Capítulo 35
Nicholas Matthews
-Nem acredito que a gente vai embora.- Alisson cruza os braços.
-A gente tinha que ir em algum momento.- pego as passagens.
-Voltar para Santa Monica é.... estranho.- ela faz careta.- Aqui ninguém sabe, é grande o bastante para ninguém saber.
-Quatro meses, Alisson.- passo o braço pelos ombros dela.- Pense que só faltam quatro meses.
-Parece muito.- ela fala enquanto a trago para perto.- Tenho medo do que...
-Ei, vou estar do seu lado.- seguro o queixo dela.- Ok?
-Ok.- ela sorri.
Meus lábios capturam os dela lentamente, Alisson leva as mãos até minha jaqueta e me puxa mais para perto enquanto move os lábios contra os meus.
Minha mão sobe até atrás da sua cabeça e aperta seus cabelos enquanto abro passagem para sua língua entrar e tocar a minha.
Alisson geme baixinho e eu preciso interromper antes que a gente comece a transar no meio do aeroporto, já que não conseguimos parar as vezes.
Achei que ia me sentir cansado depois de seis dias, seis dias transando com Alisson, mas parece que eu só ficava com mais e mais energia.
-Meu pai vai buscar a gente, então nada de beijos pelo aeroporto de lá.- Alisson avisa e sorrio.- Nick...
-Eu sei.- arrumo os cabelos dela.- Sem beijos perto do seu pai, senão ele me esfola vivo.
-Isso.- ela sorri.
-Mas é porque é impossível.- abraço sua cintura e viro ela de costas para mim enquanto beijo seu pescoço.- Beijar você é viciante.
-Ah, tadinho.- ela acaricia meu braço enquanto mordo sua orelha.- Nick...- ela fala rindo enquanto meu nariz toca um ponto sensível.
-Já elogiei seu perfume?- pergunto e ela começa a rir.- É muito bom.
Tem um cheiro diferente, não sei como só percebi agora, era um cheiro doce e se você cheirasse imaginava algo rosa...era estranho e bom.
-Você deveria ir pra um programa do AA, talvez eles tenham uma ala só para quem cheira perfume.- ela pega as passagens da minha mão e sorrio.
Então nos aproximamos da aeromoça que ficava aqui fora e ela vê se está tudo certo, assim que estamos entrando no corredor do avião Alisson vira para mim.
Sorrio quando em seus lábios tocam minha bochecha e me pergunto quanto tempo vai demorar até a gente chegar em Santa Monica e ficar sozinho de novo.
Ela segura minha mão e me puxa lentamente até às nossas cadeiras, ela senta na janela como sempre e eu no corredor ao lado de um menino de cinco anos.
Ele olha para mim e da tchau, tento sorrir dendo tchau para ele, aperto meu cinto e volto a olhar para Alisson que está mordendo o lábio enquanto olha para a janela.
-Eu trouxe algo.- pego dentro da bolsa dela.
-Dentro da minha bolsa?- ela parece confusa.
-É, eu não tinha bolsa.- me defendo.
-Como colocou isso aí?- ela franze as sobrancelhas.
-Não vou contar.- falo e ela me encara com raiva.- Esperei você ir no banheiro.
-Ok, para trazer um baralho.- ela cruza os braços.
-Sim, vamos jogar.- começo a embaralhar as cartas.- O melhor de três tem que...
-Não tem essa de melhor de três.- ela pega as cartas dela.- Para de querer competir.
-Por que você sabe que eu ganho, né?- sorrio convencido.
-Claro que não, por que eu não quero que você perca esse ego.- ela sorri com raiva.
-Ah, então por que está com tanto medo de apostar?- sorrio e vejo os olhos dela brilharem.
-Ok, o melhor de três ganha.- ela fala e sorrio.
-Ganha o que?- pergunto.
-Um beijo.- ela fala e suspiro.
-Já nos beijamos normalmente.- me aproximo.- Se eu ganhar, eu posso te levar em um lugar.
-Que lugar?- ela pergunta.
-Surpresa.- sorrio.
-E se eu ganhar, você vai ter que ir de rosa pro primeiro dia da escola.- ela sorri e eu rio.
-Apostado.- olho para minhas cartas.- Vamos começar.
☁️
Alisson Avery
Eu não acredito que eu tinha perdido.
E ainda foi de lavada, três a zero, como eu podia perder de três a zero? Claro que pedi uma revanche e ele não quis aceitar por causa das cartas.
Estava com tanta raiva que enquanto andava ao lado dele Nick estava sorrindo feito um idiota e eu com ela cara fechada todo o caminho.
-Você é uma má perdedora.- ele fala.
-E você rouba.- devolvo e ele ri.
-Má perdedora.- cantarola.
-Nick...
Ele segura meu braço e me beija, toda a raiva que eu tinha dele simplesmente passou, meu corpo fica parado enquanto as mãos dele acariciam minhas costas.
Passo meus braços pelos ombros dele e me sinto em outro mundo, os lábios de Nick sai gentis e eu abro passagem para ele, nossas línguas se encostam.
Nick segura minha nuca e morde meu lábio inferior, logo lembro que estamos no aeroporto e que meu pai pode estar em qualquer canto.
-Desculpa.- ele fala quando nos afastamos.
-Foi bom.- digo ainda meio aérea.
-Então não está mais com raiva de mim?- ele levanta as sobrancelhas.
-Metade da raiva.- volto a andar e ele ri.
-É um bom começo.- Nick anda ao meu lado.
Meu pai está com balões e pulando enquanto me vê, sorrio indo até ele e o abraçando com força, ele beija minha cabeça várias vezes.
-Já não aguentava mais.- ele me aperta.
-Ele estava quase surtando aqui.- Jane fala.
-Formam só duas semanas.- falo me afastando.
-Foi muito tempo.- meu pai se defende.
-Imagina quando ela for para a faculdade.- Nick fala e meu pai fica sério.- Eu esqueci que o senhor gosta pouco de mim.
-É.- ele assente.
Vou abraçar Jane e tomo cuidado com ela, meu pai disse que ela não gostava que tocassem muito a barriga dela, então o meu abraço é rápido.
-Vocês já jantaram?- ela pergunta.
-Comemos amendoins do avião.- Nick fala.
-Lá em casa podemos pedir uma pizza. O que acham?- Jane continua e meu pai olha para Nick.
-Sem mão boba com ela.- ele fala com raiva.
-Sim, senhor.- Nick assente.
-Ok, vamos então.- começamos a ir até o carro.
Nick ajuda meu pai com as malas e sentamos atrás, nossas pernas se encostam e meu pai não consegue ver além do ombro para cima.
Sorrio quando ele acaricia minha coxa e me deixa com vários arrepios, mesmo que seja por cima da calça jeans, parece que ele está me tocando diretamente.
Não digo que é bom estar aqui, mas pelo menos é bom faltar tão pouco para eu poder ir, mesmo que meu pai odeie isso, eu não consigo ficar aqui por muito tempo.
Nick deixa a mão na minha coxa e entrelaço a minha com a dele, desejamos a mesma coisa, sair dessa cidade e sermos independentes.
Se desejamos as mesmas coisas então seria fácil ficarmos juntos, mas por que parece que vai acontecer algo, que está só esperando o momento certo?
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