🖋️20 - Black Angel📖
📖Antes de começar a história, gostaria de agradecer á todos que chegaram até aqui. Gratidão! Espero que gostem do capitulo, pois ele vai estar mais voltado á criação de desenvolvimento de jogos. Por isso gostaria de dedicá-lo ao meu irmão Luís, que é um viciado, e amante desse enorme universo que é o mundo dos games. E para todos que adoram um bom jogo, esse capitulo é para vocês.📖 P.S:. só para deixar claro, eu não entendo nada desse universo, então me desculpem se falar alguma besteira, e sugestões são sempre bem vindas... 😍
***
💜Que os jogos comecem, pois o Kevin está chegando na área.💜
Assim que Kevin atravessou ás portas do auditório, pode ver várias pessoas olhando em sua direção. O salão era amplo e muito bem organizado. Em um canto, havia algumas réplicas de personagens de games. Maya não conhecia nenhum, mas todos os bonecos estavam em tamanho real. E parecia que ela tinha entrado em um evento de cosplay.
No centro do palco, havia algumas mesas com computadores de última geração, e enormes telões. E ao longe, ela pode avistar Dylan, que estava impecavelmente usando um terno preto, e conversando com algumas pessoas que também estavam vestidos formalmente. Entre os rapazes tinha duas moças.
—Me espere aqui, eu já volto! — falou a acomodando em uma das poltronas separadas para a equipe de designe, e logo depois andando ao encontro de seus amigos, e colegas de equipe. —
— Bom dia!
— Bom dia! — todos falaram ao mesmo tempo. —
— Todos já chegaram? — Kevin quis saber. —
— A Júlia acabou de fazer a chamada.
— Ótimo, então acho que já podemos começar.
— Quanto mais cedo melhor. — disse Dylan, e analisando às roupas esportivas, e largas do primo. — Isso é roupa de usar em uma palestra Kevin?
— Não me amole Dylan. Isso é uma empresa de games, e eu sou o dono, e visto o que me der na telha.
— Eita! Que bicho te mordeu cara? — falou Dylan ao ver a expressão seria de Kevin.—
— É melhor não querer saber. — disse seriamente, e em seguida olhando para uma das garotas. — Thaís, quais são os meus compromissos para hoje?
— Além da palestra, o senhor tem uma reunião às três horas da tarde, com a equipe de dublagem do novo jogo.
— Mais alguma coisa que eu deva saber?
— Recebi uma ligação da revista people, eles queriam marcar hora para entrevistar o senhor.
— Recuse, não me interessa fazer nenhuma entrevista para essa revista... Aliás, recuse todas as entrevistas que não estivem envolvidos diretamente na criação de jogos. — disse seriamente e a moça apenas assentiu com a cabeça. — Mais, uma coisa... Peça para que todos os funcionários venham até o salão principal depois do almoço, eu quero fazer uma reunião geral com todo mundo.
— Sim senhor, vou fazer isso agora mesmo.
— Por que uma reunião geral? Aconteceu alguma coisa? — Dylan perguntou preocupado.—
— Sim, mas isso não vem ao caso agora! —disse o moreno sem entrar em maiores detalhes. — Dylan, você pode fazer a abertura inicial. — foi tudo o que ele falou ao primo que apenas assentiu em concordância, e logo em seguida se dirigiu até o local que Maya estava sentada. —
—Eu achei que esse evento fosse totalmente gratuito. — Ela perguntou assim que o rapaz se acomodou ao seu lado na poltrona. —
— E ele é gratuito.
— Mas uma das recepcionistas disse que era um evento exclusivo para desenvolvedores de jogos.
— Isso também é verdade.
— Então por que eu estou aqui?
— Você faz perguntas demais Maya. — Falou o moreno com um amplo sorriso no rosto, e fazendo sinal para ela ficar em silêncio, enquanto prestava atenção em Dylan que estava começando a apresentação. —
— Bom dia á todos, e sejam muito bem vindos a Tsukada Games. — disse Dylan sorridente. — É com muita alegria que hoje, começamos mais uma vez o projeto Amaterasu. Hoje vamos estar passando um vídeo sobre a história da trajetória da nossa empresa. Em seguida vamos ter uma palestra com o Kevin, o dono da empresa. E para finalizar, vamos estar anunciando em qual equipe vocês vão trabalhar nos próximos seis messes. — Foi tudo o que Dylan falou, e em seguida as luzes se apagaram, e o vídeo começou a rolar no telão do auditório. —
Kevin segurou a mão de Maya carinhosamente, e murmurou baixinho:
— Respondendo á sua pergunta... Todos ás pessoas que estão aqui, passaram por uma pré-seleção. Eles enviaram os seus currículos para se candidatar a vaga de aprendiz júnior. Apenas os melhores, e aqueles com mais potencial são selecionados para o treinamento. — falou com total tranquilidade. — A ideia desse projeto, é encontrar desenvolvedores talentosos para se unir a nossa equipe. Uma vez por ano, a gente abre ás vagas para o projeto Amaterasu... Ele é um projeto cem por cento gratuito. Porém os candidatos precisam pagar apenas uma taxa de matricula no valor de 150 reais, que vai ser doada para um orfanato... Esse é o único dinheiro que eles pagam... E depois disso, eles passaram a trabalhar na empresa durante os próximos seis messes, onde serão capacitados para o mundo do games... Aqui, eles vão estudar durante seis horas por dia, e vão estar sendo orientados pelos monitores de suas respectivas equipes. E aqueles que tiver um melhor desempenho, tem a chance de continuar trabalhando com a gente, quando chegar a conclusão do curso. São vinte e cinco vagas que são avaliadas pela equipe da diretoria. — Kevin explicou para a ruiva, e depois ficou em absoluto silencio prestando atenção no vídeo que passava na tela. —
O tempo passou rapidamente, e quando a garota deu por si, o vídeo já havia acabado. Logo Dylan voltou ao centro do palco para tirar algumas dúvidas em relação ao projeto enquanto todos prestavam atenção. E logo depois passou a palavra para Kevin, e pode ver as expressões de surpresas no rosto das pessoas ao ver que o dono era bem jovem.
— Bom dia!— o moreno começou de maneira educada.— Bom, deixem, eu me apresentar oficialmente. Para aqueles que não me conhecem, eu sou Kevin Lee, o dono da Tsukada Games, e um dos principais desenvolvedores da empresa. — disse com um amplo sorriso. — Sou formado em ciências da computação, com graduação em jogos digitais. E sou o criador do Anjo negro, o personagem mais forte do jogo Goblin.
Nesse momento ouviram algumas expressões de surpresas pelo auditório em grande falatório, até que um rapaz levantou á mão para falar, e chamando a atenção de todos.
— Pode falar.
— O Black Angel está no mercado há 15 anos. Como você pode ter criado ele?
— Eu já esperava por essa pergunta, pois todos os anos ela é feita. — disse o moreno de forma educada e calorosa e com um amplo sorriso. — Respondendo á sua pergunta. A quinze anos atrás, eu e minha irmã estávamos brincando no jardim na casa dos meus avós. Naquela época meu avô trabalhava em uma pequena editora de mangá, e a empresa estava passando por uma situação financeira muito difícil, e meu avô estava se sentindo muito pressionado para criar um protagonista que alavancasse a sua carreira. Então ele simplesmente pegou algumas folhas de papel, e entregou para minha irmã e eu, e disse que era para a gente desenhar um guerreiro, ou uma camponesa. Então minha irmã e eu, fizemos alguns esboços. — disse o moreno andando até uma mesa onde estava o seu computador, e abrindo uma pasta onde surgiu um desenho de um anjo com assas negras no enorme telão do auditório. — Esse aqui, foi o primeiro esboço do anjo negro, o desenho original que eu fiz para o meu avô quando eu tinha dez anos. E ele reprojeto dando mais detalhes ao personagem. — disse calmamente, e em seguida mudando o slide. — E esse outro desenho, foi a minha irmã que fez, e desse desenho surgiu a Deusa Kahina, que também é um dos personagens mais forte do nosso servidor. — disse o rapaz com um amplo sorriso no rosto enquanto todos estavam espantados, e surpresos. — Naquela época o mangá dele começou a ficar conhecido por toda parte, e então um dos amigos dele o convidou para ir até o Japão numa exposição de games. Esse amigo do meu avô já trabalhava nesse universo dos jogos. E lhe ensinou tudo o que podia, e sabia para o meu avô, que ficou encantado. Então, o meu avô fez um curso de jogos digitais lá no Japão, e ao chegar no Brasil, resolveu investir numa empresa de games. E transformou os personagens do seu mangá, no jogo mais famosos que temos hoje que é o Goblin. E Naquela época, a gente não tinha tanta tecnologia, e a imagem não era tão boa e nítida assim. Então quando eu comecei a trabalhar aqui, eu criei o projeto Amaterasu, com a intenção de criar os melhores personagens para o novo Jogo do Goblin. — disse o rapaz para a surpresa de todos. E ele continuou a sua explicação da melhor forma possível. —
Maya ficou atenta aos mínimos detalhes, impressionada com o talento do rapaz. A cada explicação, ela apreendia um pouquinho mais sobre o universo dos games e a trajetória da carreira de Kevin. E a maneira que ele falava, e explicava, parecia ser tão mágico, pois ele falava tudo com muito amor e paixão.
— Sem sombra de dúvidas, um dos principais atrativos de jogos RPG é a possibilidade de se escolher entre várias classes de personagens. É certo que cada jogo tem seu próprio estilo e características, mas o passar dos anos já provou que a maioria dos RPG, sejam eletrônicos ou de tabuleiro, guardam muitas similaridades com relação as classes. Pensando nisso, eu fiz um apanhado geral das principais classes encontradas no role-playing games, assim como às suas características mais importantes, e marcantes. — Sorriu. — Alguém poderia me dizer alguma dessas Classes? — ele perguntou e todos estavam em silêncio atentos ao rapaz que arqueou uma sobrancelha diante o silencio do pequeno público. — Vocês não sabem, ou estão com vergonha de falar? — voltou a perguntar, mas o silêncio continuou estalado no local. — Podem falar pessoal, eu não mordo. — O moreno disse arrancando riso de todos, inclusive de Maya que estava atenta a tudo. Ele suspirou profundamente antes de prosseguir, pois percebeu que ninguém iria falar nada. — Ok! Então peguem os seus cadernos de anotações para escrever o que vou falar, e nunca mais se esquecerem. — disse o moreno pulando a imagem do telão com o controle, e começando a falar as respectivas classes. — Guerreiro, e cavaleiro. Arqueiro, caçador e Ranger. Mago, bruxo e elementalista. Assassino, ladino, ladrão e ninja. Clérigo, sacerdote e curandeiro. Paladino, e templário. Bárbaro, e Berserker. Feiticeiro, invocador e necromante. Druida e Xamã. Monge e lutador. Bardo e dançarina. Essas são ás principais classes. — disse com precisão. — Mas, nós também temos ás classes menos comum, que é: Lamina da noite, cavaleiro da morte, espadachim ou Swashbuckler. Pistoleiro, ferreiro e mercador. Mas á pergunta que não quer calar é... Como criar um personagem? Esse é com certeza um dos assuntos que mais gera debate entre os players de plantão! Afinal, a criação de personagens vai muito além do sistema de jogo ou dos já conhecidos poderes, gêneros, raças e classes. Ele envolve essência, uma premissa base para guiar todas as escolhas, e caminhada no personagem dento do jogo. Dessa forma, é possível tornar a aventura mais divertida e interessante para os roleplayers. —disse o moreno fazendo uma pausa para beber um pouco de água pois a sua garganta estava um pouco seca, e a plateia não interagia em nada. — Vamos combinar, nada é mais cansativo que um jogo com uma história maçante e repetitiva. E para isso a gente tem que começar da base, o principal de tudo, que é criar um bom personagem. E o primeiro passo, e o mais importante, é você fazer uma ficha para o seu personagem. — disse com amplo sorriso no rosto. — Talvez uma das principais dicas de como criar um personagem seja o desenvolvimento da ficha de representação, pois através dela, é possível se aprofundar em diversos aspectos como motivações, conflitos, curiosidades, e até mesmo características físicas e poderes, tudo isso até chegar nos reais objetivos que você deseja personificar ... Ou seja, a premissa básica do personagem, algo que abordaremos mais adiante, pois, o objetivo aqui é criar um personagem que funcione no mundo desenvolvido pelo mestre, sem discutir seu nível de profundidade, afinal de contas, os personagens considerados rasos podem funcionar muito bem em partidas rápidas e até mesmo fazer sentido num universo de partidas longas, e não existe um certo ou errado em relação a isso. — falou apertando o botão do controle, para pular a imagem do slide.— Alguém poderia me dizer como criar um personagem? — ele perguntou para a plateia, mas todos estavam em silêncio absoluto encarando o moreno.— Se um desenvolvedor não sabe me responder essa pergunta, só me resta fazer para uma escritora. — disse voltando a atenção para a ruiva sentada em uma poltrona do auditório.— Maya, por que não vem até aqui na frente, e fala para minha equipe como se deve criar um personagem.
— Eu?
— Sim, você!
— Não sei se isso é uma boa ideia. — disse a ruiva envergonhada ao perceber que estava sendo observada por todos no local. — E além do mais, eu escrevo mangá, não entendo nada de jogos. São dois mundos completamente diferente.
— É ai que você se engana minha querida. — disse de forma sorridente para a garota. — Na verdade, ambos estão interligados... E além do mais seria bom ver a explicação de uma escritora famosa, vocês não concordam comigo pessoal? — ele perguntou para as pessoas presentes no local, e todos concordaram para o desespero da ruiva. E em seguida Kevin se aproximou da garota a pegando pela mão e a levando ao centro do palco. —
— O que você está tramando Kevin? — ela perguntou baixinho para o rapaz. —
— Eu não estou tramando nada.
— Eu vim até aqui, para te assistir a dar uma palestra, e não o contrário. — Continuou falando baixinho. —
— Eu ainda estou dando a palestra. Mas gostaria que você me respondesse ás perguntas já que ninguém o faz. — disse no mesmo tom de voz da ruiva, e esboçando um amplo sorriso, e voltando a atenção a plateia com o microfone em mãos. — Senhoras, e senhores, por que não dão uma salva de palmas para á senhorita Maya Gutierrez, pois ela está envergonhada. — falou o moreno e logo em seguida entregando outro microfone para a ruiva que se deu por vencida e apenas sorriu enquanto recebia os aplausos. —
— Ok! O que você quer saber?
— Como você descreve, os seus personagens, antes de ilustrar eles.
Maya suspirou profundamente, antes de dizer:
— Provavelmente você já deve ter percebido isso, mas quando se lê um livro, entre as primeiras páginas é possível encontrar uma breve descrição sobre os personagens, seja ela física, psicológica ou profissional. A partir daí já é possível visualizar as cenas mentalmente.
Dessa forma, a descrição é um dos primeiros passos para criar um personagem. — disse calmamente e mantendo uma postura profissional. — Você pode escrever de forma bem primária, sem muito rebuscamento e ideais. E você pode incluir questionamento como: " Onde mora? Onde nasceu? O que faz? Qual sua classe? Qual sua profissão? — disse com um amplo sorriso e olhando para Kevin desafiadoramente. — Me dê um exemplo Kevin. Como você descreveria um personagem do seu jogo?
Kevin abriu um amplo sorriso, pois Maya devolveu á pergunta inicial para ele.
"ela é esperta, e inteligente! Sabe jogar, e ver nas entrelinhas." — pensou o moreno antes de se voltar para a plateia e começou a falar. —
—Um exemplo bom, seria um elfo, nascido na floresta negra, que vive na cidade para defender os interesses do reino.
—É um bom exemplo! — disse a ruiva sorridente, e se voltando a plateia. — Depois disso, nós vamos identificar as motivações do personagem, que seria? — tornou a perguntar a Kevin. —
— Buscar defender os interesses para torná-lo mais próspero para quando se torna rei.
—E como seria os possíveis conflitos desse Elfo?
— Bom, os conflitos podem ser considerados a base de como criar personagens realmente bons. Neste quesito, vale pensar em barreiras coerentes para que o personagem conquiste seus objetivos. Algo que seja difícil, mas o motive a seguir em frente. — Suspirou— Então, eu acredito que para defender os interesses do reino, o elfo precisa ir contra suas próprias convicções, como agir como agente duplo em operações estratégicas e sigilosas.
— Você pensa rápido! — disse a ruiva impressionada com a mente do moreno. —
— Minha querida, eu sou um desenvolvedor de jogos, tenho uma reputação a zelar. — Disse o moreno no microfone, fazendo todos no local rir, e deixando o clima mais leve e tranquilo. —
— Não seja tão convencido! Você está falando com á melhor escritora de webtton desse país. — disse a ruiva desafiadoramente e repreendendo o moreno que apenas sorriu e levando a plateia a rir novamente. —
— Bom, minha cara escritora, será que poderia me dizer algumas discrições de curiosidades relacionadas a personalidade do personagem, pois elas são de extrema importância para enriquecer as jogadas e interpretação.
— Bom, você pode incluir tudo aquilo que for relevante para a construção do personagem, como: Gestos... Preferências... Manias... Gostos pessoais. Tipos de arma, ou roupas que gosta.
— E como ficaria essa descrição?
Maya o fuzilou com os olhos, pois agora o jogo tinha virado contra o feiticeiro. E ela ficou por um momento pensando, com medo de responder algo errado. Mas Kevin ainda continuava ali, parado, esperando por uma resposta.
— Uma descrição! — começou a ruiva se sentindo um pouco insegura. — Bem... O elfo, enquanto reflete sobre qual decisão tomar, coça a cabeça colocando os longos fios de cabelo atrás das orelhas pontudas. E ele está usando vestimentas leves e de fácil movimentação, pois detesta as pesadas armaduras dos guerreiros.
— Vocês viram só? — o moreno se voltando para a plateia com um amplo sorriso no rosto. — Criar um personagem interessante não é um bicho de sete cabeças...Com alguns poucos minutos já conseguimos dar vários indícios sobre o que pode ser a premissa básica do personagem que criamos como exemplo. Neste caso, o objetivo dele dentro do jogo é tornar o reino próspero para quando ascender ao trono poder obter governar na paz. — Kevin falou finalizando a explicação enquanto consultava o relógio. — Bom, por hora é isso pessoal. Nós vamos fazer uma breve pausa de uma hora para um lanche, e depois voltamos com o sorteio das equipes, para o projeto. — disse o moreno para todos que se levantaram e começaram a se retirar do local. Kevin guardou os microfones, e voltou a atenção para a ruiva. — Está com fome?
— Um pouco!
— Vamos comer alguma coisa no restaurante. — disse pegando á mão da ruiva e se dirigindo até o encontro de Dylan que conversava com a sua assistente pessoal. — Ei, Dylan, você vai almoçar agora?
— Eu não estou com fome. — disse Dylan sorridente, e depois olhando para Maya. — Eu não esperava te ver aqui Maya.
— Pois é, o Kevin me convidou para assistir a palestra.
— E está gostando?
— Sim, estou adorando.
— Daqui para frente vai ser ainda melhor. — disse Dylan sorridente. — A parte pratica da criação, é sempre mais divertida do que a parte teórica.
— Deve ser realmente muito divertido mesmo. — disse com um amplo sorriso. —
— Dylan, eu vou com a Maya, almoçar no restaurante aqui perto, qualquer coisa me liga. — Falou Kevin para o primo que apenas assentiu, e depois se retirou com a ruiva e se caminharam até um restaurante que ficava ali perto, na esquina da empresa do moreno. Eles se acomodaram em uma mesa do lado de fora do ambiente que estava completamente lotado naquele horário. Kevin fez o pedido, e não demorou muito para a comida chegar. —
— Quando você viaja para a casa dos seus pais? — o moreno perguntou provando um pedaço do seu bife a parmegiana. —
— Quinta feira!
— Eu vou organizar a minha agenda para irmos juntos.
Maya o olhou seriamente, com o comentário do moreno.
— Você está falando sério Kevin?
— Sim!
— Eu não quero te obrigar a nada...
— Você não está me obrigando. Eu estou indo por minha conta e risco. E além do mais, eu já te falei que gosto de você, e estou disposto a tentar um relacionamento.
— E o que eu vou dizer aos meus pais?
— Apenas á verdade, que estamos nos conhecendo e se dando uma chance. — disse fazendo uma pausa e encarando os olhos da ruiva intensamente. — A não ser que você não sinta nada por mim, e não queira mais nada comigo... Caso contrário estarei aqui ao seu lado para o que der e vier.
Maya sorriu com ás palavras do rapaz, mas não disse nada. Apenas focou na maravilhosa refeição que estava bem na sua frente, e no momento que estava passando ao lado do rapaz. Que ela se sentia atraída pelo moreno, isso era um fato. Toda vez que Kevin sorria em sua direção, ela sentia borboletas no estomago. E quando ele pegava em sua mão, ou tocava o seu rosto, ela sentia o coração saltitando de felicidade. Não tinha como não se apaixonar por ele. Ele era o cara certo, que qualquer garota iria adorar ter.
Um tempo havia se passado, e já estavam quase na hora de voltarem a empresa. Kevin pagou a conta, e logo depois se dirigiu até a saída do restaurante, abraçando a ruiva. E então ouviu uma voz familiar o chamando. E assim que o moreno se virou, pode ver um casal parado na sua frente, mas a garota estava esboçando um amplo sorriso, enquanto acariciava a enorme barriga devido a gestação.
— Mandy!
— Kevin! — falou a moça no mesmo timbre de voz, e se aproximando do rapaz. —
— Meu Deus do céu! — exclamou o moreno surpreso e abraçando a moça ternamente. — Eu não esperava te encontrar aqui.
— Nem eu! — disse sorridente, e se voltando para o homem que a acompanhava, depois que o moreno se afastou dela. — Esse é o meu marido.
— Olá, é um prazer! — Disse o homem estendendo a mão para Kevin que prontamente aceitou. —
— O prazer é todo meu!
— Quem é a bela moça Kevin? — Mandy perguntou de forma curiosa. —
— Minha namorada Maya Gutierrez. — disse o moreno fazendo á devida apresentação de forma educada. —
— Por acaso você não é a escritora do mangá "era uma vez Julieta"?
— Sim, sou eu!
— Meu Deus! — disse Mandy levando á mão na boca. — Eu já li todos os seus livros.
— Verdade! Minha esposa é uma grande fã sua, senhorita Gutierrez.
— Nossa, eu me sinto lisonjeada.
— De quantos messes você está? — Kevin perguntou para a amiga que estava radiante de felicidade. —
— Sete messes.
— E qual é o sexo do bebê? — Foi Maya que perguntou. —
— É uma menina.
Eles ficaram ali conversando por mais algum tempo, até que Kevin falou que precisa ir, pois tinha um compromisso importante, mas combinaram de se encontrar novamente para um jantar com mais calma e tranquilidade. Então se despediram, e retornaram a empresa pontualmente na hora. Pois o moreno costuma ser sempre pontual com os seus compromissos.
Quando chegaram no auditório, Maya percebeu que ele estava completamente lotado. E ficou confusa com a quantidade de pessoas ali presentes.
— O que está acontecendo? — a ruiva perguntou baixinho para o moreno. —
— Reunião geral. — Foi tudo o que falou enquanto andava até á sua equipe que estava no centro do palco, sem soltar á mão da ruiva. —
— Kevin, todos os funcionários já estão aqui.
— Obrigado Thais. — foi tudo o que o moreno falou enquanto voltava a pegar o microfone e andar até o centro do palco. — Antes de continuarmos com o projeto, eu preciso falar algumas palavrinhas para á equipe que já trabalha comigo. — disse suspirando profundamente e encarando á plateia. — Se tem uma coisa que eu sempre tive orgulho, foi da minha equipe, pois eu sempre tento encontrar os melhores profissionais, e ás pessoas mais capacitadas para executar o seu devido papel... Entretanto, a empresa tem regras... E sem regras, nós não somos nada. Mas ao que parece, algumas pessoas aqui, devem estar sofrendo de amnésia, e se esquecem quem é o verdadeiro dono da empresa, que sou eu. — disse o moreno de forma seria sobre o olhar de todos. — Eu sempre falei que não vou tolerar falta de respeito com ninguém aqui dentro, independente quem seja... Não me interessa se é um game designer, se é um roteirista de jogos, ou programador, ou designer gráfico... Ou um testador de jogos, ou a equipe da limpeza, ou ás meninas da cozinha e do administrativo, ou da recepção. Não me interessa quem seja, a regra é feita para todos, e tem que ser seguida. Ninguém pode tomar decisão sem o meu consentimento, e achar que vai ficar bem. Quem dita ás regras aqui sou eu, e se alguém não estiver gostando, é só chegar e conversar com a Thaís, e a Júlia no particular, que elas vão ter o enorme prazer de fazer a carta de demissão. — disse o rapaz duramente. — Caso contrário, da próxima vez que eu pegar qualquer um dos meus funcionários faltando com o respeito com algum dos meus convidados, e chamando a segurança para lhe escoltar pro lado de fora da empresa, sem falar antes comigo ou com o Dylan, vão ser mandados embora sem choro e sem vela. — Kevin falou num tom autoritário, e todos estavam em absoluto silêncio. — Bom, acho que eu não preciso dizer mais nada, para um bom entendedor, meia palavra basta, e que isso nunca mais se repita... E para aqueles que estão chegando agora, fica á dica, pois se vocês querem respeitos, primeiro tem que se dar ao respeito. — Suspirou profundamente, e depois voltou a ter uma expressão mais calma e harmônica. — Gostaria também de aproveitar a oportunidade para avisar aos senhores de antemão, que vamos ter férias coletivas, devido a festividade natalina de final de ano. E assim que decidirmos os respectivos dias, vocês estarão sendo informados. — Sorriu. — Bom, era só isso que eu tinha a dizer, obrigado pela presença de todos, e tenham um bom trabalho.
E assim que o moreno terminou de falar, ás pessoas começaram a se levantar das cadeiras e se retiraram sem dizer uma única palavra.
Maya estava sentada na poltrona mais se sentia constrangida em relação á tudo aquilo, pois o motivo disso tudo foi o nome dela não estar em uma lista de convidados. Mas ela não podia fazer nada, afinal os funcionários dele á trataram mal.
Seus pensamentos foram decepados, quando Kevin voltou a falar de maneira mais tranquila, espontânea e divertida para a galera do projeto.
— Bom, agora á gente vai fazer o sorteio para saber em qual equipe vocês vão cair, e trabalhar durante os próximos messes, e depois a Thaís e a Júlia vão estar levando vocês para um tour pela empresa, e vão entregar aos senhores, a grade com os horários dos treinamentos, o material didático, com o uniforme do nosso projeto e o crachá da empresa.— disse andando até uma urna de vidro no centro do palco. — Vocês vão estar sendo divididos em equipes, e cada um vai ter o seu monitor particular que vão esclarecer e tirar todas ás suas dúvidas durante o treinamento. Não podemos esquecer também que os senhores vão estar sendo avaliados durante o processo. — falou sorridente, e depois foi chamando um por um da sua equipe de desenvolvimento de games que foi aplaudida por todos, enquanto o moreno fazia ás apresentações, antes de começar oficialmente o sorteio. — Bom, boa sorte para cada participante. Sejam bem vindos ao Amaterasu, e se preparem, pois, á magia vai começar.
P.S espero que tenham gostado 😍 até a próxima 💜
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