CAPÍTULO 25
Boa Noite.
Como vcs estão?
Confesso que ando bem angustiada com o que vem acontecendo no mundo.
ALEX
— Então você desconfia que ele use a mãe para chantageá-la? — Adam pergunta, após ouvirmos tudo o que o detetive tinha para dizer.
— Não tenho como provar, mas pelos indícios que encontrei sim. — ele me olha. — Ela esteve em uma clínica por anos, e de repente ela sumiu sem deixar rastros, ou ele a mantém em outro lugar, ou ela realmente conseguiu fugir. — Adam me olha.
— Você chegou a conhecer a mãe da Sophia?
— Não, desde que os conheci ela falava que havia sido criada pelo pai com ajuda de uma tia. Sempre evitou falar sobre a mãe, eu achei que era algum problema familiar, mas nada disso teria passado pela minha cabeça. — á uma batida na porta e logo em seguida Mary entra.
— A senhorita Sanders, chegou. — ela informa.
— Peça para que entre. — Adam ri balançando a cabeça.
— Nem acredito que vou conhecer a mulher que tirou nosso sono por dias a fio. — ele comenta se acomodando no sofá. Todos rimos.
Não demora para que Kimberly entre. Ela cumprimenta todos com um rápido menear de cabeça, e percebo que fica surpresa. Acredito que pela imagem a qual ela tem a meu respeito, imaginou que quando falei por telefone que teríamos uma reunião para buscar a melhor estratégia de lidar com algumas notícias que iriam em breve para a mídia, achou que estaríamos a sós.
— Senhorita Sanders. — falo me levantando para cumprimenta-la. — Fico feliz que tenha optado por ficar. — se sua vontade fosse medida pela força empregada no aperto de mãos, eu estaria morto.
— Senhor Colth, não tive muitas opções, como o senhor bem sabe. — ao menos o sorriso parece ser genuíno. Volto a me sentar, e lhe mostro a poltrona. — Senhores.
— Esses são...
— Adam Scott, seu brilhante advogado e amigo. — ela fala me calando. — Dilan Ross, seu chefe de segurança e posso dizer faz tudo. — então ela olha para o investigador Oliver e acaba ficando em silêncio.
— Oliver Miler. — ele mesmo se apresenta. —Investigador, e striper nas horas vagas. — o sarcasmo estava explicito nas palavras de Oliver. O silêncio predominou o ambiente por alguns segundos antes dele continuar. — Senhorita Sanders ninguém aqui está medindo níveis de conhecimento. — ela estava totalmente sem jeito, e decidi mudar o foco.
— Já que a senhorita Sanders chegou vamos continuar. — os olhares trocados por Oliver e ela, são piores que os que ela direciona a mim. O que será que aconteceu para que ela seja assim?
Deixo essas divagações de lado e parto para o que realmente interessa. Pego algumas revistas onde as matérias dela foram reproduzidas e as coloco na sua frente. Ela olha as revistas e me devolve o olhar.
— Nessas matérias você disse que Alice e Adam estavam juntos, e fez algumas comparações a minha relação com Sophia Campbell. — ela me olha sem entender.
— Sim, foram os fatos, eu somente os reproduzi.
— Na verdade isso nunca aconteceu. — Adam fala, e ela o encara.
— Senhor Scott, vocês mesmo anunciaram.
— Sim eu sei, mas foi somente uma encenação, isso de fato nunca aconteceu. — ela me olha confusa. — Era necessário que todos acreditassem nessa história para proteger Alice e sua filha.
— Ela não é sua filha? — ela pergunta num sussurro.
— Não. — respondo. — Eu havia perdido a memória e após a tentava de assassinato de Sophia contra Alice. — enfatizo a tentativa de assassinato que Alice sofreu para que ela entenda a gravidade da situação em que me encontro.
Adam, Oliver e Dilan a colocam a par de tudo o que aconteceu. Apesar das críticas de Adam e Dilan para que Kimberly não ficasse a par de tudo, eu achei melhor que ela soubesse, já que será ela a lidar com toda a repercussão dos fatos.
Depois de ouvir tudo ela me olha perplexa.
— Meu Deus, eu nem sei o que dizer. — bato a ponta dos dedos na mesa e sorrio.
— Não precisa dizer nada agora senhorita Sanders, só encontre a melhor forma de trazermos tudo à tona, afinal não pretendo viver as escondidas com minha família por muito tempo.
— Por enquanto tudo ficará como está até colocarmos os culpados pelo atentado atrás das grades. — o investigador ressalta.
Assim que terminamos a reunião e saímos do escritório encontramos com meu irmão conversando com Alice na sala, ele segurando minha filha no colo. Logo que me aproximo Isabella estica os braços e sorri.
— Papa! — vou em sua direção e a pego do colo do tio. Quando olho na direção da jornalista, noto pela primeira vez um olhar de compaixão.
— Alice essa é Kimberly Sanders. — ela sorri, mas percebo que ela não compreendeu. — Mais conhecida como Kim. — a surpresa dela é inegável e claro que minha linda futura esposa não disfarça a surpresa.
— Prazer. — Alice a cumprimenta e me olha com inúmeras cobranças refletidas neles.
— Acho que devo um pedido de desculpas a vocês. — para minha total surpresa Kimberly abraça Alice e se desculpa. — Senhor Colth, será um prazer colocarmos todos os pingos nos is. — então ela se afasta. — Se me derem licença, tenho trabalho a fazer. — ela se despede e Mary que estava na porta, abre para ela.
Quando volto minha atenção a Alice e Tyler vejo que ambos me encaram.
— Será um prazer? — Alice dispara ignorando o restante da frase. — Até ontem ela não te odiava?
— Sabe como é, ninguém resiste ao meu charme. — brinco e me arrependo no mesmo instante que um tapa me acerta no braço. — É brincadeira.
— Não diga? — Alice fala me acertando outro tapa. — E dede quando ela trabalha para você? — a risada do meu irmão é alta a nossa volta. — Você não tinha algo para fazer Tyler? — ela dispara sem olhar para ele.
— Não consigo lembrar de nada agora Bella. — ele aparece do meu lado e pega Isabella que ri de tudo. — Vamos Belinha, mamãe tem algo para resolver com seu papai.
— Você deveria me agradecer em colocar ela para trabalhar para nós. — ele nem me direciona a atenção. Somente levanta o dedo do meio para mim. Acabo rindo, e levo mais um tapa, o que me faz olhar para o lado e encarar Alice.
— Bella não tenha dó. — ele fala saindo de nossas vistas.
— Não vou ter. — Alice fala vindo para cima de mim.
— Senhor Colth. — somos interrompidos por Mary. Ao olhar para ela vejo seja lá o que ela tem para falar não é bom. — Tem uma pessoa querendo subir, mas pedi para o porteiro segurá-la, disse que o senhor não estava.
— Quem é? — Alice pergunta, mas eu já imagino quem seja.
— Sophia. — Alice deixa a mão que estava no ar, pronta para me bater, cair ao lado do seu corpo.
— Eu não sabia o que falar para justificar o fato de não deixa-la subir. — Mary se justifica.
— Tudo bem. — falo já sentindo o clima pesado. Alice olha no relógio e me encara.
— Minha família vai chegar daqui a pouco. — ela fala nervosa. — Afinal o que ela quer com você?
Esfrego a mão nos cabelos pensando no que fazer, e imaginando o porquê do Dilan não ter me notificado que ela estava vindo para cá. Seguro a mão de Alice e aperto.
— Mary peça a Dilan para vir até aqui. — ela concorda e sai. Volto minha atenção a Alice. — Eu não faço ideia, da ultima vez que ela veio aqui saiu com o rabo entre as pernas, achei que não ousaria vir mais aqui. — Dilan aparece na sala. — Mas se tratando de Sophia nada é pela lógica. — olho para meu segurança. — Por que não fui avisado, já que tem um rastreador no carro dela?
— Acabei de verificar, ela veio de taxi. — por isso fui pego de surpresa.
— Mary avisou que eu não estava, mas se ela fizer como antes, vai ficar plantada na porta até eu chegar, e Thomas vai chegar em breve.
— Ligue para ela e fala que você não vai voltar hoje. — Alice sugere.
— Ela sabe que Mary não o avisaria, e como justificar Alex sabe que ela está aqui? — Dilan explica. Ele me olha. — E se você ligar para ela com alguma outra justificativa, pedindo que ela vá até a empresa. Saímos pela garagem.
— E minha família? Eles vão chegar em breve.
— Ligarei para Thomas, pedindo que ele faça uma rota mais longa. Assim temos tempo para agir.
— Eu não gosto disso. — Alice deixa claro sua insegurança. — Dilan me empresta sua arma que já resolvo isso em dois minutos. — ela estica a mão na direção dele, e eu a pego trazendo para meu peito.
— Ligue para o Thomas. — ordeno. Faço sinal para que Dilan saia. Olho para Alice. — Nunca mais insinue algo assim nem de brincadeira. — a repreendo. Ela me abraça.
— Eu não seria capaz. — ela admite choramingando. — VocÊ sabe disso.
— Eu sei, mas ninguém mais sabe. — a afasto e vejo que uma lágrima escapa de seus olhos. — Ei... — passo o dedo no canto de seus olhos. — Eu amo você e nada vai acontecer.
— Você está saindo para se encontrar com ela. — acabo sorrindo e beijo seus lábios. — Eu odeio tudo isso.
— Garanto que não mais que eu, mas eu farei qualquer coisa para proteger vocês, entendeu? — ela concorda. — Será por pouco tempo, eu prometo. — beijo sua testa e expiro profundamente.
— Eu te amo. — ela me abraça.
— Eu te amo mais. — ela revira os olhos. — Vai tomar um banho e ficar pronta para receber sua família. — volto a beijar seus lábios. — Deveria aproveitar que sua mãe vai estar esses dias aqui e começar a organizar o nosso casamento. — Alice sorri entre as lágrimas de escapam.
— Como você consegue pensar em casamento nesse momento? — um sorriso surge em meus lábios.
— Porque nada pra mim é mais importante que isso. Nada Alice. — Dilan aparece na sala.
— O carro está pronto. — ele informa e sai.
— Eu vou e já volto. — tento sair de seu abraço, mas ela me segura com mais força. — Alice.
— Eu odeio tudo isso.
— Eu sei. — sem mais saio em direção ao elevador dos fundos que é usado pelos funcionários do prédio. Se eu olhar para Alice mais uma vez, é capaz de eu desistir e mandar Sophia se foder. — Mas tenho que ser racional nesse momento.
Enquanto descemos vou pensando em tudo que conversei com Oliver sobre a mãe de Sophia, e penso se um lugar mais neutro ela seria capaz de me contar algo.
— Não vamos para a empresa. — falo e Dilan me olha surpreso.
— E...
— Vou levar Sophia para jantar. — falo cortando sua fala e o deixando completamente perplexo.
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