🖋14 - Acidente📖
A noite seguiu entre uma conversa bem animada. Já passava das oito horas quando eles pagaram a conta, e se dirigiram até a saída do restaurante.
— Por que não vamos a um Karaoquê? — Ayumi sugeriu. —
— Perdeu o juízo piralha, já está tarde, e amanhã todos trabalham... Aqui não tem nenhum desocupado não. — disse Kevin seriamente para a irmã. —
— Aish! Você está muito chato hoje! — falou a loira para o irmão, que se limitou em lhe responder, e apenas abriu a porta do carro para lhe ajudar entrar. —
— Maya, eu vou dormir no Dylan hoje. — disse Naomi para amiga, com um sorriso maroto. —
— Tudo bem!
— A gente se vê amanhã amiga. — falou a morena se despedindo dos amigos. —
— Eu também já estou indo ruiva. — falou Luan carinhosamente para a amiga e lhe dando um abraço de urso. Logo depois se voltou para Kevin e Ayumi. — Foi um prazer te conhecer Kevin. Tchau loira!
— Boa noite Luan! — disse a garota dando uma piscadela para o rapaz que apenas sorriu, e depois se afastou. —
— Maya! Sobre o lance do casamento, eu...
— Kevin, relaxa ok! Você não precisa fazer isso...
— Mas Maya, eu...
— Kevin, esquece isso!
— Você está brava comigo?
— Por que eu estaria? Você não me deu nenhum motivo para isso. — disse sorridente, e logo em seguida, depositando um beijo no rosto do moreno. — A gente se esbarra por aí Kevin. Tenham um boa noite. — Falou a garota e afastando sobre o olhar do moreno que passou á mão nos cabelos em um gesto de nervosismo, e retornou ao carro.—
— O que pretende fazer agora?
— Do que está falando Ayumi? — perguntou o moreno ligando o carro e dando partida no veículo. —
— Você entendeu muito bem.
— Não, eu não entendi.
— Por que não vai com ela na festa de casamento?
— Por que eu não quero fingir um relacionamento para a família dela.
— Mas você gosta dela?
Kevin não respondeu, apenas ficou em absoluto silêncio, e focando a sua atenção na estrada.
— Se você gosta dela, deve falar. — Continuou Ayumi. — Mas está estampado na sua cara que você gosta dela... Ela te atrai de alguma forma... E ela também parece estar afim de você.
— Da onde tirou isso pirralha? Por acaso viu na sua bola de cristal? — perguntou o mais velho ironicamente para a irmã. —
— Não preciso de uma bola de cristal para afirmar isso... Você é o meu irmão gêmeo, e eu te conheço perfeitamente bem... Bem até demais Kevin.
— Acho que você está assistindo muito dorama minha irmã.
— Kevin Lee! Você é um babaca! — Falou a loira seriamente. —
— Michyeoseo?
— Anyo! E além do mais, se você não for, talvez ela arrume outro cara para ser seu substituto, e interpretar esse papel. — sorriu,— Imagine, um cara lindo e maravilhoso, abraçando ela e beijando ela, e chamando ela de meu amor... Se ele for um cara perfeito, a família dela vai adorar e amar e...
— Já chega Ayumi! Pare de torrar a minha paciência! — disse o moreno bravo. — Se você não ficar quieta, eu vou te largar aqui no meio da estrada.
— Araso!
***
Maya consultou o relógio do pulso quando parou o carro no semáforo. Já era quase nove horas, mas estava um trânsito intenso. Sua mente estava a milhão. Era muita coisa para pensar, e estava tão cansada. E se ela não conseguia entender os seus próprios pensamentos, como entenderia o seu coração.
Talvez, ela tivesse sendo um pouco hipócrita demais, ao falar para Naomi, que não queria nenhum relacionamento no momento. Ela queria sim se apaixonar, e ter alguém para poder contar. Mas às vezes ela acabava criando expectativas demais, e acabava se magoando.
Ela suspirou profundamente, e em sua mente veio Kevin. Fazia poucos dias que o moreno havia entrado na vida da garota, mas era como se já o conhecesse á muitos anos. Se sentia bem, e protegida ao lado dele. E ela iria adorar que ele a acompanhasse no casamento de seus pais. Porém ela não podia pedir isso para o moreno. Ele era uma boa pessoa, e já fez muito lhe ajudando na exposição de quadrinhos com o lunático do seu ex- chefe... Então, a melhor coisa á se fazer, seria contar a verdade para a sua mãe. Por mais que ela ficasse chateada, essa seria a melhor solução.
Foi com essa certeza, e com esses pensamentos em mente, que á loira engatou a primeira marcha e saiu atrás da pequena multidão de carros no trânsito de São Paulo. Então decidiu fazer um desvio, com a intenção de cortar o caminho, e chegar mais cedo em casa. Ela estava cansada, e precisava de um banho relaxante, uma banheira com bastante espuma, uma taça de vinho, e de tira colo, uma caixa de chocolates.
Pisou fundo no acelerador, logo depois de virar a esquerda. Ali estava mais tranquilo, e não tinha muito trânsito. A rua era menos movimentada, e não tinha tantos carros.
Foi então, que subitamente, avistou um animal no meio da estrada... A ruiva pisou no freio, e o carro deslizou no asfalto, e afundou no solo arenoso, antes de parar abruptamente, quando o carro se chocou com uma pilha de areia.
Oh, Deus, não!
Foi tudo o que conseguia falar, ainda assustada com toda aquela situação. Ainda tremula, ela tentou dar ré, mais o carro não ligava... Então, por um instante, a garota sacudiu a cabeça ao se sentir zonza, e desceu do carro para ver o estrago. Os dois pneus dianteiro tinha furado, mas o mais estranho era a fumaça que saia do motor.
Assustada, ela correu até o carro e pegou pelo celular para tentar pedir ajuda para alguém. Primeiro ligou para Naomi, mas só chamava e ninguém atendia... Depois tentou o número de Luan, mas só dava caixa postal.
— Tá de brincadeira comigo! — disse apavorada. — A rua estava completamente vazia e deserta, não havia nenhuma alma viva no local. — E agora, o que eu vou fazer?
***
🎯Palavras usadas no capítulo:
Anyo: Não!
Araso: Entendi
Michyeoseo: Está doido?
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