CAPÍTULO 32 [RETA FINAL]
Boa noite meus amores, hoje vou pontuar duas coisas, a primeira é que minha amiga LucianaBeluzo está de niver... parabéns amiga, que Deus te abençoe grandemente. Não só no dia de hoje, mas sempre.
A segunda coisa é que alguém comentou no capítulo passado que eu estava demorando demais pra encerrar a história, não vou questionar, porque esse período que fiquei afastada, eu perdi o time da história. Então, eu também tenho as vezes essa sensação de enrolação... então tá tudo certo, muito provavelmente farei uma revisão futuramente, mas não mudarei nada nos fatos que irão acontecer, somente talvez a forma como eles acontecem.
Mas isso somente se achar necessário.
Bom, boa leitura.
Amo vcs ❤️
ALICE
Sou empurrada para dentro da Van e vejo Adam jogado nos fundos dela, ainda desacordado. Vou até ele, e confiro se ele está respirando.
— Adam? — mexo nele, mas ele não responde.
— Entra logo aí! — escuto a mulher falar com Pierre. Ele entra e a porta é fechada com tudo. Ele geme ao passar a mão no local onde levou um soco do cara que apagou Adam.
— Só queria saber onde está a cordialidade americana que tanto ouvi falar na França. — ele se encosta na lateral do carro e me olha. — O que fizeram com ele?
— Acho que deram algum tipo de sedativo. — ele baixa o olhar e respira fundo. — Porque ficou? Poderia ter indo embora quando teve oportunidade. — ele ri sem vontade.
— E ser odiado pela família? Não obrigado, já basta os olhares recriminatórios que recebo de todos. Imagina deixar você sozinha numa situação como essa. — o carro começa a balançar quando ganha velocidade.
— E, como você sabia que ela não era uma amiga? — ele me encara e sorri.
— Eu vi o cara carregando alguém, mas achei que era alguém que bebeu demais, algo assim, mas então você apareceu, e estava claro na sua expressão corporal que estava sendo forçada a caminhar. — ele dá de ombros. — Só liguei os pontos.
— Obrigada. — ele sorri.
— Não me agradeça. Ainda estamos sendo sequestrados.
— Mesmo assim, você poderia ter ignorado a situação desde o início. — ele concorda. Pierre olha para a frente onde estão nossos sequestradores, na divisória existe somente uma pequena janela que está fechada. Ele se aproxima de onde estou com Adam.
— Antes dela pegar meu telefone, eu havia deixado ele ligado em uma chamada, então até entrarmos aqui, tudo o que foi falado foi ouvido por meu segurança. — o que ele fala me deixa esperançosa. — A essa altura ele já avisou quem deveria ser avisado, eles vão nos encontrar.
— Como você tem tanta certeza? Eles podem nos levar para qualquer lugar, não tem como eles nos achar. — minha voz some quando penso na possibilidade de não ver mais Alex. Pierre mexe no em seu relógio o girando no pulso.
— Eu sei que vão, confia em mim. — quando penso em perguntar algo, o vidro da pequena janela é aberta e a mulher nos encara.
— Estão gostando do passeio? — não falamos nada, então ela ri e fecha o vidro com tudo.
— Essa mulher é louca. — Pierre balança a cabeça em negativa.
— Ela sabe muito bem o que está fazendo, está tentando abalar o seu psicológico.
— Então ela está conseguindo.
THOMAS
Espero Benjamim e seu pai terminarem de fazer o pedido na cabine do Drive Thru e sigo com o carro para a próxima cabine para fazer a retirada do pedido.
— Você realmente não vai querer nada? — Benjamim pergunta mais uma vez. Sorrio ao olhar para ele, que está sentado no banco do passageiro enquanto seu pai está atrás.
— Não. Desde que sofri o acidente estou tentando levar uma vida mais saudável. — explico.
Pego os pedidos e entrego ao garoto. Enquanto ele conversa com o pai, sigo em direção ao prédio. Quando estou entrando com o carro na garagem noto um veículo diferente e um homem que nunca vi por aqui encostado nele.
Paro o carro em uma vaga diferente das que são destinadas a cobertura e longe das vistas do homem e aciono as travas. Pego minha arma e olho para o pai de Alice.
— Fiquem no carro, ele é blindado e vocês estarão seguros. — Benjamim me olha sério. — Calma, é um procedimento padrão de treinamento. — ele concorda, e olho para seu pai. — O papel de vocês aqui é, em hipótese alguma saiam do carro até que eu volte. Não abram as portas e nem abaixem os vidros. — o pai de Alice concorda.
Antes de sair pego meu telefone e ligo para Brian, um dos seguranças que ficaram na cobertura. Nada. Chama e ele não atende. Ligo para Dilan.
— Onde você está? — e somente pela tom de sua voz, sei que há algo de errado acontecendo.
— Na garagem.
— Estamos em código nove. — Código nove. Invasão de propriedade com possíveis reféns. — Eu preciso que você suba e descubra a real situação, estou a caminho.
— Ok. — desligo.
Abro o porta luvas pegando mais dois carregadores da pistola. Ajeito minha arma nas costas, e saio do carro. Sigo até o elevador de serviço e insiro o código de acesso. Assim que as portas se fecham sei que tudo pode acontecer assim que elas se abrirem novamente. Mesmo com a incerteza e a adrenalina vindas da ansiedade, mantenho a calma.
Assim que as portas se abrem saio olhando o corredor, e não vejo nada de estranho. Digito o a senha de entrada na área de serviço e assim que estou dentro do apartamento, escuto vozes alteradas.
Vejo Brian caído perto do corredor. Não vejo nenhuma marca de sangue, e não tem como eu ir até ele sem chamar a atenção de alguém que possa estar no corredor. Sigo para a sala de segurança, onde ficam os monitores das câmeras de segurança. Na garagem vejo o tal homem no mesmo lugar. Mas ele vira e mexe olha no relógio. Ligo para Dilan e o aviso do alvo suspeito.
Busco as câmeras de dentro da cobertura, e vendo as câmeras do segundo andar vejo dois homens estão arrastando a mãe da Alice e Mary, e ambas se debatem.
Não vejo mais ninguém nas câmeras, então saio e me preparo para abordagem. Subo as escadas, e quando estou prestes a chegar no último degrau, escuto vozes.
— Cala a boca sua vadia. Você pensa que eu não sei que você é a mãe dela? — alguém começa a chorar. Lembro que nas imagens somente um deles estava armado. Era o que estava com a mãe de Alice. Quando penso em dar um passo à frente ouço a voz de Mary.
— Por favor. Ele não pode saber que eu estou viva. — quem não pode saber que ela está viva?
— Você fez alguma plástica, só pode. Porque ele falou que a filha dele se parecia com a mãe. E Sophia não é nem um pouco parecida com você. —Sophia? Minha mente dá um bug momentâneo por alguns segundos.
Sophia filha de Mary?
Volto a me concentrar na situação, são dois homens, duas reféns, e mesmo que eu só tenha visto uma arma, não é garantia que o outro não esteja armado. Faço minha escolha. Sim, porque infelizmente somos obrigados a fazer uma escolha nesses momentos, e somos preparados para isso.
Volto a descer as escadas, e me escondo aguardando a melhor oportunidade para abordar. Eles descem as escadas, e volto a ver que somente um deles está armado.
E tudo acontece muito rápido, quando me faço presente, atiro no que está visivelmente armado, acerto seu ombro e ele cai, levando com ele Mônica, efetuo um segundo disparo neutralizando. O segundo faz de Mary seu escudo, e como esperado ele também está armado.
— Eu mato ela. — ele grita fazendo Mary se encolher. Não tenho uma boa mira de onde estou. Então não arrisco, procuro manter a arma em sua direção. — Ela vem comigo. — ele fala apontando para Mônica.
— Ninguém vai sair daqui. — informo. Ele ri.
— Pergunte a ela então? — olho para Mônica, e ela se levanta com dificuldade, e concorda com a cabeça.
— Eu vou.
— Como eu disse ninguém vai sair daqui. — repito.
— Eu preciso, eles estão com Alice. Eu tenho que ir. — fico parado por alguns segundos, avaliando a veracidade da informação. — Thomas, por favor. — ela fala chorando.
— Faz o seguinte, liga para seu chefe, vai ouvir da boca dele mesmo que o que estou falando é verdade. — no momento em que estou cogitando a possibilidade, Dilan entra armado na sala. — Ah, pronto se ele te confirmar, você vai acreditar agora? — Olho para Dilan que não expressa nenhuma reação. — Fala pro seu parceiro que se eu não sair daqui com ela. — ela aponta para a mãe de Alice. — A moça bonita lá já era. — Mônica se afasta de nós e se aproxima do cara.
— Eu já falei que vou e ninguém vai me impedir. — ela fica na frente dele, impedindo nossa visão.
— Mônica eu não posso deixar você sair... — Dilan começa a falar mas ela o impede.
— Eu vou Dilan, tudo isso que ele está fazendo é por vingança. É a mim que ele quer, Alice é só a forma que ele encontrou de me atingir. — ela limpa o rosto.
— Serão duas em perigo...
— Ele não vai fazer nada contra Alice, não depois que ele souber que ela é filha dele. — olho para Dilan, que não parece ficar surpreso. Caralho, será que só eu não sei das coisas? — Por favor. — ela implora. Um celular começa a tocar.
— Cara meu parça tá ligando, sabe o que vai acontecer se eu falar pra ele que não deu certo a porra aqui?
Vejo o dilema nos olhos de Dilan.
— Ok. — ele fala deixando a arma no chão, e as levantando em seguida. Ele me ordena fazer o mesmo. Assim que faço o mesmo, o cara empurra Mary contra a parede, e segura Mônica pelo pescoço e começa a sair.
O cara mal sai pela porta, e Dilan pega sua arma do chão.
— Chama a polícia e cuida de tudo. — concordo.
— E o que você vai fazer?
— Desfazer a merda que aconteceu aqui. — falando isso ele sai às pressas em direção a cozinha.
O choro de Mary chama minha atenção.
— Acredito que você tem muito o que explicar. — falo indo a ajudar a ficar de pé. — Que história é essa que você é mãe da Sophia? — ela arregala os olhos surpresa.
— Isso não é o mais importante. — ela fala afobada.
— Como não? — ela nega.
— Eles levaram a Isabella.
— Ela? — as lágrimas escorrem por seu rosto. — Puta que pariu!
ALEX
Esperar.
Essa é a palavra que fico repetindo em minha mente.
Mas eu sou péssimo em esperar. Mas me sinto de mãos amarradas.
Vejo Sara começar a digitar novamente em meu celular. Isso indica que já se passaram quinze minutos, e a sensação que tenho é que se passou horas, desde que estive com aquela mulher no banheiro.
Olho em minha volta, e afrouxo a gravata, que parece me sufocar.
— Onde está Alice? — escuto uma voz de mulher e olho na direção, vendo Izabel. Não respondo. — Eu queria me despedir dela. — Sara olha para ela e sorri.
— Ela não está aqui, mas pode deixar que eu falo para ela. — Izabel concorda com um sorriso torto. E nesse momento vejo a mulher que me abordou. Levanto no ímpeto, e vou até ela.
— Tem algo de errado. — falo segurando a mulher pelo braço. — Você disse que nem tudo é dinheiro, mas está me fazendo transferir dinheiro, e então? — a mulher sorri e tira minha mão de seu braço.
— Olha a compostura senhor Colth. — ela olha para os lados. — O que as pessoas vão pensar? Que está me assediando. — dou um passo em sua direção até que Sara entra na minha frente e me entrega o telefone.
— Alex, atenda. — pego o telefone.
— É ruim não saber o que fazer, não é mesmo? — ouço a voz de Charles. — Não saber para que lado deve correr.
— O que você quer? — pergunto. Ele ri.
— Eu quero tantas coisas Alexander, a primeira delas é deixar você morrer a mingua na frustração, sem saber onde está sua linda mulher e filha.
— Seu filho da puta desgraçado, eu vou matar você, e você sabe disso.
— Fala mais alto, não estou conseguindo te ouvir. — ele gargalha. — Você pode até conseguir me matar, mas terá que fazer uma escolha, não vai conseguir estar em dois lugares ao mesmo tempo. Terá que escolher sua mulher ou sua filha. Se eu fosse você já começaria a pensar, não terá muito tempo quando receber minha próxima ligação.
— Charles, eu... — a linha fica muda.
Ele desligou.
Filho da puta!
Olho para a mulher que está na minha frente que sorri. Acabo tendo uma reação impensada, e grudo no pescoço dela.
— Me solta... — ela fala entre gemidos.
— Onde elas estão? — murmúrios são ouvidos, mãos tentam tirar as minhas do pescoço da mulher, mas não conseguem. Então lembro que ela tem que ligar de tempos em tempos para ele.
Então eu solto.
— Tirem ela da minha frente. — me afasto. Olho para o salão e vejo que apesar da música, muitas pessoas estão me olhando.
Viro e sai em direção ao andar de cima, entro em uma das salas que estão vazias. Chuto as cadeiras que vejo pela frente. Não sei o que pensar, mas não quero deixar com que as palavras ele, e o medo que estou sentindo me dominem.
— Alex! — escuto a voz do meu irmão. — Pierre está com Alice. — me viro.
— Como assim? — reparo que algumas pessoas entraram na sala. Também depois do show que dei lá em baixo, acho que ninguém conseguiria ficar lá.
— Lembra que ele saiu pra atender o telefone, ele estava lá fora, e viu quando estavam levando Alice, e ele tentou impedir. Bom a parte boa é que ele tem um chip de localização, a parte ruim é que Dilan não está aqui, eu não mexer com isso. Tem uma criptografia diferente das que usam em celulares.
— Chame um dos técnicos da empresa, não é possível que ninguém saiba mexer com isso.
— Eu posso ajudar. — um homem com vestimentas árabes se aproxima. Ele não me é estranho, mas não consigo fazer a relação de quem seja. — Me chamo Jamal, trabalho para Almir Faruk. — Almir Faruk da Kalil, claro. Ele estende a mão para pegar o celular de Tyler. — A empresa que criou essa tecnologia, é do meu syid.
— Seu quem? — meu irmão pergunta confuso.
— O senhor dele. — Izabel responde ficando do lado de Jamal que está focado digitando no celular. — É a forma deles se referirem ao chefe, patrão, essas coisas. — Tyler concorda compreendendo. — Ele usou um chip desse quando minha irmã foi sequestrada. Bom ele havia colocado na minha pulseira, mas ai eu tinha dado a ela... ai meu Deus, desculpem, é que eu não consigo ficar de boca fechada quando estou nervosa. — ela se afasta. — Vou deixar vocês sozinhos, eu preciso beber alguma coisa. Tigrão, você sabe como me achar. — então ela sai.
— Tigrão? — dou uma cotovelada em Tyler. — Aí! Ok.
— Aqui. — ele entrega o celular. — Essa é a localização em tempo real.
— Certo, você vem comigo. — falo com Jamal e ele concorda prontamente. — Caso isso pare de funcionar.
— Eu vou junto. — meu irmão fala.
— Não vai não, você fica e cuida da nossa irmã, afinal ela está grávida e nem imagina onde o marido está.
— Tinha esquecido desse detalhe.
— Faça com que todos pensem que estou aqui. Depois do que fiz no salão será compreensível ficar ausente na mesa.
— Certo. Cara vê se não faz merda.
— Merda fez o Charles em me colocar nessa situação.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro