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🖋12- Destinos cruzados 📖


O dia estava lindo e perfeito demais para uma segunda feira. Todos deveriam estar pensando que ela estava em Seul naquele momento. Mas tinha vindo para o Brasil as pressas, pois precisava de um tempo para si. E como ela tinha férias para tirar, preferiu pedir uma licença do trabalho, para passar o natal com a sua família. Mais já havia se arrependido mentalmente, pois sabia que quando dona Yuna descobrisse o seu paradeiro, ela iria surtar. Ainda mais agora que terminou o namoro com Jin. Eles haviam se conhecido na faculdade, e viraram o casal favorito do campus. O típico casal popular que todos tanto admiram, e gostariam de ser. Mas talvez ele não fosse o seu verdadeiro amor. Chegou um tempo, que às coisas não eram mais como antes. Eles quase não se viam, e Jin sempre encontrava pretextos, pois dizia que estava ocupado demais com o trabalho. Então, durante o último jantar que se encontraram. E com toda a pressão de ambas as famílias, para que eles se cassassem logo, e construíssem uma família. O rapaz, simplesmente disse, que queria um tempo para pensar, pois não estava preparado para casamento. Então ela simplesmente resolveu terminar tudo. Afinal de contas, era á coisa certa a se fazer. E agora, estava no Brasil, em plena segunda feira passeando em uma feira de artesanato com Bam, e tomando sorvete de blue ice, com leite condensado.

Ela parou em uma pequena barraca onde vendia livros, ainda segurando a guia de Bam. Então sentiu um pequeno esbarrão de alguém, seguido por um pedido de desculpas, mas ela não deu tanta importância, e continuou focada nos livros a sua frente, afrouxando um pouco a mão da guia que segurava o animal. Então Bam começou a ficar agitado demais, e elétrico demais.

— O que foi garoto? O que está acontecendo com você Bam? — falou se agachando para acariciar o animal, mas então Bam saiu em disparada, deixando Ayumi para trás. — Michyeoseo! — Gritou apavorada enquanto corria atrás do animal. Ela não podia o perder de vista, pois se o animal de seu irmão se perdesse ela era uma pessoa morta, e Kevin enfartaria com certeza. Então seguiu correndo atrás do animal apavorada, mas para a sua sorte, ela era uma boa corredora. Costumava praticar atletismo na universidade, e tinha uma boa resistência.

Mas não era nada comparado a rapidez de Bam, um Doberman, hábil e ágil. Mas mesmo assim não o tirou de sua vista. E continuou o seguindo até chegarem em uma escadaria que dava para o parque. E ela estava tão vidrada e atenta no animal, que não viu o rapaz que vinha de encontro com uma câmera fotográfica em mãos. E não pode evitar o inevitável. Se desequilibrou, nos degraus, mas antes de cair de cara no chão. Ela foi amparada por braços fortes, que a protegeram da queda eminente. E quando ela ergueu o rosto. Se perdeu naqueles traços asiáticos, e ficou em choque total.

— Você está bem moça? Se machucou?

A loira apenas assentiu com a cabeça sem saber o que falar. E quando ele a ajudou á se equilibrar nos calcanhares, ela resmungou, sentindo um pouco de dor no calcanhar, e fez uma leve careta. Mas mesmo assim, tudo o que conseguiu dizer foi:

— O meu cachorro!

O rapaz a encarou confuso, e olhou em volta, até avistar o animal correndo atrás de alguns pombos.

— Fique aqui, eu não demoro. — falou largando a mochila do lado da moça, juntamente com a câmera fotográfica, e depois correndo de encontro até onde estava o animal, e se aproximando com muita cautela. Ele, sempre foi apaixonado por animais. E talvez, isso fosse pelo fato, do seu pai ser veterinário. Então ele sempre teve essa ligação com os animais. O que o questionou em alguns momentos, se ele deveria fazer medicina veterinária, e seguir os passos de seu pai. Mas acabou fazendo publicidade, e depois um bom curso de fotografia. — Vem aqui garotão! — Luan falou mostrando um graveto para o animal, enquanto Bam, fitava o rapaz de cabelo azul na sua frente. Então ele lançou o graveto no ar, e o cachorro pulou para pegar, e em seguida voltou correndo com o graveto na boca. — Muito bem garoto. — Falou acariciando o animal, e depois segurando a guia do animal. — Você é um bom garoto... Então vamos lá com a sua dona. — Ele falou para o animal que atendeu de imediato, e retornaram ao encontro da garota que ainda estava sentada com á mão na perna. — Ei, moça! Aqui está o seu animal.

—Obrigada! — disse sorridente para o desconhecido. E depois voltando o olhar para o animal que agora estava parecendo um verdadeiro anjo. — Bam, seu travesso, vou falar para o Kevin te deixar de castigo.

O animal abaixou o olhar, por estar sendo repreendido.

—Você está realmente bem?

— Sim, obrigada!

— Consegue se levantar?

— Acho que sim! — Falou se levantando com dificuldade, e sentindo uma leve dor. —

— Você mora por perto?

— Mais ou menos.

— Está de carro?

— Não!

O garoto suspirou profundamente e depois guardou a câmera na mochila, e a colocou na frente do seu corpo, e depois se agachou dizendo:

— Suba nas minhas costas.

— O quê?

— Você precisa ir a um médico para ver esse pé, e não consegue andar.

— Nada de hospital! — disse apavorada. —

— Mas você precisa ver esse pé.

— Mas, eu não quero ir ao médico... Eu preciso levar o Bam para casa.

— Ok, então suba em minhas costas e eu te deixo em casa... E todo mundo sai feliz.

— Parece que não tem outro jeito. — disse constrangida, e logo depois se acomodando nas costas do rapaz que a levou até onde estava estacionado um Tucson branco, e lhe acomodou no banco da frente do passageiro.
E colocou o animal no banco de traz do veículo, que não protestou em nenhum momento. E em seguida se acomodou ao lado da garota, e dirigiu até o local que ela havia falado. E assim que chegaram na casa, foram recebidos pela governanta. —

— Menina, o que houve?

— Eu virei o pé Irene.

— Vou ligar agora mesmo para os seus pais.

— Não Irene, meus pais não... Liga para o Kevin.

— O seu irmão está enfiado no escritório por causa do novo projeto de games. Geralmente é difícil conseguir contatar ele.

— Mesmo assim, é melhor ligar para ele... Meus pais não sabem que estou no Brasil.

— Como assim menina?

— Eu queria fazer uma surpresa para eles. — disse envergonhada. — Meu irmão, é o único que sabe que estou aqui. Então por favor liga para o Kevin.

— Ok! Vou ligar para ele, mas depois não quero ouvir broncas de seus pais.

— Você não vai ouvir Irene, eu prometo.— disse sorridente para a mulher que rapidamente pegou o aparelho celular para tentar ligar para o patrão. E depois de algumas tentativas, finalmente Kevin atendeu, e a mulher explicou o que havia acontecido. — O seu irmão está vindo.

— Obrigada Irene. — disse sorridente. —

— Bom, eu já estou indo. — Falou Luan para a loira. —

— Obrigada por sua ajuda.

— Disponha!

— Qual o seu nome?

— Luan! E o seu?

— Ayumi!

— Bonito nome, combina com você. — disse o garoto sorridente, e fazendo a loira corar violentamente. —

— Obrigada! — disse quase gaguejando, e ainda admirando a beleza do rapaz. O garoto tinha os cabelos pintados de azul, e usava lentes verdes. E ela também não podia esquecer que ele tinha um sorriso lindo. —

— Bom, eu tenho que ir... Se cuide!



***

🖋️Expressões usadas no capítulo 📖

Michyeoseo: Está doído ?

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