - Ele disse que eu me faço de vítima.
- Você acha que ele, realmente, pensa assim?
- Eu não sei - Jimin confessou. - Eu nunca o vi tão irritado.
- Você acredita então, que pode ter sido o sangue quente?
- Sim, pode ter sido - Jimin se deu conta, naquele momento. - Ou talvez eu me faça de vítima mesmo...
- Não, você não se faz. O rapaz, provavelmente, disse essas coisas, no calor do momento.
- Mas ele é sempre tão calculado - Jimin resmungou, ainda descrente.
- Todo mundo é capaz de perder o controle, Jimin. Todas as pessoas são instáveis, umas mais, outras menos, mas todas vão pender na balança uma vez na vida.
- Até os psicólogos? - Jimin perguntou, balançando a pés.
- Até os psicólogos - JJ afirmou. - Não há um só ser humano que seja concreto, Jimin, as pessoas falam bobagens o tempo todo. Se expressam de formas equivocadas o tempo todo, e magoam umas às outras o tempo todo.
JJ tinha razão. Jimin podia confiar na palavra dele.
- Eu espero que sim - Jimin se sentiu apreensivo. - Jungkook tem que ter apenas dito coisas sem pensar, porque agora eu e ele estamos em uma situação diferente...
- Que situação?
- Nós - Jimin sentiu as bochechas pegarem fogo. - Nós transamos.
Era, muito, constrangedor compartilhar aquilo com alguém. E era perigoso lembrar desta noite, pois só os flashes, de Jungkook contra seu corpo, o comendo, faziam a temperatura aumentar.
- Ah, foi?
- Sim - Jimin fechou os olhos, tentando afastar a vergonha. - Após a briga, nós acabamos no sofá, e eu dei pra ele, a noite toda.
- Uh... Você se arrepende?
- Não! - Jimin respondeu, as pressas. - Foi bom... Muito bom.
- Qual a dúvida sobre isso, então?
- Você acha que ele vai ficar comigo? - Jimin perguntou, sentindo-se ridículo, por tratar JJ como uma amiguinha do colégio. - Digo, ele pediu para eu nunca mais deixá-lo, e me prometeu que nunca mais me daria falsas esperanças.
- Vocês não deviam ter feito promessas.
- Eu sei - Jimin quis se estapear. - Mas JJ, me ajude! E se eu for falar com ele e ele rir na minha cara, dizendo que só quis me comer e nada mais?
- Você pensa assim sobre ele?
Oh. Aquela era uma boa pergunta, que colocara Jimin em uma cama de pregos.
- Eu não sei - Jimin respondeu, frustrado. - Eu tenho medo. Eu não quero mais me magoar.
- Precisa confiar, Jimin. Precisa se decidir.
- Decidir? - Jimin não entendeu.
- Decidir, se sente que o rapaz é alguém bom, ou um cafajeste.
Jimin não sabia, não tinha uma opinião.
- Eu não sei dizer, JJ - Jimin começava a se sentir pressionado.
- Ele fez mais coisas boas ou ruins por você? Pense.
Jimin teve que reler as páginas anteriores, para analisar as coisas que Jungkook fizera. Mas ele ia mal em matemática, e não conseguiu fazer os cálculos precisos.
- Eu não sei, JJ - respondeu, começando a chorar. - Mas eu gosto tanto dele.
- Dê à ele um voto de confiança - JJ aconselhou-o. - O último.
/hey hey hey
tudo bom?
mil desculpas pela demora, eu queria ter atualizado antes, mas eu -além de demorar- fiquei fora da internet.
Super Junior - Sorry, Sorry, Sorry
Eu gostaria de falar sobre uma coisinha, que aconteceu há vários e vários capítulos atrás, no aniversário do Jungkook, onde eu narro que ele tem 25 anos.
Algumas pessoas comentaram coisas como
"quanto tempo já passou?"
" tudo isso? 'o' "
gente, nem todo personagem tem 17 anos.
Como alguém pode ser formado em uma faculdade, ter casa própria, uma vida toda feita, com 17/18 anos?
Eu vejo muitas fanfics onde os personagens tem idades ??? quero dizer...
Não há NADA de errado com um personagem ser mais velho. Cada estilo de fanfic requer uma faixa de idade para os personagens.
Jungkook tem 25 anos. Jimin tem 23/24.
Era só isso. Rs
Eu postei uma nova shortfic, JIKOOK!!! se chama ChinaWare, e está no meu perfil, vão dar uma olhadinha se puderem, ela diferentizinha do que eu sou acostumada à escrever, deem uma chance.
Votem e comentem, teve um capítulo que passou dos 800 votos, eu queria saber se tem mesmo 800 pessoas lendo Addict.
O que acharam da nova capa??
Eu tava com muito medo de trocar, por estarmos com aquela outra capa desde 567 a.c, assim como com todas as minhas fics. Enfim, gostou? Gostou. Não gostou? Não gostou.
Obrigada por acompanharem. <3
Muito triste em Madrid.
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