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🖋37- Notícias avassaladoras📖

O boliche bar, era um local familiar onde casais, amigos e familiares costumavam se reunir para passar um final de tarde agradável, enquanto jogavam conversa fora, e tomavam um bom Chopin, e saboreavam uma boa porção de fritas, ou frutos do mar, além de se divertir jogando boliche. E também tinha a boa musica ao vivo, e nas sextas-feiras eles liberavam o microfone ao público, para os clientes que quisessem tentar a sorte, e cantar no karaoque.

— É disso que estou falando! — Felipe praticamente gritou euforicamente, ao ver a bola de boliche que Kevin lançou, acertar em cheio os pinos e derrubar com extrema precisão. — Cara, você manda muito bem...

— Obrigado.

— Tem alguma coisa que você não seja bom? — perguntou Cauã para o cunhado. — Você não errou nenhum lance.

— Eu costumo jogar com frequência... Esse é um dos passatempos preferidos do meu primo Dylan. E ele é tão viciado que tem uma pista de boliche na casa dele. — falou Kevin dando de ombros. —

— A gente pode mandá-lo cantar no karaoque, quem sabe ele não dá uma desafinada. — Falou Cauã divertidamente. —

— Se eu fosse você não faria isso, pois meu namorado tem uma voze anjo, e ele canta super bem. — disse Maya surgindo no local com as garotas, e chamando a atenção dos rapazes. —


— Impossível, ele tem que ser ruim em alguma coisa. — falou Henrique inconformado. — Por acaso tem alguma coisa que você não seja bom?

— Se isso lhe faz se sentir bem, eu sou um péssimo jogador de futebol... Zero talento. — disse o rapaz para o amigo que apenas sorriu com o comentário. —

— Pelo menos alguma coisa ele precisava ser ruim. — falou Cauã sorridente. —

— Não exagere Cauã. — disse a ruiva lançando um olhar mortal para o irmão. —

— Vocês não chegaram muito cedo? — Felipe perguntou abraçando a namorada. —

— Cedo? — falou a loira revirando os olhos de forma incrédula para Felipe. — São vocês que perderam á noção de tempo, pois já são sete horas da noite.

— Caramba, o tempo passa voando quando estamos nos divertindo. —disse Cauã sorridente e abraçando Gabriela. — Vocês estão com fome?

— Não, a gente já comemos. — disse Gabriela retribuindo o abraço do amado. —

— Olha, parece que vai começar a noite do karaoque. — disse Lara ao ver o telão do palco se acender. — Quem será que vai cantar?

— Ei Kevin, por que não vai até lá. — falou Cauã para o cunhado. —

— Estou tranquilo.

— Está tranquilo, ou está com medo? —provocou Cauã não perdendo tempo de alfinetar o moreno. —

— Pare de provocar o meu namorado Cauã.

— Qual o problema Maya, você disse que o seu namorado canta bem.

— E ele canta.

— Então eu não vejo problema nisso maninha.

— Mas eu vejo Cauã. Pare de ser inconveniente ok. Você precisa parar com essa mania chata de ficar pressionando ás pessoas.

— Ok, já entendi o recado. Mas e quanto [a você irmãzinha?

— O que tem eu?

— Você poderia tocar piano pra gente. Afinal de contas, já faz tempo que não vemos você tocar piano.

— Eu estou um pouco enferrujada, e já faz muito tempo que não toco. — disse a ruiva para o irmão. —

— Esse é o melhor momento para desenferrujar. — disse o irmão com um amplo sorriso no rosto, e um olhar de pidão. —

— Tudo bem, mas eu só vou com a condição de você me prometer que vai parar de importunar meu namorado.

— Fechado! — disse Cauã com um olhar de pura satisfação para a irmã, que retribuiu o sorriso, e em seguida andou até o outro lado do ambiente onde tinha um enorme piano de calda próximo ao palco. —

Kevin percebeu o momento que a ruiva conversou com um senhor de bigode, que em seguida sorriu para a garota assentindo com a cabeça. E segundos depois a ruiva se sentava no banco, e começava á dedilhar os dedos nas teclas do piano. E a melodia transbordava pelo local, como um passe de mágica que aquecia o coração em cheio, e aquela sensação era indescritível. A melodia parecia ser Beethoven, e ele não costumava ouvir muita musica clássica, mas a sua mãe era uma verdadeira amante, e também adorava tocar piano para relaxar. Talvez nessa parte, ele tivesse puxado a dona Yuna afinal.

Os aplausos tiraram Kevin de seu transe absoluto, assim que Maya finalizou á última nota deixando a melodia pairando no ar.

— Essa é a minha irmã, ela arrasa. — gritou Cauã pelo ambiente. — É isso aí pimentinha! — o rapaz gritou ainda mais alto, e assobio. —

— Para com isso, vai matar a Maya de vergonha. — falou Gabriela dando um tapa no braço do namorado que sorria. —

— Que nada, aquela guria já está acostumada a ter tantos holofotes sobre ela.

— Você sabe que ela não gosta que a chame assim. — disse Lara seriamente para o irmão. —

— Aff, Maya é paranoica demais... Não vejo problema nenhum, é um apelido fofo.

— Mas ela não gosta. — disse Gabriela seriamente para o namorado. —

Kevin sorriu se sentindo leve e feliz com toda aquela interação. Mas o celular tocou novamente o chamando para a realidade e ele prontamente atendeu ao ver de quem se tratava.

— Alô?

— Oi cara! Como vai ás coisas por ai? — falou Dylan seriamente, e sua voz parecia um pouco seria demais, e então Kevin percebeu que havia algo errado. —

— Qual o problema Dylan? Aconteceu alguma coisa na empresa?

O moreno suspirou profundamente antes de prosseguir.

— É tão obvio que tem algo errado?

— Você é meu primo, e melhor amigo eu te conheço muito bem.

— Eu tenho uma noticia não muito boa para dar. — falou o rapaz seriamente para o amigo. —

— Você está me deixando preocupado Dylan. O que está acontecendo?

— É o Min-ho! — falou o moreno deixando o nome pairando no ar, e a voz tremula e embargada. —

— O que tem o Min-ho?

— Ele morreu. — falou de uma só vez. —

— Como assim ele morreu? — disse Kevin confuso com aquela notícia. — Que história doida é essa Dylan.

— Ele morreu brother... Foi a Suzy quem encontrou ele desmaiado dentro de casa.

— Por favor, não me diga que ele tirou a própria vida? — perguntou o rapaz com certa dificuldade ao terminar de falar o peso que aquelas palavras definitivamente emanavam e significavam. —

— Não!

— Então qual foi a verdadeira causa da morte?

— A autopsia afirmou ter sido um infarto. — disse o rapaz suspirando profundamente. — O velório vai acontecer amanhã.

— Quem te falou isso Dylan?

— Foi a própria Suzy, quem encontrou ele desacordado, e foi ela quem ligou para a sua irmã... Eu estava do lado dela na hora que a Ayumi recebeu a notícia. — disse o rapaz suspirando profundamente. — Ela ficou super pra baixo, por isso achei melhor te ligar para avisar brother... Kevin, você mais deque ninguém, sabe que a Suzy e o Min-ho, acolheram a tua irmã quando ela decidiu se mudar para a Coreia para realizar o sonho de trabalhar na empresa de cosméticos. Ayumi ficou dividindo o apartamento com eles por um bom tempo, até se estabelecer... E não podemos se esquecer que ela e Suzy, sempre foram grandes amigas desde criança, e o Min-ho era como um segundo irmão para ela. — disse Dylan seriamente para o amigo.— Ela não tá bem cara... Por essa razão a gente estamos indo para a Coreia... Conseguimos uma passagem em cima da hora para a coreia do Sul, e vamos partir de madrugada para Seul... Seria bom se você conseguisse ir conosco, assim você vai poder confortar a sua irmã, e também a família já que ele era nosso amigo.. — falou o moreno suspirando pesadamente.— A Suzy disse que todos deveriam usar roupas brancas, ao invés de pretas, pois essa sempre foi a vontade do Min-ho. O corpo dele vai ser cremado, e as cinzas vai ser jogada no mar...

Aquelas palavras definitivamente pegaram Kevin de surpresa, que parecia que estava fora de orbita com aquela notícia. E então deixou uma lagrima escapar dos seus olhos de forma inevitável.

— O que foi Kevin, porque está chorando? — perguntou a ruiva ao se aproximar do namorado que parecia em transe absoluto. E sem conseguir dizer uma só palavra, o moreno apenas puxou Maya para si a abraçando confortavelmente, e a ruiva apenas retribuiu ao abraço, um tanto assustada com toda aquela situação. —

***

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