🖋️15- Chuaheyo!📖
Assim que Kevin entrou na casa com a irmã, Bam correu em disparada em direção ao dono.
— Oi amigão! — falou ao acariciar o animal que estava todo feliz pela chegada do dono. —
— Você deveria ligar para ela.
— Ligar para quem?
— Maya é obvio.
— Acho que ela não está afim de falar comigo. — disse o moreno deixando ás chaves, e o celular sobre a mesa de centro, enquanto dava atenção ao animal. —
— Você só vai saber se tentar. Como diz o ditado: "quem não arrisca, não petisca".
— Já está tarde, ela deve estar dormindo.
— São só nove horas da noite Kevin! — murmurou a loira revirando os olhos.—
— Mesmo assim já é bem tarde.
— Você parece um velho falando Kevin. — disse Ayumi, erguendo o braço para pegar o celular de Kevin em cima do centro de mesa a procura de um número em especial. — Se você não fizer isso, eu irei fazer.
— Ficou louca Ayumi? — falou o moreno deixando o animal de lado por um momento, para andar em direção da irmã que havia iniciado uma chamada. Mas antes que conseguisse retirar o celular das mãos da loira, ela o devolveu com um sorriso vitorioso no rosto. — Ela atendeu!
Kevin pegou o aparelho e levou ao ouvido sem saber o que dizer.
— Alô! Kevin, você está aí? Está me ouvindo?
— Oi!
— Graças á Deus! — disse a ruiva num tom que o deixou preocupado. —
— O que foi Maya, aconteceu alguma coisa?
— Kevin, eu tive um acidente de carro e...
— Você está bem? Se machucou?
— Eu estou bem... Mas o meu carro não quer pegar, e furou os dois pneus dianteiros... Eu estou aqui parada em frente a um terreno baldio, e não sei o que fazer... Por favor, me ajuda?
— Claro! — disse pegando ás chaves do carro em cima da mesa de centro. — Me passa a sua localização.
— Aonde você vai? — Ayumi perguntou para o irmão sem entender nada do que estava acontecendo. —
— Vou ajudar a Maya. — foi tudo o que Kevin respondeu para a irmã antes de calçar os sapatos, e se retirar do local. —
***
Maya já havia consultado o relógio varias vezes, e toda vez que avistava algum carro passando pelo local, achava que poderia ser o seu salvador. Então, enquanto esperava pacientemente, pelo seu príncipe no cavalo branco. Ou melhor, "no seu Mercedes Benz" a ruiva se conformava em falar sozinha com o pequeno gatinho que tinha achado logo depois de ter batido o carro. Se ás pessoas passassem e se deparassem com essa cena, iria pensar que ela tinha sérios problemas mentais, e não batia bem da cabeça. Mas, não se importava, e apenas continuou dialogando e fazendo cafune no pequeno animal.
— A vida é um jogo mágico, e nunca se esquecemos, dos momentos mais belos. O primeiro olhar... O primeiro sorriso... O primeiro amor... A primeira decepção... As primeiras lágrimas... E o primeiro desamor. Essa dor que a gente sente. Que parece que não vai acabar nunca, que não tem fim. E não cremos que poderemos nos reerguer de novo. E que não seremos capaz de se apaixonarmos novamente. Mas, repentinamente, como num passe de mágica, tudo acaba, e você não pode evitar de se apaixonar, e amar.
Falou Maya com um amplo sorriso, enquanto acariciava a cabeça do pequeno gato, que ela quase havia atropelado minutos atrás. O filhote era pequeno, e tinha uma pelagem cinza, e olhos azuis intensos. Mas estava bem sujo, e magro... Deveria estar com fome. E ela não tinha nada ali para poder alimentar o pobre gatinho. — Então, o que você acha do meu enredo? Você acha que ficaria bom?
O gato apenas deu um miado e ela arqueou a sobrancelha.
— O que você quer dizer com isso? Você não gostou?
O gato miou mais uma vez e ela suspirou.
— Acho que isso é um não! — disse suspirando profundamente, mas logo em seguida os seus devaneios foram interrompidos pelo barulho de um carro. E ela deu graças a Deus, quando ela pode avistar o Mercedes- Benz diminuindo a velocidade, e parando ao seu lado. —
— Annyonng! É aqui que chamaram o 007?
— Graças á Deus Kevin! — disse a ruiva mais aliviada ao ver o moreno descer do carro e andar em sua direção em passos firmes. —
—E esse gato?
— Eu encontrei aqui... Acho que o pobrezinho foi abandonado.
— Você vai levar para á sua casa?
— Por enquanto sim, mas vou tentar achar um lar para ele. — Foi tudo o que conseguiu dizer, para o rapaz na sua frente. E Kevin apenas confirmou com a cabeça, e em seguida andou até o carro da garota, entrou, e tentou ligar, mas o carro não respondia. Então puxou a alavanca do capô, e foi dar uma olhada no motor. Depois de alguns segundos ele retornou para a loira seriamente. —
— Acho que vamos ter que chamar um guincho.
— Qual é o problema? — perguntou a ruiva confusa. —
— Bom, eu não entendo muito, mas acredito que o seu motor queimou.
— Como assim?
— Talvez ele tenha super aquecido, ou danificado, devido ao impacto.
— Isso não pode estar acontecendo. — Resmungou a ruiva chateada. — Tudo está dando errado nos últimos dias.
— Pense pelo lado bom da coisa.
— É qual é o lado bom da coisa?
— Você está bem, e não se machucou. — disse ele com um amplo sorriso. — Poderia ter sido algo mais grave.
— É, talvez você tenha razão.
— Eu sempre tenho razão!
— Convencido!
Kevin sorriu amplamente, e Maya sentiu seu coração acelerar. Não sabia o por que, mais toda vez que estava com ele, ela sentia um friozinho gostoso na barriga.
— Seu carro tem seguro?— Kevin perguntou, trazendo á ruiva de volta á realidade.—
— Sim!
— Então vamos acionar ele.
A garota apenas assentiu, e andou até o carro para pegar sua bolsa. E logo depois, ligou para a seguradora de carro. E teve que ter muita paciência quando eles ficavam mandando ela esperar. Mas no final tudo deu certo e eles mandaram um guincho para pegar o veículo.
—Já está bem tarde, então eu te levo para casa. — disse o moreno ao consultar o relógio, e ver que era dez e meia da noite. —
— Obrigada!
— Não precisa me agradecer, é o mínimo que eu poderia fazer. — disse o moreno abrindo a porta para a ruiva se acomodar, com o gatinho no colo. E em seguida, o moreno deu a volta no veículo, entrou calmamente, e girou a chave na ignição, e deu partida no carro.—
Maya olhou de canto para o moreno admirando a beleza do rapaz. Ele estava muito lindo naquela noite. E ela não conseguia entender, como uma pessoa poderia ficar tão perfeito em roupas esportivas. Pois era isso que ele estava usando. Uma camiseta básica branca que deixava toda a extensão do seu braço, e dava para ver suas tatuagens. A bermuda preta que deixava um pouco á mostra suas panturrilhas bem definidas. E ela não podia deixar de sentir aquele perfume que tinha um frescor bem natural, e tinha um aroma refrescante de frutas. Uma mistura de laranja, e maracujá, e aquilo era uma verdadeira tentação.
— Qual o problema? — Kevin perguntou, tirando a garota de seus devaneios. —
— Oi!
— Eu lhe dou um tostão pelos seus pensamentos.— Kevin falou subitamente.—No que tanto está pensando?
— Nada demais. — disse a ruiva constrangida. —
— Então por que não para de me encarar?
— Eu... eu... — começou a falar gaguejando, e Kevin caiu na risada. —
— Eu nunca pensei que você fosse tão tímida assim... Não depois de ter me agarrado na galeria e me beijado. — Disse desviando o olha da estrada por um segundo para observar a ruiva, e em seguida esboçou um dos seus melhores sorriso perfeitamente branco que poderia deixar qualquer garota encantada. — Mas, esse seu outro lado, também é fofo.
Foi tudo o que ele disse, e voltou a atenção para a estrada, e dirigiu o restante do percurso em absoluto silêncio. Não demorou muito para ele chegar no edifício, e ele estacionou o carro na vaga vazia, e em seguida abriu a porta para ela sair.
— Obrigada por tudo Kevin, você salvou mais uma vez a minha vida.
— É sempre bom poder lhe ajudar. — Sorriu se aproximando da garota. — Maya, sobre a festa dos seus pais...
— Kevin, eu falei para você esquecer isso.
— Apenas me escute por um minuto, pois eu preciso te falar algo. — falou encurtando ainda mais a distancia que havia entre eles. — Eu sei que tudo aconteceu rápido demais, e repentinamente. Mas, desde que eu te vi, pela primeira vez na exposição de quadros, eu senti uma forte conexão. Eu sei que pode parecer besteira, mas é como se eu já te conhecesse á muito tempo... Então eu pensei muito durante o trajeto na volta para a casa... Eu não aceitei ser o seu namorado fake, por que eu não quero fingir um relacionamento. Eu quero algo real e verdadeiro.
—Kevin eu...
Ela não terminou de falar, pois foi interrompida pelo rapaz que depositou um dedo sobre os seus lábios, a fazendo ficar em silêncio absoluto.
— Maya! Chuaheyo!
— O quê?
— Eu disse que gosto de você. — Sorriu acariciando o rosto da moça. — Eu não estou dizendo que te amo Maya... Mas estou dizendo eu que gosto de você, gosto da sua companhia, que me sinto bem ao seu lado, e que estou disposto a tentar um relacionamento, desde que você sinta o mesmo... Eu não quero uma resposta agora... Você pode pensar com calma sobre isso... A gente pode sair mais vezes, para tentarmos nos conhecer melhor. Mas, eu vou esperar por uma resposta sua. Entretanto, nesse momento, eu estou morrendo de vontade de me apoderar dos seus lábios, e te beijar. — disse o moreno puxando a garota pela cintura, e em seguida depositando os lábios no pescoço da garota que sentiu as pernas ficar bambas, e quando ele ia se aproximar para beijar os lábios da ruiva, puderam ouvir o barulho do felino, os acordando, e trazendo de volta para a realidade. —
— Tinha me esquecido desse pequeno travesso. — falou ela sorridente acariciando o pequeno animal, e em seguida encarando o moreno. — Você gostaria subir, eu posso preparar algo para a gente comer.
— Eu não quero atrapalhar.
— Não vai. — disse sorridente. — E eu também gostaria de te mostrar algo.
— O que exatamente? — ele perguntou enquanto arqueava uma das sobrancelhas. —
— Eu quero a opinião sobre alguns dos meus desenhos, se você puder me ajudar é claro.
— Tudo bem! — Kevin assentiu, e em seguida á seguiu em direção do apartamento da garota. —
***
Não demorou muito para eles chegaram no apartamento, que ficava no terceiro andar. E assim que entraram, ele se deparou com a sala enorme. Uma parte tinha uma sala de jantar com aparador, e a grande mesa de dez lugares, toda em aço e vidro. Do outro lado, dois ambientes. Um maior, com sofás triplos azul marinho, e uma poltrona em tom branco, e mesinhas laterais de madeira amarela. O outro ambiente, tinha um sofá de couro preto, alguns pufes laranja, uma mesa de centro de vidro, e todo o aparato de TV e som.
E foi admirando esse ambiente que ele retirou os sapatos, e seguiu a garota até a cozinha impecavelmente organizada, e toda em branco e aço, e enormes balcões em granito preto, e mais uma mesa de vidro.
Maya andou até a geladeira e pegou a jarra de leite, e em seguida depositou em uma vasilha, para que o filhote pudesse se alimentar. Pois era a única coisa que poderia o oferecer no momento. Mas no dia seguinte ela iria levar o animal no veterinário, e compraria algo para o filhote, até conseguir um lar para ele.
— Sente-se por favor, eu vou pegar meus croquis e já volto. — foi tudo o que a garota falou, antes de se retirar do local, deixando Kevin sozinho na companhia do gato. —
***
🖋Frases citadas no capitulo:
🎯 Chuaheyo: Eu gosto de você!
🏹Annyong: Oi!
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