PRÓLOGO
SOPHIA
Eu estava tão eufórica com o convite que havia recebido do Gregory que não conseguia parar de sorrir. Haveria um baile na escola e ele tinha me convidado. Eu não conseguia acreditar.
A porta do meu quarto foi aberta com tudo e meu pai entrou. Ele olhou para mim que ainda estava sorrindo, e levantou a sobrancelha.
— Pela sua felicidade, acredito que tenha logrado êxodo no que te mandei fazer? — meu sorriso morreu na hora.
— Ainda não. — falei me sentando. — Ele nem olha para mim, não é tão fácil quanto o senhor pensa. — ele fechou a cara e se aproximou.
— Não é tão difícil, afinal hoje você está aqui, não é? — eu sentia meu coração apertar com suas palavras. — Sua mãe soube me dar o golpe direitinho, e, eu te tirei dela, pra pagar sua dívida comigo.
— Achei que o senhor poderia gostar de mim, afinal é meu pai. — ele começou a rir.
— Vou gostar de você quando me devolver tudo que investi durante esses anos, ou seja, se torne a namorada de Alexander Colth, case-se com ele, ai vou começar a pensar em ver você com outros olhos. — ele me olhou de cima a baixo, e me senti incomodada com seu olhar. Puxei o travesseiro para cobrir minhas pernas, afinal o shorts que eu estava vestindo era curto. — Está se escondendo de mim? — olhei para ele negando.
— Não... É que... — meu rosto virou de lado com a força do tapa que recebi.
— Não ouse esconder de mim, o que é meu. — senti as lágrimas descerem por meu rosto. — Entendeu? — ele berrou me fazendo tremer.
— Sim senhor. — ele segurou meu queixo me fazendo olhar para ele. O sorriso em seu rosto me dava medo. Ele olhou para o lado, e lembrei que deixei o convite na cama.
Merda.
Ele me soltou e pegou o papel.
— Então era por isso que estava sorrindo? — ele balançou o papel na minha frente. Eu tinha que pensar rápido. — Me responda!
— Ele é amigo do Alex, e achei que seria uma boa oportunidade de me aproximar. — falei rapidamente.
Sentia meu corpo todo tremer. Ele ficou em silêncio, e meu medo aumentava a cada segundo. Quando olhei para ele, meu pai sorria. Acabei sorrindo junto sem saber se deveria.
— É talvez você tenha puxado algo de mim que possa ser aproveitado. — ele jogou o papel na cama novamente e voltou a me encarar. — Use esse Gregory para chegar onde eu quero que chegue, somente isso.
— Sim senhor.
— Não se esqueça disso, Sophia. Ou eu posso fazer uma visitinha surpresa a vagabunda que você chama de mãe. — senti o coração parar de bater. Olhei rapidamente para ele.
— Não vou esquecer. — falei rápido. Ele concordou.
Ele tinha acreditado. Eu não estava acreditando. Quando meu pai saiu batendo a porta eu olhei para o convite amassado na cama, e peguei o papel. Um misto de sentimentos me deixou sem saber o que fazer.
Meu pai queria que eu conquistasse Alex, mas eu amava Gregory.
Meu pai nunca aceitaria minha escolha. Mas o destino da minha mãe dependia de mim. Eu não poderia falhar com ela.
Eu comecei a chorar, e rasguei o convite em mil pedaços, porque eu já sabia que nunca poderia viver esse amor.
Meu objetivo era o Alex.
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