Capítulo 30
Nicholas Matthews
Olho para o lado e vejo Alisson comendo balinhas de ursinhos, estava dirigindo há várias horas e ainda não tínhamos chegado no destino.
Decidimos que seria primeiro Havard, e como eu tinha combinado com o diretor de Havard uma visita, iria aproveitar muito essa chance.
Ele me conhecia por causa do meu pai e avô, ficava mal por usar os contatos deles, mas sabia que ele já estava com a minha ficha ali para aceitar ou não.
E estava usando isso para apresentar Alisson também, ela tinha enviado uma inscrição para lá também, então iria ser quase uma entrevista com ela também.
Sei que Yale foi onde a mãe dela estudou, sei que é sentimental para ela, mas se houver a mínima chance de ela se mudar para Havard...
Depois de ontem a noite eu tive a certeza de que não queria algo passageiro com essa garota, queria ir pra faculdade com ela, queria continuar com isso que tínhamos.
-Ah, tá quase!- ela aponta para a placa.
-Nossa, quanta animação.- sorrio.
-Ficar trancada em um carro com você por três horas...
-Você contou?- digo de supetão.
-Enfim, ficar trancada com você me deixa bem animada para chegar no destino.- ela pega outro ursinho.
-Eu achei que a gente tava de bem, Avery.- toco meu peito.- Mas pelo visto você me enganou...
-Para de drama.- ela se ajeita.- Aqui devem ser as repúblicas... Vai morar em uma?
-Claro que não.- balanço a cabeça.- Esses caras só sabem ficar bêbados e teria que dividir o quarto com alguém.
-Então vai ficar no dormitório?- ela pergunta e eu assinto.- Nossa. Achei que ia dizer...vou ficar em uma casa que meu avô comprou para mim, já que sou podre de rico...
-Essa é minha voz?- pergunto rindo.
-Estou quase acertando o tom.- ela explica.
-Ah, claro.- passamos pelas várias repúblicas, casas enormes.- Vou ficar no dormitório de gente rica.
-Ah, entendi.- ela assente.- Sempre sonhei com esses dormitórios.
-Sério?- pergunto.
-Claro! Setenta metros quadrados só pra você, com cozinha, sala e quarto inclusos... Só pra você.- ela balança a cabeça.- É um sonho.
-Ainda tem que dividir o banheiro.- lembro.
-Bem, nem todo sonho é perfeito, atleta.- ela volta com o apelido e sorrio.
-E você?- pergunto.- República ou dormitório?
-Apesar de adorar a ideia de uma república.... dormitório.- ela suspira.- Provavelmente que vou dividir com uma menina que coleciona sapos.
-Você já imaginou tudo?- pergunto.
-Claro que não.- ela bufa.- Troca comigo.- ela faz bico.- Me deixa ficar com seu quarto de rico....
-Infelizmente, não.- sorrio.
-Sabe, a gente não vai se encontrar muito.- ela explica.- Com as aulas e trabalhos e essas coisas...- Ally pensa.
-Tem uma coisa que resolveria.- falo calmo e ela me encara esperando uma resposta.- Mesma faculdade.
-É...- ele morde o lábio.- Você odeia Yale e eu acho Havard um lixo.
-Havard tem uma biblioteca enorme.- digo.
-Yale tem uma galeria de arte renomada.- ela sorri.
-Havard é vermelha.- explico.- Quem não gosta da cor vermelha?
-Minha cor favorita é azul. E qual é a cor de Yale mesmo.... Ah, é, azul!- ela me observa.- Não vai dar certo, Nick.
-Pode dar certo.- dobro para entrar no estacionamento.
-Primeiro a gente tem que ser aceito.- ela balança a cabeça.- As chances de ser aceito em duas universidades da Ivy League são baixas...
-Para nós não, somos os gênios de toda a escola.- estaciono.
-E aí? Se você e eu passarmos em Yale e Havard, o que fazemos?- ela pergunta assim que eu desligo o carro.
-Que tal a gente conhecer tudo primeiro?- levanto as sobrancelhas.- Primeiro, Havard. Depois, Yale.
-Ok.- ele pega a bolsa.
Saímos do carro e eu seguro a mão dela enquanto caminhamos até o centro de administração de Havard, vários alunos estão andando por aí.
Me aproximo da secretaria na mesma hora que a porta abre e mostra um senhor baixo, gorducho e com cabelos brancos.
-Nicholas Matthews!- ele estende a mão e aperto.- A promessa de LA.
-Não sabia que chamavam assim.- sorrio.
-Sou amigo do treinador do seu colégio e tenho que dizer que o treinador aqui está bem animado.- ele fala rapidamente.- Recebeu nossa cesta de frutas?
-Sim.- assinto e Ally contém o riso.- Ah, deixa eu apresentar Alisson Avery.
-Oi.- ela aperta a mão dele.
-É uma grande amiga.- enfatizo.- Estudamos juntos e ela adoraria conhecer Havard, se inscreveu para cá, até.
-Ah, vou lembrar disso.- ele pisca.- Srta.Avery, o que achou até agora?
-Tudo é muito bonito.- ela fala doce.- Adorei o quadro do Hall de entrada, Picasso?
-Sim.- ele parece surpreso.- Gosta de arte?
-Sou uma grande fã.- ela assente.
-Então é melhor começarmos pela nossa galeria.- ele abre espaço e começamos.- Gosta de que pintores, Srta.Avery?
-Courbet e Manet atraem muito minha atenção.- ela explica e ele parece ainda mais surpreso.
-Temos vários quadros deles por aqui, alguns não tão reconhecidos...
E é assim que eu vejo que ela vai ganhar uma grande cesta de frutas para aceitar o convite de Havard para entrar na faculdade, meu sorriso aumenta ainda mais.
☁️
Alisson Avery
Entramos em uma lanchonete e vamos até o fundo, antigamente eu sentava de um lado e Nick sentava de outro, mas agora só sentamos lado a lado.
Tinha adorado Havard, não ia mentir. Era tudo lindo, tinham artes lindas e a biblioteca não falhou em me impressionar, tinha realmente gostado disso.
Fomos ver on campo em que estavam treinando futebol americano, os caras eram enormes e até falamos com o quarterback do time atual.
David Doyle, ele estava no último ano, o que eu achei perfeito para Nick, mas ele disse que calouros não ganhavam posições assim tão fácil.
-O que você vai querer?- ele pega o cardápio.
-O de sempre.- aperto o casaco ainda morrendo de frio.
-Quer milk-shake ou chocolate quente?- ele sorri.
-Chocolate quente.- fico animada.
-Ok.- ele ri.
Nick pede o que sempre pedimos lá em Santa Monica e mais dois chocolates quentes, aqui era muito frio, quase todos os dias tiveram chuva.
Pego o celular e falo para meu pai onde estamos, bati algumas fotos para Jane e mandei junto com isso, desligo o celular e coloco em cima da mesa.
-Gostou de Havard?- ele pergunta.
-Talvez.- balanço meus ombros.
-Mentirosa, você adorou.- ele sorri.- Estava tagarelando com o diretor.
-Ele tem um bom repertório de arte.- explico vaga.
-Mas vai dizer que não está considerando Havard.- ele me sacode e eu rio.
-Talvez.- repito.
-Você não me engana, Avery.- ele segura meu queixo e sorrio.- Você adorou.
-Um pouco.- admito.
-Aprendeu até como usar o cartão da biblioteca.- ele sorri.
Fico calada e ele sorri convencido, então se aproxima e me dá um beijo leve nos lábios, sua mão passa pela minha bochecha e vai até minha nuca.
Estava surpresa por estarmos tão normais com tudo que aconteceu ontem, mas não estava envergonhada e nem Nick parecia assim.
-Havard ainda está na lista?- ele sussurra.
-Havard ainda está na lista.- murmuro.
Percebi o quanto ele quer que eu considere Havard, e percebi que ele realmente quer estar comigo depois do colégio, e eu também quero isso.
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