Estamos na reta final do livro... Espero que gostem do capítulo e mil beijinhos 💜
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Kevin esfregou os olhos e olhou pelas amplas janelas de vidros do apartamento. A noite já havia caído e o clima era frio e seco, o que era algo comum naquela época do ano na Coreia do Sul. Ele não sabia ao certo quantas horas dormiu, mas já deveria ser bem tarde. Suspirou e se levantou da cama chamando por Maia que não se se encontra no ambiente, mas não obteve nenhuma resposta. E assim ele se levantou da cama e se dirigiu até a saída do quarto, e encontrou a ruiva sentada no sofá com o tablet em mãos, desenhando. O moreno sorriu ao ver a namorada concentrada no aparelho, e com total atenção enquanto preenchia os traços no fundo branco.

- por que está aqui sozinha?

-Eu estava sem sono, e resolvi desenhar um pouco para tentar distrair a minha mente.

-Cade o restante do povo dessa casa?

- Ayumi ainda não retornou para casa. Ela mandou mensagem e disse que passaria a noite na casa da Suzy hoje. E Naomi e Dylan devem estar dormindo.

- Falando em Naomi, como ela está?

- Está se sentindo melhor... O Dylan preparou uma sopa para ela comer, e por sinal, está um verdadeiro manjar dos deuses.

- Você provou?

- Sim, e você também deveria provar, ou comer alguma coisa.

-Eu vou, mais antes preciso de um banho. - sorriu maliciosamente para a ruiva.- Você não quer me fazer companhia?

- Está aí uma proposta tentadora, mas estamos na casa da sua irmã, e o seu primo está dormindo no quarto ao lado.

Kevin fez uma careta de desaprovação.

- É por esse motivo que eu não gosto de apartamento. Você espirra, e o vizinho do lado escuta. - murmurou seriamente.- A propósito, só consegui comprar as passagens para a quinta feira a noite, então ficaremos aqui na Coreia por mais dois dias antes de regressamos ao Brasil. Por essa razão, seria bom você avisar os seus pais, para que eles não fiquem preocupados.

- pode deixar que farei isso agora mesmo. - murmurou a ruiva deixando o tablet de lado e pegando o aparelho celular.-

- Você está escrevendo um novo capítulo para o mangá? - perguntou o rapaz logo após pegar o tablet para analizar o desenho da ruiva que acenou com a cabeça enquanto tinha a atenção voltada ao aparelho celular.- E já acrescentou o novo personagem para a obra?

- Ainda não! - falou a ruiva suspirando profundamente e voltando a atenção para o namorado logo depois de mandar uma mensagem para a mãe.- Eu estive pensando nos últimos dias, e achei melhor usar aquele desenho em outra história.

-Por que essa mudança repentina?

- Acho que esse personagem vai se encaixar melhor em outra história que eu estava planejando.

- E o que vai fazer em relação ao mangá?

-Eu vou usar um dos personagens que já existia na obra, mas que estava esquecido por muitas pessoas... E vou deixar o Kaleb para minha nova história.

- Kaleb!

Maya sorriu, e logo em seguida confirmou com a cabeça olhando nos olhos do namorado onde se encontrava uma verdadeira confusão interna com tudo aquilo que ela havia acabado de falar.

- Com tudo o que aconteceu, eu acabei me esquecendo de te falar. Mas, durante a viagem a casa dos meus pais, eu acabei encontrando alguns esboços antigo de uma história que havia começado a escrever na época que estuda na Itália.

- E você resolveu aproveitar essas idéias para escrever uma nova história?

- Exatamente... E por essa razão eu vou precisar daquele desenho, pois acho que ele vai se encaixar melhor no contexto da minha nova obra.

- Agora eu fiquei um pouco curioso com essa obra.

- Bom, eu tenho algumas ideias em mente... Mas ainda não é nada certo, então não posso lhe dar spoiler. - sorriu.- Mas, não se preocupe, assim que fizer o primeiro capítulo, você será o primeiro a ler.

- Vou me sentir honrado.- disse o moreno de forma sincera.- A propósito, você não gostaria de dar uma volta para conhecer a cidade?

- Você está falando sério? - perguntou Maia com os olhos brilhando de felicidade.-

- Sim, eu queria te levar para conhecer um lugar.

- Que lugar?

- Namsam Tower! É um dos pontos turísticos principais da Coréia do Sul, e turistas do mundo inteiro são atraídos para a torre devido ao famoso restaurante giratório localizado na torre, e também devido ao passeio de teleférico.- disse esboçando um amplo sorriso para a namorada.- Então você gostaria de me fazer companhia?

- Você não precisa me perguntar duas vezes. - falou a ruiva prontamente e toda animada para o namorado.-

- Então vamos nos apressar antes que fique muito tarde, pois o caminho é um pouco longo.

- Nos vamos a pé?

- Bom, a gente tem três opções... Ou subir de bonde... Ou ir de ônibus... Ou caminhando... Mas na minha opinião, ir caminhando é a melhores opção, pois o cenário é incrivelmente lindo demais, e a gente pode ir parando para tirar fotos. - foi tudo o que Kevin disse antes de se retirar do aposento com uma Maya completamente curiosa demais.-

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Eles caminharam todo o percurso admirando o incrível cenário da cidade que estava toda decorada com luzes por toda parte. E quando finalmente chegaram no teleférico, Kevin pagou a passagem e em seguida se dirigiu ao local para pegar o teleférico, que não demorou para chegar.
O casal entrou no bonde de mãos dadas, e se acomodaram em um canto próximo às barras de segurança.
O moreno sorriu ao perceber que a ruiva estava um pouco nervosa ao ver que tinha vidros por todo lado que ela olhava, então a envolveu em um abraço.
Mas logo em seguida, quando o cenário lindo da noite, se fez presente, e a música "Say yes" da cantora Punch, começou a tocar no ambiente, a ruiva se sentiu relaxar nos braços do amado, pois tudo parecia tão mágico, e ela se sentiu dentro de um dorama.

Quando o teleférico chegou no seu destino final, o casal começou a caminhar em direção ao mirante, onde ficava a ponte dos cadeados. O casal estava coberto de casacos , luvas e capuzes para se protegerem do frio intenso da noite.
- Está com muito frio?

- Um pouco!

- O que você achou da vista?

- É bem diferente de tudo que já vi, é um cenário encantador.

- Você pode usar esse cenário no seu próximo livro.

- Nunca se sabe, afinal esse lugar é maravilhoso demais.- falou com um amplo sorriso para o namorado.-

- Sim, realmente é um lindo cenário. E a companhia é melhor ainda.

O rapaz falou com um amplo sorriso enquanto observava com atenção os olhos esverdeado da namorada. Os cabelos tão lisos, a boca bonita, que era uma verdadeira tentação.

Maya estava usando um gorro branco que escondia grande parte de sua testa. Uma roupa exageradamente quente. Um sobretudo que a fazia desaparecer dentro dele, e mesmo assim Kevin a achou a atraente e linda demais.

- Está começando a nevar. - a ruiva falou com a pequena nevasca repentina que estava começando.E com pequenos flocos de neve caindo do céu.-

- Você sabia que a primeira neve, ou a primeira nevasca do ano, tem um significado especial e romântico aqui na Coreia?

- sério?

-Sim! As pessoas acreditam que se você estiver com alguém, no exato momento que a primeira neve do ano cair, então essa vai ser a pessoa com quem você vai se casar.

- Acho que eu nunca tinha ouvido falar sobre isso.

- O povo coreano é muito supersticioso demais. - sorriu - A minha avó, vivia contando histórias para Ayumi e eu, da época que vivia em Busan. - suspirou profundamente.- pôr exemplo, as garotas que nunca oferecem asas de frango para os seus parceiros, pois elas acreditam que com a barriga cheia de " asas " ele irá voar para longe.

- Isso é sério? - perguntou a ruiva rindo do comentário do namorado.-

- Sim! - respondeu o moreno seriamente.- Você já ouviu falar em Deoksungung?

A ruiva parou para pensar por um momento, pois o nome era bem familiar.

- Não me lembro se já ouvi algo a respeito.

- Antigamente, era por essa via que os casais percorriam para pedir o divórcio na corte de Seul. Portanto, segundo a crença, haverá separação em algum momento se você optar por seguir caminhando por Deoksungung.

- E você acredita nisso?

- Bom, toda história tem um fundamento não é mesmo... E cada país tem suas tradições e culturas. Então muita gente prefere apenas seguir as tradições pois elas ficam com o pé atrás e receosas em tentar algo novo... O povo brasileiro por exemplo, tem muitas tradições que para um coreano pode ser estranho... Tipo... Eles iriam achar um absurdo ao ver vocês entrar dentro de casa com sapatos sujos, e trazendo energias impuras da rua, que quebrem a harmonia do lar. Além disso, descalçar para entrar em algum lugar, é um gesto de respeito.- Falou Kevin sorridente para a namorada que escutava tudo com muita atenção.- Consegue entender onde quero chegar?

A ruiva meneou a cabeça concordando com o namorado que sorriu, e continuou andando de mãos dadas, até chegar ao alto do mirante.
- uau, que lugar lindo! - disse a ruiva com os olhos brilhando ao contemplar a linda vista do alto da torre, e ver vários cadeados espalhados pelo ambiente. Enquanto Kevin apenas admirava a beleza de sua amada.- o que foi? Que cara é essa?

Maia foi logo perguntando ao ver o olhar intenso do rapaz.
- Nada! Eu só estava admirando a beleza da minha namorada... E pensando que eu sou um homem de sorte por ter você para alegrar os meus dias. - sorriu.- obrigado por entrar na minha vida, e deixar os meus dias mais colorido.

- Acho que sou eu quem tem que agradecer... Você é um ótimo namorado, e sempre está me dando forças para eu seguir em frente. Você sempre está me apoiando Kevin, e eu me sinto especial quando estou com você.

Kevin sorriu e puxou Maia para mais perto, a envolvendo em um abraço.
- Maia, você me faz ser um homem melhor. E ao seu lado, eu me sinto forte par a enfrentar tudo. - disse com a voz mansa e calma, e selando um beijo nos lábios da amada.- sabe, a época do natal sempre foi muito importante para a minha família. Mas, por muitas vezes, nos não conseguimos se reunir para a ceia de natal. Geralmente todos estavam preocupados com os seus trabalhos, ou com estudos. E era por essa razão, que eu costumava ficar sempre na casa dos meus avós paternos. - disse o moreno com um amplo sorriso ao lembrar dos avós.- Eles sempre organizavam uma pequena comemoração na noite de natal, e Ayumi e eu sempre estávamos presente. - suspirou profundamente.- Eu amo os meus pais, mas os meus avós paternos, sempre vão importante para mim. E eu sou muito grato a eles, pois tudo o que tenho e conquistei hoje, foi graças ao trabalho duro dos meus avós, que se esforçaram esse dedicaram muito pata conquistar o império que eu herdei.

Kevin suspirou profundamente olhando para a vista a sua frente, com o olhar distante. E Mais permaneceu em silêncio absoluto, esperando que ele continuasse a falar, pois ela sabia que ele precisava conversar e por para fora tudo o que fosse necessário.

- Eu sou apenas um herdeiro, que teve o privilégio de ter avós que trabalharam muito, e sempre tiveram humildade para ajudar o próximo, e lutar por seus sonhos... Eu nunca cogitei que ser só um herdeiro me bastava, pois eles me ensinaram da melhor forma possível, que não se pode deixar o poder subir a cabeça, e que você precisa ter humildade. - sorriu de canto.- E mesmo assim, na maioria das vezes, eu sou julgado por ser o cara rico que conquistou um império graças a morte dos avós... Mas, se eu tivesse que escolher entre o meu império, e a vida dos meus avós, eu iria preferir a vida deles, pois eles foram os meus verdadeiros pais. - sorriu ternamente.- Não estou desmerecendo os meus pais, porém, os meus avós foram mais presente na minha vida...

- Eles devem ter sido pessoas maravilhosas.

- Sim, eles foram. - disse com um sorriso no rosto, mas Maia podia ver que o seu olhar era muito doloroso e triste.- Eu acho que não te contei como os meus avós morreram não é mesmo?

- Não, você não me contou.

-Eles morreram em um acidente de avião quando eu tinha 22 anos. Foi alguns dias antes da noite de natal.

- Que terrível. - falou a ruiva segurando a mão do namorado.-

- Mal pude acreditar na época... Sofri durante muitos anos, pois eles eram os meus melhores amigos, e os meus verdadeiros pais... Mas durante a leitura do testamento, eu descobri que era o novo dono da TSUKADA GAMES... E eu me dediquei muito, me esforcei bastante para que o sonho do meu avô nunca acabasse, e não fosse esquecido, pois aquela empresa era tudo o que ele tinha de mais precioso, depois da minha querida avó.

Aquelas palavras sem sombra de dúvidas pegaram Maia desprevenida. Ela subitamente deitou a cabeça no ombro do namorado que apenas ficou ali parado sem dizer mais nada. Era como se o tempo tivesse parado, e não existisse mais nada e ninguém a sua volta.
Kevin olhou para para a ruiva a sua frente, e ele teve a absoluta certeza de que ela era a garota certa... Maia era a garota com quem ele queria envelhecer, e começar a construir uma família.

- A neve parece que está ficando cada vez mais forte. - disse a ruiva batendo o queixo de frio e fazendo o moreno sorrir.-

- Vamos procurar um lugar para nós aquecer, e podemos jantar enquanto esperamos a nevasca diminuir. Tudo bem pra você?

- Claro, não vejo problema nenhum com isso.

- ok, mas antes precisamos fazer uma última coisa.

- O que? - perguntou a garota um pouco confusa e então viu o momento que o rapaz levou a mão até o bolso do agasalho e retirou um pequeno cadeado, e os olhos da garota brilharam intensamente. - isso é o que eu estou pensando que é?

- Sim! - sorriu- Eu achei que você iria gostar de ter um cadeado com o seu amorado lindo, maravilhoso, atencioso e super apaixonado. - falou o moreno divertidamente, e Maia riu do comentário do amado, mas o seu coração estava batendo forte e acelerado demais.- Então Maia Gutierrez, gostaria de colocar um cadeado aqui comigo e fazer parte dessa linda tradição?

-É claro que sim, eu me sentiria honrada e feliz...

Kevin sorriu, e juntos caminharam até a ponte onde registraram o momento com algumas fotos, e logo em seguida eles colocaram o cadeado na ponte.
- Eu te amo minha deusa. - falou o moreno tocando o rosto da sua amada, e logo em seguida se apoderando de seus lábios.-

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A tradição trata-se de colocar um cadeado pendurado nas barras de ferro da torre como símbolo de uma promessa de amor eterno de um casal, acompanhado de um coração com frases e algum outro papel que o faça único. São chamados de "cadeados do amor" e preenchem o segundo andar do observatório da Torre. Os cadeados são pendurados em um ritual do amor pelos próprios casais, que podem deixar a chave em uma caixa que fica ali mesmo. Depois, essas chaves são doadas à ONGs que ajudam adolescentes que vivem nas ruas, logo a proposta não é só "viva ao amor", visto que também há um fim solidário por trás deste evento.
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P.S:. Espero que tenham gostado do capítulo... Mil beijos e até o próximo capítulo.